para todos que estão lendo esse comentário e acham que foi um erro usar a Scarlet ao invés de uma atriz oriental, proponho um questionamento filosofico:
- Levando em conta que a Mokoto é um ciborgue - O "molde" do robô não define a raça de quem a "veste" - O sentimento da personagem em não se sentir pertencente ao próprio "corpo" - E uma síntese do título original da obra "Fantasma numa concha"
Levanto tudo isso em conta, realmente se torna relevante a personagem ser oriental? Eu realmente estou interessado em saber a sua opinião.
Percebo nos comentários uma grande comoção e "vitimização" à favor dos irmãos McDonalds principalmente por conta das cenas finais. Vejo também apenas uma definição de "ladrão" pro lado do Kroc, mas o que me parece que a grande parte que concorda com essa afirmação se esqueceu de toda a construção do filme.
Na minha visão, a única real "picaretagem" de Kroc foi não pagar os royalts aos irmãos. Mas dentro dessa vilania parece que esquecemos o porquê das coisas. Esquecemos que se não fosse pelo súbito marketing agressivo, Kroc iria perder a casa. O cara apostou todas as suas fichas nesse investimento e quando se viu totalmente cercado pela estagnação dos irmãos, viu essa como a única forma de escapar. Se os irmãos o tivessem o tratado mais como um aliado do que como um ligeiro incomodo (assim como Kroc agiu de forma totalmente diferente ao acreditar naqueles que seriam grandes parceiros, como o ex-chapeiro, o cara do restaurante, o investidor, a ex-secretária e o ex-vendedor de biblia), sem duvida que a história teria tomado um rumo diferente.
Meus parabéns para todos que conseguiram comentar aqui avaliando somente esse filme, desprendendo de qualquer apego emocional e comparação com a versão original.
Nada impede de que vc assista o remake e também goste (ou desgoste) do original (ou vá conhecer a obra por ter assistido este primeiro - ou vice versa)
avaliações com maior objetividade ao invés de subjetividade emocional parece me ter mais valor.
A versão ultimate veio com o objetivo esclarecer algumas dúvidas, além de uma edição mais clara com a visão do diretor. Infelizmente do meu ponto de vista não foi o suficiente para arrumar a salada que é o roteiro desse filme.
O filme desperdiçou uma ótima chance do super homem se provar como a maior inspiração da humanidade. Infelizmente ele entrou e saiu calado. Não houve praticamente nenhum ato que fizesse com que as pessoas que eram contra a "imigração alienígena" mudassem seu pensamento.
Há coisas simplesmente que são totalmente contraditórias, que com um pouco mais de calma voce percebe que só serve para dar dramaticidade e gerar mais cenas de ação, que parasse para pensar, não faria o menos sentido.
- Por que os bandidos marcados pelo batman são mortos na prisão? Boa parte deles também (possivelmente) foram presos por ele. então... Inimigo de inimigo meu é meu... inimigo?
- Na cena em que o batman está vendo os bandidos com o carregamento da criptonita. ele coloca um RASTREADOR no caminhão e em seguida o persegue com o batmovel?! Se sabemos minimamente qual é a função do rastreador, percebemos que toda aquela perseguição frenética foi inútil. (Sem contar que quando ele arranca metade da parte de cima do caminhão, ele poderia ter destruído o PRÓPRIO RASTREADOR). Qual o sentido disso?
- Como o Lex sabe a identidade do super-homem e do batman? Se ao menos houvesse um condicionamento da história que o fizesse descobrir o segredo, ok, aceito. mas simplesmente não há. Ele apenas sabe. e só.
- Por que o Apocalipse? Isso foi (ao meu ver) o pior erro do roteiro. Além de queimar pauta para um filme futuro (no qual por se sustentaria pro si só), é encaixado um vilão importante para um aparecimento breve e que tira todo o peso do título do filme, já que a maior ameaça não é a briga do morcego com o alienígena. É o esforço deles contra outro. Faria muito mais sentido se apenas o Lex fizesse os dois brigarem e só. Ele seria a maior ameaça do filme. Incluir o Apocalipse na equação apenas diminuiu o peso da luta entre os protagonistas e o "poder vilanesco" do Lex. Que afinal, não tinha o MENOR propósito para criá-lo. (Se ele era contra a ideia de um deus alienígena, por que infernos ele criaria OUTRO???)
E sério mesmo... o Super-homem """""morreu"""" por burrice. Que que custava ele chegar na mulher maravilha e falar: "Hei você, notei que tu é bem forte hein? Faz um favor aqui pra mim, joga essa lança de ponta verde no monstro ali, pq eu fico enjoado quando encosto nisso? Vlw flw"
Após ler alguns comentários, cheguei à conclusão: “Uau, como nos tornamos pessimistas” Aquela máquina fez realmente um bom trabalho em nós não é? Vi muita gente dizendo sobre o quanto o filme foi feito para vender um parque e logo respondo: Não. O filme vende uma IDEIA e se apenas consegue ver apenas efeitos especiais, então talvez uma viagem na Disney seja o suficiente para você (o que é muito triste). Tomorrowland foi inicialmente projetado para realmente ser uma cidade funcional, com alguns conceitos apresentados no filme. Mas após a morte do Walt a cidade ficou lá, esquecida até resolverem continuar transformando-a em atração.
Muitos também argumentaram que pouco de Tomorrowland foi mostrado. E isso não é bom? Não mostrar tanto a cidade nos abre margem para imaginar. E a primeira coisa que precisamos fazer para que algo acontecer é imagina-la, certo? Nós fazemos parte do lado pessimista da história. Uma cidade utópica é inconcebível, intangível. Passamos a vida tentando alcançá-la. E a partir do momento em que conseguimos construí-la dentro das nossas cabeças, a cidade se torna potencialmente viva. Afinal, é disso que o filme trata. Se você quiser simplesmente VER a cidade, você apenas será um turista em um parque de diversão, mas se você quiser imaginá-la e expandir essa imaginação, você deixará esse posto e ganha a posição de “fundador”. O filme não mostra, porque ele só serve para vender a entrada, mas a cidade é você quem a constrói.
Não veja como sendo “apenas mais um filme para criança”. Se você for adulto, aproveite as 2h e volte a se divertir como o fazia quando ainda era uma criança e se maravilhava com filmes da Sessão da Tarde. Não há demérito algum nisso, muito pelo contrário. Como é bom sentir essa sensação de aventura há muito perdido no decorrer dos anos. E se você for criança, abrace a ideia de forma a não se tornar um “pessimista” como nós. Pois realmente dependemos de vocês.
É realmente uma pena em época onde Hollywood sobrevive apenas com remakes, adaptações de livros/quadrinhos/games, roteiros com fórmulas repetidas e continuações desnecessárias, não dar atenção a um dos poucos filmes blockbusters que propõe uma ideia nova. Quando o fim de mundo zumbi/nuclear está no auge, quando surge uma visão diferente (mesmo que ingênua), vindo de um roteiro “original” é realmente uma pena este passar tão despercebido. O que consequentemente não gera incentivo para a indústria cinematrográfica investir em novas ideias, ficando sempre a sombra da segurança de filmes adaptados.
Você pode encontrar várias criticas com relação ao filme, eu mesmo não o acho perfeito. Alguns cortes na edição são estranhos e o roteiro se torna cansativo no meio, mas se você abstrair o pilar do filme, então terá valido a pena. Perceba a ironia da situação: A cidade realmente foi pensada e projetada. Nós, “os pessimistas” que tememos continuar. Nós quem a tornamos em apenas um parque de diversão. Agora fica a reflexão. Você quer ser apenas um turista ou um criador?
Antes preciso confessar que tive que me dedicar a entender esse filme. A princípio pode parecer um filme que tenta parecer complexo o que gera aquela polemica do “você não gostou porque não entendeu VS você gostou porque entendeu e se acha mais esperto”. Ele é introspectivo. São apenas falas e nenhuma cena de ação, o que exige muita atenção de quem o assiste. Eu tive que ver filme 4x. E sim, dormi nas 3 primeiras (o que de certa forma foi uma viagem no tempo, pois eu tive que ficar voltando e voltando cada vez que acordava). Mas o ponto é que eu REALMENTE quis entender o filme e fui recompensado por isso.
A primeira coisa que precisamos fazer para compreender é entender exatamente como a “máquina” funciona. Diferente das outras maquinas do tempo que conhecemos, ela não funciona de forma automática e instantânea. Não há um local onde você digita a data e horário e você é teletransportado imediatamente para lá. Como esse conceito está tão impregnado e intuitivo na nossa cabeça, ACREDITO eu, que seja um dos fatores mais importantes que façam as pessoas não gostarem do filme ou não entenderem.
