Eu não tinha esperança nenhuma com o filme, nem sabia de nada a respeito, mas mesmo assim ele conseguiu me decepcionar... O roteiro passa longe de ser mediano: é só uma colcha de retalhos de algumas cenas de "O Exorcista", coladas com um diálogo porco e mal-feito. As atuações são sofríveis, de personagens americanos com sotaque britânico a um ator mirim que é dos piores que já vi nas telas. A direção nem tenta fingir que se inspirou em algo: é mecânica, com jumpscares previsíveis e sem eficiência. O final parece ter sido pensado por uma Inteligência Artificial que analisou filmes de terror dos anos 90 e decidiu que um "twist" vindo de lugar nenhum era o melhor jeito de terminar.
Até 90 minutos de filme eu estava gostando bastante, mas que final horrível... Putz. Apesar de ter uma atmosfera massa e momentos tensos, a história foi toda cagada (e, sinceramente, ofensiva) nas últimas cenas. Não recomendo.
Uau, que jornada! Este não é um filme sobre a lenda de "Al Capone", mas sobre os últimos dias de Capone, tratado pela família por Fonze, para "afastar" a lembrança de seus dias sombrios. É uma história que não costumamos ver em filmes que lidam com figuras assim, e é contada de um jeito completamente atípico (em especial, duas sequências que lidam com a doença degenerativa do personagem são de tirar o fôlego). Se você espera um típico filme de gângster/máfia, não precisa nem olhar na direção de "Capone". Esta obra é um estudo de personagem, uma reflexão sobre os atos e sobre a ruína de um homem poderosíssimo, e uma experimentação na forma de se lidar com a lucidez ou loucura de um protagonista. Adorei! E que venham mais filmes do Josh Trank sem interferência dos estúdios.
Tem muita coisa interessante. A premissa é ótima, e mistura muitos elementos clichês do terror (possessão, alucinações, terrores noturnos, exorcismos, found footage) de uma forma diferente e mais "fresca". A atuação do rapaz que faz o Blake é ótima, e a direção é muito eficiente: o filme não fica arrastado, aproveita bem o ambiente, faz jumpscares mas também faz coisas mais sutis que criam desconforto.
Infelizmente, também tem muita coisa ruim. Em especial, as atuações das duas moças que mais têm destaque - Karla e Alice - são péssimas! E o fato dos diálogos serem bem ruins também não ajuda em nada. O pior de tudo é que o roteiro é cheio de furos e coisas mal-aproveitadas. Alguns exemplos:
- O fato de Karla nem tentar salvar Angela de se enforcar, quando haveria mais do que tempo o suficiente; - Nunca sabemos quem é a quarta pessoa filmando as fitas VHS no passado; - Todos os personagens com treinamento médico/científico jamais se comportam desta forma; - O relacionamento de Karla e Pat é completamente irrelevante para a trama; - A falta de profundidade das outras "cobaias" deixa claro desde o início que elas só estarão lá para serem mortas; - A facilidade dos "exorcismos" chega a ser risível; - Desmembrar mais o demônio faria com que o filme ficasse mais assustador para a audiência, mas foi desperdiçado; - Explorar mais as alucinações de Karla também fariam com que o filme tivesse mais peso; - A claustrofobia também quase não é utilizada; E por aí vai...
No geral, é um filme com muitas falhas, mas bom. O fato de ser o primeiro filme do diretor/roteirista e ser uma produção de baixo orçamento australiana me faz ficar interessado para as próximas obras desta equipe criativa.
As atuações são boas, e eu particularmente até gostei do Kevin James nesse papel. O ritmo do filme é bom, a trilha sonora é MUITO boa, mas o roteiro (apesar de uma cena ou outra terem mais "camadas") é clichêzão demais e não amarra as pontas. É um pouco divertido, mas acaba frustrando mais do que entretendo.
Mais um da série "Eu teria adorado se tivesse visto no cinema". É um filme lento, introspectivo, e por sorte conta com ótimas atuações que passam bem o sentimento dos personagens só com um olhar ou uma entonação diferente em uma fala. O tipo de filme que precisa que se dedique a ele, para que se possa apreciar as nuances. O roteiro é delicado e conciso, e a direção vai de acordo com o que a história precisa. Muito bom e necessário. Infelizmente, *eu* tenho dificuldades de aproveitar tanto um filme como esse em casa. Com certeza é o tipo de obra que foi feita para ser assistida em uma sala escura com tela grande e outras pessoas ao redor. Mas é o que temos para o momento.
