Que obra magnífica! É gratificante ver pessoas comprometidas, leais e dignas que lutam por causas nobres e o fazem com o que têm, até mesmo com a entrega de sua vida. O guarda em determinado momento fala: "Você tem que justificar a sua presença nesse mundo, por que está aqui? eu estou pelos gorilas". É corajosa demais a existência de quem é de verdade, de quem escolheu deixar o egoísmo e o dinheiro de lado para cumprir uma missão. A fotografia, a cobertura jornalística do conflito, as imagens que bem traduzem o povo e as cenas dos animais são esplêndidas e mereciam todo o prestígio cinematográfico. Por fim, só relembro que a sociedade "civilizada" (por meio da SOCO e de empresas semelhantes) patrocina a destruição do parque nacional, a morte dos animais e a destruição da nação congolense. Pra eles, "são só negócios".
O filme começa muito bem, a palestra sobre drama, obstinação de personagens que cativam o público com emoções, obstáculos e objetivos íntimos e desafiadores...
logo depois, o ambiente de trabalho incômodo, conversas vazias de gente que fala muito, e a vida real desinteressante, incômoda e impiedosa, (sendo corno e levando cagaço do chefe logo de manhã). O filme percorre alternando por cenas de diálogos cotidianos e ensinamentos valiosos a um escritor passados pelo professor que, cru, entrega sua áspera honestidade intelectual e presença opulenta, atroz e proveitosa àquele. Achei incrível a resistência sofrível que o personagem apresenta em suportar a vida ruim e superar sua mediocridade na busca da explosão inspiradora criativa, até mesmo nu e se prostituindo por histórias. Uma tentativa de quebrar a normalidade pra tentar enxergar o que habita por trás disso, o real.
Eu adorei o plot twist do casal latino, demonstraram-se hábeis enganadores do protagonista que, risonhamente, contempla um final inimaginável e ainda sim real em que ele foi "passado pra trás", não sendo mais o ator principal do jogo que criara, mas uma mera peça. Bem-vindo ao mundo real. haha. O filme tem seus probleminhas, mas foi uma boa proposta. A gente cansa de dramas iguais ao do pinguim e quer realidade também, mesmo sendo assim, imperfeita.
Um mergulho no significado de empatia, engrandecimento do espírito e amor ao próximo. Documentário bem produzido que traz à tona a doença moderna mais prejudicial da humanidade, a ambição individualista de poder que inspira acumulação ilimitada de bens e a segregação abissal entre as pessoas. Conta com a participação de personalidades que inspiraram o autor ao longo de sua vida: intelectuais, cientistas e figuras religiosas. Elas discorrem sobre a natureza humana, trazem experiências científicas (bem mal feitas), além de argumentos filosóficos, biológicos, antropológicos, psicológicos, fisico-quânticos e até sagrados para validar a tese de que o amor nos engrandece e nos transforma em algo muito maior e conectado com a natureza, o contrário da competição individualista exacerbada, que nos torna solitários e transforma o mundo em um poço de desigualdade sem fim. Essa obra é um suspiro de dignidade humana e respeito ao próximo. Encantador, com pequenas ações diárias cumprimos nossa parte de transformação do mundo, diversas pequenas ações desencadeiam reações estruturais ao longo do tempo, reflexamente, consectariamente, exemplificadamente, cumulativamente … , aos poucos, com o lento caminhar do tempo e da história, tudo muda, em nós, nos outros e nos rumos da humanidade.
