Finalmente vi a série considerada uma das melhores já feitas. Filmes de guerra já são bons, o que dizer de 10 episódios de 1h cada um? Um espetáculo! O Ep 01 é focado no treinamento dos paraquedistas que saltariam em breve na madrugada do Dia D, a partir do segundo episódio a destruição toma conta da tela, nos colocando no centro da guerra, com diversas cenas de combates muito bem feitas, repletas de detalhes marcantes; mas não só isso, em meio a tantas explosões e carnificina, sobra tempo para nos conectarmos com cada um dos personagens, nos fazendo sentir quando cada um deles morre. O trabalho é quase documental, por colocar os verdadeiros soldados falando antes de cada episódio começar, e pela câmera que se move como se um cinegrafista estivesse filmando a guerra em tempo real. Uma aula de direção, maquiagem, enredo, construção de personagens, liderança e coragem, que emociona, diverte, nos entristece e gera repulsa. Pra lista de séries favoritas. — Netflix / HBO
Só de pensar no que uma série poderia entregar, aproveitando o universo de JOHN WICK, é de deixar qualquer fã ansioso. São apenas 3 episódios, com duração em média de 90 minutos cada. Começa bem, com um plano-sequência numa escadaria de um edifício, com muito tiro e porrada; depois alguns personagens interessantes são apresentados, mas a série acaba sendo exaustiva, principalmente no esquecível segundo episódio, e quando o desfecho chega, com boas cenas de ação, você já está cansado demais para se empolgar com as coreografias. Criei expectativa demais. Assista no PrimeVideo.
Algumas pessoas já apontam essa série como o melhor trabalho do Flanagan; eu ainda considero MISSA DA MEIA-NOITE sua obra-prima. Posso ter criado expectativas demais, esperado muita coisa, já que adorei as séries anteriores (só não vi CLUBE DA MEIA-NOITE), e o que temos aqui é a mesma formula que Flanagan utiliza sempre: Um ar sombrio em uma trama que não tem pressa, pra ser degustada mesmo, aos poucos, aproveitando todos os elementos macabros que a série proporciona. Flanagan sabe como usar Jumpscares sem soar irritantes ou excessivos, alguns deles realmente te fazem pular da cadeira, e como de costume, alguns - infelizmente, alguns - momentos são bem assustadores. Gosto de como Flanagan encaixa vários contos de Poe à história, trazendo o horror do escritor para os dias atuais, acompanhados de uma ótima trilha, boas atuações, tramas envolvendo criticas à ganância e poder e cenários que vão do clássico, passando pelo sombrio e o moderno. Se gosta de Poe e do trabalho do diretor, é certeza que vai aproveitar os 8 episódios, mas, se ainda não conhece nada do Flanagan, não recomendo começar por essa série. Ainda estou digerindo, mas ao fim de tudo, sinto que faltou um toque especial que aparentemente o diretor esqueceu nas séries anteriores. Lembrando que esse é o último trabalho dele com a Netflix.