Que decisão estranha de ter um spin-off de High School Musical sobre a personagem que mais ama musicais... sem músicas. Ok, para ser justo, existem três números musicais (todos bem sem graça). Mas duvido que a Sharpay (a personagem) toparia participar de um filme assim sobre a vida dela, rs. É um filminho bem sem graça.
Boa série. Ritmo bem dinâmico, e a edição em episódios do que é praticamente um filme foi muito bem realizada. As atuações são ótimas. Em alguns momentos o roteiro abusa dos clichês ou pede que você acredite em soluções fáceis demais, mas ainda assim há algumas boas surpresas na reta final. O último episódio poderia ter sido dividido em duas partes para ficar ainda mais rápido e ainda assim ter mais história para contar.
QUE FILME, QUE FILME! Fui sem muitas pretensões, mas esperando me divertir bastante, tanto pela temática quanto pelas duas atrizes envolvidas. Mas U-A-U! Late Night é muito melhor do que eu esperava: um roteiro esperto, rápido, e progressivo sem ser piegas. Várias reflexões interessantes, personagens cativantes, piadas realmente engraçadas e uma direção que te envolve. Claro que o destaque fica para Emma Thompson e para Mindy Kaling, mas todo o resto da equipe fez um excelente trabalho com este filme. Recomendo demais.
A única grande vantagem do filme é evitar o clichê de ter só um personagem que vê o sobrenatural e que é taxado de doido pelos amigos. Infelizmente, o motivo para isso é também a maior fraqueza do roteiro: tudo é fácil, previsível e genérico. Todos os clichês estão presentes, desde os sustos até a tábua que é queimada e volta para as mãos do personagem, até a caracterização dos espíritos. Filme muito fraco.
O "plot twist em cima do plot twist" foi um pouco previsível pela maneira como o primeiro filme acabou. A ideia de fazer esse segundo plot twist parecia péssima e desrespeitosa com a ideia do original, e por isso eu estava cético com a primeira parte desta sequência.
Fiquei bem surpreso quando vi que a reviravolta da trama valeu a pena. Não só é bem feita, como traz mais sentido a algumas coisas do filme anterior (não que fossem "pontos soltos", mas a loucura do Bhrams, por exemplo, tem mais respaldo aqui), e ainda traz uns elementos que não eram tão previsíveis assim.
Gostei muito da sequência tratar de alguns temas do primeiro filme (traumas, cuidado parental etc.) de uma maneira diferente com os novos personagens. A protagonista do primeiro filme foi mais bem desenvolvida do que o Jude, por mais que tenhamos visto o que aconteceu com ele (ao contrário da Greta, que apenas conta sua história).
Para mim, o grande problema foi o mesmo do primeiro: a correria no final. Assim como no filme anterior, este revela a verdade em um momento legal e que te deixa ansioso para a resolução do conflito, mas... A resolução vem rápido demais. No primeiro filme, não teve muita emoção; neste, exageraram muito e perderam um pouco da credibilidade e da sutileza. Acho que é o que faz com que muita gente não goste desta série. Ainda assim, gosto bastante dos dois filmes e considero que vale a pena assistir.
Eu tinha grandes expectativas, mas o filme acabou sendo o contrário do que eu esperava. Ao invés de ser um drama sobre um alcoólatra tentando se recuperar que usa o basquete como uma forma de se destacar entre os filmes de drama, este é um filme sobre basquete que usa um alcoólatra tentando se recuperar como uma forma de se destacar entre os filmes de esporte. O que não é um problema - só não é meu tipo de filme.
A grande motivação para assistir ao filme, é claro, é o Ben Affleck, e sua atuação é tão boa como se pode esperar. Embora em nenhum momento o material permita que ele se destaque ao ponto de merecer aclamação e prêmios (como foi o caso em "Gone Girl"), Affleck está sempre convincente e sempre interessante de assistir.
Os filmes de esporte que mais costumam se destacar são aqueles que usam o esporte como uma metáfora para um sentimento universal. "The Way Back", porém, é um filme centrado no esporte, que procura usar o alcoolismo e a perda como as metáforas. Para mim, que não gosto muito do esporte, acaba sendo um exercício cansativo, e a identificação não acontece. Para grandes fãs de basquete, pode ser que seja mais envolvente e divertido.
