Acompanhei meu sobrinho e foi difícil saber quem se divertiu mais. Filme super bacana com dose certa de humor que agrada a todos, além da boa mensagem sobre família e amizade. Vale super a pena!
O cenário é a década de 60, os EUA e principalmente em Virginia ainda há a segregação racial latente e isso também acontecia dentro da própria NASA, uma restrição máxima de contato entre negros e brancos. A Nasa está tentando colocar um homem no espaço e mais a frente na lua, mas os soviéticos levaram a dianteira na corrida espacial e isso feriu e muito o ego norte-americano que correm contra o tempo pressionando cada vez mais seus funcionários.
Então temos três brilhantes mulheres Katherine Goble (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monae) que pertencem ao grupo de matemáticos de Virginia que realizam cálculos para a NASA e traz em cena Al Harrison (Kevin Costner), chefe do Grupo de trabalho do espaço, encarregado de calcular as trajetórias dos foguetes.
Das três mulheres, Katherine é absolutamente brilhante o que de início traz um certo conflito com Harrison. A forma de trabalhar, as decisões e maneiras de pensar dela batem de frente com o jeito retrógrado do novo chefe, mas apesar de todos os empecilhos e sabotagens que sofre ela aceita e supera o desafio e por sua coragem e determinação, ela ganha a briga com Harrison e Paul Stafford, seu superior imediato.
Katherine é o centro do filme, esta consegue ser o ponto onde a história começa, se desenvolve e termina.
O filme conta essa história até então desconhecida, dessas heroínas da vida real, entre tantas que todos os dias precisam se desdobrar para vencer tantas barreiras nesse mundo racista e machista.
Katherine deve lutar em um ambiente dominado por homens brancos, Dorothy luta para conseguir ser promovida e aprende um novo sistema operacional e Mary, busca ser admitida no curso de Engenharia da universidade onde não aceitam negros. A insistência da palavra "lutar" "buscar" não é coincidência, o filme é a luta diária para buscar ser reconhecida, ser valorizada pelos seus méritos e não ser julgada, ou tratada como pessoa sem valor por conta da pele.
O elenco tem química e faz o filme fluir muito bem, inclusive os secundários como Jim Parsons, Kristen Dunst e Mahershala Ali.
O reconhecimento que cada uma delas vão conquistando ao longo do filme é emocionante, como coisas que hoje em dia nos parece algo bizarro ter banheiros separados, assentos nos ônibus etc... e isso não faz tanto tempo isso foi há 50 anos atrás, e foram pessoas como elas que fizeram do mundo ser um pouco mais justo hoje e bem longe ainda do ideal.
incrível alguém ter que entrar na justiça para ter direito a cursar universidade só porque é negro.
“Hidden Figures” nos oferece esses exemplos de superação, de que quando realmente queremos mudar algo temos que correr atrás dos nossos sonhos, não importam as barreiras, e no fundo as vitórias delas são as nossas vitórias também, fiquei realmente feliz e motivada no final do filme e acredito que isso seja a principal mensagem para todos nós.
Lars é um jovem muito tímido e doce, que vive em uma pequena localidade na casa de seus pais falecidos. Ali foram moram seu irmão e sua esposa grávida, obrigando Lars a se mudar para a garagem. Todos os que convivem com Lars, a começar pela sua cunhada, se preocupam por ele não ter vida social, e tampouco vontade de conseguir uma namorada, embora uma colega de trabalho demonstre estar interessada nele. Por isso, quando chega em casa avisando que conheceu uma garota pela internet chamada Bianca, todos ficam entusiasmados, só não contavam que ela é uma boneca.
Lars se diz muito religioso e que não quer intimidades com a sua "namorada" embora tenha sido projetada para isso, e que quer ter relações sexuais depois do casamento. Lars é um rapaz mais retraído que o normal, algo que parece ser patológico. É um personagem bem interessante e fascinante.
Ryan Gosling está excelente no papel representando uma série de tiques e gestos absolutamente realistas e até graciosos, e que não são debochados nem exagerados. Paul Schneider, que interpreta seu irmão também está muito bem e até cômico com suas expressões e Emily Mortimer, a cunhada, dá um ponto de vista mais humano e generoso – dentro do plausível e não meloso. A Garota Ideal tem componentes psicológicos muito interessantes. Não é que Lars necessite uma namorada porque está se sentindo sozinho, o que seria óbvio; mas que com esta boneca ele consegue dar uma projeção de sua própria personalidade e que lhe ajuda a se abrir e se expressar com os demais. Bianca é uma metáfora de qualquer elemento externo que sirva ao protagonista para dar o passo que precisa dar por si mesmo. A história poderia muito bem acontecer sem a boneca, mas graças a ela pôde-se aprofundar mais sobre seu problema. Em 'Tamanho natural', a garota de borracha substituía claramente a figura feminina, o que na figura totalmente submissa e calada serviu como pretexto de piadas machistas de alguns homens. Em A Garota Ideal, Bianca é só uma desculpa para que Lars consiga abrir seu mundo para os demais. Bianca não lhe faz companhia, mas consegue que os moradores da cidade o façam e ele consegue suportar essa companhia que até então não suportava. Poderíamos criticar no filme que todas as pessoas da cidade são demasiadamente boas com Lars e se comportam de uma maneira muito mais compreensiva do que seria na realidade, mas podemos aceitá-lo se vemos que a peculiaridade de Lars como a representação de qualquer outro elemento que pudesse ajudá-lo. A cidade sempre nevada e fria contrasta com uma comunidade muito unida e acolhedora. Por isso o filme tem um toque de otimismo e que por detrás de uma comédia há uma história de sentimentos muito bem conduzida.
A câmera rodeia a imagem de um Cristo iluminado sobre fundo negro, até que descobrimos que é um momento de dor, um momento íntimo, reflexo do que é A Espera. Estamos em um velório, uma mãe perdeu seu filho e o diretor quer que saibamos o quanto esta dor está maltratando essa mulher.