Bacurau é unido, é coletivo, é livre, é resistência social contra forma de poder imposto que não dialogue verdadeiramente (vide o caso do prefeito e a negação da cidade a sua legitimidade). Bacurau, a priori, parece simples e pacífico, não há Estado nem polícia, mas se todos cumprem um papel no mecanismo (precisaria?). Bacurau tem como frase de entrada da cidade: "se for, vá na paz" e, paradoxalmente, apresenta uma violência exacerbada (como é a cena das decaptações, dos assassinatos de pacote, a alusão à foto de lampião e seu bando sem cabeça, a quantidade de armas no museu). Mas a violência ocorrida parece justamente a violência reativa, a vingativa por ter ousado perturbar a paz tão bem construída. Esse tipo de violência me parece imprescindível quando se tem a necessidade de sobrevivência, defesa dos seus, e um tipo de afirmação de existência que brade: "nós importamos, parecemos ingênuos e pequenos, mas somos fortes, não mexam com a gente". Bacurau arranha o sulista que se acha diferente dos nordestinos naquela cena em que os gringos zombam da tentativa deles de se assemelharem a alemães e italianos. É humilhante pra eles se perceberem latinos, como nós, iguais. Bacurau não parece ter problemas com o moralmente pecaminoso da nossa sociedade, como sexo e drogas. Costumes inerentes à humanidade que tentamos esconder a todo custo, lá apresenta-se comum, natural. Me chamou atenção a igreja sempre fechada, a falta de orações comum em enterros e a ausência de qualquer figura religiosa. Me perturbou a população ter deixado a prostituta ser levada à força pelo prefeito, bem como não terem matado tbm o prefeito que tava em conluio com os gringos pela exterminação da cidade. Talvez, somente o assassinato dos gringos (que oficialmente nem estavam lá) nada ocorreria, já o assassinato ao prefeito traria muita atenção à cidade né. Aquela hora que o Pacote puxa a bochecha dele, desfaz cabelo, dá um tapa, é engraçada, parece uma zombaria ao engomadinho bem cuidado, que tbm é um assassino, só que burocrata. Acho que a cena dos caixões no começo do filme é pra dar o prelúdio que virão muitas mortes, e o caminhão pipa e a treta da represa pra sempre trazer o debate da questão das águas no sertão e, talvez, a apropriação dela por grupos de poder, que rola tbm. Bacurau é o típico lugar que: se quer paz, terás, se queres guerra, se prepara pq fomos feitos disso.
Eu gosto desse tipo de obra que materializa histórias de aventura e enfrentamento de adversidades, elas ensinam a gente a não parar, a dar voz e abraçar o ímpeto que dorme dentro de cada um de nós de realizar o que se quer, de abraçar o sonho. É uma proposta simples, mas gostosa e que dá esperança, é bom. O filme tem algumas coisas interessantes, desde as questões do atraso da idade média pra humanidade que não permitia o desenvolvimento das ciências baseado no discurso obscurantista cristão e o medo das punições divina e terrena, também pincela sobre as diferenças e preconceitos culturais entre árabes, judeus e cristãos, trata sobre limites à liberdade de pensamento, pq, tal momento, um grupo pode se fortalecer ao ponto de tomar o poder, aí reside uma questão interessante (limites de tolerância da liberdade de discordar do sistema posto), isso é uma questão social atemporal. Achei massa o personagem do Xá, ele era tirano, inculto e sem sentimentos, mas ao mesmo tempo cultivava a liberdade científica e permitia a convivência de povos de culturas distintas no seu reino, tinha como ideal único o de ser lembrado na história (como todos os grandes líderes antigos). Amei o dualismo entre ignorância personificado no fanatismo e a ciência como ferramenta humana de progresso e transformação. Gostei da pegada científica e filosofica do protagonista em questionar tudo, até o que é ensinado. Só achei forçado o dom dele de saber se pessoa vai morrer, cai no misticismo e um tipo de divinismo desnecessário na trama.
Essa é uma das vezes que a tradução do filme ficou bem melhor que o título original. Filme sensacional. Há um peso, densidade a respeito do mistério que envolve o espectador na trama que atormenta quem assiste e, ao mesmo tempo, envolve.
Clint não busca finais agradáveis, busca a crueza do instinto humano.
Fico feliz de não ter lido os comentários aqui debaixo antes de assistir. Opiniões sobre determinados personagens podem influir e depositar expectativa que, a priori, o diretor não mostra intencionalmente.
"As pessoas achavam tão extraordinário um homem de coragem e princípios, que parecia fábula, mas Sobral foi um homem real, e tudo que foi real continua sendo possível." Esse cara era um gigante, um super-herói, tipo uma lenda. Admiravelmente coerente e correto, comprometido com seus princípios e com uma sociedade justa, um exemplo a ser seguido de sensatez e riqueza de espírito, assistir ao filme foi como tomar um fôlego de nobreza.
Poesia, amor, corpos nus, humanos crus, despidos, reais, fotografia fantástica, cachaça, maconha. Nada de corpos esculturais e sorrisos invejáveis, corpos e sorrisos reais sim. liberdade sexual, distopia, anarquia, ativismo e arte. A cena da Eneida se masturbando lendo a poesia. Cláudio Assis gosta de nos tirar do conforto das novelinhas e filmes hollyudianos e nos jogar na realidade social dos subúrbios, da arte que vive aqui e não vemos, ele gosta de incomodar. Achei o filme fantástico, uma obra prima brasileira.