Fui muito surpreendido! A "revolta" do Trump me fez pensar que o filme seria mais óbvio na sua crítica, mas pelo contrário: é um filme que, mesmo quando toma partido, te faz refletir sobre o lado que ele adota, de uma forma divertida, nada didática nem piegas. No final das contas, por mais que a temática principal seja política, o melhor jeito de curtir o filme é deixar esse discurso um pouco de lado e curtir o humor negro, as cenas de gore, e PRINCIPALMENTE a atuação da Betty Gilpin, que estava incrível em todas as cenas. Uma ótima diversão para assistir nesse período de quarentena, cheia de adrenalina e boas reviravoltas.
A parte mais sem graça é a "atuação" (?) do Vin Diesel, mas de resto é um filme bem legal. Embora a premissa seja batida, é feita de um jeito que até consegue surpreender no início, e as cenas de ação foram interessantes e bem executadas. Boa escolha para passar o tempo (e tem que ser, já que será o único filme nos cinemas por um tempo...)
É muito raro um filme começar tão bem e ficar ainda melhor a cada cena. Mesmo sabendo que é uma obra de um grande mestre do cinema, Dor e Glória surpreende ainda mais do que já se espera de Almodóvar. Sensível, delicado, real, cuidadoso, e (é claro) feito com maestria. Tudo é encantador. Estou apaixonado.
Achei péssimo. O humor é ridículo (repetir "Heil Hitler" várias vezes era para ser engraçado?), a história é previsível e o drama é forçado. Aliás, quando o filme decide virar um drama - do nada -, todo o desenrolar só acontece por "coincidências", nada é bem amarrado, parece uma aula de como não se estruturar um roteiro. A cereja do bolo desse desastre é a caracterização ridícula do Waititi como Hitler. Não convence nem como atuação nem como sátira, só dá vergonha alheia, mesmo, no nível Zorra Total de pastelão sem graça. Nas mãos de um roteirista e diretor mais habilidoso, a premissa poderia ter virado uma boa comédia ou um bom drama. Infelizmente, com Taika, virou apenas 2 horas de vida perdidas. Só vale pelas atuações das duas crianças e pela personagem da Scarlett Johansson, porque de resto, não há muito o que salvar nessa bagunça de filme.
O roteiro é excelente, embora (ou talvez justamente PORQUE) o próprio roteirista tenha dito que quase tudo é apenas especulação de sua parte. As atuações são um show a parte, nem se fala. Nesses quesitos, o filme é perfeito. Tudo isso faz com que os erros fiquem ainda mais gritantes e tristes, em especial da edição (recortadíssima, às vezes lembra um clipe de rock frenético) e da direção (algumas decisões de enquadramento e de câmera me deixaram com uma pulga atrás da orelha). Fernando Meirelles definitivamente não estava na sua melhor forma neste filme, e já entregou trabalhos bem melhores. Ainda assim, vale a pena ser visto.
Visualmente lindo (ainda mais do que o primeiro), sem dúvidas. A história deixa um pouco mais a desejar, principalmente pelos elementos místicos que "estufaram" demais o filme e ficaram mais confusos do que explicativos. A pior parte, porém, foi a dublagem brasileira da Elsa. Além do timbre horroroso e que não combina em nada com as feições da personagem, a dicção era péssima: mesmo assistindo em uma sala MacroXE, com excelente qualidade de som, não consegui entender boa parte dos diálogos dela. Ainda bem que o refrão da música principal é repetido várias vezes, porque só lá pela terceira ou quarta vez que dá para entender que a personagem está tentando dizer "minha intuição". Bem que as distribuidoras poderiam mandar umas sessões legendadas de animações de vez em quando...
Muita coisa funciona muito bem, desde a trama, passando pelas ótimas atuações e pela cenografia. Dois destaques interessantes são a direção, que opta por algumas sacadas surpreendentes
(por exemplo, quando uma das personagens usa uma escuta e todo o áudio da cena emula o que investigadores estão ouvindo)
, e a trilha sonora, que sempre busca músicas que marcaram o ano em que cada cena se passa e se relacionam bem com o ponto em que a história está. No geral, o filme é bem interessante e de fácil "digestão"; seria ainda melhor se tivesse apostado em dar mais gravidade para a história em si, explorando ainda mais e com mais seriedade o peso das escolhas que as personagens fazem, e o peso das consequências. Mesmo assim, é um ótimo entretenimento e uma história bacana.
