Fiquei bastante receoso de assistir o filme, tendo em vista os comentários daqui, mas tive uma grata surpresa. Definitivamente não é fenomenal, mas é um ótimo filme. "Choke" é uma das poucas obras do Palahniuk que ainda não li, por isso fica difícil comparar o filme ao livro, para mim. Entretanto, o estilo do filme é bem Palahniuk, talvez tenha algumas coisas um pouco forçadas, mas no geral, consigo tranquilamente ver essas cenas se passando no livro também. Apenas achei o final bem fraco, meio moralista, mas desconheço o final do Palahniuk. E deixo aqui registrada: é uma pena que não tenha mais adaptações para o cinema dos livros do Palahniuk, que são incríveis!
Primeiro filme do Rohmer que assisti (apesar de já ter ouvido falar muito nele). O início é extremamente chato (por isso perdeu uns pontos comigo), focam só no tal livro do Pascal, bem desnecessário, principalmente para quem não leu o livro (poderiam colocar como um pré-requisito para assistir o filme rs). Mas depois disso, quando o Jean-Louis fica a sós com a Maud, o filme finalmente engrena e aí sim começam os diálogos maravilhosos. Gostei demais, pena que o início foi uma chatice, senão a nota seria ainda maior. E a Maud... QUE MULHER! O filme deveria ser centrado nela e não nesse cara haha O filme é muito bem conduzido e questiona a moral (seja cristã ou não, visto que o filme explora mais de um conceito de "moralidades") de forma singular. Achei perfeita a opção do autor de conduzir o enredo para esse final... Se fosse diferente, eu não concordaria. Agora preciso continuar minha incursão pelo cinema francês e procurar mais coisas do Rohmer.
Primeira decepção que eu tive com o Truffaut... Eu não vi esse tal "amor livre" que tantas pessoas aqui viram... Muito pelo contrário, vi uma mulher mesquinha, obsessiva e mimada. Além disso, os personagens no geral bem apáticos. Nem ódio eu conseguia sentir, no máximo pena. E situações bem fora da realidade, um tanto quanto forçadas. Me desculpem, mas o Godard também fez filmes mostrando libertação sexual feminina e nenhum deles precisou chegar no ponto desse filme aqui. Concordo, entretanto, que ele é um filme ousado para a sua época, mas o mérito do longa é apenas esse. Nada além disso. Uma pena, os outros filmes do Truffaut são primorosos.
Difícil avaliar esse filme. Amei a estética dele, porém, um filme não é apenas estética. Não se trata também de um longa surrealista (portanto, não podemos avaliá-lo como tal). Então, é basicamente um filme como ser definido em uma única palavra: onírico. Tem quem goste, quem não goste e tem quem diga que goste para parecer cult. De qualquer forma, é um longa interessante para se assistir e até mesmo questionar o status de "arte", já que o debate sobre arte, até hoje, continua sem uma definição muito precisa (assim como outros conceitos). Algo parecido com isso, John Cage fez na música com a "4'33". Particularmente eu gostei da trilha sonora também, acredito que combina com a "frieza" do filme... Aliás, assisti ele provavelmente no dia mais frio do ano. Combinou! rs
Até então, havia assistido apenas um filme do Godard, que achei apenas bom, mas tive uma boa surpresa ao ver Pierrot Le Fou (que título horrível esse em português, hein? Poderia só traduzir o título original tranquilamente). O seu romance permeado de críticas sociais e um pouco de musical realmente me encantaram, apesar de alguns problemas que me incomodaram,
por exemplo, esse rápido amor entre os personagens, não fez nem um pouco de sentido... Dava para ter trabalhado melhor isso, pelo menos por uns 5 minutos. Normalmente os filmes franceses não costumam "errar" nisso.
Ah, e as quebras à quarta parede que Godard faz? Sensacional! Porém, achei a atuação desse Belmondo bem fraca, ainda bem que tinha a linda e talentosíssima Anna Karina para compensar. Enfim, mais uma vez o cinema francês me encantando...
Terminei esse filme de um jeito que achei que nunca terminaria uma película com a Loren e o Mastroianni no elenco: com o coração partido. Esse filme é tão belíssimo e triste, com diálogos tão reais, humanos e poderosos, que é impossível não considerá-lo como um dos maiores filmes sobre o fascismo (em todas as suas vertentes; os fascismos nossos de cada dia) já produzidos. Sem falar da atuação de uma das melhores duplas da história do cinema mundial. O longa retrata os grupos marginalizados dentro de uma sociedade fascista e como parte desses grupos (no caso, a mulher) nem sempre têm consciência de estar à margem dessa sociedade, pois desde sempre foram ensinados a seguir isso, como ocorre nos dias atuais... Quantas mulheres hoje dizem "não precisarem" do Feminismo? Ainda acho que o sociedade da época não estava preparada para um filme desses, visto que ele ganhou pouquíssimos prêmios, mesmo na Itália. Merecia maior reconhecimento.