Essa mãe que tentar a todo custo manter seu filho próximo a ela o maior tempo possível, a decisão? Não contar para sua namorada Jeanne, a quem ela nem ainda conhecia, de que ele está morto e deixar que ela viaje de Paris para se encontrar com ele ...embora na realidade irá se encontrar com ela. A mulher Anna, a espera na casa…e tentar adiar o máximo a terrível notícia. Porque simplesmente não é capaz de encarar a moça e dizer que seu filho morreu, uma vez que Anna encontrará na juventude de Jeanne a vontade de seguir vivendo.
O filme é repleto de silêncios e imagens da casa, os quartos, o lago .... que belas imagens do lago...convidativo para um mergulho O único personagem que tira Anna do seu voluntário isolamento é o caseiro, que dá suporte para ela quando esta quase sucumbe, ele é como se fosse a voz da consciência dela, ele que faz Anna voltar a realidade quando ela mente dizendo que seu filho vai retornar para casa. Mas com a chegada da Jeanne tudo muda ali,
Anna muda de humor e sai do seu luto para conhecer aquela garota com quem seu filho estava apaixonado. As duas se tornam amigas, conversam, até a cena dos jovens que Jeanne conhece no lago e convida para jantar, uma assimilação da verdade atinge Anna. Por que prendê-la ali naquela casa?Por que não deixá-la ir viver a sua vida? E Anna volta a viver seu isolamento. A parte final do filme é mais emblemática...a da procissão, pois é Anna que chora pelo seu filho morto, é a imagem de Maria que chora por Jesus morto, a encenação do calvário com a procissão religiosa e o calvário real da Anna passando por aquela dor que nenhum progenitor quer passar...a de enterrar seu filho.
Anna é Juliette Binoche. A Espera É Juliette Binoche. Seus olhares, gestos, silêncios. Sua forma de cativar à câmera com o realismo da sua interpretação. É Binoche que faz valer a pena passar a angústia que é assistir A Espera.
Mais Sombrio que a Meia Noite está ambientada na Catânia dos anos oitenta, e é baseada na adolescência de Davide Cordova, conhecido principalmente na Itália como Fuxia Loka, emblemática drag queen do club romano Muccassassina. Antes de iniciar sua carreira musical na capital italiana, Fuxia viveu períodos bem difíceis nas ruas da Sicília fugindo do seu pai que o forçava a tomar testosterona e visitar psicólogos porque se negava a aceitar sua condição transgênero. Logo no início do filme vemos Davide (Davide Capone) em um sótão decorado com fotografias de David Bowie e outros ícones pop da época e também um elemento que chama bastante atenção é a introdução de Davide com sua fisionomia andrógina. Depois vemos a fuga de Davide com 14 anos. Os motivos dessa fuga são revelados através de flashbacks que revelam a natureza violenta do pai e a cegueira real e metafórica da submissa mãe. Com uma mochila cheia de discos, Davide vai para Villa Bellini, local de prostituição homossexual. Nessa cena, somos apresentados aos seus novos amigos como La Rettore (Giovanni Gullizia) e uma cópia transexual de Marilyn Monroe (Sebastian Gimelli Morosini) que ilustram ao protagonista esse gueto para os homossexuais que vendiam seu corpo na homofóbica Itália. Apesar de Davide estar feliz em viver longe do pai e enfim poder vivenciar a sua homossexualidade, o adolescente também inicia um involuntário processo autodestrutivo que o obrigará a viver em um ambiente mais sombrio que a meia noite.
Ele vive podemos dizer angústia com relação a diversos fatos. A primeira, sua culpa por ter abandonado a bondosa mãe que era inválida. A segunda, o amor não correspondido de Vito (Maziar Firouzi), garoto de programa que o "homem de branco" provavelmente um cafetão mantêm em sua casa. E o terceiro motivo, e mais significativo, é dele aos poucos dar-se conta que não pode seguir vivendo em uma sociedade que nega, ignora e inclusive pretende exterminar pessoas como ele, mas que deseja explorá-los como objetos sexuais de suas próprias fantasias a noite mas que pela manhã se nega a confrontá-los ou olhar para eles.
Bem real com relação a tantos jovens homossexuais que são expulsos de casa pelas suas famílias, aquelas que deveriam amar e proteger, e desde cedo muitos desses jovens são expostos a tudo de pior que existe no mundo. Não é a toa que o índice de suicídio entre homossexuais é altíssimo. Triste e Cruel!
um filme agradável de assistir ainda mais com a deusa Meryl Streep que faz tão bem Florence Foster, que defende que há de se fazer as coisas com paixão, mesmo que não tão bem. Baseada em uma história real, o filme de Frears nos leva a uma Nova York dos anos 40, ainda na II Guerra e nos apresenta Florence Foster Jenkins, uma milionária que deseja a todo custo entrar no mundo da ópera. Só há um pequeno problema: suas poucas habilidades para o canto. Foster Jenkins chegou a gravar discos e lotar teatros. Um sucesso que, sem dúvida, não chegou por seu talento, mas sim ao empenho do seu marido e empresário St. Clair Bayfield em protegê-la e dar a ela o que ela mais desejava, a glória de ser cantora de ópera. O que é mais interessante no filme também é a relação entre Florence e seu marido, há ternura, respeito e uma intimidade assexuada - e a relação que ele tinha com uma amante-, muito bem transmitidos tanto pelo diretor como por seus excelentes atores. St.Clair Bayfield ajuda a cumprir os sonhos da sua esposa, embora esses sejam irrealizáveis, para demonstrar que se fazemos algo com paixão, por pior que saiam os resultados, há sempre que se apreciar o esforço e dedicação, e não há quem se dedique mais que Florence com as suas inesgotáveis aulas de canto onde não vemos nenhuma melhora apesar de todo o seu empenho. Muitas vezes o que buscamos nada mais que um filme para se distrair e nada melhor que poder contemplar uma das melhores atrizes vivas. É um filme que você se diverte e até sente uma mistura de admiração e pena de Florence, admiração pelo fato dela fazer o que ela deseja fazer e claro pela coragem e pena óbvio pelo seu insucesso e ser vítima de críticas e risos. Um filme com interpretações incríveis, cenas de ternura e divertidas e uma Maryl Streep perfeita, mas isto não nos surpreende.