De início, achei que iria me desapontar e achar que não era pra mim, mas depois de uns 3 episódios ficava cada vez mais ansioso pelo próximo. Ver 4 amigas curtindo a noite, em bares e festas, bebendo muito, saindo com muitos homens, se metendo em situações complicadas e engraçadas, dialogando sobre temas sérios mas também conversando sobre coisas idiotas, não é diferente de ver uma série sobre 4 homens em situações muito parecidas. O programa ainda traz à tona temas que lá no fim dos anos 90 não era tão comum assim, e faz isso de forma muito natural - já ganha muitos pontos positivos por isso; e os temas são diversos: sexualidade, empoderamento, fetiches, inseguranças, ciúme, casamento, solidão, consumismo, preconceito, machismo, religião, ménage, vibradores, bdsm e tantas outras coisas que só de escrever posso tomar um block dessa rede social. Favoritei, com certeza, e fico no aguardo de que as próximas temporadas sejam tão boas, leves, engraçadas e picantes como essa foi. Assista na HBO
O Primeiro episódio já é suficiente para nos prender, nos entregando praticamente tudo que precisamos saber dos diversos personagens, um pouco de seus passados, suas dores, traumas, objetivos e, ao fim desse primeiro episódio, uma pancada inesperada, e é aí que a série começa com seu objetivo principal, desvendar um mistério. Como de costume, em trabalhos assim, você desconfia de todos ao redor, mas a série se sai bem em entregar algumas surpresas, mesmo que você já tenha decifrado o enigma, vai ter surpresas mesmo assim. Todos os personagens são bem desenvolvidos, mas, Kate Winslet é A SÉRIE, entregando uma atuação de respeito e que me lembrou bastante de outra atuação que ela fez em AMMONITE. Uma série que é capaz de te conectar com pelo menos um dos personagens, já que temas diversos são abordados, e mais, para os apreciadores de cerveja, a série vai dar água na boca, pois a protagonista está sempre apreciando uma garrafa. Assista na HBOmax
Com as novas notícias de que a nova série do Flanagan está chegando, fui atrás de ver logo essa aqui que eu estava devendo. Diferente da anterior, RESIDÊNCIA HILL, A Mansão Bly foca menos nos sustos e nas aparições de fantasmas - claro que aqui tem tudo isso, só que bem menos que a série anterior. O primeiro episódio me prendeu imediatamente, as atuações, principalmente das crianças, são de se admirar, e a estética é um primor, nos levando realmente a uma época mais antiga. Até hoje não li A VOLTA DO PARAFUSO, mas vi os filmes que se inspiraram no livro, e julgando pelos filmes que vi, a série parece ter acertado. Depois de uns 3 EP o ritmo cai bastante, mas ainda assim não pude desgostar do que estava vendo em nenhum momento. Como a própria personagem da série diz, não é uma história de fantasmas, e sim, uma história de amor, e eu ainda acrescentaria que é sobre os amores mortos, a dor do luto, pois o clima melancólico se faz presente durante os 9 episódios. Assista na Netflix
Uma quarta temporada, sendo ela a última para encerrar de vez a série, se elevar à um nível que não estamos acostumados a ver, já que muitas delas perdem a força a cada nova temporada, é de aplaudir em pé. Muitos estão considerando essa a melhor temporada, já eu, não consigo escolher qual das quatro é a melhor de tão arrebatadora que, não só cada temporada é, mas cada episódio é. Não é à toa que esteja recebendo tantos prêmios, e é o nome mais forte para vencer o Emmy 2023, com 27 indicações. Sinto-me extremamente satisfeito por ter maratonado, durante 4 semanas, essa obra de arte, e agora, com o fim dela, já começo a sentir falta daquelas rostos, das tramas, e até de torcer por um deles, mesmo que inconscientemente, já que eu queria mesmo é todos ali explodissem, mas o roteiro é tão bom que quando você percebe já se tornou "amigo" dos personagens. Assista na HBO MAX Brasil