"The Big Short" da Netflix. Ou seja, "The Big Short" piorado. Um elenco de primeiríssima linha, uma direção interessante, mas um roteiro pobre que tenta simplificar demais para contar a história e acaba se perdendo. Tem cenas muito interessantes, mas a amarração delas não convence e te deixa com uma sensação de que há grandes pedaços da história faltando.
Sabe quando os estúdios fazem uma paródia pornô de um filme sério? Isso aqui parece o contrário, parece que tentaram fazer uma paródia de uma premissa de filme pornô - o primo carola que se apaixona pelo primo criminoso. Tem algumas ideias boas e alguns momentos interessantes, mas as atuações e as falas da Júlia e do Mário são tão escrachadas que fica difícil redimir.
Aquele tipo de filme que quanto mais você revê e quanto mais pensa a respeito, melhor ele fica. A atenção aos detalhes e o peso da simbologia do Ari Aster fazem com que ele se destaque, já com uma pequena filmografia, entre todos os diretores trabalhando hoje. Assim como fez Jordan Peele (cada um a sua maneira, é claro), neste segundo filme Aster se arriscou mais, deixando a história superficial menos óbvia e fazendo com que o espectador precise entender mais a metáfora da trama para poder se envolver com o que está acontecendo. Neste sentido, o filme lembra outras obras de terror recentes como "mãe!" e "A Bruxa". Sem dizer muito mais, Midsommar é o tipo de filme que pede que se leia mais a respeito e volte para assistir novamente, tendo você gostado ou não, apenas para que se possa aproveitar mais o que está sendo dito. E tem tanta coisa sendo dita...
Possessão: O Último Estágio
1.8 33 Assista AgoraEu não tinha esperança nenhuma com o filme, nem sabia de nada a respeito, mas mesmo assim ele conseguiu me decepcionar... O roteiro passa longe de ser mediano: é só uma colcha de retalhos de algumas cenas de "O Exorcista", coladas com um diálogo porco e mal-feito. As atuações são sofríveis, de personagens americanos com sotaque britânico a um ator mirim que é dos piores que já vi nas telas. A direção nem tenta fingir que se inspirou em algo: é mecânica, com jumpscares previsíveis e sem eficiência. O final parece ter sido pensado por uma Inteligência Artificial que analisou filmes de terror dos anos 90 e decidiu que um "twist" vindo de lugar nenhum era o melhor jeito de terminar.
Passe longe: este é muito, muito ruim mesmo!
O 3º Andar: Terror na Rua Malasana
3.0 172 Assista AgoraAté 90 minutos de filme eu estava gostando bastante, mas que final horrível... Putz. Apesar de ter uma atmosfera massa e momentos tensos, a história foi toda cagada (e, sinceramente, ofensiva) nas últimas cenas. Não recomendo.
Capone
2.5 58Uau, que jornada! Este não é um filme sobre a lenda de "Al Capone", mas sobre os últimos dias de Capone, tratado pela família por Fonze, para "afastar" a lembrança de seus dias sombrios.
É uma história que não costumamos ver em filmes que lidam com figuras assim, e é contada de um jeito completamente atípico (em especial, duas sequências que lidam com a doença degenerativa do personagem são de tirar o fôlego).
Se você espera um típico filme de gângster/máfia, não precisa nem olhar na direção de "Capone". Esta obra é um estudo de personagem, uma reflexão sobre os atos e sobre a ruína de um homem poderosíssimo, e uma experimentação na forma de se lidar com a lucidez ou loucura de um protagonista.
Adorei! E que venham mais filmes do Josh Trank sem interferência dos estúdios.
Artemis Fowl: O Mundo Secreto
2.0 111Pensei em fazer uma crítica completa, mas o filme é tão insignificante e previsível que não é preciso falar muito mais do que isso. Que tristeza.
Só digo uma coisa: se eu fosse o Eoin Colfer, estaria muito triste. Rick Riordan, boa sorte.
Awoken
1.9 7Tem muita coisa interessante. A premissa é ótima, e mistura muitos elementos clichês do terror (possessão, alucinações, terrores noturnos, exorcismos, found footage) de uma forma diferente e mais "fresca". A atuação do rapaz que faz o Blake é ótima, e a direção é muito eficiente: o filme não fica arrastado, aproveita bem o ambiente, faz jumpscares mas também faz coisas mais sutis que criam desconforto.