Pior filme que vi na vida, nunca saí com tanta raiva de um cinema, que merda foi essa? Perda de tempo total, como Binoche se submeteu a um papel tão ridículo? Personagens caricatos e completamente idiotas, tudo bem que seria uma crítica irônica, mas poderia ser uma história com sentido né? Valeu só pela fotografia e olha lá...que raiva daqueles policiais imbecis!!! E o final, o cara voando!!! O Bruno Dumont só poderia estar mto chapado com maconha estragada para fazer uma porcaria dessas
John, um adolescente que passou dois anos em um reformatório, volta a casa de seu pai tentando retornar sua antiga vida. Contudo o passado do jovem não foi esquecido em sua pequena cidade. E a sua presença trará o que há de pior em cada um dos moradores.
Sentindo-se cada vez mais abandonado pelos amigos e por aqueles que ele ama, John perde a esperança, uma espiral de violência começa a tomar forma, chegando a quase um linchamento. A cena do pai do Kim na reunião na escola foi bem chocante pelo fato dele ter apoiado a atitude do filho. O filme mostra a intransigência de uma sociedade que não está preparada para o perdão, e será que de fato podemos perdoar quem cometeu um crime tão grave? John, incapaz de deixar para trás o passado, decide enfrentá-lo sozinho. Mas não curti muito do meio para o final. Achei que se perdeu um pouco.
A partir da leitura de um livro, Susan (Amy Adams) atravessa uma profunda crise emocional. O brutal texto que lê foi escrito por Edward (Jake Gyllenhaal), seu ex-marido. Susan descobrirá que a história e dedicatória do livro entrelaçam uma complexa vingança.
O que é mais interessante na narrativa desse filme, é a sua capacidade de costurar três argumentos: a realidade do personagem principal, a ficção da história e as recordações que ali são invocadas. Isto é a magia do cinema em sua melhor forma.
Nisso tudo, vale destacar as impecáveis atuações de um dos melhores elencos do ano. Adams faz uma Susan de uma fragilidade emocional devastadora. Gyllenhaal faz o duplo papel do primeiro marido que foi abandonado, um artista sensível e o protagonista do relato literário, vítima de um crime terrível. Aaron Taylor-Johnson, encarna maravilhosamente bem um psicopata (merecia uma indicação ao Oscar). Enquanto Michael Shannon rouba a cena como um peculiar e enigmático agente da lei nada ortodoxo.
Animais Noturnos é um daqueles filmes de thriller psicológico que nos surpreende e que dificilmente conseguimos esquecer depois de assistir. E isso é muito bom. E que vingança do Edward.
Muito além de ser uma história de amor carregada de elementos melodramáticos, A luz entre Oceanos, é um relato moral que contrapõe o dever com a lealdade. Situada alguns anos após a Primeira Guerra Mundial, em uma desolada ilha australiana, onde via crescer o xenofobismo contra os alemães, o filme traz contemplação pelas imagens bucólicas e perturbação pelo clima angustiante do casal, o filme tem um tom contemplativo e devastador, o filme oscila entre a tragédia e a felicidade em uma história cheia de reviravoltas e momentos lacrimosos bem elaborados.
O casal Tom e Isabel vivem bem apesar de isolados e a felicidade deles começa a mudar quando Isabel sofre sucessivos abortos ao tentar engravidar.
A cena da chuva e Isabel indo buscar ajuda do marido foi angustiante.
Sem serviços médicos nem qualquer tipo de ajuda, e também sem a intenção de buscá-los, pouco a pouco o casal vai se desmoronando. Isabel, devastada pela tristeza, vai sendo consumida pela desolação e Tom se refugia cada vez mais em silêncio. Mas tudo muda quando chega um bebê em pequeno bote com um homem morto. O casal discute sobre o que fazer. Ficar com a menina ou informar as autoridades o ocorrido (conforme era obrigação do faroleiro). A decisão marcaria para sempre suas vidas, e a felicidade que parecia distante volta a acontecer entre o casal até aparecer Hannah (Rachel Weisz), quem perdeu o marido e a filha no mar.
Há um conflito moral, própria de uma época passada, a atitude tomada por Tom que muitos não concordariam. Mas o que fazer em uma situação assim? Como conviver com tudo aquilo sabendo da dor da verdadeira mãe? Agora o final achei melodramático demais, imaginava algo diferente, mas no todo é um filme carregado de dor, de culpa e também de amor.
vale mais pela trilha sonora anos 80, história bacana típica de sessão da tarde, achei o final meio apressado e o personagem do irmão mais velho poderia ter sido melhor explorado.
Achei que no início do filme, para quem não leu o livro ficou um pouco confuso, mas depois para a metade do filme ele engrena bem. Excelente atuação de Emily Blunt. Acho que o final fica um pouco óbvio, mas não compromete. Bom suspense e a fotografia é sim linda.
A sinopse tem alguns erros mas enfim é um filme para entreter somente, nada de grandes reflexões e mostra a vida como ela é, com medos, descobertas, ansiedades e amor, lógico! Só senti falta de ter mais imagens da cidade, mas valeu mesmo assim
Tinha tudo para ser um bom filme, mas acaba sendo uma história fraca sem contextualizar a época do movimento anarquista, dando mais destaque a uma história de amor confusa sem o menor fundamento. Um desperdício!
Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal de artistas que alcançam prestígio nas primeiras décadas do século XX. Mas há na relação deles um detalhe, Einar não se sente a vontade dentro do seu próprio corpo, se sente uma mulher presa no corpo de um homem, o que leva a vários conflitos ao longo do filme, conflito interno, com a esposa, com os demais. O filme trata toda essa trajetória de Einar Wegener, o primeiro transexual que evoluiu de dentro para fora para passar a ser e ser vista como a mulher que sentia que era. Ruim do filme que passa no início tudo muito devagar, ficando um pouco cansativo, mas que aos poucos, conforme toda a transformação do personagem principal, o filme vai ganhando um pouco mais de ritmo. E que atuações de Redmayne, a mudança do olhar, da linguagem corporal, fantástico e de Vikander, afinal não foi fácil para a esposa dele vivenciar toda aquela mudança, mas mesmo assim o apoiou. E a fotografia que é linda! Um bom filme sobre um tema delicado ainda hoje, visto que foi noticiado que alguns cinemas se recusaram passar A Garota Dinamarquesa. Se essa questão é tabu hoje imagina a 80, 90 anos atrás!
É um filme muito delicado e comove o grande amor de Gerda frente a angústia de seu marido, afinal o amor não há limites e essa é a prova, mesmo ela vendo que o casamento deles tinha acabado, que Lili viveria uma nova vida, ela ficou sempre ao seu lado, muito bonito.
Baseado no livro de Patricia Highsmith, a adaptação cinematográfica de Todd Haynes muda alguns detalhes do livro. Se no livro temos o ponto de vista principal de Therese, empregada em uma loja de departamentos, no filme o relato pende para Carol, uma mulher que está se divorciando e pela qual Therese se apaixona. Carol tem uma presença forte, sedutora, que logo chama a atenção e cativa o interesse de Therese. Cate Blanchett incorpora bem a personagem, com sua elegância e presença. Therese é o oposto, é uma figura mais calada, observadora, é o anjo caído do céu como se refere Carol. Therese que é muito bem interpretada por Rooney Mara. A partir do silêncio e da calma de Therese e da postura e coragem de Carol temos um filme muito interessante, que vi em negativo o início um pouco arrastado, mas que do meio para o final prende a nossa atenção.
No filme, as protagonistas parecem sempre como se estivessem se escondendo, como compartilhando um segredo, algo como o diretor quisesse nos mostrar a repressão da sociedade da Nova York dos anos 50, época que vivem as personagens. Um filme de detalhes quando vemos a Therese pensativa dentro de um carro, e as luzes da cidade, a melancolia, o amor através dos olhares, a mão de Carol sobre Therese no início do filme, das luvas de Carol sobre o balcão, logo assim que elas se conheceram. Do rosto de Carol quando Therese, quando percebe que ela a está fotografando e logicamente os olhares no final do filme,
quando Therese busca Carol com olhos aflitos e ansiosos no restaurante e o olhar de Carol quando vê Therese ali, um final sem diálogos, mas muito bonito e emocionante.
Haynes fez um filme que valoriza os gestos, os olhares, os detalhes e as emoções; e que por detrás de uma bonita história de amor, fala sobre a liberdade das pessoas de irem atrás da sua felicidade.
A Alemanha do filme, é a Alemanha dos anos 50, um país em crescimento, que tenta esquecer seu passado escuro e turbulento, mas como ignorar os terríveis crimes ocorridos durante a era nazista do país? Faltava realmente um filme que desse mais atenção aos julgamentos dos responsáveis por Auschwitz, um dos mais terríveis dos terríveis campos de concentração nazista e que os próprios alemães não sabiam nada a respeito. Labirinto de Mentiras é um filme que tem como bandeira mostrar a verdade, doa a quem doer, mas deixa o público refletir sobre personagens tão díspares. Como pode pessoas que levavam vidas comuns,cometeram tantas atrocidades? O filme é uma homenagem aos advogados e promotores que levaram esse caso adiante, deram um pouco de justiça as vítimas e provaram que é mais fácil curar uma ferida enfrentando-a do que ocultando-a. Contra toda aquela pressão social e sabotagem do governo, marcaram um importante capítulo da História.
Difícil um filme falar sobre os vencidos,,,ainda mais se tratando da Alemanha Nazista e todo mal que essa ideologia fez ao mundo. Mas as pessoas que lá viviam sofreram muito e que final chocante,,,realmente na guerra não há vencedores, todos perdem
O filme trata da história de um menino que poderíamos dizer ser um "hiperativo", que não se adapta ao sistema de autoridade das professoras, nem a austeridade que querem impor, além de um cronograma quase militar para as crianças. Qiang no início parece que vai se adaptar, mas chega a um determinado momento que ele não quer mais seguir ordens, e apesar de ser continuamente castigado, volta ao mesmo ponto, e cria-se um vazio entre ele e a instituição, essa instituição que não o compreende e não faz questão de aceitá-lo nem de tentar ver o que se passa,
LEGO Batman: O Filme
3.9 383 Assista AgoraAcompanhei meu sobrinho e foi difícil saber quem se divertiu mais. Filme super bacana com dose certa de humor que agrada a todos, além da boa mensagem sobre família e amizade. Vale super a pena!
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraO cenário é a década de 60, os EUA e principalmente em Virginia ainda há a segregação racial latente e isso também acontecia dentro da própria NASA, uma restrição máxima de contato entre negros e brancos.
A Nasa está tentando colocar um homem no espaço e mais a frente na lua, mas os soviéticos levaram a dianteira na corrida espacial e isso feriu e muito o ego norte-americano que correm contra o tempo pressionando cada vez mais seus funcionários.
Então temos três brilhantes mulheres Katherine Goble (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monae) que pertencem ao grupo de matemáticos de Virginia que realizam cálculos para a NASA e traz em cena Al Harrison (Kevin Costner), chefe do Grupo de trabalho do espaço, encarregado de calcular as trajetórias dos foguetes.