"'Inconciliável com a fisiologia e a psicologia feminina, os gênios são sempre masculinos'. Concorda com isso?" "Claro que concordo. Por quê? São sempre os homens que enchem os livros de história, não é?" Diálogo mais que perfeito!
Segundo longa de Truffaut e, até o momento, o pior que já assisti dele. Não significa, entretanto, que seja um filme ruim, mas é bem inferior aos seus clássicos, como o próprio "Os incompreendidos", de um ano antes. Aqui, apesar de seu estilo característico aparecer de forma evidente em várias passagens do filme, ainda ressoa mais uma "inexperiência", que pode ser percebida tanto pela confusão de alguns trechos (como as passagens súbitas da 1ª parte do filme à 2ª), quanto pela mal exploração da trama... O filme poderia ser bem melhor se fosse um pouco mais longo e explorasse melhor o personagem central. Ainda assim, a criação de um "anti-herói" cheio de erros, algo característico do Truffaut, está bem presente e representado aqui. É um bom longa, mas nada muito além disso.
Ai ai, esse Truffaut... Eu sou fã dos filmes desse cara, até agora não assisti nenhum que não fosse ótimo, mas confesso que esperava mais desse fechamento da série de filmes do Antoine Doinel. Sei que essa história dos flashbacks (e as reutilizações de filmagens do A noite americana também) agradaram a muitos, mas eu senti como se o filme não se sustentasse por si só, como já afirmaram aqui. Com certeza o destaque pra mim é o final, em que o filme finalmente anda em suas próprias pernas. Como todos os filmes anteriores foram ótimos, esse aqui, cuja boa parte de sua duração são flashbacks, também é ótimo, mas achei o pior dos 5 (ou "menos melhor" haha). De qualquer forma, amei o tom de finalização que deram para o filme, uma retrospectiva tratando o Antoine Doinel como ele realmente é... Um ser humano, cheio de defeitos, como todos e como o próprio Truffaut era. Sem heróis, apenas humano. <3
Ai ai, esse Truffaut... Outro grande filme dele, ótima história e muito bem conduzido. Entra facilmente em um top 5 dele. Acredito que essa forma crua de tratar todos os personagens, mostrando seus defeitos e inseguranças não é um erro, como um dos comentários apontou, mas sim um acerto do Truffaut... Algo que é comum em muitos filmes dele, até mesmo quando se trata de seu alter-ego.
Me incomodou um pouco a forma que o estupro foi tratado... Como um "quase estupro", sendo que a personagem deixa bem claro que se tratava de estupro MESMO. E foi tudo apresentado com banalidade. Interessante notar aquela cena do gato que anos depois foi simulada novamente em A noite americana.
É um bom filme noir, nada de novo no gênero, nenhum grande destaque, mas um bom entretenimento sem as reviravoltas que normalmente caracterizam o gênero. Recomendo para assistir sem compromisso.
O filme tem uma história bem interessante, mas a condução dele não me agradou nem um pouco, fora que ainda se baseia naqueles estereótipos eurocêntricos da umbanda. Poderia ser muito melhor trabalhado, as atuações, no geral, são medíocres (e olha que o Brasil sempre teve atores bons, não creio que seja falta de opção). O Nelson Pereira tem filmes bem melhores do que esse, apesar de ainda assim não ser um dos meus diretores preferidos.
Ai ai, esse Truffaut... Já destaquei várias vezes aqui o quanto os filmes dele me agradam, e com esse não é diferente. Porém, de todos os seus filmes que assisti até o momento, achei este o mais fraco, o que significa que seja um filme ruim, muito pelo contrário, ele é ótimo, mas vi certos problemas nesse que me incomodaram um pouco.
O principal foi a forma estereotipada que a personagem japonesa foi retratada, típico do cinema estadunidense/europeu da época, que achavam que japonês viva andando de kimono por aí e que não importa o lugar que estavam, sempre mantinham tuuuudo daquela cultura milenar intacta (será que nunca viram sequer os filmes japoneses da época? Nunca tiveram contato com japoneses?). E o outro foi essa pegada "machista" que o filme adquire a partir da traição do Antoine, com direito a diálogos de mulheres dizendo que homens são como crianças. Essa parte eu tento relevar um pouco por causa do contexto histórico, mas ainda é triste, visto que muitos diretores franceses, desde a década de 60 já desconstruíam essas ideias machistas, como no filme "Le Vérité"
No resto, novamente é um filme muito agradável se se assistir, leve e divertido, do jeitinho que o Truffaut sabe fazer. Uma belezinha!