Então vamos lá. Quando Abe e Aaron conversam sobre o que a maquina faz, Aaron faz aquele desenho da “roda” onde o objeto varia do ponto A até o ponto B e para cada ida e volta leva 1 minuto (de acordo com aquele exemplo). Perceba que a viajem ocorre em “tempo real” não instantânea. Se você quiser voltar no tempo para 12h da segunda feira, então a máquina deve ser LIGADA às 12h da segunda feira. Digamos que AGORA seja 16h desta segunda, então você “entra” na caixa e fica lá durante 4 HORAS. Nesse período o tempo ocorre de trás para frente, e ao invés de você sair da caixa às 20h, você sairá às 12h! Por esse tempo relativamente longo de espera (e também por conta do efeito da química) é que eles precisam usar cilindro de gás e usar de substâncias para que eles durmam (e consequentemente seu corpo fica mais fraco pela falta de comida) e esse inconveniente vai atrapalhar as ações dos personagens no final do filme.
Um grande cuidado que Abe teve com relação ao funcionamento da máquina era impedir qualquer tipo de paradoxo. Por isso era importante impedir qualquer tipo de contato com seu “duplo”. Por isso havia um cronometro de 15min que ao zerar ligaria a máquina. Já que se a máquina fosse ligada MANUALMENTE no horário que se queria, você encontraria você mesmo do futuro.
De acordo com o meu entendimento, seguindo a “trajetória do filme”, Aaron volta para o inicio (quando Abe o apresenta à máquina) 3x. Então o Aaron que vemos a maior parte do filme já sabia de tudo isso e estava lá para impedir que o ex da Rachel criasse pânico com a arma na festa dela. Por isso existirão 3 Aarons, o “primeiro” que viajou para o inicio do filme 3x vezes (o com fone de ouvido e que narra o que acontece – que usa para recriar os mesmos passos e evitar um paradoxo – com gravata listrada vermelha e preta). A grande sacada do filme não é saber em que ponto do “tempo” a cena se passa e sim qual “versão” do Aaron que estamos vendo. O grande fato é que esse filme embora não explique tudo, ele somente aquilo que é realmente relevante (apesar de eu achar que os trechos com Phillip e o outro amigo é totalmente irrelevante para a história). Mas para que você aprecie o roteiro de forma completa (ou tirar o máximo proveito dele) você tem que realmente ABRAÇAR a ideia. Porque TODAS as respostas estão lá. Umas mais indiretas que outras. Muitas tão subjetivas que somente com uma reflexão melhor ou uma revisitação no filme é que o faz ser compreendido. E isso não é demérito. Eu acredito que um filme ganha muito mais valor quando ele não termina nos créditos finais.
Esses detalhes, embora sejam utilizados em qualquer filme sobre viagem do tempo, foi usado de forma “inteligente” e nova. Por isso o roteiro acaba ganhando relativo destaque.
Comentário com ligeiros spoilers e (tentando ser) totalmente independente das outras mídias já lançadas.
Apesar do novo design do aranha e o interessante conceito visual dado ao Electro, o filme é muito mais ou menos. O grande problema, assim como no anterior, é um roteiro que contradiz a si próprio. Começando pela mania que se iniciou no filme anterior em dar um papel (até então inexistente) para os pais do Peter, um peso dramático que ao invés de soar natural, ficou totalmente forçado e desnecessário. Richard Parker cria uma série aranhas mutantes, cujo "veneno" só pode ter efeito com alguém que contém o mesmo material genético que o seu, e pela maior coincidência do mundo, justamente seu filho vai trabalhar na mesma empresa que o pai e acaba sendo picado pelo mesmo projeto de aranha! Pra que dar tantas voltas e tentar criar um laço sem nenhuma razão? Poderia ser simplificado com "ele foi ficado, ganhou poderes, as outras aranhas foram mortas, ninguém pode ter poder igual, pronto!". Ao invés disso, foi necessário toda uma introdução à la James Bond, para justificar o abandono do filho, para ser enviado um vídeo que ele mesmo revela "só funciona com meu material genético!". Pra que então abandonar seu filho se você deixaria claro pra seja lá nas mãos de quem fosse ver aquele vídeo, que o Peter seria o único a sofrer mutações por conta da experiencia? não faz sentido. Alias, acho que eu devo ter perdido alguma coisa, porque o Peter decorou toda a parede no maior estilo SCI (onde só tinha fotos da Gwen) para descobrir o passado dos pais, e a resposta estava num site qualquer lá dizendo que o "trem era um esconderijo secreto para o presidente Rossvelt?". Caraca, até o google sabia onde encontrar isso. Se já não fosse o bastante, O Peter achou o metro/laboratório fácil, com a conexão só esperando o play pra ver o vídeo e ter a resposta ali, na cara. É muita coincidência, muitas voltas para explicar algo que não precisa de tanta explicação.
Tudo no filme gira em torno da Oscorp, aparentemente a maior empresa para se criar vilões que existe. Já se prepare, pois o sexteto virá pronto de lá, como num molde. Os viloes podem ter suas motivações, mas tudo gira no mesmo eixo. Richard, Peter, Gwen, Max, Harry, Osman, (homem misterioso de chapeu?)...
Agora o Electro, suas motivações são aceitáveis, mas depois que ele se alia ao Harry qual sua motivação? Ser o mestre supremo de uma usina elétrica? Seu maior perigo era fazer com que os novaiorquinos ficassem em um blecaute? Forçar um drama entre dois aviões se colidindo?
Harry tem uma amizade rasa, enfiada na sua garganta em apenas uma conversa de escada e uma cena na beira do lago. Depois de 8~10 anos sem se verem, eles não seriam amigos tão íntimos. Nem se explorasse mais no filme você sentiria empatia pelo personagem. E essa era sua proposta, o Duende Macabro (não o verde) é terrível não por apenas ser mau, mas sim também pelo dilema de ser o ex-melhor do Peter. Tudo isso se perdeu. Toda essa "importância" que ele poderia ter se perdeu porque esse personagem foi apressado e jogado de qualquer jeito na trama. E sua motivação? Orman Osbourn tava com seus 60 anos para ficar verde podre e a doença do garoto se alastrou em 1 semana?!
Novamente, as motivações não contraditórias no roteiro. Se o fantasma do pai da Gwen ficava alertando o tempo todo para o Peter não metê-la em confusão, a lição só seria "bem aproveitada" se um dos vilões (lembrando que todos fazem parte do mesmo circulo social) fosse usar a garota contra ele. Não que ela simplesmente fosse dar uma de heroína no final e se desse mal por isso. Não existe impacto, não existe moral da história. Acontece o que acontece com a Gwen simplesmente porque ela foi valente e por conta de um zé-qualquer com a cara verde que apareceu de última hora na história. Alias, que diabos a Gwen faz na Oscorp? A garota entende de microbiologia (ou algo assim) e conhece a planta de comando da usina??? Sem contar aquele plano óbvio da mão de alguém torrada com a chave pendurada entre os dedos. Isso é ridículo e de tão forçado, chega a ser bobo.
Parabéns pela tia May e a Gwen que trouxeram as duas única cenas que fizeram o filme valer realmente a pena.
Todos acreditavam que Padilha poderia manter a mesma violência e veracidade retratada no primeiro filme, por conta de sua experiência em tropa de elite. Mas com uma classificação dessas, estava evidente que a ideia era atrair mais público, incluindo as pessoas jovens. Então nada de saco na cabeça ou gente derretendo no ácido. A crítica social ainda é mantida, os comerciais de sátira foram substituídos por um único programa usado como base para introduzir o espectador no conflito da lei que proíbe o uso de robôs para manter a segurança dos Estados Unidos ao mesmo tempo em que mostra como os robôs são utilizados nos países externos. Percebe-se logo de cara como o exército estadunidense vai para os países árabes para “pacificar” as pessoas, usando de uma narrativa (propositalmente) tendenciosa por parte do apresentador.
O filme foi criado para atingir a nova geração e com isso, o conceito de robô também seria mudado. Enquanto nos anos 90, os computadores eram gigantescos e lentos, hoje eles são cada vez menores e mais rápidos, seguindo esse mesmo raciocínio, um robô pesado e lento como era o RoboCop de antigamente, não caberia no novo filme. A geração atual irá querer ver algo rápido e ágil. Isso poderia fazer o filme cair em uma armadilha fácil, como robôs (visivelmente) feitos em CGI ou sem “peso” ignorando totalmente as leis da física. Felizmente Padilha não caiu nessa armadilha e conseguiu criar um robô que se mostra ágil e ao mesmo tempo com a massa de muitos hardwares reunidos.
No filme de 87, quando vimos Alex Murphy sem a máscara pela primeira vez, era uma cena estranha. Você via que era um rosto colado em uma máquina. Aquela sensação era incômoda e conseguir emular a mesma sensação nos dias de hoje (lembrando que a faixa etária é de 12 anos), achei difícil que isso pudesse se repetir. Mas essa mesma sensação foi possível ser retratada de forma magnífica, quando Murphy pede para ver o que “havia restado” dele, e pouco a pouco as peças foram se desmontando até não sobrar quase nada.
veja a crítica completa em: http://designit.com.br/index.php/2014/02/26/review-robocop-dead-or-alive-you-come-with-me/
Eu sempre fui contra a ideia de desmembrar o livro do Hobbit em trilogia, sendo que apenas duas partes seria o suficiente. E aqui vemos como o roteiro foi incluído muitos elementos totalmente desnecessários.