"Traga o vazilhame para enchermos com liberdade pondo a luz em pessoas comuns, marginalizadas que outrora ficariam renegadas a programas de quinta."
Para os grandes sonhadores, aqueles que sonham em fazer a diferença no mundo, conhecer todos os lugares e a todas as pessoas, além de construir super obras, deixando seu legado como queria George Bayle, não percebeu mas fazia toda a diferença em todos que estavam ao seu redor. Muitos destinos foram transformados pela ajuda dele. Posso juntar com a lição que ganhei de uma amigo, que as vezes temos vontade de transformar o mundo, mas não ajudamos nem a quem está perto. Muitas pessoas não têm cobertor e dormem na calçada, não damos um, e não percebemos que isso para nós, não é quase nada, para eles, seria muito.
Eu sempre assisti filmes, séries, discursos, li,li e li. Mas esse filme é melhor obra que já vi na vida. Melhor que qualquer documentário que vi, perdão Saramago, perdão obras de Sebastião Salgado ou Charles Chaplin, mas nunca na vida me senti tão humano, é como levar o espectador a cada pedaço do mundo, na vida de cada pessoa, em uma única perspectiva, sentir o que cada um sente, estou naquele estado de choque pós uma grande coisa ter acontecido. Além de tudo tem que inventar uma palavra pra falar sobre a fotografia, perfeição é pouco.
Acho que, apesar de ser "O profissional" e durão em muitos aspectos, é notório que León parecia inocente no fundo, acho que é por isso da Mathilda ser tão nova e se apaixonar por ele, o que nos deixa incomodados, incomodados como ele também demonstrava, mas nem por isso deixava de gostar.
Interessante o aspecto de só observarmos o dia a dia, sem interferir de forma nenhuma, a produção só faz pequenas perguntas básicas que o espectador de fato tem curiosidade de saber. A fome é triste, eles não colhem os avanços tecnológicos existentes, nada, não há documentos, a escala de tempo é definida pelas necessidades básicas entre ir atrás de algo pra comer, comer e dormir, é pra expandir a mente mesmo.
Espetacular, diálogos excelentes, a poesia e beleza do jovem amor, a delicadeza dos movimentos da Terry e o glamour do Teatro, tudo muito bem destacado, gostei bastante. "Londres se parecerá uma cidade de sonho, e na elegância melancólica do crepúsculo, quando a luz das velas lhe fizer dançar os olhos, ele dirá que a ama" Shooow
Ótimo filme, maltrataram um pouco o Gyllenhaal pra atuar, achei que dava um ar incomum ao personagem super persuasivo e que dominava bem as palavras. O trama é muito interessante por contar a história dos abutres e o que eles fazem por dinheiro, "só tudo", e ironicamente ainda apresenta uma história de amor entre dois canalhas que tem lances entre imagens de sangue, morte e chantagem um para com o outro. Eu gostei bastante do filme.
Fantástico, Incrível. "Nunca na história da humanidade houve condições e técnicas científicas tão adequadas a construir um mundo com dignidade humana, apenas essas condições foram expropriadas por um punhado de empresas, essas que decidiram construir um mundo perverso. Cabe a nós fazer dessas condições material da produção de uma outra política,outra realidade." Frase de Milton Santos no discurso.
Um dos piores filmes que já vi na vida, sem pé nem cabeça, era pra eles darem o dinheiro de volta e ainda uma quantia bônus assim que saísse do cinema por ter tido paciência de ver até o fim, Nicolas Cage só pode estar no fim da carreira mesmo pra ter participado desse roteiro feito por um acéfalo.
Virunga
4.5 71 Assista AgoraQue obra magnífica! É gratificante ver pessoas comprometidas, leais e dignas que lutam por causas nobres e o fazem com o que têm, até mesmo com a entrega de sua vida. O guarda em determinado momento fala: "Você tem que justificar a sua presença nesse mundo, por que está aqui? eu estou pelos gorilas". É corajosa demais a existência de quem é de verdade, de quem escolheu deixar o egoísmo e o dinheiro de lado para cumprir uma missão. A fotografia, a cobertura jornalística do conflito, as imagens que bem traduzem o povo e as cenas dos animais são esplêndidas e mereciam todo o prestígio cinematográfico. Por fim, só relembro que a sociedade "civilizada" (por meio da SOCO e de empresas semelhantes) patrocina a destruição do parque nacional, a morte dos animais e a destruição da nação congolense. Pra eles, "são só negócios".