Quando eu era mais novo, era fã de tudo do Stephen King, desde livros (que já li vários) até as adaptações para o cinema e filmes que possuíam a mão dele no roteiro ou produção. Depois que me distanciei do cinema hollywoodiano, nunca mais voltei a assisti-lo. Hoje resolvi assistir esse, que estava na minha lista de "Quero Ver" há anos. Não me agradou muito, achei ele, no máximo, divertidinho. As atuações, no geral, são bem fracas e as histórias também, fora a forçação de barra em alguns pontos nos contos,
por exemplo, por que, diabos, o cara do 1º conto ficou tão simplesmente sem reação perante a tudo? E aquela luta do 3º conto? "Um gatinho" do bem? Really?
Enfim, é bom para passar o tempo, mas não espere nada além disso.
Ai ai, esse Truffaut... O que falar de um diretor que ainda conheço pouco e já amo? Desde Os Incompreendidos até esse aqui... São verdadeiras obras-primas. Quando assisti Os Incompreendidos ainda não sabia da série de filmes com esse personagem, agora preciso urgentemente assistir os outros. Sem falar na atuação de Léaud, que participou de vários filmes do Truffaut, e aqui está novamente em uma atuação impecável. Amei os detalhes da película e sua condução, leve, suave e cômica. Dá um gostinho de "quero mais". Quem dera as comédias europeias sempre fosse assim.
É um bom filme, com uma temática e história ótima. O problema é que ele se perde nisso, parece que dá tiro para todos os lados para ver se acerta algo... As questões políticas do Don Alejo e a população local me lembrou um pouco de Bacurau. No geral, parece que o filme, sobretudo por causa dos atores, simplesmente não convencem. Em muitas partes, ele parece mais um dramalhão mexicano, a la novelas, do que qualquer outra coisa. Uma pena. Entretanto, a parte final é sensacional, apesar de ainda ter coisas me incomodaram.
Fica bem claro que o diretor queria demonstrar a passividade das outras pessoas perante a LGBTfobia e até o assassinato de uma travesti. Mas vamos lá, sério que a filha dela não iria fazer NADA para tentar evitar que o cara fosse atrás? Nada? Aliás, a relação dela com "o pai" é outra coisa que me incomodou... Achei muito incompatível.
A representação da prostituição também não me agradou, é um tanto quanto "fantasiosa".
Pesado, realidade nua e crua sobre o ser humano. É um ótimo filme, apesar de achar a primeira parte dele menos interessante do que a partir final, mas creio que ela serve justamente para criar uma antipatia pelo personagem principal. Em alguns momentos o filme chegou a me lembrar um pouco os longas do Herzog. O filme consegue criar uma atmosfera que em cada cena tu sente mais o quanto desprezível (e, porque não, humano) o personagem principal é. Isso é um grande feito do filme graças à perfeita atuação de Giannini.
QUE CASALZÃO DA PORRA! Loren e Mastroianni <3 Os filmes do De Sica me agradam muito, ele consegue passar por vários temas de utilizando de uma leveza sem perder a profundidade. Esse filme, com uma das melhores duplas do cinema, é outra grande obra sua. As situações inusitadas e a exploração dos dramas que a personagem da Loren passa são imperdíveis. O final fecha bem o filme com aquela pitada de emoção e, enfim,
É um filme interessante, com uma crítica bacana, mas mal explorada. O filme poderia ser muuuito melhor. Tem seus momentos engraçados, mas no geral se resume a uma comédia pastelão com uma pitada de crítica social. Como ele ganhou o Oscar? Não sei. Acho uma pena que um filme com um potencial tão grande como esse seja desperdiçado desse jeito. Esperava bem mais.
Depois de assistir o original italiano resolvi revisitar o remake, pois deve fazer mais de 10 anos desde a última vez que eu vi. Entretanto, ao contrário da maioria, eu prefiro mais o original do que esse. Acredito que aqui podemos notar bem a ótica hollywoodiana das coisas... Esse remake é tão diferente do original que dá para considerar como dois filmes distintos com apenas uma premissa similar. Aqui o enfoque que o original tinha nas mulheres quase cai por terra, diga-se de passagem, as mulheres quase não aparecem aqui e, fora alguns diálogos, o coronel do remake não demonstra uma "obsessão" por mulheres como o do original apresenta. Outra coisa que me desagradou foi todo o lenga-lenga da historinha de vida do rapaz
e aquele final TIPICAMENTE HOLLYWOODIANO em que mostram que, na verdade, o coronel era uma ótima pessoa, apenas um pouco amargurado.