Um filme de meio tem como função desenvolver o roteiro principal. Sua vantagem é que não perde tempo, pois os personagens já foram apresentados e o cenário estabelecido. E o problema é que ele não finaliza nada, o que pode dar a impressão de que a história não foi para lugar algum. O grande defeito desse filme é que o roteiro só desenvolveu sub-tramas desnecessárias que tomam pelo menos 60% do filme e a parte principal foi jogada de lado.
Começando pelo envolvimento romântico da Tauriel, Legolas e o outro anão lá. Primeiro: Por que inserir o Legolas? Ok que o filme tem algumas liberdades criativas que resgatam antigos personagens da trilogia do anel, mas diferente de como o Frodo foi utilizado para posicionar a cronologia desse filme com relação à trilogia dos anéis por exemplo, este foi incluído sem ter um real sentido. Só para despertar um sentido de nostalgia para os fãs? Só para fazer a piadinha da mãe do anão? Qual foi a ação que o tornou realmente necessário (e que qualquer outra pessoa/elfo não poderia ter feito)? Para que criar um romance com Tauriel que sabemos que não vai para lugar algum (porque sabemos que na trilogia do anel ela não está lá).
Uma das poucas cenas que realmente me deixou empolgado foi a batalha de Gandalf contra o Necromante, e descobrir que a íris do olho de fogo é na verdade a forma de Sauron foi algo realmente de explodir a cabeça. Mas essa “liberdade criativa” no roteiro gera uma coisa que me parece ser um gritante furo de roteiro. Se o Galdalf já sabia que o Sauron estava por ali, criando um exercito e tudo mais, por que nada disso seria mencionado nas próximas décadas até o Frodo virar o portador do anel? Será que ele simplesmente esqueceu ou achou que não era importante?
Quando chegamos na esperada cena da montanha do Dragão o filme chegou no seu ponto alto. Smaug estava realmente bom e finalmente pudemos nos concentrar no Hobbit, sim, o filme era dele, mas só o vemos de verdade a partir dai e um pouco durante o resgate dos anões. E quando começa a luta realmente foda, as cenas se alteram entre o dragão e a droga da planta de porco da Tauriel! Como a cena épica que foi explorada ao máximo no marketing desde o primeiro filme fica alternando com algo “tanto faz” como mostrar a cura de um anão qualquer lá. Não existia algo mais anti-clímax que ver o dragão cuspindo fogo para mudar pra outra colocando a maldita planta do porco na perna do anão. Que ele morra logo! Eu quero ver o dragão! Era esse o sentimento naquele momento. O plot principal não se desenvolveu e quando chegou no que realmente importava, mudava para mostrar o Legolas matando orcs, como havia feito o filme todo!
Eu não entendo de caça de dragão, mas jogar ouro fervente em um dragão que cospe FOGO não parece ser a solução mais efetiva... É como tentar afogar um peixe, se usasse a água que servia para resfriar o ouro, poderia ter sido mais inteligente...
O Hobbit não é nem de longe o melhor filme do ano, quando tivemos Gravidade, O homem de aço, Evil Dead, Invocação do Mal, Pacific Rim, comparado com esse roteiro cheio de barriga, inclusão de personagens sem sentido, tentativas sem sucesso de criar coisas épicas, nada disso funcionou. E tudo isso poderia ser facilmente cortado e transformado em apenas dois filmes.
Sem fôlego. Não existe outra descrição da forma em que você provavelmente sairá se sentindo no cinema. Digo isso porque nos sentimos realmente imersos naquele vasto e incrível... Nada...
O filme usa de forma muito bem grandes planos sequências (algo que Cuarón já soube fazer de forma maravilhosa em Filhos da esperança). E essa escolha se mostra acertada, quando planos gerais lhe dão o escopo do infinito espaço e depois muda para uma subjetiva, aonde você se sente sufocado dentro do traje espacial.
A trilha sonora também consegue conversar muito bem com essa ideia. Os sons são abafados, como se ouvidos de dentro do traje (matando as provaveis pessoas que podem xilicar sobre a propagação do som no espaço), ao mesmo tempo em que a trilha incidental acompanha o ritmo de praticamente todo o filme.
O roteiro segue um ritmo acertado, tudo acontece de forma a te deixar par da situação, definir os personagens e o "problema". não é cansativo. A maior parte do tempo você fica tenso e por conta dos planos longos se tem uma impressão que tudo ocorre em "tempo real".
Vários simbolismos nos são colocados de formas sutis através do próprio cenário, como se ele descrevesse a forma que a Dra. Se sentia: o nascer do sol indicando uma nova esperança, o Sol a pino durante "nascimento da Dra. quando chega na nave, o furacão na Terra no momento que ela aceita que o Clooney morreu.
São tantos detalhes e tantas sensações, que se torna difícil comentar todas. Mas por isso eu digo: VÁ AO CINEMA. Veja em tela grande, se não puder, nao baixe, não veja na tela do seu pc. Espere o dvd/blu-ray e veja numa tela grande e um home teather. O filme foi trabalhado pensando nisso e só assim você poderá realmente aproveitar essa obra com tudo que ela pode lhe trazer.
Eu nunca fui muito com a cara do super-homem e fui ao cinema esperando ver so mais um filme caricato e previsível (dentro o que ja conhecemos sobre o personagem), felizmente eu estava enganado.
Pela primeira vez, o super-homem foi realmente retratado como aquilo que ele é: um alienigena. E como tal, a direção de arte foi competente em demonstrar isso. Vemos krypton como uma real sociedade extra-terrestre, vemos suas tecnologias estranhas, sua fauna esquisita. O filme consegue casar muito bem uma historia de super-heroi com ficção cientifica de forma que (arrisco a dizer) melhor feita até agora (comparando o antecessor super-man o retorno e lanterna verde).
A história é mudada, o que com certeza pode ter irritado os fãs mais frenéticos das HQs, mas o que isso realmente importa afinal? O mesmo aconteceu nas incontáveis "realidades alternativas" que A DC vive criando. Como foi provado em Batman begins, estamos em um momento de tornar as histórias mais incríveis em algo mais "crivel". A cafonice de super-herois coloridos teminou. Ele não é o super-heroi condutor da justiça e moral americana. Ao inves disso, vemos alguem que foi moldado a saber a importancia que tinha em manter-se em segredo, nao usar seus poderes levianamente, mas ainda dotado de um senso de solariedade, ao mesmo tempo capaz de mostrar situações de fúria (como contra o caminhoneiro) e indesição quanto suas ações. E tudo isso fez com que o super-homem não ficasse tão enfadonho. Claro, por isso a função de seus dois pais foi tão necessária durante todo o filme, e ótimo que isso permitiu uma aparição ainda maior de Jor-El, que foi muito bem representado pelo Krut Russel.
Gostei da forma que a história é conduzida. Não seguindo por uma trajetória linear. Já sabemos e estamos enjoados de saber como foi a chegada de Kal na Terra, vide os filmes antigos do superman, as séries Lois & Clark, Smallville e nos desenhos que passavam na tv de manhã. Alternar a vida adulta, linkando com algo que ele aprendeu no passado foi uma solução inteligente para isso.
O filme peca em alguns cliches como o sempre condenado onibus amarelo escolar cheio de criancinhas que fatalmente sempre cai de uma ponte ou a "volta no parafuso" que o roteiro deu para a morte do Johnatam Kent - pra ter de justificar o nao uso dos poderes de Clark.
Zod conseguiu ser na minha opinião, um dos melhores vilões dos filmes de super-herois de todos: Pois ele tem aquilo que um vilão deve ter - Consegue competir de igual para igual com o seu antagonista. Faora foi sem dúvida a minha personagem favorita. Ela mostrou como ser má dentro da situação que se encontrava. Conseguiu mostrar as habilidades de tal forma a fazer você, mero terráqueo a tremer com a sua presença. As motivações dos vilões são válidas, e tirando o cliche do "dominar o mundo sem nenhuma razão", existe um porquê para querer acabar com a Terra. ele não é mal só pelo sentido de ser mal. ele apenas tem convicções diferentes, tais que deixam ate Kal-El em duvida de que lado esta realmente certo.
A luta entre o Kal-El e os outros kryptonianos é realmente devastadora. Com a música do Zimmer estourando seus ouvidos, percebemos com total clareza que a é algo totalmente épico, como reais Deuses dualando entre si. Vemos também as consequencias de uma luta dessa grandeza causa na Terra. Cidades viram ruinas, pessoas morrem aos montes. Não existe a ingenuidade de que no fim tudo se resolve sem alguns sacrificios.
A intenção do filme não era criar uma reconstituição dos fatos. Porque você sabe o que aconteceu, você sabe como aconteceu.