Das três mulheres, Katherine é absolutamente brilhante o que de início traz um certo conflito com Harrison. A forma de trabalhar, as decisões e maneiras de pensar dela batem de frente com o jeito retrógrado do novo chefe, mas apesar de todos os empecilhos e sabotagens que sofre ela aceita e supera o desafio e por sua coragem e determinação, ela ganha a briga com Harrison e Paul Stafford, seu superior imediato.
Katherine é o centro do filme, esta consegue ser o ponto onde a história começa, se desenvolve e termina.
O filme conta essa história até então desconhecida, dessas heroínas da vida real, entre tantas que todos os dias precisam se desdobrar para vencer tantas barreiras nesse mundo racista e machista.
Katherine deve lutar em um ambiente dominado por homens brancos, Dorothy luta para conseguir ser promovida e aprende um novo sistema operacional e Mary, busca ser admitida no curso de Engenharia da universidade onde não aceitam negros. A insistência da palavra "lutar" "buscar" não é coincidência, o filme é a luta diária para buscar ser reconhecida, ser valorizada pelos seus méritos e não ser julgada, ou tratada como pessoa sem valor por conta da pele.
O elenco tem química e faz o filme fluir muito bem, inclusive os secundários como Jim Parsons, Kristen Dunst e Mahershala Ali.
O reconhecimento que cada uma delas vão conquistando ao longo do filme é emocionante, como coisas que hoje em dia nos parece algo bizarro ter banheiros separados, assentos nos ônibus etc... e isso não faz tanto tempo isso foi há 50 anos atrás, e foram pessoas como elas que fizeram do mundo ser um pouco mais justo hoje e bem longe ainda do ideal.
incrível alguém ter que entrar na justiça para ter direito a cursar universidade só porque é negro.
“Hidden Figures” nos oferece esses exemplos de superação, de que quando realmente queremos mudar algo temos que correr atrás dos nossos sonhos, não importam as barreiras, e no fundo as vitórias delas são as nossas vitórias também, fiquei realmente feliz e motivada no final do filme e acredito que isso seja a principal mensagem para todos nós.
A Garota Ideal
3.8 1,2K Assista AgoraLars é um jovem muito tímido e doce, que vive em uma pequena localidade na casa de seus pais falecidos. Ali foram moram seu irmão e sua esposa grávida, obrigando Lars a se mudar para a garagem. Todos os que convivem com Lars, a começar pela sua cunhada, se preocupam por ele não ter vida social, e tampouco vontade de conseguir uma namorada, embora uma colega de trabalho demonstre estar interessada nele. Por isso, quando chega em casa avisando que conheceu uma garota pela internet chamada Bianca, todos ficam entusiasmados, só não contavam que ela é uma boneca.
Lars se diz muito religioso e que não quer intimidades com a sua "namorada" embora tenha sido projetada para isso, e que quer ter relações sexuais depois do casamento. Lars é um rapaz mais retraído que o normal, algo que parece ser patológico. É um personagem bem interessante e fascinante.
Ryan Gosling está excelente no papel representando uma série de tiques e gestos absolutamente realistas e até graciosos, e que não são debochados nem exagerados. Paul Schneider, que interpreta seu irmão também está muito bem e até cômico com suas expressões e Emily Mortimer, a cunhada, dá um ponto de vista mais humano e generoso – dentro do plausível e não meloso.
A Garota Ideal tem componentes psicológicos muito interessantes. Não é que Lars necessite uma namorada porque está se sentindo sozinho, o que seria óbvio; mas que com esta boneca ele consegue dar uma projeção de sua própria personalidade e que lhe ajuda a se abrir e se expressar com os demais. Bianca é uma metáfora de qualquer elemento externo que sirva ao protagonista para dar o passo que precisa dar por si mesmo. A história poderia muito bem acontecer sem a boneca, mas graças a ela pôde-se aprofundar mais sobre seu problema.
Em 'Tamanho natural', a garota de borracha substituía claramente a figura feminina, o que na figura totalmente submissa e calada serviu como pretexto de piadas machistas de alguns homens. Em A Garota Ideal, Bianca é só uma desculpa para que Lars consiga abrir seu mundo para os demais. Bianca não lhe faz companhia, mas consegue que os moradores da cidade o façam e ele consegue suportar essa companhia que até então não suportava.
Poderíamos criticar no filme que todas as pessoas da cidade são demasiadamente boas com Lars e se comportam de uma maneira muito mais compreensiva do que seria na realidade, mas podemos aceitá-lo se vemos que a peculiaridade de Lars como a representação de qualquer outro elemento que pudesse ajudá-lo.
A cidade sempre nevada e fria contrasta com uma comunidade muito unida e acolhedora. Por isso o filme tem um toque de otimismo e que por detrás de uma comédia há uma história de sentimentos muito bem conduzida.
A Espera
3.7 59A câmera rodeia a imagem de um Cristo iluminado sobre fundo negro, até que descobrimos que é um momento de dor, um momento íntimo, reflexo do que é A Espera.
Estamos em um velório, uma mãe perdeu seu filho e o diretor quer que saibamos o quanto esta dor está maltratando essa mulher.
Essa mãe que tentar a todo custo manter seu filho próximo a ela o maior tempo possível, a decisão? Não contar para sua namorada Jeanne, a quem ela nem ainda conhecia, de que ele está morto e deixar que ela viaje de Paris para se encontrar com ele ...embora na realidade irá se encontrar com ela. A mulher Anna, a espera na casa…e tentar adiar o máximo a terrível notícia. Porque simplesmente não é capaz de encarar a moça e dizer que seu filho morreu, uma vez que Anna encontrará na juventude de Jeanne a vontade de seguir vivendo.