O Autor
3.3 117 Assista AgoraO filme começa muito bem, a palestra sobre drama, obstinação de personagens que cativam o público com emoções, obstáculos e objetivos íntimos e desafiadores...
logo depois, o ambiente de trabalho incômodo, conversas vazias de gente que fala muito, e a vida real desinteressante, incômoda e impiedosa, (sendo corno e levando cagaço do chefe logo de manhã). O filme percorre alternando por cenas de diálogos cotidianos e ensinamentos valiosos a um escritor passados pelo professor que, cru, entrega sua áspera honestidade intelectual e presença opulenta, atroz e proveitosa àquele. Achei incrível a resistência sofrível que o personagem apresenta em suportar a vida ruim e superar sua mediocridade na busca da explosão inspiradora criativa, até mesmo nu e se prostituindo por histórias. Uma tentativa de quebrar a normalidade pra tentar enxergar o que habita por trás disso, o real.
Eu adorei o plot twist do casal latino, demonstraram-se hábeis enganadores do protagonista que, risonhamente, contempla um final inimaginável e ainda sim real em que ele foi "passado pra trás", não sendo mais o ator principal do jogo que criara, mas uma mera peça. Bem-vindo ao mundo real. haha. O filme tem seus probleminhas, mas foi uma boa proposta. A gente cansa de dramas iguais ao do pinguim e quer realidade também, mesmo sendo assim, imperfeita.
I Am
4.2 85 Assista AgoraUm mergulho no significado de empatia, engrandecimento do espírito e amor ao próximo. Documentário bem produzido que traz à tona a doença moderna mais prejudicial da humanidade, a ambição individualista de poder que inspira acumulação ilimitada de bens e a segregação abissal entre as pessoas. Conta com a participação de personalidades que inspiraram o autor ao longo de sua vida: intelectuais, cientistas e figuras religiosas. Elas discorrem sobre a natureza humana, trazem experiências científicas (bem mal feitas), além de argumentos filosóficos, biológicos, antropológicos, psicológicos, fisico-quânticos e até sagrados para validar a tese de que o amor nos engrandece e nos transforma em algo muito maior e conectado com a natureza, o contrário da competição individualista exacerbada, que nos torna solitários e transforma o mundo em um poço de desigualdade sem fim. Essa obra é um suspiro de dignidade humana e respeito ao próximo. Encantador, com pequenas ações diárias cumprimos nossa parte de transformação do mundo, diversas pequenas ações desencadeiam reações estruturais ao longo do tempo, reflexamente, consectariamente, exemplificadamente, cumulativamente … , aos poucos, com o lento caminhar do tempo e da história, tudo muda, em nós, nos outros e nos rumos da humanidade.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraBacurau é unido, é coletivo, é livre, é resistência social contra forma de poder imposto que não dialogue verdadeiramente (vide o caso do prefeito e a negação da cidade a sua legitimidade). Bacurau, a priori, parece simples e pacífico, não há Estado nem polícia, mas se todos cumprem um papel no mecanismo (precisaria?). Bacurau tem como frase de entrada da cidade: "se for, vá na paz" e, paradoxalmente, apresenta uma violência exacerbada (como é a cena das decaptações, dos assassinatos de pacote, a alusão à foto de lampião e seu bando sem cabeça, a quantidade de armas no museu). Mas a violência ocorrida parece justamente a violência reativa, a vingativa por ter ousado perturbar a paz tão bem construída. Esse tipo de violência me parece imprescindível quando se tem a necessidade de sobrevivência, defesa dos seus, e um tipo de afirmação de existência que brade: "nós importamos, parecemos ingênuos e pequenos, mas somos fortes, não mexam com a gente". Bacurau arranha o sulista que se acha diferente dos nordestinos naquela cena em que os gringos zombam da tentativa deles de se assemelharem a alemães e italianos. É humilhante pra eles se perceberem latinos, como nós, iguais. Bacurau não parece ter problemas com o moralmente pecaminoso da nossa sociedade, como sexo e drogas. Costumes inerentes à humanidade que tentamos esconder a todo custo, lá apresenta-se comum, natural. Me chamou atenção a igreja sempre fechada, a falta de orações comum em enterros e a ausência de qualquer figura religiosa. Me perturbou a população ter deixado a prostituta ser levada à força pelo prefeito, bem como não terem matado tbm o prefeito que tava em conluio com os gringos pela exterminação da cidade. Talvez, somente o assassinato dos gringos (que oficialmente nem estavam lá) nada ocorreria, já o assassinato ao prefeito traria muita atenção à cidade né. Aquela hora que o Pacote puxa a bochecha dele, desfaz cabelo, dá um tapa, é engraçada, parece uma zombaria ao engomadinho bem cuidado, que tbm é um assassino, só que burocrata. Acho que a cena dos caixões no começo do filme é pra dar o prelúdio que virão muitas mortes, e o caminhão pipa e a treta da represa pra sempre trazer o debate da questão das águas no sertão e, talvez, a apropriação dela por grupos de poder, que rola tbm. Bacurau é o típico lugar que: se quer paz, terás, se queres guerra, se prepara pq fomos feitos disso.