Violência gera audiência, mostrar adolescentes matando adolescentes é fácil. Mas o filme não segue por esse caminho, e nós que estamos habituados (ou então nos tornamos indiferentes à isso) que nos sentimos incomodados quando esse trajeto não é seguido. Eu li alguns comentários abaixo que não gostaram do filme simplesmente porque não teve sangue ou não é tão impactante. Será que isso nos torna tão diferentes dos dois assassinos? Nós não apertamos o gatilho, mas queremos ver alguém fazendo isso.
O filme não é um documentário, muito menos uma reconstituição. Não está lá para justificar os atos e sim implantar suposições. Eram eles nazista? Foi por conta do video-game? Foi por conta de sua sexualidade reprimida? Foi por conta do bullying e falta de assistência do diretor/professor? Não sabemos, e é essa a questão. Muitas vezes não há respostas. Podemos tentar atribuir culpados, quando na verdade apenas temos uma "suposição" disso (ou no pior dos casos, não há culpados).
Veja que o filme não precisa se focar "profundamente" nos personagens, até porque não há razão para isso. O passado de um, ou desejos de outro não influenciam no resultado chave. Repare que o tempo todo o filme te conduz como se VOCÊ fosse apenas mais um aluno ali no meio, um alguém invisível que está apenas acompanhando os fatos de um dia "comum".
O filme mostra o ponto de vista dessas pessoas que você não conhece (mas já ouviu falar), como as garotas gostosas bulêmicas, o fotógrafo, o negro rapper, o garoto bonito popular, a garota feia e esquisita. Essas pessoas que você também vê no seu colégio e que também a não conhece profundamente.
Nós vemos vários pontos de vista, mas no fim o ponto de vista não é de nenhum deles, O PONTO DE VISTA É O SEU.
Roteiro fora de ordem, violencia, frases incriveis, bom elenco, e muito sangue. Todos aqueles ingredientes que fizeram Tarantino ser reconhecido como o grande diretor que é, está em Django.
E como temos acompanhando durante os últimos anos, Hollywood continua trilhando o caminho dos contos de fada, dando a sua visão moderna de antigos contos. Sinceramente eu não esperava muita coisa em João e Maria, afinal, vendo pelo trailer parecia ser apenas um filme genérico de caçadores de seres fantásticos, como já visto em irmãos Grim, Hellsing. Se você conseguir se desprender disso e analisar o filme apenas como "filme", você terá uma grata surpresa. Uma abertura sensasional, com uma animação com traços estilizados como os usados na época da idade média, narrando a trajetória dos irmãos conforme os anos. As cenas de ação são bem trabalhadas e empolgantes. Se você pensa em levar seu filho ou seu sobrinho para assistir achando que é apenas mais um filme de conto de fadas, pense melhor. Tem muita cenas de violência.
Como crítica achei a batalha final muito fácil. Se já era difícil derrotar uma bruxa, eles conseguiram acabar com toda uma convenção sem muitos problemas.
O "viveram felizes para sempre" já não existe mais e o diretor criou sua continuação para João e Maria. Acho que o roteiro poderia existir muito bem sem a necessidade de ter alguma relação com o conto, pois a trama consegue se desenvolver sozinha.
O filme prometia, a propaganda era massiva, a ideia era interessante, mas pecou em um ponto: a execução.
A ideia geral era pegar pelo pé os saudosistas de games da década de 80/90 e transformar uma aparição repentina de um personagem ali e outro acolá no maior trunfo do filme (Não que isso seja ruim, realmente essa estratégia de pegar você pelo saudosismo funciona e não é pecado nenhum fazer isso), o problema é que nada mais na história se mantém. Parece que ele temeu ousar um pouco mais.
O roteiro parece ter ficado muito preso no "mundo" da Sugar Rush quando existia um "universo" de fliperamas que poderia ser explorado. 60% do filme praticamente se encontra lá, o excesso de colorido de balas e doces me incomodava, só me dava a sensação de fome e não a de "nossa, é assim que os pixels do Atari vivem durante a folga!". Era como ver um filme da Barbie no mundo de anões.
Só em alguns pontos ele é interessante, como os movimentos em "frame" que alguns personagens fazem que remetem à ideia de movimento de um personagem de jogo antigo ou durante a corrida da Sugar me fez pensar "olha, mario kart" ou os créditos finais. De resto o filme em si poderia ser qualquer história genérica sem a necessidade do tema video-game.
O filme me desapontou muito, infelizmente, ao contrário do curta "Avião de Papel" que passou entre os trailers que durante 6 minutos conseguiu me emocionar e empolgar muito mais que o Detona Ralph em seus 101min.
É isso meus amigos, estamos em um futuro pós-apocalíptico (ou seria pré?). Mas não são meteoros que irão determinar o fim da humanidade, nem aliens colonizadores, nem desastres naturais. A humanidade está condenada e por um fator simples: A incapacidade de reprodução.
O filme nos apresenta com uma tv em um bar, onde passava uma notícia estranha: A criança mais nova do mundo, um adolescente de 18 anos acaba de ser assassinado. Isso nos faz pensar, como uma criança pode ter já estar na maioridade? Mas isso é só a introdução do mundo que iremos ser apresentados. A cena segue de forma contínua, com a câmera seguindo o personagem principal, e termina em um inesperado atentado terrorista no bar. Sim, inesperado (ou instigante) é a palavra chave desse filme. E já a partir dessa cena, logo nos minutos iniciais do filme, é que já percebemos que essa se trata de uma obra com algo de diferente.
Eu sou maluco por planos sequência, clipes que tem apenas uma tomada exigem um domínio total do cenário, dos atores e de tudo que eventualmente possa dar errado. É a forma do diretor tomar as rédeas do caos e através da câmera nos fazer ver por ele.
Pare o que você está fazendo agora! Pare de xavecar a garota no facebook, de um pause no download na série que você está baixando e veja apenas essa cena: http://www.youtube.com/watch?v=en16i8BY4hI Foi isso que garantiu a genialidade do filme para mim. Como eu disse, o plano sequencia é a "sua" visão ao que acontece. A câmera acompanha todos os integrantes, rodopiando para dar a atenção para todos ali. Ela nos conduz, nos mostra o caminho do carro em chamas, das pessoas que surgem do nada como um formigueiro infernal, nos sentimos presos no carro enquanto uma garrafa de molotov cai sobre o capô, quase sentimos o tiro nos acertar e vemos uma queda de moto espetacular, até por fim ela deixar o carro e nos permitir ver os personagens sumirem no horizonte. Imagina o controle que foi preciso para que tudo isso fosse feito; a maestria contra o caos que somente essa cena nos permite deslumbrar.
Assim como acontece quando a mulher é levada para fora do ônibus, vemos a sequencia do que (possivelmente) acontecerá com ela. Com todos os demais refugiados unidos, depois desnudos, depois ajoelhados com soldados em frente e por fim, sacos com corpos.
Como se já não bastasse, ficamos emocionados com o nascimento da unica criança em décadas. Uma cena dura, sem cortes e direta. Nos deparamos com um mundo cinza, triste, com o que já foi uma escola cheia de crianças agora abandonada e sem vida. Era nisso que o planeta tinha se transformado.
Somos surpreendidos de tal forma que ficamos embasbacados, assim como os soldados e os rebeldes, nos calamos diante do choro da criança, um som estranho embora de certa forma familiar. Outra vez um plano sequencia, dos três saindo do prédio enquanto muitos tentavam tocar aquele ser "estranho". Era ali só o choro, choro e durante um breve momento, a paz.
Além da beleza fotográfica, o filme nos faz pensar na coisa mais simples que hoje em dia se torna tão comum, que talvez perca seu sentido. Uma nova vida. No sentido de algo novo ou precioso não parece ter mais sentido. E como um tapa, o filme termina com o título "Children of men" ao som de crianças sorrindo.
E é por isso que eu dou sem medo, 5 estrelas para esse filme.
Tenet
3.4 1,3K Assista Agora.etnasseretni otium otiecnoC
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista Agorapara todos que estão lendo esse comentário e acham que foi um erro usar a Scarlet ao invés de uma atriz oriental, proponho um questionamento filosofico:
- Levando em conta que a Mokoto é um ciborgue
- O "molde" do robô não define a raça de quem a "veste"
- O sentimento da personagem em não se sentir pertencente ao próprio "corpo"
- E uma síntese do título original da obra "Fantasma numa concha"
Levanto tudo isso em conta, realmente se torna relevante a personagem ser oriental?
Eu realmente estou interessado em saber a sua opinião.
Death Note
1.8 1,5K Assista Agora~ Um garoto que acha o death note no Japão, vira o deus do novo mundo
~ Um garoto que acha o death note nos EUA, vira só mais um SJW
~ Um garoto chamado L no Japão, vira o maior detetive do mundo
~ Um garoto chamado L no EUA, vira só mais um black bloc
Isso explica muita coisa
Se vc se entregar à galhofa, o filme deixa de ser tão ruim.