O último episódio da segunda temporada encerra de forma genial, fazendo com que a terceira temporada se inicie de forma frenética, exatamente de onde a temporada anterior tinha parado; correria pra todo lado. E aqui, o foco se mantém no embate entre pai e filho, e é especialmente nessa temporada que tomamos conta do enorme poder que o patriarca tem, inclusive, até no envolvimento com a politica e o presidente; um velho difícil de derrubar. Essa temporada vem mais recheada de diálogos potentes e muitos palavrões, que excedem os das temporadas anteriores. Mais uma obra de arte, repugnante, mostrando a cada episódio que não é possível ter empatia por nenhum desses personagens. O último episódio inicia-se de forma leve, repleto de piadinhas entre os irmãos, o que acaba divertindo muito, mas o seu desfecho, com o Kendall desabando no choro e dizendo que está destruído, com um enorme vazio por dentro, é de arrepiar, só quem já passou por algo parecido pode, de fato, sentir o peso dessa cena e entender o quanto a atuação "simples" e realista do ator é capaz de transmitir realmente como é sentir que nada faz sentido. Assista na HBO MAX Brasil
Tão boa quanto a primeira temporada, a série tem agora como foco mostrar o íntimo de cada personagem, se antes o foco era nos mostrar a família e como toda aquela relação perturbada funcionava, agora é a vez de enxergamos cada um deles, cada podre, cada passado e cada bizarrice de uma a um; e o que vemos é muita falta de empatia, preconceitos, a falta de importância por sentimentos alheios, manipulação, corrupção e, se tratando do caçula, transtornos sexuais que entregam um dos momentos mais insanos da série. Se na temporada anterior o patriarca passava boa parte acamado, recuperando sua saúde, aqui ele já está mais saudável, forte, e, se já achávamos que ele era um servo de Satã, nessa segunda temporada damos conta de que ele é o próprio rei do inferno. Baita série, baitas atuações, baita direção! Assista na HBO MAX Brasil
Como eu já havia dito antes, dediquei 2023 para ver algumas séries, pelo menos, uma temporada de cada uma das mais relevantes e das mais clássicas; eis que encontro essa série e, enquanto escrevo esse texto, já estou iniciando a terceira temporada. Direto pra minha lista de séries favoritas, daquelas para rever e pegar qualquer detalhe que passou despercebido. A série é sobre uma família bilionária, onde todos - TODOS - os personagens são problemáticos. Parece que a série foi criada com um único propósito: nos fazer odiar cada uma daquelas pessoas, especialmente o patriarca, que te deixa com vontade de voar no pescoço dele a cada cena! Quando parece que você se acostuma com eles, como se começasse a ter uma certa "empatia", um novo escândalo surge, nada diferente do que vemos no mundo real, com ricaços se esquivando de tudo graças ao dinheiro e o poder. O ponto forte é que não ficamos presos á escritórios e diálogos difíceis de compreender, a série vai além, cada episódio tem um ambiente próprio, fazendo com que nenhum episódio seja monótono, inclusive, um deles é em uma boate secreta, divertido demais, onde o nível se rebaixa tanto a ponto de parecer um besteirol estilo AMERICAN PIE. Uma das melhores coisas que vi esse ano; coisa fina! Assista na HBO MAX Brasil
Eu já achava que a primeira temporada se estendeu demais por 10 episódios, sem necessidade; aqui, repetem o mesmo erro; 10 episódios onde um é praticamente parecido com o outro, entregando um ou outro detalhe que não precisaria de um longo e exaustivo segmento de 50 minutos. Dois desses episódios (o 4 e o 5 se não me engano) não acontece absolutamente nada. E a série caminha assim, repetindo as mesmas coisas, enrolando, e percebe-se uma carência de entusiasmo por parte do elenco, parece que estão ali, forçando e torcendo pra que as gravações acabe logo. Novos personagens surgem, alguns pra nada, outros só pra irritar mesmo, e os mistérios se ampliam, mas não de forma genial, como TWIN PEAKS, por exemplo, que é uma loucura sem sentido mas que faz bem feito; aqui não, é só confuso mesmo. Passo longe da terceira temporada, isso se tiver. Assista no Globoplay.
Aproveitei a semana que se comemora o Dia do Cinema Nacional pra ver essa série. Melhora em alguns pontos, em comparação à primeira temporada, mas em outros é bem inferior, chegando a se parecer com uma novela. Tem seus personagens interessantes, principalmente os indígenas, mas boa parte do elenco parece apagado, sem falar que tem muitos momentos que não convencem nenhum pouco, como se não houvesse um entusiasmo por parte de toda a equipe. Infelizmente, não desceu pra mim, queria muito poder dizer o contrário, pois adoro o nosso folclore. Assista na Netflix.