Enfim, a mim o cinema europeu agrada muito mais do que o hollywoodiano. Ainda assim, o remake é um ótimo filme, pena que se perde querendo dar uma "moral da história" e um final bonitinho. Al Pacino, como sempre, em uma ótima atuação.
O filme é como se fosse a história de dois "desgraçados" (no sentido de azarados, talvez) que se encontram e resolvem compartilhar juntos sua desgraça... E tudo isso conduzido de uma maneira lindíssima. E o final traz aquela realidade um pouco amarga, comum aos filmes franceses dessa época.
Apenas discordo dessa parte que eles se reencontram no último momento... Acredito que o filme terminaria melhor sem isso, cada um indo para um lado diferente.
Flerta um pouco com o existencialismo francês e dá a origem a uma película belíssima. Os filmes franceses com essa pegada fazem algo que muitos cinemas, como alguns diretores asiáticos e europeus atualmente, querem imitar/simular, mas não conseguem. Destaque para a trilha sonora também.
"It's hard to believe... So, so crazy to refuse happiness [...] I just don't understand women"
Assisti o remake faz muito tempo, então é difícil comparar os dois, mas lembro que gostei muito da versão hollywoodiana, preciso revê-la. É um ótimo filme, apresenta os personagens de forma crua e realista. Ao fim, mostra várias lições sem cair em um romantismo barato. É o cinema italiano em seu ponto alto. Destaque para a perfeita atuação de Gassman e Momo nos papéis centrais.
É um filme, uma boa representação do ocorrido, mas é mais um filme propagandístico de Israel, cuja intenção é mostrar como os judeus são bonzinhos e inocentes, e os árabes, malvados,
irônico notar que nem o filme conseguiu esconder o fato dos árabes não terem matado ninguém a sangue frio e ainda ajudado os judeus que por acaso passaram mal... E aquele interrogatório com o cara que pegou o faca foi totalmente fajuto, não existe registro disso.
Foi bem dentro do que eu esperava, infelizmente desconheço algum filme árabe sobre o ocorrido. Não é à toa que o filme foi indicado ao Oscar, deve ter agradado muito a Academia sionista dos USA :)
Concordo com algumas críticas em relação a diálogos desnecessários, mas creio que o filme compense isso de outras formas. Desde o início fica bem claro o foco na multiculturalidade que cerca o Ariel e isso é algo muito bacana que é bem explorado. Devido a isso e todo o seu contexto pessoal, a trama se desenvolve a fim de demonstrar suas confusões e como tantas vezes ele se sentia parte desse universo e, em outras, tão distante dele. O conflito em relação ao pai e à mãe representa muito bem essa "confusão" e contradição. E o plot twist no final é sensacional... Se não fosse ele, eu teria reduzido a nota. Sempre devemos questionar nossas certezas. Não me agradou a câmera que fica balançando quase que o tempo todo, não entendi o motivo disso; o que queriam passar com isso.
Esse é um daqueles filmes que te deixa com uma mistura antagônica de sentimentos... É triste e alegre ao mesmo tempo. Achei o filme lindíssimo, apesar de utilizar um tema super recorrente no cinema, que já foi trabalhado, em contextos e de formas diferentes, em filmes como Pearl Harbor, Quando voam as cegonhas (que pra mim é incontestavelmente um dos filmes mais lindos já produzidos no mundo) e tantos outros. Aqui o grande destaque é por se tratar de um musical, detalhe especial é que ele é o tempo todo cantado, que traz uma leveza mesmo tratando de temas tão pesados. Como já comentaram, se pensar apenas na superfície, é um simples romance, apesar de realista. Entretanto, é necessário se aprofundar e compreender as outras camadas do filme que tratam dos humanos frente à guerra. Me incomodou um pouco que em alguns trechos do filme a parte cantada perde brevemente o ritmo, mas cabe salientar a dificuldade que é trabalhar com musicais.
Choke: No Sufoco
3.2 118Fiquei bastante receoso de assistir o filme, tendo em vista os comentários daqui, mas tive uma grata surpresa. Definitivamente não é fenomenal, mas é um ótimo filme.
"Choke" é uma das poucas obras do Palahniuk que ainda não li, por isso fica difícil comparar o filme ao livro, para mim. Entretanto, o estilo do filme é bem Palahniuk, talvez tenha algumas coisas um pouco forçadas, mas no geral, consigo tranquilamente ver essas cenas se passando no livro também.
Apenas achei o final bem fraco, meio moralista, mas desconheço o final do Palahniuk.
E deixo aqui registrada: é uma pena que não tenha mais adaptações para o cinema dos livros do Palahniuk, que são incríveis!