Infelizmente, também tem muita coisa ruim. Em especial, as atuações das duas moças que mais têm destaque - Karla e Alice - são péssimas! E o fato dos diálogos serem bem ruins também não ajuda em nada. O pior de tudo é que o roteiro é cheio de furos e coisas mal-aproveitadas. Alguns exemplos:
- O fato de Karla nem tentar salvar Angela de se enforcar, quando haveria mais do que tempo o suficiente;
- Nunca sabemos quem é a quarta pessoa filmando as fitas VHS no passado;
- Todos os personagens com treinamento médico/científico jamais se comportam desta forma;
- O relacionamento de Karla e Pat é completamente irrelevante para a trama;
- A falta de profundidade das outras "cobaias" deixa claro desde o início que elas só estarão lá para serem mortas;
- A facilidade dos "exorcismos" chega a ser risível;
- Desmembrar mais o demônio faria com que o filme ficasse mais assustador para a audiência, mas foi desperdiçado;
- Explorar mais as alucinações de Karla também fariam com que o filme tivesse mais peso;
- A claustrofobia também quase não é utilizada;
E por aí vai...
No geral, é um filme com muitas falhas, mas bom. O fato de ser o primeiro filme do diretor/roteirista e ser uma produção de baixo orçamento australiana me faz ficar interessado para as próximas obras desta equipe criativa.
Becky
3.0 175As atuações são boas, e eu particularmente até gostei do Kevin James nesse papel. O ritmo do filme é bom, a trilha sonora é MUITO boa, mas o roteiro (apesar de uma cena ou outra terem mais "camadas") é clichêzão demais e não amarra as pontas. É um pouco divertido, mas acaba frustrando mais do que entretendo.
A Assistente
3.3 199 Assista AgoraMais um da série "Eu teria adorado se tivesse visto no cinema".
É um filme lento, introspectivo, e por sorte conta com ótimas atuações que passam bem o sentimento dos personagens só com um olhar ou uma entonação diferente em uma fala. O tipo de filme que precisa que se dedique a ele, para que se possa apreciar as nuances. O roteiro é delicado e conciso, e a direção vai de acordo com o que a história precisa. Muito bom e necessário.
Infelizmente, *eu* tenho dificuldades de aproveitar tanto um filme como esse em casa. Com certeza é o tipo de obra que foi feita para ser assistida em uma sala escura com tela grande e outras pessoas ao redor. Mas é o que temos para o momento.
A Fabulosa Aventura da Sharpay
2.5 266 Assista AgoraQue decisão estranha de ter um spin-off de High School Musical sobre a personagem que mais ama musicais... sem músicas. Ok, para ser justo, existem três números musicais (todos bem sem graça). Mas duvido que a Sharpay (a personagem) toparia participar de um filme assim sobre a vida dela, rs. É um filminho bem sem graça.
Jogo Perigoso
3.2 112Boa série. Ritmo bem dinâmico, e a edição em episódios do que é praticamente um filme foi muito bem realizada. As atuações são ótimas. Em alguns momentos o roteiro abusa dos clichês ou pede que você acredite em soluções fáceis demais, mas ainda assim há algumas boas surpresas na reta final. O último episódio poderia ter sido dividido em duas partes para ficar ainda mais rápido e ainda assim ter mais história para contar.
Talk-Show – Reinventando a Comédia
3.4 60QUE FILME, QUE FILME!
Fui sem muitas pretensões, mas esperando me divertir bastante, tanto pela temática quanto pelas duas atrizes envolvidas. Mas U-A-U! Late Night é muito melhor do que eu esperava: um roteiro esperto, rápido, e progressivo sem ser piegas.
Várias reflexões interessantes, personagens cativantes, piadas realmente engraçadas e uma direção que te envolve. Claro que o destaque fica para Emma Thompson e para Mindy Kaling, mas todo o resto da equipe fez um excelente trabalho com este filme.
Recomendo demais.
Ouija: O Jogo dos Espíritos
2.0 983 Assista AgoraA única grande vantagem do filme é evitar o clichê de ter só um personagem que vê o sobrenatural e que é taxado de doido pelos amigos. Infelizmente, o motivo para isso é também a maior fraqueza do roteiro: tudo é fácil, previsível e genérico. Todos os clichês estão presentes, desde os sustos até a tábua que é queimada e volta para as mãos do personagem, até a caracterização dos espíritos. Filme muito fraco.