Série baseada nos escritos de Bruce Lee, que foi meu principal interesse em assistir, além do nome de Joe Taslim no elenco, um dos meus atores favoritos dessa nova leva de filmes pancadaria. Encontrei mais do que eu esperava; além das boas brigas, que envolve artes marciais, gangues com machados, irlandeses brutamontes e chineses com aquelas longas tranças, a série tem boas tramas que se sustentam e não estão ali só pra preencher o vazio entre uma pancadaria e outra. Corrupção, politica, traição, servidão, prostituição, são só um dos temas, sem falar no alto nível de xenofobia durante o século XIX, onde você vai ver pessoas que são contra a escravidão sendo preconseituosas com os chineses, ou, "os amarelos que transmitem doenças", nas palavras dos personagens; são muitas reflexões. As lutas são bem coreografadas, mas me incomodaram de inicio, por serem muita escuras, como se tivessem sido filmadas por iluminação natural, pois boa parte das cenas são noturnas; acabei me acostumando e curti a experiência, como se a pancadaria ocorresse dentro de uma pintura Barroca. Um dos episódios é totalmente Western, envolve um bar, foras da lei e dinheiro escondido dentro de um cadáver no caixão. Falando em Western, a trilha de abertura é memorável, um espécie de Morricone com influências oriental. A série deixa a desejar ao entregar muitos personagens fodas, mas nenhum embate 100% de respeito, e eu acredito que é proposital, como se essa temporada fosse um preparativo, uma amostra do que está por vir nas próximas (espero que sim!).
O pessoal de LOST são os responsáveis por essa série que aos poucos vem sendo comentada. Os cinco minutos iniciais são suficientes para prender boa parte do telespectador: Um xerife caminha pela rua ao entardecer, tocando um sino como toque de recolher, todos correm para suas casas, fecham as portas e as janelas e, ao anoitecer, criaturas rodeiam a vila, sedentas por sangue. Claro que alguém vai abrir a janela para vermos o estrago e do que a série se trata. As mortes são sempre em offscreen, mas, tudo é compensado depois, ao mostrar o estrago dos corpos destroçados num ótimo trabalho de maquiagem, não perdoando nem as crianças. A série é sobre isso, um lugar onde misteriosamente ninguém consegue sair, e à noite, criaturas surgem. Acho que os 10 episódios poderiam se resumir em 07, pois tem momentos que se estendem e se repetem muito, como se os 50 minutos de um ou outro episódio existisse apenas para um único acontecimento importante. Gostei da experiência, apesar de achar seu encerramento regular, mesmo com novos mistérios e acontecimentos, o último episódio se encerra mais com clima de fechamento de episódio para começar o próximo, do que um fechamento digno de uma temporada para outra.
Nunca joguei o jogo, e pouco conheço sobre a história, mas se tratando do que vi em tela, independente se está fiel ou não ao game, eu curti o resultado, apesar de, "Os infectados estão de férias na série", nas palavras de algumas pessoas, isso não me incomodou, já que todo o resto que conduz a série funciona muito bem. Queria, sim, mais cenas com infectados, mas fiquei feliz com as poucas cenas que tem, que trazem uma tensão extrema em meio a toda a "calmaria" em que a série se encontra. A garota protagonista é daquelas que irritam no primeiro momento, mas logo você começa a simpatizar com ela, e a relação entre ela e o protagonista é tão boa que parece que são pai e filha. Dois dos momentos que mais gostei foram
Acredito que seja a partir daqui que a série realmente mostra para o que veio. Os 5 episódios da primeira temporada são ótimos, mas aqui, com 12 episódios, conseguimos nos conectar mais e passar mais tempo com esses personagens que "não estão fazendo nada", apenas vivem seu dia a dia. Novos cenários são apresentados, incluindo um restaurante chinês onde Jerry está impaciente com a demora para ser atendido, o que é compreensivo, já que o cara não quer perder a sessão de PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL – "É o pior filme da história! Não posso perder!" – Ele diz enquanto convence seus amigos a assistirem com ele. Mais uma série que vou acompanhar até o fim, sempre que possível, pois fico imaginando o que mais as próximas temporadas vai entregar para me divertir. Ótima!