Minha Noite com Ela
4.0 42 Assista AgoraPrimeiro filme do Rohmer que assisti (apesar de já ter ouvido falar muito nele). O início é extremamente chato (por isso perdeu uns pontos comigo), focam só no tal livro do Pascal, bem desnecessário, principalmente para quem não leu o livro (poderiam colocar como um pré-requisito para assistir o filme rs). Mas depois disso, quando o Jean-Louis fica a sós com a Maud, o filme finalmente engrena e aí sim começam os diálogos maravilhosos.
Gostei demais, pena que o início foi uma chatice, senão a nota seria ainda maior. E a Maud... QUE MULHER! O filme deveria ser centrado nela e não nesse cara haha
O filme é muito bem conduzido e questiona a moral (seja cristã ou não, visto que o filme explora mais de um conceito de "moralidades") de forma singular.
Achei perfeita a opção do autor de conduzir o enredo para esse final... Se fosse diferente, eu não concordaria. Agora preciso continuar minha incursão pelo cinema francês e procurar mais coisas do Rohmer.
Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois
4.1 335 Assista AgoraPrimeira decepção que eu tive com o Truffaut... Eu não vi esse tal "amor livre" que tantas pessoas aqui viram... Muito pelo contrário, vi uma mulher mesquinha, obsessiva e mimada. Além disso, os personagens no geral bem apáticos. Nem ódio eu conseguia sentir, no máximo pena. E situações bem fora da realidade, um tanto quanto forçadas.
Me desculpem, mas o Godard também fez filmes mostrando libertação sexual feminina e nenhum deles precisou chegar no ponto desse filme aqui.
Concordo, entretanto, que ele é um filme ousado para a sua época, mas o mérito do longa é apenas esse. Nada além disso.
Uma pena, os outros filmes do Truffaut são primorosos.
O Ano Passado em Marienbad
4.2 156 Assista AgoraDifícil avaliar esse filme. Amei a estética dele, porém, um filme não é apenas estética. Não se trata também de um longa surrealista (portanto, não podemos avaliá-lo como tal). Então, é basicamente um filme como ser definido em uma única palavra: onírico. Tem quem goste, quem não goste e tem quem diga que goste para parecer cult.
De qualquer forma, é um longa interessante para se assistir e até mesmo questionar o status de "arte", já que o debate sobre arte, até hoje, continua sem uma definição muito precisa (assim como outros conceitos). Algo parecido com isso, John Cage fez na música com a "4'33".
Particularmente eu gostei da trilha sonora também, acredito que combina com a "frieza" do filme... Aliás, assisti ele provavelmente no dia mais frio do ano. Combinou! rs
O Demônio das Onze Horas
4.2 431 Assista AgoraAté então, havia assistido apenas um filme do Godard, que achei apenas bom, mas tive uma boa surpresa ao ver Pierrot Le Fou (que título horrível esse em português, hein? Poderia só traduzir o título original tranquilamente). O seu romance permeado de críticas sociais e um pouco de musical realmente me encantaram, apesar de alguns problemas que me incomodaram,
por exemplo, esse rápido amor entre os personagens, não fez nem um pouco de sentido... Dava para ter trabalhado melhor isso, pelo menos por uns 5 minutos. Normalmente os filmes franceses não costumam "errar" nisso.
Ah, e as quebras à quarta parede que Godard faz? Sensacional!
Porém, achei a atuação desse Belmondo bem fraca, ainda bem que tinha a linda e talentosíssima Anna Karina para compensar.
Enfim, mais uma vez o cinema francês me encantando...
Um Dia Muito Especial
4.4 90Terminei esse filme de um jeito que achei que nunca terminaria uma película com a Loren e o Mastroianni no elenco: com o coração partido.
Esse filme é tão belíssimo e triste, com diálogos tão reais, humanos e poderosos, que é impossível não considerá-lo como um dos maiores filmes sobre o fascismo (em todas as suas vertentes; os fascismos nossos de cada dia) já produzidos. Sem falar da atuação de uma das melhores duplas da história do cinema mundial.
O longa retrata os grupos marginalizados dentro de uma sociedade fascista e como parte desses grupos (no caso, a mulher) nem sempre têm consciência de estar à margem dessa sociedade, pois desde sempre foram ensinados a seguir isso, como ocorre nos dias atuais... Quantas mulheres hoje dizem "não precisarem" do Feminismo?
Ainda acho que o sociedade da época não estava preparada para um filme desses, visto que ele ganhou pouquíssimos prêmios, mesmo na Itália. Merecia maior reconhecimento.
"'Inconciliável com a fisiologia e a psicologia feminina, os gênios são sempre masculinos'. Concorda com isso?"