Fome de Poder
3.6 830 Assista AgoraPercebo nos comentários uma grande comoção e "vitimização" à favor dos irmãos McDonalds principalmente por conta das cenas finais. Vejo também apenas uma definição de "ladrão" pro lado do Kroc, mas o que me parece que a grande parte que concorda com essa afirmação se esqueceu de toda a construção do filme.
Na minha visão, a única real "picaretagem" de Kroc foi não pagar os royalts aos irmãos. Mas dentro dessa vilania parece que esquecemos o porquê das coisas. Esquecemos que se não fosse pelo súbito marketing agressivo, Kroc iria perder a casa. O cara apostou todas as suas fichas nesse investimento e quando se viu totalmente cercado pela estagnação dos irmãos, viu essa como a única forma de escapar.
Se os irmãos o tivessem o tratado mais como um aliado do que como um ligeiro incomodo (assim como Kroc agiu de forma totalmente diferente ao acreditar naqueles que seriam grandes parceiros, como o ex-chapeiro, o cara do restaurante, o investidor, a ex-secretária e o ex-vendedor de biblia), sem duvida que a história teria tomado um rumo diferente.
Oldboy: Dias de Vingança
2.8 828 Assista AgoraMeus parabéns para todos que conseguiram comentar aqui avaliando somente esse filme, desprendendo de qualquer apego emocional e comparação com a versão original.
Nada impede de que vc assista o remake e também goste (ou desgoste) do original (ou vá conhecer a obra por ter assistido este primeiro - ou vice versa)
avaliações com maior objetividade ao invés de subjetividade emocional parece me ter mais valor.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista Agoracomentario com uns spoilers
A versão ultimate veio com o objetivo esclarecer algumas dúvidas, além de uma edição mais clara com a visão do diretor. Infelizmente do meu ponto de vista não foi o suficiente para arrumar a salada que é o roteiro desse filme.
O filme desperdiçou uma ótima chance do super homem se provar como a maior inspiração da humanidade. Infelizmente ele entrou e saiu calado. Não houve praticamente nenhum ato que fizesse com que as pessoas que eram contra a "imigração alienígena" mudassem seu pensamento.
Há coisas simplesmente que são totalmente contraditórias, que com um pouco mais de calma voce percebe que só serve para dar dramaticidade e gerar mais cenas de ação, que parasse para pensar, não faria o menos sentido.
- Por que os bandidos marcados pelo batman são mortos na prisão? Boa parte deles também (possivelmente) foram presos por ele. então... Inimigo de inimigo meu é meu... inimigo?
- Na cena em que o batman está vendo os bandidos com o carregamento da criptonita. ele coloca um RASTREADOR no caminhão e em seguida o persegue com o batmovel?!
Se sabemos minimamente qual é a função do rastreador, percebemos que toda aquela perseguição frenética foi inútil. (Sem contar que quando ele arranca metade da parte de cima do caminhão, ele poderia ter destruído o PRÓPRIO RASTREADOR). Qual o sentido disso?
- Como o Lex sabe a identidade do super-homem e do batman? Se ao menos houvesse um condicionamento da história que o fizesse descobrir o segredo, ok, aceito. mas simplesmente não há. Ele apenas sabe. e só.
- Por que o Apocalipse? Isso foi (ao meu ver) o pior erro do roteiro. Além de queimar pauta para um filme futuro (no qual por se sustentaria pro si só), é encaixado um vilão importante para um aparecimento breve e que tira todo o peso do título do filme, já que a maior ameaça não é a briga do morcego com o alienígena. É o esforço deles contra outro. Faria muito mais sentido se apenas o Lex fizesse os dois brigarem e só. Ele seria a maior ameaça do filme. Incluir o Apocalipse na equação apenas diminuiu o peso da luta entre os protagonistas e o "poder vilanesco" do Lex. Que afinal, não tinha o MENOR propósito para criá-lo. (Se ele era contra a ideia de um deus alienígena, por que infernos ele criaria OUTRO???)
E sério mesmo... o Super-homem """""morreu"""" por burrice. Que que custava ele chegar na mulher maravilha e falar: "Hei você, notei que tu é bem forte hein? Faz um favor aqui pra mim, joga essa lança de ponta verde no monstro ali, pq eu fico enjoado quando encosto nisso? Vlw flw"
A Entidade 2
2.7 569 Assista AgoraO garoto só queria fazer um filme bom e não conseguiu... Infelizmente o diretor também não...
Joy: O Nome do Sucesso
3.4 778 Assista Agoraserá que eu sou o único quando lê vocês escrevendo JLaw pensa em Jude Law?
Eles Existem
2.8 150 Assista Agorapegaram o Harry, o hospede do barulho de mau humor
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 738 Assista AgoraApós ler alguns comentários, cheguei à conclusão: “Uau, como nos tornamos pessimistas”
Aquela máquina fez realmente um bom trabalho em nós não é?
Vi muita gente dizendo sobre o quanto o filme foi feito para vender um parque e logo respondo: Não. O filme vende uma IDEIA e se apenas consegue ver apenas efeitos especiais, então talvez uma viagem na Disney seja o suficiente para você (o que é muito triste).
Tomorrowland foi inicialmente projetado para realmente ser uma cidade funcional, com alguns conceitos apresentados no filme. Mas após a morte do Walt a cidade ficou lá, esquecida até resolverem continuar transformando-a em atração.
Muitos também argumentaram que pouco de Tomorrowland foi mostrado.
E isso não é bom?
Não mostrar tanto a cidade nos abre margem para imaginar. E a primeira coisa que precisamos fazer para que algo acontecer é imagina-la, certo?
Nós fazemos parte do lado pessimista da história. Uma cidade utópica é inconcebível, intangível. Passamos a vida tentando alcançá-la. E a partir do momento em que conseguimos construí-la dentro das nossas cabeças, a cidade se torna potencialmente viva. Afinal, é disso que o filme trata.
Se você quiser simplesmente VER a cidade, você apenas será um turista em um parque de diversão, mas se você quiser imaginá-la e expandir essa imaginação, você deixará esse posto e ganha a posição de “fundador”.
O filme não mostra, porque ele só serve para vender a entrada, mas a cidade é você quem a constrói.
Não veja como sendo “apenas mais um filme para criança”. Se você for adulto, aproveite as 2h e volte a se divertir como o fazia quando ainda era uma criança e se maravilhava com filmes da Sessão da Tarde. Não há demérito algum nisso, muito pelo contrário. Como é bom sentir essa sensação de aventura há muito perdido no decorrer dos anos.
E se você for criança, abrace a ideia de forma a não se tornar um “pessimista” como nós. Pois realmente dependemos de vocês.
É realmente uma pena em época onde Hollywood sobrevive apenas com remakes, adaptações de livros/quadrinhos/games, roteiros com fórmulas repetidas e continuações desnecessárias, não dar atenção a um dos poucos filmes blockbusters que propõe uma ideia nova.
Quando o fim de mundo zumbi/nuclear está no auge, quando surge uma visão diferente (mesmo que ingênua), vindo de um roteiro “original” é realmente uma pena este passar tão despercebido. O que consequentemente não gera incentivo para a indústria cinematrográfica investir em novas ideias, ficando sempre a sombra da segurança de filmes adaptados.
Você pode encontrar várias criticas com relação ao filme, eu mesmo não o acho perfeito. Alguns cortes na edição são estranhos e o roteiro se torna cansativo no meio, mas se você abstrair o pilar do filme, então terá valido a pena.
Perceba a ironia da situação: A cidade realmente foi pensada e projetada. Nós, “os pessimistas” que tememos continuar. Nós quem a tornamos em apenas um parque de diversão.
Agora fica a reflexão. Você quer ser apenas um turista ou um criador?
Primer
3.5 489 Assista Agoracomentário com SPOILERS eventuais.
Antes preciso confessar que tive que me dedicar a entender esse filme. A princípio pode parecer um filme que tenta parecer complexo o que gera aquela polemica do “você não gostou porque não entendeu VS você gostou porque entendeu e se acha mais esperto”.
Ele é introspectivo. São apenas falas e nenhuma cena de ação, o que exige muita atenção de quem o assiste.
Eu tive que ver filme 4x. E sim, dormi nas 3 primeiras (o que de certa forma foi uma viagem no tempo, pois eu tive que ficar voltando e voltando cada vez que acordava). Mas o ponto é que eu REALMENTE quis entender o filme e fui recompensado por isso.
A primeira coisa que precisamos fazer para compreender é entender exatamente como a “máquina” funciona. Diferente das outras maquinas do tempo que conhecemos, ela não funciona de forma automática e instantânea. Não há um local onde você digita a data e horário e você é teletransportado imediatamente para lá. Como esse conceito está tão impregnado e intuitivo na nossa cabeça, ACREDITO eu, que seja um dos fatores mais importantes que façam as pessoas não gostarem do filme ou não entenderem.