Eu nunca tinha assistido uma temporada completa, só alguns episódios aleatórios. Nem acredito que algo assim exista até hoje, pois o humor é muito pesado em diversos momentos. Mas foi bom ter ficado todo esse tempo sem acompanhar "de verdade" os episódios, porque além do humor ácido fica bem claro como a série esfrega em nossa cara muitos dos nossos comportamentos, ou de pessoas do nosso convívio; não é apenas zoação gratuita querendo causar e incomodar. Gostei tanto que até favoritei e anseio as próximas temporadas. Difícil escolher um episódio favorito, já que todos estão no mesmo nível, mas os que mais me marcaram foram o episódio de Halloween e o do cachorro George Clooney Gay.
Série sobre a máfia, com ênfase em suas personalidades, destacando-se temas que abordam os relacionamentos, a depressão, os medos, inseguranças, dúvidas e por aí vai. O fato do protagonista, chefe da máfia, frequentar uma psiquiatra, faz da série um exemplo completo sobre os assuntos tratados dentro da psicologia. Personagens cativantes, trilha sonora muito boa e um ótimo elenco, entregando seus momentos dramáticos, pesados e também carregados de um humor excepcional (destaque pro episódio sobre fazer sexo oral em uma mulher, que é de uma infantilizacão extrema por parte dos personagens que agem feito adolescentes, impossível não rir — "Não conte para ninguém que faço sexo oral em você; vão achar que sou bixa"). Uma das melhores séries, com certeza! Pra quem gosta da trilogia do CHEFÃO, GOODELLAS e procura mais do gênero e ainda não viu essa série, tá perdendo tempo!
A caça aos nazistas continua na nova temporada, e deram um jeito de trazer Al Pacino de novo; e dessa vez, tem uma mãozinha do Jordan Peele. Por mais que o resultado final seja satisfatório, é inferior à primeira temporada, pois o potencial aqui era altíssimo, mas não foi bem aproveitado! O primeiro episódio não chega aos pés do primeiro da temporada anterior, e se a primeira temporada termina de modo excelente - um dos desfechos mais inesperados - aqui a série desanda lá pro final, onde poderíamos presenciar uma obra-prima se tudo fosse feito com mais paixão. O estilo Tarantinesco da temporada anterior é visível apenas no episódio 7, que é o melhor, e é diferente de todos os outros e mais estiloso. Para quem ficou curioso em saber o que aconteceria após o final da primeira temporada, vale a conferida.
Sou fã do estilo do Refn, e antes de acompanhar sua nova série, COPENHAGEN COWBOY, resolvi ver sua série anterior primeiro. Dentre os altos e baixos de seus filmes, eu sempre aprecio e admiro seus trabalhos, mas, essa série que tem, sim, seus pontos altos, é extremamente exaustiva. 10 episódios, onde a maioria deles tem duração de 90 minutos (é quase como ver 9 filmes inteiros) mas o problema nem é isso, e sim, o grau de monotonia, a enrolação; os diálogos que poderiam ser resolvidos em 20 segundos se estendem para 4 minutos - sem exagero. Até o caminhar dos personagens é lento, dando tempo de você ir até a cozinha tomar uma água e quando voltar ele ainda vai estar caminhando para abrir a porta do carro. O interessante é que não há um personagem bom ou ruim, pois todos estão no mesmo nível; um exemplo é o policial que caça pedófilos enquanto ele mesmo se relaciona com uma menor de idade. Tem sua beleza, suas cenas insanas, ótima trilha, mas testa a paciência, até pra mim que não me incomodo com programas assim, só que dessa vez, passou dos limites.