O Físico
3.8 310 Assista AgoraEu gosto desse tipo de obra que materializa histórias de aventura e enfrentamento de adversidades, elas ensinam a gente a não parar, a dar voz e abraçar o ímpeto que dorme dentro de cada um de nós de realizar o que se quer, de abraçar o sonho. É uma proposta simples, mas gostosa e que dá esperança, é bom. O filme tem algumas coisas interessantes, desde as questões do atraso da idade média pra humanidade que não permitia o desenvolvimento das ciências baseado no discurso obscurantista cristão e o medo das punições divina e terrena, também pincela sobre as diferenças e preconceitos culturais entre árabes, judeus e cristãos, trata sobre limites à liberdade de pensamento, pq, tal momento, um grupo pode se fortalecer ao ponto de tomar o poder, aí reside uma questão interessante (limites de tolerância da liberdade de discordar do sistema posto), isso é uma questão social atemporal. Achei massa o personagem do Xá, ele era tirano, inculto e sem sentimentos, mas ao mesmo tempo cultivava a liberdade científica e permitia a convivência de povos de culturas distintas no seu reino, tinha como ideal único o de ser lembrado na história (como todos os grandes líderes antigos). Amei o dualismo entre ignorância personificado no fanatismo e a ciência como ferramenta humana de progresso e transformação. Gostei da pegada científica e filosofica do protagonista em questionar tudo, até o que é ensinado. Só achei forçado o dom dele de saber se pessoa vai morrer, cai no misticismo e um tipo de divinismo desnecessário na trama.
O Pagador de Promessas
4.3 363 Assista Agora"Garanto que agora o padre vai abrir a porta da igreja, não há quem não tenha medo da imprensa".
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraEssa é uma das vezes que a tradução do filme ficou bem melhor que o título original.
Filme sensacional. Há um peso, densidade a respeito do mistério que envolve o espectador na trama que atormenta quem assiste e, ao mesmo tempo, envolve.
Clint não busca finais agradáveis, busca a crueza do instinto humano.
Os vilões nem sempre são os que praticam o ato, mas os que sustentam a psique da violência para "sobrevivência"
Justiça
3.9 52Lento, arrastado. Acho que é pra assemelhar-se à justiça brasileira.
Sobral - O Homem que Não Tinha Preço
4.1 14"As pessoas achavam tão extraordinário um homem de coragem e princípios, que parecia fábula, mas Sobral foi um homem real, e tudo que foi real continua sendo possível."
Esse cara era um gigante, um super-herói, tipo uma lenda. Admiravelmente coerente e correto, comprometido com seus princípios e com uma sociedade justa, um exemplo a ser seguido de sensatez e riqueza de espírito, assistir ao filme foi como tomar um fôlego de nobreza.
Holy Motors
3.9 651 Assista Agora"Seu castigo minha pobre Angelé, é ser quem você é.
Ter que conviver consigo mesma."