O filme é repleto de silêncios e imagens da casa, os quartos, o lago .... que belas imagens do lago...convidativo para um mergulho
O único personagem que tira Anna do seu voluntário isolamento é o caseiro, que dá suporte para ela quando esta quase sucumbe, ele é como se fosse a voz da consciência dela, ele que faz Anna voltar a realidade quando ela mente dizendo que seu filho vai retornar para casa.
Mas com a chegada da Jeanne tudo muda ali,
Anna muda de humor e sai do seu luto para conhecer aquela garota com quem seu filho estava apaixonado. As duas se tornam amigas, conversam, até a cena dos jovens que Jeanne conhece no lago e convida para jantar, uma assimilação da verdade atinge Anna. Por que prendê-la ali naquela casa?Por que não deixá-la ir viver a sua vida? E Anna volta a viver seu isolamento.
A parte final do filme é mais emblemática...a da procissão, pois é Anna que chora pelo seu filho morto, é a imagem de Maria que chora por Jesus morto, a encenação do calvário com a procissão religiosa e o calvário real da Anna passando por aquela dor que nenhum progenitor quer passar...a de enterrar seu filho.
Anna é Juliette Binoche. A Espera É Juliette Binoche. Seus olhares, gestos, silêncios. Sua forma de cativar à câmera com o realismo da sua interpretação. É Binoche que faz valer a pena passar a angústia que é assistir A Espera.
Mais Sombrio Que a Meia-Noite
3.4 18Mais Sombrio que a Meia Noite está ambientada na Catânia dos anos oitenta, e é baseada na adolescência de Davide Cordova, conhecido principalmente na Itália como Fuxia Loka, emblemática drag queen do club romano Muccassassina.
Antes de iniciar sua carreira musical na capital italiana, Fuxia viveu períodos bem difíceis nas ruas da Sicília fugindo do seu pai que o forçava a tomar testosterona e visitar psicólogos porque se negava a aceitar sua condição transgênero.
Logo no início do filme vemos Davide (Davide Capone) em um sótão decorado com fotografias de David Bowie e outros ícones pop da época e também um elemento que chama bastante atenção é a introdução de Davide com sua fisionomia andrógina. Depois vemos a fuga de Davide com 14 anos. Os motivos dessa fuga são revelados através de flashbacks que revelam a natureza violenta do pai e a cegueira real e metafórica da submissa mãe. Com uma mochila cheia de discos, Davide vai para Villa Bellini, local de prostituição homossexual. Nessa cena, somos apresentados aos seus novos amigos como La Rettore (Giovanni Gullizia) e uma cópia transexual de Marilyn Monroe (Sebastian Gimelli Morosini) que ilustram ao protagonista esse gueto para os homossexuais que vendiam seu corpo na homofóbica Itália. Apesar de Davide estar feliz em viver longe do pai e enfim poder vivenciar a sua homossexualidade, o adolescente também inicia um involuntário processo autodestrutivo que o obrigará a viver em um ambiente mais sombrio que a meia noite.
Ele vive podemos dizer angústia com relação a diversos fatos. A primeira, sua culpa por ter abandonado a bondosa mãe que era inválida. A segunda, o amor não correspondido de Vito (Maziar Firouzi), garoto de programa que o "homem de branco" provavelmente um cafetão mantêm em sua casa. E o terceiro motivo, e mais significativo, é dele aos poucos dar-se conta que não pode seguir vivendo em uma sociedade que nega, ignora e inclusive pretende exterminar pessoas como ele, mas que deseja explorá-los como objetos sexuais de suas próprias fantasias a noite mas que pela manhã se nega a confrontá-los ou olhar para eles.
Bem real com relação a tantos jovens homossexuais que são expulsos de casa pelas suas famílias, aquelas que deveriam amar e proteger, e desde cedo muitos desses jovens são expostos a tudo de pior que existe no mundo. Não é a toa que o índice de suicídio entre homossexuais é altíssimo. Triste e Cruel!
Florence: Quem é Essa Mulher?
3.5 351 Assista Agoraum filme agradável de assistir ainda mais com a deusa Meryl Streep que faz tão bem Florence Foster, que defende que há de se fazer as coisas com paixão, mesmo que não tão bem.
Baseada em uma história real, o filme de Frears nos leva a uma Nova York dos anos 40, ainda na II Guerra e nos apresenta Florence Foster Jenkins, uma milionária que deseja a todo custo entrar no mundo da ópera. Só há um pequeno problema: suas poucas habilidades para o canto.
Foster Jenkins chegou a gravar discos e lotar teatros. Um sucesso que, sem dúvida, não chegou por seu talento, mas sim ao empenho do seu marido e empresário St. Clair Bayfield em protegê-la e dar a ela o que ela mais desejava, a glória de ser cantora de ópera. O que é mais interessante no filme também é a relação entre Florence e seu marido, há ternura, respeito e uma intimidade assexuada - e a relação que ele tinha com uma amante-, muito bem transmitidos tanto pelo diretor como por seus excelentes atores.
St.Clair Bayfield ajuda a cumprir os sonhos da sua esposa, embora esses sejam irrealizáveis, para demonstrar que se fazemos algo com paixão, por pior que saiam os resultados, há sempre que se apreciar o esforço e dedicação, e não há quem se dedique mais que Florence com as suas inesgotáveis aulas de canto onde não vemos nenhuma melhora apesar de todo o seu empenho.
Muitas vezes o que buscamos nada mais que um filme para se distrair e nada melhor que poder contemplar uma das melhores atrizes vivas.
É um filme que você se diverte e até sente uma mistura de admiração e pena de Florence, admiração pelo fato dela fazer o que ela deseja fazer e claro pela coragem e pena óbvio pelo seu insucesso e ser vítima de críticas e risos. Um filme com interpretações incríveis, cenas de ternura e divertidas e uma Maryl Streep perfeita, mas isto não nos surpreende.