"Claro que concordo. Por quê? São sempre os homens que enchem os livros de história, não é?"
Diálogo mais que perfeito!
Atirem no Pianista
3.7 52 Assista AgoraSegundo longa de Truffaut e, até o momento, o pior que já assisti dele. Não significa, entretanto, que seja um filme ruim, mas é bem inferior aos seus clássicos, como o próprio "Os incompreendidos", de um ano antes.
Aqui, apesar de seu estilo característico aparecer de forma evidente em várias passagens do filme, ainda ressoa mais uma "inexperiência", que pode ser percebida tanto pela confusão de alguns trechos (como as passagens súbitas da 1ª parte do filme à 2ª), quanto pela mal exploração da trama... O filme poderia ser bem melhor se fosse um pouco mais longo e explorasse melhor o personagem central. Ainda assim, a criação de um "anti-herói" cheio de erros, algo característico do Truffaut, está bem presente e representado aqui.
É um bom longa, mas nada muito além disso.
O Amor em Fuga
4.1 92 Assista AgoraAi ai, esse Truffaut... Eu sou fã dos filmes desse cara, até agora não assisti nenhum que não fosse ótimo, mas confesso que esperava mais desse fechamento da série de filmes do Antoine Doinel.
Sei que essa história dos flashbacks (e as reutilizações de filmagens do A noite americana também) agradaram a muitos, mas eu senti como se o filme não se sustentasse por si só, como já afirmaram aqui.
Com certeza o destaque pra mim é o final, em que o filme finalmente anda em suas próprias pernas. Como todos os filmes anteriores foram ótimos, esse aqui, cuja boa parte de sua duração são flashbacks, também é ótimo, mas achei o pior dos 5 (ou "menos melhor" haha). De qualquer forma, amei o tom de finalização que deram para o filme, uma retrospectiva tratando o Antoine Doinel como ele realmente é... Um ser humano, cheio de defeitos, como todos e como o próprio Truffaut era. Sem heróis, apenas humano. <3
Um Só Pecado
3.8 52 Assista AgoraAi ai, esse Truffaut... Outro grande filme dele, ótima história e muito bem conduzido. Entra facilmente em um top 5 dele. Acredito que essa forma crua de tratar todos os personagens, mostrando seus defeitos e inseguranças não é um erro, como um dos comentários apontou, mas sim um acerto do Truffaut... Algo que é comum em muitos filmes dele, até mesmo quando se trata de seu alter-ego.
Me incomodou um pouco a forma que o estupro foi tratado... Como um "quase estupro", sendo que a personagem deixa bem claro que se tratava de estupro MESMO. E foi tudo apresentado com banalidade.
Interessante notar aquela cena do gato que anos depois foi simulada novamente em A noite americana.
A Morte Ronda O Cais
3.9 11É um bom filme noir, nada de novo no gênero, nenhum grande destaque, mas um bom entretenimento sem as reviravoltas que normalmente caracterizam o gênero.
Recomendo para assistir sem compromisso.
O Amuleto de Ogum
3.7 24 Assista AgoraO filme tem uma história bem interessante, mas a condução dele não me agradou nem um pouco, fora que ainda se baseia naqueles estereótipos eurocêntricos da umbanda.
Poderia ser muito melhor trabalhado, as atuações, no geral, são medíocres (e olha que o Brasil sempre teve atores bons, não creio que seja falta de opção).
O Nelson Pereira tem filmes bem melhores do que esse, apesar de ainda assim não ser um dos meus diretores preferidos.
Domicílio Conjugal
4.1 114 Assista AgoraAi ai, esse Truffaut... Já destaquei várias vezes aqui o quanto os filmes dele me agradam, e com esse não é diferente. Porém, de todos os seus filmes que assisti até o momento, achei este o mais fraco, o que significa que seja um filme ruim, muito pelo contrário, ele é ótimo, mas vi certos problemas nesse que me incomodaram um pouco.
O principal foi a forma estereotipada que a personagem japonesa foi retratada, típico do cinema estadunidense/europeu da época, que achavam que japonês viva andando de kimono por aí e que não importa o lugar que estavam, sempre mantinham tuuuudo daquela cultura milenar intacta (será que nunca viram sequer os filmes japoneses da época? Nunca tiveram contato com japoneses?). E o outro foi essa pegada "machista" que o filme adquire a partir da traição do Antoine, com direito a diálogos de mulheres dizendo que homens são como crianças. Essa parte eu tento relevar um pouco por causa do contexto histórico, mas ainda é triste, visto que muitos diretores franceses, desde a década de 60 já desconstruíam essas ideias machistas, como no filme "Le Vérité"
No resto, novamente é um filme muito agradável se se assistir, leve e divertido, do jeitinho que o Truffaut sabe fazer. Uma belezinha!