Incrível como uma série tão boa chegue a um nível medíocre como essa segunda temporada. Carece de ação, de violência, de lutas e de um bom suspense. É visível o sangue esguichando em CGI em várias cenas. Certo momento a trilha sonora sombria de violino toca enquanto as gangues vão de encontro a outra, algo parecido com o destruidor episódio 5 da primeira temporada; chegando lá, é um tiro aqui e outro ali, e quando vários personagens pegam o facão, cena que me fez torcer para ver algo no estilo THE RAID, a cena simplesmente corta para um monte de gente morta no chão cobertas de sangue; é deprimente! Há um excesso de enforcamento, talvez para economizarem no sangue e nos efeitos práticos, então, você vai ver gente sendo enforcada até enjoar. Pra não dizer que odiei tudo, tem uma enforcamento debaixo d'água muito tenso, uma lanterna martelando uma cabeça e tem THE RAID passando na TV de um hotel. Não estou nada ansioso pela terceira temporada. Uma pena!
Muito se fala sobre essa ser a melhor série do ano, e até mesmo uma das melhores dos últimos tempos. Concordo. É uma daquelas séries FDP que quando acaba te deixa nervoso, ao mesmo tempo que te faz refletir sobre o último episódio - um dos melhores que já vi. Dentro do escritório minimalista e retrô, os funcionários da empresa Lumen não tem memórias de quem são fora dali, e, do lado de fora, os mesmos personagens também não sabem quem eles são dentro da empresa; como se vivessem duas vidas, uma na empresa, outra fora dela; e é essa ideia que nos faz lembrar de BLACK MIRROR que traz questões sobre existencialismo (por que faço o que faço, para quê, para quem?), Workaholic, hierarquia e recompensas miseráveis por bater metas (5 minutos de música, melancias em cubos, luva para caneca e até 1 minuto de risada). A série avança lentamente, exatamente para nos passar a sensação de um dia inteiro preso ao escritório, em toda aquela monotonia, regras, e você sente na pele como é estar ali. Mistérios surgem a cada episódio, a curiosidade aumenta e, no fim, você vai torcer para que a segunda temporada chegue logo. Nem vou comentar a parte técnica, pois o texto ficaria longo, mas é tudo perfeito, milimetricamente perfeito.
"Já sentiu cheiro de cadáver? Eu já. Dahmer cozinhava eles e o cheiro ia direto para minha casa" — Gostei bastante da série; seu primeiro episódio mostra, sem pressa alguma, o modus operandi de Dahmer, ao mesmo tempo que joga na tela questões raciais, incompetência policial e um ar de insanidade. De forma não linear, vemos desde a infância até a morte de Dahmer, um pouco dos traumas vividos na infância, mas sem querer romantizar o assassino, e sim, humanizando suas vítimas (o episódio do rapaz surdo é de doer). A série incomoda por nos colocar 10 episódios ao lado do assassino, não mostrando só os assassinatos, mas sim, o dia a dia dele, nos deixando quase íntimos, como se estivéssemos ali, presenciando tudo. Outro momento interessante foi mostrar as cartas que Dahmer recebia na prisão, de gente se dizendo ser fã dele. Bem dirigida, de um ritmo por vezes lento, mas que não atrapalha em nada quando se está tão envolvido, iluminação perfeita, boas atuações e ainda tem dois momentos curtinhos envolvendo outros dois assassinos famosos.
Como previsto, a série vem decaindo depois da primeira temporada. Não significa que a partir da temporada 2 ficou ruim, mas o nível de insanidade, loucura e piadas mais ácidas diminuiu. O Diabo marca presença em todos os episódios dessa vez, mas nem isso foi capaz de elevar a loucura. Há um gancho para uma quarta temporada, e espero que revejam e melhorem o humor, como no início da série.