Mistério na Costa Chanel
2.8 20 Assista AgoraPior filme que vi na vida, nunca saí com tanta raiva de um cinema, que merda foi essa? Perda de tempo total, como Binoche se submeteu a um papel tão ridículo? Personagens caricatos e completamente idiotas, tudo bem que seria uma crítica irônica, mas poderia ser uma história com sentido né?
Valeu só pela fotografia e olha lá...que raiva daqueles policiais imbecis!!! E o final, o cara voando!!!
O Bruno Dumont só poderia estar mto chapado com maconha estragada para fazer uma porcaria dessas
O Amanhã
3.4 14John, um adolescente que passou dois anos em um reformatório, volta a casa de seu pai tentando retornar sua antiga vida. Contudo o passado do jovem não foi esquecido em sua pequena cidade. E a sua presença trará o que há de pior em cada um dos moradores.
Sentindo-se cada vez mais abandonado pelos amigos e por aqueles que ele ama, John perde a esperança, uma espiral de violência começa a tomar forma, chegando a quase um linchamento. A cena do pai do Kim na reunião na escola foi bem chocante pelo fato dele ter apoiado a atitude do filho.
O filme mostra a intransigência de uma sociedade que não está preparada para o perdão, e será que de fato podemos perdoar quem cometeu um crime tão grave? John, incapaz de deixar para trás o passado, decide enfrentá-lo sozinho.
Mas não curti muito do meio para o final. Achei que se perdeu um pouco.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraA partir da leitura de um livro, Susan (Amy Adams) atravessa uma profunda crise emocional. O brutal texto que lê foi escrito por Edward (Jake Gyllenhaal), seu ex-marido. Susan descobrirá que a história e dedicatória do livro entrelaçam uma complexa vingança.
O que é mais interessante na narrativa desse filme, é a sua capacidade de costurar três argumentos: a realidade do personagem principal, a ficção da história e as recordações que ali são invocadas. Isto é a magia do cinema em sua melhor forma.
Nisso tudo, vale destacar as impecáveis atuações de um dos melhores elencos do ano. Adams faz uma Susan de uma fragilidade emocional devastadora. Gyllenhaal faz o duplo papel do primeiro marido que foi abandonado, um artista sensível e o protagonista do relato literário, vítima de um crime terrível. Aaron Taylor-Johnson, encarna maravilhosamente bem um psicopata (merecia uma indicação ao Oscar). Enquanto Michael Shannon rouba a cena como um peculiar e enigmático agente da lei nada ortodoxo.
Animais Noturnos é um daqueles filmes de thriller psicológico que nos surpreende e que dificilmente conseguimos esquecer depois de assistir. E isso é muito bom. E que vingança do Edward.
Filmaço!
A Luz Entre Oceanos
3.8 358 Assista AgoraMuito além de ser uma história de amor carregada de elementos melodramáticos, A luz entre Oceanos, é um relato moral que contrapõe o dever com a lealdade. Situada alguns anos após a Primeira Guerra Mundial, em uma desolada ilha australiana, onde via crescer o xenofobismo contra os alemães, o filme traz contemplação pelas imagens bucólicas e perturbação pelo clima angustiante do casal, o filme tem um tom contemplativo e devastador, o filme oscila entre a tragédia e a felicidade em uma história cheia de reviravoltas e momentos lacrimosos bem elaborados.
O casal Tom e Isabel vivem bem apesar de isolados e a felicidade deles começa a mudar quando Isabel sofre sucessivos abortos ao tentar engravidar.
A cena da chuva e Isabel indo buscar ajuda do marido foi angustiante.
Sem serviços médicos nem qualquer tipo de ajuda, e também sem a intenção de buscá-los, pouco a pouco o casal vai se desmoronando. Isabel, devastada pela tristeza, vai sendo consumida pela desolação e Tom se refugia cada vez mais em silêncio. Mas tudo muda quando chega um bebê em pequeno bote com um homem morto. O casal discute sobre o que fazer. Ficar com a menina ou informar as autoridades o ocorrido (conforme era obrigação do faroleiro). A decisão marcaria para sempre suas vidas, e a felicidade que parecia distante volta a acontecer entre o casal até aparecer Hannah (Rachel Weisz), quem perdeu o marido e a filha no mar.
Há um conflito moral, própria de uma época passada, a atitude tomada por Tom que muitos não concordariam. Mas o que fazer em uma situação assim? Como conviver com tudo aquilo sabendo da dor da verdadeira mãe?
Agora o final achei melodramático demais, imaginava algo diferente, mas no todo é um filme carregado de dor, de culpa e também de amor.
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista Agoravale mais pela trilha sonora anos 80, história bacana típica de sessão da tarde, achei o final meio apressado e o personagem do irmão mais velho poderia ter sido melhor explorado.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraAchei que no início do filme, para quem não leu o livro ficou um pouco confuso, mas depois para a metade do filme ele engrena bem. Excelente atuação de Emily Blunt. Acho que o final fica um pouco óbvio, mas não compromete. Bom suspense e a fotografia é sim linda.
Noite de Verão em Barcelona
3.3 16A sinopse tem alguns erros mas enfim é um filme para entreter somente, nada de grandes reflexões e mostra a vida como ela é, com medos, descobertas, ansiedades e amor, lógico! Só senti falta de ter mais imagens da cidade, mas valeu mesmo assim
Quando a Mulher Sobe a Escada
4.2 18onde posso ver esse filme? Algum link por favor
Esse Viver Ninguém Me Tira
4.0 8Maravilhoso documentário! Sem dúvida a vida de Aracy de Carvalho Guimarães Rosa merecia ser documentada! Que coragem! BRAVO
Mais Sombrio Que a Meia-Noite
3.4 18onde acho?
Os Anarquistas
2.8 38 Assista AgoraTinha tudo para ser um bom filme, mas acaba sendo uma história fraca sem contextualizar a época do movimento anarquista, dando mais destaque a uma história de amor confusa sem o menor fundamento. Um desperdício!