Olhos de Gato
3.3 128 Assista AgoraQuando eu era mais novo, era fã de tudo do Stephen King, desde livros (que já li vários) até as adaptações para o cinema e filmes que possuíam a mão dele no roteiro ou produção. Depois que me distanciei do cinema hollywoodiano, nunca mais voltei a assisti-lo. Hoje resolvi assistir esse, que estava na minha lista de "Quero Ver" há anos.
Não me agradou muito, achei ele, no máximo, divertidinho.
As atuações, no geral, são bem fracas e as histórias também, fora a forçação de barra em alguns pontos nos contos,
por exemplo, por que, diabos, o cara do 1º conto ficou tão simplesmente sem reação perante a tudo? E aquela luta do 3º conto? "Um gatinho" do bem? Really?
Enfim, é bom para passar o tempo, mas não espere nada além disso.
Beijos Proibidos
4.1 138 Assista AgoraAi ai, esse Truffaut... O que falar de um diretor que ainda conheço pouco e já amo? Desde Os Incompreendidos até esse aqui... São verdadeiras obras-primas.
Quando assisti Os Incompreendidos ainda não sabia da série de filmes com esse personagem, agora preciso urgentemente assistir os outros.
Sem falar na atuação de Léaud, que participou de vários filmes do Truffaut, e aqui está novamente em uma atuação impecável. Amei os detalhes da película e sua condução, leve, suave e cômica. Dá um gostinho de "quero mais". Quem dera as comédias europeias sempre fosse assim.
O filme eu fiquei tipo "oi?" haha
O Lugar Sem Limites
3.8 4É um bom filme, com uma temática e história ótima. O problema é que ele se perde nisso, parece que dá tiro para todos os lados para ver se acerta algo... As questões políticas do Don Alejo e a população local me lembrou um pouco de Bacurau.
No geral, parece que o filme, sobretudo por causa dos atores, simplesmente não convencem. Em muitas partes, ele parece mais um dramalhão mexicano, a la novelas, do que qualquer outra coisa. Uma pena.
Entretanto, a parte final é sensacional, apesar de ainda ter coisas me incomodaram.
Fica bem claro que o diretor queria demonstrar a passividade das outras pessoas perante a LGBTfobia e até o assassinato de uma travesti. Mas vamos lá, sério que a filha dela não iria fazer NADA para tentar evitar que o cara fosse atrás? Nada? Aliás, a relação dela com "o pai" é outra coisa que me incomodou... Achei muito incompatível.
A representação da prostituição também não me agradou, é um tanto quanto "fantasiosa".
Pasqualino Sete Belezas
4.1 23Pesado, realidade nua e crua sobre o ser humano. É um ótimo filme, apesar de achar a primeira parte dele menos interessante do que a partir final, mas creio que ela serve justamente para criar uma antipatia pelo personagem principal. Em alguns momentos o filme chegou a me lembrar um pouco os longas do Herzog.
O filme consegue criar uma atmosfera que em cada cena tu sente mais o quanto desprezível (e, porque não, humano) o personagem principal é. Isso é um grande feito do filme graças à perfeita atuação de Giannini.
"Pasquali, você está vivo... Vivo!" "sim, eu estou vivo..."
Matrimônio à italiana
4.1 37 Assista AgoraQUE CASALZÃO DA PORRA! Loren e Mastroianni <3
Os filmes do De Sica me agradam muito, ele consegue passar por vários temas de utilizando de uma leveza sem perder a profundidade. Esse filme, com uma das melhores duplas do cinema, é outra grande obra sua. As situações inusitadas e a exploração dos dramas que a personagem da Loren passa são imperdíveis.
O final fecha bem o filme com aquela pitada de emoção e, enfim,
a Filumena consegue o que queria haha
Meu Tio
4.1 115É um filme interessante, com uma crítica bacana, mas mal explorada. O filme poderia ser muuuito melhor. Tem seus momentos engraçados, mas no geral se resume a uma comédia pastelão com uma pitada de crítica social. Como ele ganhou o Oscar? Não sei.
Acho uma pena que um filme com um potencial tão grande como esse seja desperdiçado desse jeito. Esperava bem mais.
Perfume de Mulher
4.3 1,3K Assista AgoraDepois de assistir o original italiano resolvi revisitar o remake, pois deve fazer mais de 10 anos desde a última vez que eu vi.