Febre do Rato
4.0 657Poesia, amor, corpos nus, humanos crus, despidos, reais, fotografia fantástica, cachaça, maconha. Nada de corpos esculturais e sorrisos invejáveis, corpos e sorrisos reais sim. liberdade sexual, distopia, anarquia, ativismo e arte. A cena da Eneida se masturbando lendo a poesia. Cláudio Assis gosta de nos tirar do conforto das novelinhas e filmes hollyudianos e nos jogar na realidade social dos subúrbios, da arte que vive aqui e não vemos, ele gosta de incomodar. Achei o filme fantástico, uma obra prima brasileira.
"Traga o vazilhame para enchermos com liberdade pondo a luz em pessoas comuns, marginalizadas que outrora ficariam renegadas a programas de quinta."
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraPara os grandes sonhadores, aqueles que sonham em fazer a diferença no mundo, conhecer todos os lugares e a todas as pessoas, além de construir super obras, deixando seu legado como queria George Bayle, não percebeu mas fazia toda a diferença em todos que estavam ao seu redor. Muitos destinos foram transformados pela ajuda dele.
Posso juntar com a lição que ganhei de uma amigo, que as vezes temos vontade de transformar o mundo, mas não ajudamos nem a quem está perto. Muitas pessoas não têm cobertor e dormem na calçada, não damos um, e não percebemos que isso para nós, não é quase nada, para eles, seria muito.
Humano - Uma Viagem pela Vida
4.7 325 Assista AgoraEu sempre assisti filmes, séries, discursos, li,li e li. Mas esse filme é melhor obra que já vi na vida. Melhor que qualquer documentário que vi, perdão Saramago, perdão obras de Sebastião Salgado ou Charles Chaplin, mas nunca na vida me senti tão humano, é como levar o espectador a cada pedaço do mundo, na vida de cada pessoa, em uma única perspectiva, sentir o que cada um sente, estou naquele estado de choque pós uma grande coisa ter acontecido. Além de tudo tem que inventar uma palavra pra falar sobre a fotografia, perfeição é pouco.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraAcho que, apesar de ser "O profissional" e durão em muitos aspectos, é notório que León parecia inocente no fundo, acho que é por isso da Mathilda ser tão nova e se apaixonar por ele, o que nos deixa incomodados, incomodados como ele também demonstrava, mas nem por isso deixava de gostar.
Garapa
4.3 153 Assista AgoraInteressante o aspecto de só observarmos o dia a dia, sem interferir de forma nenhuma, a produção só faz pequenas perguntas básicas que o espectador de fato tem curiosidade de saber. A fome é triste, eles não colhem os avanços tecnológicos existentes, nada, não há documentos, a escala de tempo é definida pelas necessidades básicas entre ir atrás de algo pra comer, comer e dormir, é pra expandir a mente mesmo.
Luzes da Ribalta
4.5 279 Assista AgoraEspetacular, diálogos excelentes, a poesia e beleza do jovem amor, a delicadeza dos movimentos da Terry e o glamour do Teatro, tudo muito bem destacado, gostei bastante.
"Londres se parecerá uma cidade de sonho, e na elegância melancólica do crepúsculo, quando a luz das velas lhe fizer dançar os olhos, ele dirá que a ama"
Shooow
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraÓtimo filme, maltrataram um pouco o Gyllenhaal pra atuar, achei que dava um ar incomum ao personagem super persuasivo e que dominava bem as palavras. O trama é muito interessante por contar a história dos abutres e o que eles fazem por dinheiro, "só tudo", e ironicamente ainda apresenta uma história de amor entre dois canalhas que tem lances entre imagens de sangue, morte e chantagem um para com o outro. Eu gostei bastante do filme.
Encontro com Milton Santos: O Mundo Global Visto do Lado …
4.4 91 Assista AgoraFantástico, Incrível.
"Nunca na história da humanidade houve condições e técnicas científicas tão adequadas a construir um mundo com dignidade humana, apenas essas condições foram expropriadas por um punhado de empresas, essas que decidiram construir um mundo perverso. Cabe a nós fazer dessas condições material da produção de uma outra política,outra realidade."
Frase de Milton Santos no discurso.
O Apocalipse
1.8 556 Assista AgoraUm dos piores filmes que já vi na vida, sem pé nem cabeça, era pra eles darem o dinheiro de volta e ainda uma quantia bônus assim que saísse do cinema por ter tido paciência de ver até o fim, Nicolas Cage só pode estar no fim da carreira mesmo pra ter participado desse roteiro feito por um acéfalo.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraPra quem gosta de Agatha Christie vai lembrar muito dos livros dela