Brahms: Boneco do Mal II
2.1 215 Assista AgoraO "plot twist em cima do plot twist" foi um pouco previsível pela maneira como o primeiro filme acabou. A ideia de fazer esse segundo plot twist parecia péssima e desrespeitosa com a ideia do original, e por isso eu estava cético com a primeira parte desta sequência.
Fiquei bem surpreso quando vi que a reviravolta da trama valeu a pena. Não só é bem feita, como traz mais sentido a algumas coisas do filme anterior (não que fossem "pontos soltos", mas a loucura do Bhrams, por exemplo, tem mais respaldo aqui), e ainda traz uns elementos que não eram tão previsíveis assim.
Gostei muito da sequência tratar de alguns temas do primeiro filme (traumas, cuidado parental etc.) de uma maneira diferente com os novos personagens. A protagonista do primeiro filme foi mais bem desenvolvida do que o Jude, por mais que tenhamos visto o que aconteceu com ele (ao contrário da Greta, que apenas conta sua história).
Para mim, o grande problema foi o mesmo do primeiro: a correria no final. Assim como no filme anterior, este revela a verdade em um momento legal e que te deixa ansioso para a resolução do conflito, mas... A resolução vem rápido demais. No primeiro filme, não teve muita emoção; neste, exageraram muito e perderam um pouco da credibilidade e da sutileza. Acho que é o que faz com que muita gente não goste desta série. Ainda assim, gosto bastante dos dois filmes e considero que vale a pena assistir.
O Caminho de Volta
3.3 83 Assista AgoraEu tinha grandes expectativas, mas o filme acabou sendo o contrário do que eu esperava. Ao invés de ser um drama sobre um alcoólatra tentando se recuperar que usa o basquete como uma forma de se destacar entre os filmes de drama, este é um filme sobre basquete que usa um alcoólatra tentando se recuperar como uma forma de se destacar entre os filmes de esporte. O que não é um problema - só não é meu tipo de filme.
A grande motivação para assistir ao filme, é claro, é o Ben Affleck, e sua atuação é tão boa como se pode esperar. Embora em nenhum momento o material permita que ele se destaque ao ponto de merecer aclamação e prêmios (como foi o caso em "Gone Girl"), Affleck está sempre convincente e sempre interessante de assistir.
Os filmes de esporte que mais costumam se destacar são aqueles que usam o esporte como uma metáfora para um sentimento universal. "The Way Back", porém, é um filme centrado no esporte, que procura usar o alcoolismo e a perda como as metáforas. Para mim, que não gosto muito do esporte, acaba sendo um exercício cansativo, e a identificação não acontece. Para grandes fãs de basquete, pode ser que seja mais envolvente e divertido.
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraFui muito surpreendido! A "revolta" do Trump me fez pensar que o filme seria mais óbvio na sua crítica, mas pelo contrário: é um filme que, mesmo quando toma partido, te faz refletir sobre o lado que ele adota, de uma forma divertida, nada didática nem piegas. No final das contas, por mais que a temática principal seja política, o melhor jeito de curtir o filme é deixar esse discurso um pouco de lado e curtir o humor negro, as cenas de gore, e PRINCIPALMENTE a atuação da Betty Gilpin, que estava incrível em todas as cenas. Uma ótima diversão para assistir nesse período de quarentena, cheia de adrenalina e boas reviravoltas.
Bloodshot
2.7 277 Assista AgoraA parte mais sem graça é a "atuação" (?) do Vin Diesel, mas de resto é um filme bem legal. Embora a premissa seja batida, é feita de um jeito que até consegue surpreender no início, e as cenas de ação foram interessantes e bem executadas. Boa escolha para passar o tempo (e tem que ser, já que será o único filme nos cinemas por um tempo...)
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraÉ muito raro um filme começar tão bem e ficar ainda melhor a cada cena. Mesmo sabendo que é uma obra de um grande mestre do cinema, Dor e Glória surpreende ainda mais do que já se espera de Almodóvar. Sensível, delicado, real, cuidadoso, e (é claro) feito com maestria. Tudo é encantador. Estou apaixonado.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraAchei péssimo. O humor é ridículo (repetir "Heil Hitler" várias vezes era para ser engraçado?), a história é previsível e o drama é forçado. Aliás, quando o filme decide virar um drama - do nada -, todo o desenrolar só acontece por "coincidências", nada é bem amarrado, parece uma aula de como não se estruturar um roteiro. A cereja do bolo desse desastre é a caracterização ridícula do Waititi como Hitler. Não convence nem como atuação nem como sátira, só dá vergonha alheia, mesmo, no nível Zorra Total de pastelão sem graça. Nas mãos de um roteirista e diretor mais habilidoso, a premissa poderia ter virado uma boa comédia ou um bom drama. Infelizmente, com Taika, virou apenas 2 horas de vida perdidas. Só vale pelas atuações das duas crianças e pela personagem da Scarlett Johansson, porque de resto, não há muito o que salvar nessa bagunça de filme.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraO roteiro é excelente, embora (ou talvez justamente PORQUE) o próprio roteirista tenha dito que quase tudo é apenas especulação de sua parte. As atuações são um show a parte, nem se fala. Nesses quesitos, o filme é perfeito.