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraGerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal de artistas que alcançam prestígio nas primeiras décadas do século XX. Mas há na relação deles um detalhe, Einar não se sente a vontade dentro do seu próprio corpo, se sente uma mulher presa no corpo de um homem, o que leva a vários conflitos ao longo do filme, conflito interno, com a esposa, com os demais.
O filme trata toda essa trajetória de Einar Wegener, o primeiro transexual que evoluiu de dentro para fora para passar a ser e ser vista como a mulher que sentia que era.
Ruim do filme que passa no início tudo muito devagar, ficando um pouco cansativo, mas que aos poucos, conforme toda a transformação do personagem principal, o filme vai ganhando um pouco mais de ritmo. E que atuações de Redmayne, a mudança do olhar, da linguagem corporal, fantástico e de Vikander, afinal não foi fácil para a esposa dele vivenciar toda aquela mudança, mas mesmo assim o apoiou.
E a fotografia que é linda!
Um bom filme sobre um tema delicado ainda hoje, visto que foi noticiado que alguns cinemas se recusaram passar A Garota Dinamarquesa. Se essa questão é tabu hoje imagina a 80, 90 anos atrás!
É um filme muito delicado e comove o grande amor de Gerda frente a angústia de seu marido, afinal o amor não há limites e essa é a prova, mesmo ela vendo que o casamento deles tinha acabado, que Lili viveria uma nova vida, ela ficou sempre ao seu lado, muito bonito.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraBaseado no livro de Patricia Highsmith, a adaptação cinematográfica de Todd Haynes muda alguns detalhes do livro. Se no livro temos o ponto de vista principal de Therese, empregada em uma loja de departamentos, no filme o relato pende para Carol, uma mulher que está se divorciando e pela qual Therese se apaixona. Carol tem uma presença forte, sedutora, que logo chama a atenção e cativa o interesse de Therese. Cate Blanchett incorpora bem a personagem, com sua elegância e presença. Therese é o oposto, é uma figura mais calada, observadora, é o anjo caído do céu como se refere Carol. Therese que é muito bem interpretada por Rooney Mara.
A partir do silêncio e da calma de Therese e da postura e coragem de Carol temos um filme muito interessante, que vi em negativo o início um pouco arrastado, mas que do meio para o final prende a nossa atenção.
No filme, as protagonistas parecem sempre como se estivessem se escondendo, como compartilhando um segredo, algo como o diretor quisesse nos mostrar a repressão da sociedade da Nova York dos anos 50, época que vivem as personagens.
Um filme de detalhes quando vemos a Therese pensativa dentro de um carro, e as luzes da cidade, a melancolia, o amor através dos olhares, a mão de Carol sobre Therese no início do filme, das luvas de Carol sobre o balcão, logo assim que elas se conheceram. Do rosto de Carol quando Therese, quando percebe que ela a está fotografando e logicamente os olhares no final do filme,
quando Therese busca Carol com olhos aflitos e ansiosos no restaurante e o olhar de Carol quando vê Therese ali, um final sem diálogos, mas muito bonito e emocionante.
Haynes fez um filme que valoriza os gestos, os olhares, os detalhes e as emoções; e que por detrás de uma bonita história de amor, fala sobre a liberdade das pessoas de irem atrás da sua felicidade.
Namoro à Espanhola
3.5 58nada a ver essa tradução mas enfim,,,é um filme leve e divertido, despretensioso e com final previsível
Labirinto de Mentiras
3.8 51 Assista AgoraA Alemanha do filme, é a Alemanha dos anos 50, um país em crescimento, que tenta esquecer seu passado escuro e turbulento, mas como ignorar os terríveis crimes ocorridos durante a era nazista do país?
Faltava realmente um filme que desse mais atenção aos julgamentos dos responsáveis por Auschwitz, um dos mais terríveis dos terríveis campos de concentração nazista e que os próprios alemães não sabiam nada a respeito.
Labirinto de Mentiras é um filme que tem como bandeira mostrar a verdade, doa a quem doer, mas deixa o público refletir sobre personagens tão díspares. Como pode pessoas que levavam vidas comuns,cometeram tantas atrocidades?
O filme é uma homenagem aos advogados e promotores que levaram esse caso adiante, deram um pouco de justiça as vítimas e provaram que é mais fácil curar uma ferida enfrentando-a do que ocultando-a. Contra toda aquela pressão social e sabotagem do governo, marcaram um importante capítulo da História.
Alemanha, Ano Zero
4.3 92Difícil um filme falar sobre os vencidos,,,ainda mais se tratando da Alemanha Nazista e todo mal que essa ideologia fez ao mundo. Mas as pessoas que lá viviam sofreram muito e que final chocante,,,realmente na guerra não há vencedores, todos perdem
O Clã
3.7 198 Assista AgoraFilme muito bom! A realidade sempre ganha da ficção! Incrível pensar que tudo isso foi real de tão absurdo que foi! A falta de compaixão, de tudo!
Incrível como os membros da família conviviam com os sequestros como parte do dia a dia deles...inimaginável Simplesmente vibrei quando foram presos!
Pequenas Flores Vermelhas
3.8 27O filme trata da história de um menino que poderíamos dizer ser um "hiperativo", que não se adapta ao sistema de autoridade das professoras, nem a austeridade que querem impor, além de um cronograma quase militar para as crianças.
Qiang no início parece que vai se adaptar, mas chega a um determinado momento que ele não quer mais seguir ordens, e apesar de ser continuamente castigado, volta ao mesmo ponto, e cria-se um vazio entre ele e a instituição, essa instituição que não o compreende e não faz questão de aceitá-lo nem de tentar ver o que se passa,
quando ele confessa para uma coleguinha que preferia estar doente em um hospital para assim os pais irem visitá-lo.
Um filme com cenas bem divertidas com as crianças, ver toda a disciplina do sistema chinês, mas o final realmente deixou a desejar.
Um bom filme!