Então vamos lá. Quando Abe e Aaron conversam sobre o que a maquina faz, Aaron faz aquele desenho da “roda” onde o objeto varia do ponto A até o ponto B e para cada ida e volta leva 1 minuto (de acordo com aquele exemplo). Perceba que a viajem ocorre em “tempo real” não instantânea.
Se você quiser voltar no tempo para 12h da segunda feira, então a máquina deve ser LIGADA às 12h da segunda feira.
Digamos que AGORA seja 16h desta segunda, então você “entra” na caixa e fica lá durante 4 HORAS. Nesse período o tempo ocorre de trás para frente, e ao invés de você sair da caixa às 20h, você sairá às 12h!
Por esse tempo relativamente longo de espera (e também por conta do efeito da química) é que eles precisam usar cilindro de gás e usar de substâncias para que eles durmam (e consequentemente seu corpo fica mais fraco pela falta de comida) e esse inconveniente vai atrapalhar as ações dos personagens no final do filme.
Um grande cuidado que Abe teve com relação ao funcionamento da máquina era impedir qualquer tipo de paradoxo. Por isso era importante impedir qualquer tipo de contato com seu “duplo”. Por isso havia um cronometro de 15min que ao zerar ligaria a máquina. Já que se a máquina fosse ligada MANUALMENTE no horário que se queria, você encontraria você mesmo do futuro.
De acordo com o meu entendimento, seguindo a “trajetória do filme”, Aaron volta para o inicio (quando Abe o apresenta à máquina) 3x. Então o Aaron que vemos a maior parte do filme já sabia de tudo isso e estava lá para impedir que o ex da Rachel criasse pânico com a arma na festa dela.
Por isso existirão 3 Aarons, o “primeiro” que viajou para o inicio do filme 3x vezes (o com fone de ouvido e que narra o que acontece – que usa para recriar os mesmos passos e evitar um paradoxo – com gravata listrada vermelha e preta).
A grande sacada do filme não é saber em que ponto do “tempo” a cena se passa e sim qual “versão” do Aaron que estamos vendo.
O grande fato é que esse filme embora não explique tudo, ele somente aquilo que é realmente relevante (apesar de eu achar que os trechos com Phillip e o outro amigo é totalmente irrelevante para a história). Mas para que você aprecie o roteiro de forma completa (ou tirar o máximo proveito dele) você tem que realmente ABRAÇAR a ideia. Porque TODAS as respostas estão lá. Umas mais indiretas que outras. Muitas tão subjetivas que somente com uma reflexão melhor ou uma revisitação no filme é que o faz ser compreendido. E isso não é demérito. Eu acredito que um filme ganha muito mais valor quando ele não termina nos créditos finais.
Esses detalhes, embora sejam utilizados em qualquer filme sobre viagem do tempo, foi usado de forma “inteligente” e nova. Por isso o roteiro acaba ganhando relativo destaque.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraQual seria o melhor título?
O Hobbit: a desolação
Legolas: e a batalha dos 4 exércitos
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraEsta é uma história trágica de um lindo casal que
luta pela sobrevivência e depois de ter os filhos brutalmente assassinados por soldados humanos, são caçados e mortos por um réptil gigante
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraComentário com ligeiros spoilers e (tentando ser) totalmente independente das outras mídias já lançadas.
Apesar do novo design do aranha e o interessante conceito visual dado ao Electro, o filme é muito mais ou menos. O grande problema, assim como no anterior, é um roteiro que contradiz a si próprio.
Começando pela mania que se iniciou no filme anterior em dar um papel (até então inexistente) para os pais do Peter, um peso dramático que ao invés de soar natural, ficou totalmente forçado e desnecessário.
Richard Parker cria uma série aranhas mutantes, cujo "veneno" só pode ter efeito com alguém que contém o mesmo material genético que o seu, e pela maior coincidência do mundo, justamente seu filho vai trabalhar na mesma empresa que o pai e acaba sendo picado pelo mesmo projeto de aranha!
Pra que dar tantas voltas e tentar criar um laço sem nenhuma razão? Poderia ser simplificado com "ele foi ficado, ganhou poderes, as outras aranhas foram mortas, ninguém pode ter poder igual, pronto!".
Ao invés disso, foi necessário toda uma introdução à la James Bond, para justificar o abandono do filho, para ser enviado um vídeo que ele mesmo revela "só funciona com meu material genético!". Pra que então abandonar seu filho se você deixaria claro pra seja lá nas mãos de quem fosse ver aquele vídeo, que o Peter seria o único a sofrer mutações por conta da experiencia? não faz sentido.
Alias, acho que eu devo ter perdido alguma coisa, porque o Peter decorou toda a parede no maior estilo SCI (onde só tinha fotos da Gwen) para descobrir o passado dos pais, e a resposta estava num site qualquer lá dizendo que o "trem era um esconderijo secreto para o presidente Rossvelt?". Caraca, até o google sabia onde encontrar isso.
Se já não fosse o bastante, O Peter achou o metro/laboratório fácil, com a conexão só esperando o play pra ver o vídeo e ter a resposta ali, na cara.
É muita coincidência, muitas voltas para explicar algo que não precisa de tanta explicação.
Tudo no filme gira em torno da Oscorp, aparentemente a maior empresa para se criar vilões que existe. Já se prepare, pois o sexteto virá pronto de lá, como num molde. Os viloes podem ter suas motivações, mas tudo gira no mesmo eixo. Richard, Peter, Gwen, Max, Harry, Osman, (homem misterioso de chapeu?)...
Agora o Electro, suas motivações são aceitáveis, mas depois que ele se alia ao Harry qual sua motivação? Ser o mestre supremo de uma usina elétrica?
Seu maior perigo era fazer com que os novaiorquinos ficassem em um blecaute? Forçar um drama entre dois aviões se colidindo?
Harry tem uma amizade rasa, enfiada na sua garganta em apenas uma conversa de escada e uma cena na beira do lago. Depois de 8~10 anos sem se verem, eles não seriam amigos tão íntimos. Nem se explorasse mais no filme você sentiria empatia pelo personagem. E essa era sua proposta, o Duende Macabro (não o verde) é terrível não por apenas ser mau, mas sim também pelo dilema de ser o ex-melhor do Peter. Tudo isso se perdeu. Toda essa "importância" que ele poderia ter se perdeu porque esse personagem foi apressado e jogado de qualquer jeito na trama.
E sua motivação? Orman Osbourn tava com seus 60 anos para ficar verde podre e a doença do garoto se alastrou em 1 semana?!
Novamente, as motivações não contraditórias no roteiro. Se o fantasma do pai da Gwen ficava alertando o tempo todo para o Peter não metê-la em confusão, a lição só seria "bem aproveitada" se um dos vilões (lembrando que todos fazem parte do mesmo circulo social) fosse usar a garota contra ele. Não que ela simplesmente fosse dar uma de heroína no final e se desse mal por isso. Não existe impacto, não existe moral da história. Acontece o que acontece com a Gwen simplesmente porque ela foi valente e por conta de um zé-qualquer com a cara verde que apareceu de última hora na história.
Alias, que diabos a Gwen faz na Oscorp? A garota entende de microbiologia (ou algo assim) e conhece a planta de comando da usina??? Sem contar aquele plano óbvio da mão de alguém torrada com a chave pendurada entre os dedos. Isso é ridículo e de tão forçado, chega a ser bobo.
Parabéns pela tia May e a Gwen que trouxeram as duas única cenas que fizeram o filme valer realmente a pena.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraTodos acreditavam que Padilha poderia manter a mesma violência e veracidade retratada no primeiro filme, por conta de sua experiência em tropa de elite. Mas com uma classificação dessas, estava evidente que a ideia era atrair mais público, incluindo as pessoas jovens. Então nada de saco na cabeça ou gente derretendo no ácido. A crítica social ainda é mantida, os comerciais de sátira foram substituídos por um único programa usado como base para introduzir o espectador no conflito da lei que proíbe o uso de robôs para manter a segurança dos Estados Unidos ao mesmo tempo em que mostra como os robôs são utilizados nos países externos. Percebe-se logo de cara como o exército estadunidense vai para os países árabes para “pacificar” as pessoas, usando de uma narrativa (propositalmente) tendenciosa por parte do apresentador.
O filme foi criado para atingir a nova geração e com isso, o conceito de robô também seria mudado. Enquanto nos anos 90, os computadores eram gigantescos e lentos, hoje eles são cada vez menores e mais rápidos, seguindo esse mesmo raciocínio, um robô pesado e lento como era o RoboCop de antigamente, não caberia no novo filme. A geração atual irá querer ver algo rápido e ágil. Isso poderia fazer o filme cair em uma armadilha fácil, como robôs (visivelmente) feitos em CGI ou sem “peso” ignorando totalmente as leis da física. Felizmente Padilha não caiu nessa armadilha e conseguiu criar um robô que se mostra ágil e ao mesmo tempo com a massa de muitos hardwares reunidos.