Tudo isso faz com que os erros fiquem ainda mais gritantes e tristes, em especial da edição (recortadíssima, às vezes lembra um clipe de rock frenético) e da direção (algumas decisões de enquadramento e de câmera me deixaram com uma pulga atrás da orelha). Fernando Meirelles definitivamente não estava na sua melhor forma neste filme, e já entregou trabalhos bem melhores. Ainda assim, vale a pena ser visto.
Frozen II
3.6 784Visualmente lindo (ainda mais do que o primeiro), sem dúvidas. A história deixa um pouco mais a desejar, principalmente pelos elementos místicos que "estufaram" demais o filme e ficaram mais confusos do que explicativos.
A pior parte, porém, foi a dublagem brasileira da Elsa. Além do timbre horroroso e que não combina em nada com as feições da personagem, a dicção era péssima: mesmo assistindo em uma sala MacroXE, com excelente qualidade de som, não consegui entender boa parte dos diálogos dela. Ainda bem que o refrão da música principal é repetido várias vezes, porque só lá pela terceira ou quarta vez que dá para entender que a personagem está tentando dizer "minha intuição". Bem que as distribuidoras poderiam mandar umas sessões legendadas de animações de vez em quando...
As Golpistas
3.5 538 Assista AgoraMuita coisa funciona muito bem, desde a trama, passando pelas ótimas atuações e pela cenografia. Dois destaques interessantes são a direção, que opta por algumas sacadas surpreendentes
(por exemplo, quando uma das personagens usa uma escuta e todo o áudio da cena emula o que investigadores estão ouvindo)
No geral, o filme é bem interessante e de fácil "digestão"; seria ainda melhor se tivesse apostado em dar mais gravidade para a história em si, explorando ainda mais e com mais seriedade o peso das escolhas que as personagens fazem, e o peso das consequências. Mesmo assim, é um ótimo entretenimento e uma história bacana.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraSó consigo imaginar o tanto que eu amaria ainda mais este filme se tivesse a chance de assistir no cinema.
A Lavanderia
3.3 247"The Big Short" da Netflix. Ou seja, "The Big Short" piorado. Um elenco de primeiríssima linha, uma direção interessante, mas um roteiro pobre que tenta simplificar demais para contar a história e acaba se perdendo. Tem cenas muito interessantes, mas a amarração delas não convence e te deixa com uma sensação de que há grandes pedaços da história faltando.
Primos
2.5 158Sabe quando os estúdios fazem uma paródia pornô de um filme sério? Isso aqui parece o contrário, parece que tentaram fazer uma paródia de uma premissa de filme pornô - o primo carola que se apaixona pelo primo criminoso. Tem algumas ideias boas e alguns momentos interessantes, mas as atuações e as falas da Júlia e do Mário são tão escrachadas que fica difícil redimir.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAquele tipo de filme que quanto mais você revê e quanto mais pensa a respeito, melhor ele fica.
A atenção aos detalhes e o peso da simbologia do Ari Aster fazem com que ele se destaque, já com uma pequena filmografia, entre todos os diretores trabalhando hoje.
Assim como fez Jordan Peele (cada um a sua maneira, é claro), neste segundo filme Aster se arriscou mais, deixando a história superficial menos óbvia e fazendo com que o espectador precise entender mais a metáfora da trama para poder se envolver com o que está acontecendo. Neste sentido, o filme lembra outras obras de terror recentes como "mãe!" e "A Bruxa".
Sem dizer muito mais, Midsommar é o tipo de filme que pede que se leia mais a respeito e volte para assistir novamente, tendo você gostado ou não, apenas para que se possa aproveitar mais o que está sendo dito. E tem tanta coisa sendo dita...