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28 years Juazeiro do Norte - (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Renan Gomes

    “Não é que você não entenderia, é que você não sentiria o que eu sinto”

    Em um determinado momento no filme, alguém fala sobre esperança ao protagonista. Sempre entendi a esperança como um conceito um tanto perigoso. Viver constantemente no futuro acaba por nos fazer negligenciar o presente. Mas não pude deixar de me perguntar: E quando alguém perde a esperança? Bom, aí essa pessoa é obrigada a voltar os olhos somente para o presente. E quando o presente é doloroso demais, a ideia de um futuro se torna insuportável. É isso que o Badii sente. Não sabemos os motivos (também não importa), mas ele não quer um futuro para si, ele não quer estabelecer relações com ninguém. Ele só quer encontrar alguém que o auxilie com um “trabalho manual”. Ele constantemente usa esse termo para tentar amenizar o peso do que ele deseja e pede das pessoas a quem ele oferece esse “serviço”. Grandes reflexões sobre moral, religiosidade, ética e medo são tiradas desses momentos. O diretor toma a distância necessária para que não julguemos o desejo do protagonista, mas nos aproxima dele o suficiente para que sintamos sua dor, seu vazio. Ele passa por diversas pessoas, e essa presença constante de pessoas em busca de alguma oportunidade de trabalho durante o filme funciona como essa alusão à necessidade humana de procurar um sentido para nossa existência. Vivemos para trabalhar, ou amar, cumprir idealizações ou até mesmo aproveitar as coisas simples da vida. Depositar no cumprimento de tais coisas a nossa felicidade a esvazia. Torna-a uma mera lista de afazeres.

    Gosto de Cereja é um dos filmes mais sensíveis a respeito de um tema tão delicado. Uma obra de arte no sentido mais pleno possível.

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  • Renan Gomes

    Existem tantas possibilidades de interpretação sobre esse filme quanto multiversos dentro dele. Mas o que mais me toca é a ideia de cada “poderia ter sido” vivenciada pela protagonista nos levar a pensar nos nossos. No que poderíamos ter feito de diferente, ou dito de maneira diferente. Onde estaríamos se tivéssemos feito determinadas escolhas, renunciado a coisas para conseguir outras. Essa infinidade de nós mesmos que destruímos ao longo do caminho.

    É um filme hiperbólico, não só no título, mas em sua essência. Ao mesmo tempo, nos faz contemplar a pequenez de nossa existência com um cuidado muito sensível. Negar o caos que somos não faz com que ele deixe de existir, então quando abraçamos esse “nada importa” muita coisa passa a fazer sentido ou tomar sentidos diferentes.

    O centro vazio da rosquinha acaba sendo esse lugar rodeado pela bagunça da vida, onde cada coisa e cada momento viram um grande nada. Parece desesperador, mas dependendo do ponto de vista vira um alento.

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