No filme de 87, quando vimos Alex Murphy sem a máscara pela primeira vez, era uma cena estranha. Você via que era um rosto colado em uma máquina. Aquela sensação era incômoda e conseguir emular a mesma sensação nos dias de hoje (lembrando que a faixa etária é de 12 anos), achei difícil que isso pudesse se repetir. Mas essa mesma sensação foi possível ser retratada de forma magnífica, quando Murphy pede para ver o que “havia restado” dele, e pouco a pouco as peças foram se desmontando até não sobrar quase nada.
veja a crítica completa em:
http://designit.com.br/index.php/2014/02/26/review-robocop-dead-or-alive-you-come-with-me/
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraComentário com spoilers eventuais.
Eu sempre fui contra a ideia de desmembrar o livro do Hobbit em trilogia, sendo que apenas duas partes seria o suficiente. E aqui vemos como o roteiro foi incluído muitos elementos totalmente desnecessários.
Um filme de meio tem como função desenvolver o roteiro principal. Sua vantagem é que não perde tempo, pois os personagens já foram apresentados e o cenário estabelecido. E o problema é que ele não finaliza nada, o que pode dar a impressão de que a história não foi para lugar algum. O grande defeito desse filme é que o roteiro só desenvolveu sub-tramas desnecessárias que tomam pelo menos 60% do filme e a parte principal foi jogada de lado.
Começando pelo envolvimento romântico da Tauriel, Legolas e o outro anão lá.
Primeiro: Por que inserir o Legolas? Ok que o filme tem algumas liberdades criativas que resgatam antigos personagens da trilogia do anel, mas diferente de como o Frodo foi utilizado para posicionar a cronologia desse filme com relação à trilogia dos anéis por exemplo, este foi incluído sem ter um real sentido. Só para despertar um sentido de nostalgia para os fãs? Só para fazer a piadinha da mãe do anão? Qual foi a ação que o tornou realmente necessário (e que qualquer outra pessoa/elfo não poderia ter feito)?
Para que criar um romance com Tauriel que sabemos que não vai para lugar algum (porque sabemos que na trilogia do anel ela não está lá).
Uma das poucas cenas que realmente me deixou empolgado foi a batalha de Gandalf contra o Necromante, e descobrir que a íris do olho de fogo é na verdade a forma de Sauron foi algo realmente de explodir a cabeça. Mas essa “liberdade criativa” no roteiro gera uma coisa que me parece ser um gritante furo de roteiro.
Se o Galdalf já sabia que o Sauron estava por ali, criando um exercito e tudo mais, por que nada disso seria mencionado nas próximas décadas até o Frodo virar o portador do anel?
Será que ele simplesmente esqueceu ou achou que não era importante?
Quando chegamos na esperada cena da montanha do Dragão o filme chegou no seu ponto alto.
Smaug estava realmente bom e finalmente pudemos nos concentrar no Hobbit, sim, o filme era dele, mas só o vemos de verdade a partir dai e um pouco durante o resgate dos anões.
E quando começa a luta realmente foda, as cenas se alteram entre o dragão e a droga da planta de porco da Tauriel!
Como a cena épica que foi explorada ao máximo no marketing desde o primeiro filme fica alternando com algo “tanto faz” como mostrar a cura de um anão qualquer lá. Não existia algo mais anti-clímax que ver o dragão cuspindo fogo para mudar pra outra colocando a maldita planta do porco na perna do anão. Que ele morra logo! Eu quero ver o dragão!
Era esse o sentimento naquele momento. O plot principal não se desenvolveu e quando chegou no que realmente importava, mudava para mostrar o Legolas matando orcs, como havia feito o filme todo!
Eu não entendo de caça de dragão, mas jogar ouro fervente em um dragão que cospe FOGO não parece ser a solução mais efetiva... É como tentar afogar um peixe, se usasse a água que servia para resfriar o ouro, poderia ter sido mais inteligente...
O Hobbit não é nem de longe o melhor filme do ano, quando tivemos Gravidade, O homem de aço, Evil Dead, Invocação do Mal, Pacific Rim, comparado com esse roteiro cheio de barriga, inclusão de personagens sem sentido, tentativas sem sucesso de criar coisas épicas, nada disso funcionou. E tudo isso poderia ser facilmente cortado e transformado em apenas dois filmes.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraComentário com spoilers eventuais.
Sem fôlego.
Não existe outra descrição da forma em que você provavelmente sairá se sentindo no cinema. Digo isso porque nos sentimos realmente imersos naquele vasto e incrível... Nada...
O filme usa de forma muito bem grandes planos sequências (algo que Cuarón já soube fazer de forma maravilhosa em Filhos da esperança). E essa escolha se mostra acertada, quando planos gerais lhe dão o escopo do infinito espaço e depois muda para uma subjetiva, aonde você se sente sufocado dentro do traje espacial.
A trilha sonora também consegue conversar muito bem com essa ideia. Os sons são abafados, como se ouvidos de dentro do traje (matando as provaveis pessoas que podem xilicar sobre a propagação do som no espaço), ao mesmo tempo em que a trilha incidental acompanha o ritmo de praticamente todo o filme.
O roteiro segue um ritmo acertado, tudo acontece de forma a te deixar par da situação, definir os personagens e o "problema". não é cansativo. A maior parte do tempo você fica tenso e por conta dos planos longos se tem uma impressão que tudo ocorre em "tempo real".
Vários simbolismos nos são colocados de formas sutis através do próprio cenário, como se ele descrevesse a forma que a Dra. Se sentia: o nascer do sol indicando uma nova esperança, o Sol a pino durante "nascimento da Dra. quando chega na nave, o furacão na Terra no momento que ela aceita que o Clooney morreu.
São tantos detalhes e tantas sensações, que se torna difícil comentar todas. Mas por isso eu digo: VÁ AO CINEMA. Veja em tela grande, se não puder, nao baixe, não veja na tela do seu pc. Espere o dvd/blu-ray e veja numa tela grande e um home teather. O filme foi trabalhado pensando nisso e só assim você poderá realmente aproveitar essa obra com tudo que ela pode lhe trazer.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraJonathan Kent
não morre, ele vai pra Oz
Quem entendeu, entendeu...
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraComentário com spoilers eventuais:
Eu nunca fui muito com a cara do super-homem e fui ao cinema esperando ver so mais um filme caricato e previsível (dentro o que ja conhecemos sobre o personagem), felizmente eu estava enganado.
Pela primeira vez, o super-homem foi realmente retratado como aquilo que ele é: um alienigena. E como tal, a direção de arte foi competente em demonstrar isso. Vemos krypton como uma real sociedade extra-terrestre, vemos suas tecnologias estranhas, sua fauna esquisita.
O filme consegue casar muito bem uma historia de super-heroi com ficção cientifica de forma que (arrisco a dizer) melhor feita até agora (comparando o antecessor super-man o retorno e lanterna verde).
A história é mudada, o que com certeza pode ter irritado os fãs mais frenéticos das HQs, mas o que isso realmente importa afinal? O mesmo aconteceu nas incontáveis "realidades alternativas" que A DC vive criando.
Como foi provado em Batman begins, estamos em um momento de tornar as histórias mais incríveis em algo mais "crivel".
A cafonice de super-herois coloridos teminou. Ele não é o super-heroi condutor da justiça e moral americana. Ao inves disso, vemos alguem que foi moldado a saber a importancia que tinha em manter-se em segredo, nao usar seus poderes levianamente, mas ainda dotado de um senso de solariedade, ao mesmo tempo capaz de mostrar situações de fúria (como contra o caminhoneiro) e indesição quanto suas ações. E tudo isso fez com que o super-homem não ficasse tão enfadonho.
Claro, por isso a função de seus dois pais foi tão necessária durante todo o filme, e ótimo que isso permitiu uma aparição ainda maior de Jor-El, que foi muito bem representado pelo Krut Russel.
Gostei da forma que a história é conduzida. Não seguindo por uma trajetória linear. Já sabemos e estamos enjoados de saber como foi a chegada de Kal na Terra, vide os filmes antigos do superman, as séries Lois & Clark, Smallville e nos desenhos que passavam na tv de manhã.
Alternar a vida adulta, linkando com algo que ele aprendeu no passado foi uma solução inteligente para isso.
O filme peca em alguns cliches como o sempre condenado onibus amarelo escolar cheio de criancinhas que fatalmente sempre cai de uma ponte ou a "volta no parafuso" que o roteiro deu para a morte do Johnatam Kent - pra ter de justificar o nao uso dos poderes de Clark.
Zod conseguiu ser na minha opinião, um dos melhores vilões dos filmes de super-herois de todos: Pois ele tem aquilo que um vilão deve ter - Consegue competir de igual para igual com o seu antagonista.
Faora foi sem dúvida a minha personagem favorita. Ela mostrou como ser má dentro da situação que se encontrava. Conseguiu mostrar as habilidades de tal forma a fazer você, mero terráqueo a tremer com a sua presença.