Entretanto, ao contrário da maioria, eu prefiro mais o original do que esse. Acredito que aqui podemos notar bem a ótica hollywoodiana das coisas... Esse remake é tão diferente do original que dá para considerar como dois filmes distintos com apenas uma premissa similar. Aqui o enfoque que o original tinha nas mulheres quase cai por terra, diga-se de passagem, as mulheres quase não aparecem aqui e, fora alguns diálogos, o coronel do remake não demonstra uma "obsessão" por mulheres como o do original apresenta. Outra coisa que me desagradou foi todo o lenga-lenga da historinha de vida do rapaz
e aquele final TIPICAMENTE HOLLYWOODIANO em que mostram que, na verdade, o coronel era uma ótima pessoa, apenas um pouco amargurado.
Enfim, a mim o cinema europeu agrada muito mais do que o hollywoodiano. Ainda assim, o remake é um ótimo filme, pena que se perde querendo dar uma "moral da história" e um final bonitinho. Al Pacino, como sempre, em uma ótima atuação.
Um Homem, Uma Mulher
4.1 87O filme é como se fosse a história de dois "desgraçados" (no sentido de azarados, talvez) que se encontram e resolvem compartilhar juntos sua desgraça... E tudo isso conduzido de uma maneira lindíssima. E o final traz aquela realidade um pouco amarga, comum aos filmes franceses dessa época.
Apenas discordo dessa parte que eles se reencontram no último momento... Acredito que o filme terminaria melhor sem isso, cada um indo para um lado diferente.
Flerta um pouco com o existencialismo francês e dá a origem a uma película belíssima. Os filmes franceses com essa pegada fazem algo que muitos cinemas, como alguns diretores asiáticos e europeus atualmente, querem imitar/simular, mas não conseguem.
Destaque para a trilha sonora também.
"It's hard to believe... So, so crazy to refuse happiness [...] I just don't understand women"
Perfume de Mulher
3.8 24Assisti o remake faz muito tempo, então é difícil comparar os dois, mas lembro que gostei muito da versão hollywoodiana, preciso revê-la.
É um ótimo filme, apresenta os personagens de forma crua e realista. Ao fim, mostra várias lições sem cair em um romantismo barato. É o cinema italiano em seu ponto alto.
Destaque para a perfeita atuação de Gassman e Momo nos papéis centrais.
Operação Thunderbolt
3.3 6É um filme, uma boa representação do ocorrido, mas é mais um filme propagandístico de Israel, cuja intenção é mostrar como os judeus são bonzinhos e inocentes, e os árabes, malvados,
irônico notar que nem o filme conseguiu esconder o fato dos árabes não terem matado ninguém a sangue frio e ainda ajudado os judeus que por acaso passaram mal... E aquele interrogatório com o cara que pegou o faca foi totalmente fajuto, não existe registro disso.
Foi bem dentro do que eu esperava, infelizmente desconheço algum filme árabe sobre o ocorrido. Não é à toa que o filme foi indicado ao Oscar, deve ter agradado muito a Academia sionista dos USA :)
O Abraço Partido
3.6 28Concordo com algumas críticas em relação a diálogos desnecessários, mas creio que o filme compense isso de outras formas. Desde o início fica bem claro o foco na multiculturalidade que cerca o Ariel e isso é algo muito bacana que é bem explorado. Devido a isso e todo o seu contexto pessoal, a trama se desenvolve a fim de demonstrar suas confusões e como tantas vezes ele se sentia parte desse universo e, em outras, tão distante dele. O conflito em relação ao pai e à mãe representa muito bem essa "confusão" e contradição. E o plot twist no final é sensacional... Se não fosse ele, eu teria reduzido a nota. Sempre devemos questionar nossas certezas.
Não me agradou a câmera que fica balançando quase que o tempo todo, não entendi o motivo disso; o que queriam passar com isso.
Os Guarda-Chuvas do Amor
3.9 159 Assista AgoraEsse é um daqueles filmes que te deixa com uma mistura antagônica de sentimentos... É triste e alegre ao mesmo tempo. Achei o filme lindíssimo, apesar de utilizar um tema super recorrente no cinema, que já foi trabalhado, em contextos e de formas diferentes, em filmes como Pearl Harbor, Quando voam as cegonhas (que pra mim é incontestavelmente um dos filmes mais lindos já produzidos no mundo) e tantos outros.
Aqui o grande destaque é por se tratar de um musical, detalhe especial é que ele é o tempo todo cantado, que traz uma leveza mesmo tratando de temas tão pesados. Como já comentaram, se pensar apenas na superfície, é um simples romance, apesar de realista. Entretanto, é necessário se aprofundar e compreender as outras camadas do filme que tratam dos humanos frente à guerra.
Me incomodou um pouco que em alguns trechos do filme a parte cantada perde brevemente o ritmo, mas cabe salientar a dificuldade que é trabalhar com musicais.