As motivações dos vilões são válidas, e tirando o cliche do "dominar o mundo sem nenhuma razão", existe um porquê para querer acabar com a Terra. ele não é mal só pelo sentido de ser mal. ele apenas tem convicções diferentes, tais que deixam ate Kal-El em duvida de que lado esta realmente certo.
A luta entre o Kal-El e os outros kryptonianos é realmente devastadora. Com a música do Zimmer estourando seus ouvidos, percebemos com total clareza que a é algo totalmente épico, como reais Deuses dualando entre si. Vemos também as consequencias de uma luta dessa grandeza causa na Terra. Cidades viram ruinas, pessoas morrem aos montes.
Não existe a ingenuidade de que no fim tudo se resolve sem alguns sacrificios.
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraA intenção do filme não era criar uma reconstituição dos fatos. Porque você sabe o que aconteceu, você sabe como aconteceu.
Violência gera audiência, mostrar adolescentes matando adolescentes é fácil. Mas o filme não segue por esse caminho, e nós que estamos habituados (ou então nos tornamos indiferentes à isso) que nos sentimos incomodados quando esse trajeto não é seguido.
Eu li alguns comentários abaixo que não gostaram do filme simplesmente porque não teve sangue ou não é tão impactante. Será que isso nos torna tão diferentes dos dois assassinos? Nós não apertamos o gatilho, mas queremos ver alguém fazendo isso.
O filme não é um documentário, muito menos uma reconstituição. Não está lá para justificar os atos e sim implantar suposições. Eram eles nazista? Foi por conta do video-game? Foi por conta de sua sexualidade reprimida? Foi por conta do bullying e falta de assistência do diretor/professor?
Não sabemos, e é essa a questão. Muitas vezes não há respostas. Podemos tentar atribuir culpados, quando na verdade apenas temos uma "suposição" disso (ou no pior dos casos, não há culpados).
Veja que o filme não precisa se focar "profundamente" nos personagens, até porque não há razão para isso. O passado de um, ou desejos de outro não influenciam no resultado chave. Repare que o tempo todo o filme te conduz como se VOCÊ fosse apenas mais um aluno ali no meio, um alguém invisível que está apenas acompanhando os fatos de um dia "comum".
O filme mostra o ponto de vista dessas pessoas que você não conhece (mas já ouviu falar), como as garotas gostosas bulêmicas, o fotógrafo, o negro rapper, o garoto bonito popular, a garota feia e esquisita. Essas pessoas que você também vê no seu colégio e que também a não conhece profundamente.
Nós vemos vários pontos de vista, mas no fim o ponto de vista não é de nenhum deles, O PONTO DE VISTA É O SEU.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraRoteiro fora de ordem, violencia, frases incriveis, bom elenco, e muito sangue. Todos aqueles ingredientes que fizeram Tarantino ser reconhecido como o grande diretor que é, está em Django.
João e Maria: Caçadores de Bruxas
3.2 2,8K Assista AgoraE como temos acompanhando durante os últimos anos, Hollywood continua
trilhando o caminho dos contos de fada, dando a sua visão moderna de
antigos contos.
Sinceramente eu não esperava muita coisa em João e Maria, afinal, vendo
pelo trailer parecia ser apenas um filme genérico de caçadores de seres
fantásticos, como já visto em irmãos Grim, Hellsing.
Se você conseguir se desprender disso e analisar o filme apenas como
"filme", você terá uma grata surpresa.
Uma abertura sensasional, com uma animação com traços estilizados como os usados na época da idade média, narrando a trajetória dos irmãos conforme os anos.
As cenas de ação são bem trabalhadas e empolgantes. Se você pensa em levar seu filho ou seu sobrinho para assistir achando que é apenas mais um
filme de conto de fadas, pense melhor. Tem muita cenas de violência.
Como crítica achei a batalha final muito fácil. Se já era difícil derrotar
uma bruxa, eles conseguiram acabar com toda uma convenção sem muitos
problemas.
O "viveram felizes para sempre" já não existe mais e o diretor criou sua
continuação para João e Maria. Acho que o roteiro poderia
existir muito bem sem a necessidade de ter alguma relação com o conto, pois a trama consegue se desenvolver sozinha.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista Agora[comentário com spoilers eventuais]
O filme prometia, a propaganda era massiva, a ideia era interessante, mas pecou em um ponto: a execução.
A ideia geral era pegar pelo pé os saudosistas de games da década de 80/90 e transformar uma aparição repentina de um personagem ali e outro acolá no maior trunfo do filme (Não que isso seja ruim, realmente essa estratégia de pegar você pelo saudosismo funciona e não é pecado nenhum fazer isso), o problema é que nada mais na história se mantém. Parece que ele temeu ousar um pouco mais.
O roteiro parece ter ficado muito preso no "mundo" da Sugar Rush quando existia um "universo" de fliperamas que poderia ser explorado. 60% do filme praticamente se encontra lá, o excesso de colorido de balas e doces me incomodava, só me dava a sensação de fome e não a de "nossa, é assim que os pixels do Atari vivem durante a folga!". Era como ver um filme da Barbie no mundo de anões.
Só em alguns pontos ele é interessante, como os movimentos em "frame" que alguns personagens fazem que remetem à ideia de movimento de um personagem de jogo antigo ou durante a corrida da Sugar me fez pensar "olha, mario kart" ou os créditos finais. De resto o filme em si poderia ser qualquer história genérica sem a necessidade do tema video-game.
O filme me desapontou muito, infelizmente, ao contrário do curta "Avião de Papel" que passou entre os trailers que durante 6 minutos conseguiu me emocionar e empolgar muito mais que o Detona Ralph em seus 101min.
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista Agora[comentário com spoilers eventuais]
É isso meus amigos, estamos em um futuro pós-apocalíptico (ou seria pré?). Mas não são meteoros que irão determinar o fim da humanidade, nem aliens colonizadores, nem desastres naturais. A humanidade está condenada e por um fator simples: A incapacidade de reprodução.
O filme nos apresenta com uma tv em um bar, onde passava uma notícia estranha: A criança mais nova do mundo, um adolescente de 18 anos acaba de ser assassinado.
Isso nos faz pensar, como uma criança pode ter já estar na maioridade? Mas isso é só a introdução do mundo que iremos ser apresentados.
A cena segue de forma contínua, com a câmera seguindo o personagem principal, e termina em um inesperado atentado terrorista no bar.
Sim, inesperado (ou instigante) é a palavra chave desse filme. E já a partir dessa cena, logo nos minutos iniciais do filme, é que já percebemos que essa se trata de uma obra com algo de diferente.
Eu sou maluco por planos sequência, clipes que tem apenas uma tomada exigem um domínio total do cenário, dos atores e de tudo que eventualmente possa dar errado. É a forma do diretor tomar as rédeas do caos e através da câmera nos fazer ver por ele.
Pare o que você está fazendo agora! Pare de xavecar a garota no facebook, de um pause no download na série que você está baixando e veja apenas essa cena:
http://www.youtube.com/watch?v=en16i8BY4hI
Foi isso que garantiu a genialidade do filme para mim. Como eu disse, o plano sequencia é a "sua" visão ao que acontece. A câmera acompanha todos os integrantes, rodopiando para dar a atenção para todos ali. Ela nos conduz, nos mostra o caminho do carro em chamas, das pessoas que surgem do nada como um formigueiro infernal, nos sentimos presos no carro enquanto uma garrafa de molotov cai sobre o capô, quase sentimos o tiro nos acertar e vemos uma queda de moto espetacular, até por fim ela deixar o carro e nos permitir ver os personagens sumirem no horizonte.
Imagina o controle que foi preciso para que tudo isso fosse feito; a maestria contra o caos que somente essa cena nos permite deslumbrar.
Assim como acontece quando a mulher é levada para fora do ônibus, vemos a sequencia do que (possivelmente) acontecerá com ela. Com todos os demais refugiados unidos, depois desnudos, depois ajoelhados com soldados em frente e por fim, sacos com corpos.
Como se já não bastasse, ficamos emocionados com o nascimento da unica criança em décadas. Uma cena dura, sem cortes e direta.
Nos deparamos com um mundo cinza, triste, com o que já foi uma escola cheia de crianças agora abandonada e sem vida. Era nisso que o planeta tinha se transformado.
Somos surpreendidos de tal forma que ficamos embasbacados, assim como os soldados e os rebeldes, nos calamos diante do choro da criança, um som estranho embora de certa forma familiar. Outra vez um plano sequencia, dos três saindo do prédio enquanto muitos tentavam tocar aquele ser "estranho". Era ali só o choro, choro e durante um breve momento, a paz.
Além da beleza fotográfica, o filme nos faz pensar na coisa mais simples que hoje em dia se torna tão comum, que talvez perca seu sentido. Uma nova vida. No sentido de algo novo ou precioso não parece ter mais sentido. E como um tapa, o filme termina com o título "Children of men" ao som de crianças sorrindo.
E é por isso que eu dou sem medo, 5 estrelas para esse filme.