Irmãos de Guerra
4.7 619 Assista AgoraFinalmente vi a série considerada uma das melhores já feitas. Filmes de guerra já são bons, o que dizer de 10 episódios de 1h cada um? Um espetáculo! O Ep 01 é focado no treinamento dos paraquedistas que saltariam em breve na madrugada do Dia D, a partir do segundo episódio a destruição toma conta da tela, nos colocando no centro da guerra, com diversas cenas de combates muito bem feitas, repletas de detalhes marcantes; mas não só isso, em meio a tantas explosões e carnificina, sobra tempo para nos conectarmos com cada um dos personagens, nos fazendo sentir quando cada um deles morre. O trabalho é quase documental, por colocar os verdadeiros soldados falando antes de cada episódio começar, e pela câmera que se move como se um cinegrafista estivesse filmando a guerra em tempo real. Uma aula de direção, maquiagem, enredo, construção de personagens, liderança e coragem, que emociona, diverte, nos entristece e gera repulsa. Pra lista de séries favoritas.
— Netflix / HBO
*Dica: O Resgate do Soldado Ryan (1998)
O Continental: Do Mundo de John Wick
3.4 87 Assista AgoraSó de pensar no que uma série poderia entregar, aproveitando o universo de JOHN WICK, é de deixar qualquer fã ansioso. São apenas 3 episódios, com duração em média de 90 minutos cada. Começa bem, com um plano-sequência numa escadaria de um edifício, com muito tiro e porrada; depois alguns personagens interessantes são apresentados, mas a série acaba sendo exaustiva, principalmente no esquecível segundo episódio, e quando o desfecho chega, com boas cenas de ação, você já está cansado demais para se empolgar com as coreografias. Criei expectativa demais.
Assista no PrimeVideo.
*Dica: Hunters (2020)
A Queda da Casa de Usher
4.0 286 Assista AgoraAlgumas pessoas já apontam essa série como o melhor trabalho do Flanagan; eu ainda considero MISSA DA MEIA-NOITE sua obra-prima. Posso ter criado expectativas demais, esperado muita coisa, já que adorei as séries anteriores (só não vi CLUBE DA MEIA-NOITE), e o que temos aqui é a mesma formula que Flanagan utiliza sempre: Um ar sombrio em uma trama que não tem pressa, pra ser degustada mesmo, aos poucos, aproveitando todos os elementos macabros que a série proporciona. Flanagan sabe como usar Jumpscares sem soar irritantes ou excessivos, alguns deles realmente te fazem pular da cadeira, e como de costume, alguns - infelizmente, alguns - momentos são bem assustadores. Gosto de como Flanagan encaixa vários contos de Poe à história, trazendo o horror do escritor para os dias atuais, acompanhados de uma ótima trilha, boas atuações, tramas envolvendo criticas à ganância e poder e cenários que vão do clássico, passando pelo sombrio e o moderno. Se gosta de Poe e do trabalho do diretor, é certeza que vai aproveitar os 8 episódios, mas, se ainda não conhece nada do Flanagan, não recomendo começar por essa série. Ainda estou digerindo, mas ao fim de tudo, sinto que faltou um toque especial que aparentemente o diretor esqueceu nas séries anteriores. Lembrando que esse é o último trabalho dele com a Netflix.
*Dica: A Mansão do Terror (1961)
Sex and the City (1ª Temporada)
4.3 196 Assista AgoraDe início, achei que iria me desapontar e achar que não era pra mim, mas depois de uns 3 episódios ficava cada vez mais ansioso pelo próximo. Ver 4 amigas curtindo a noite, em bares e festas, bebendo muito, saindo com muitos homens, se metendo em situações complicadas e engraçadas, dialogando sobre temas sérios mas também conversando sobre coisas idiotas, não é diferente de ver uma série sobre 4 homens em situações muito parecidas. O programa ainda traz à tona temas que lá no fim dos anos 90 não era tão comum assim, e faz isso de forma muito natural - já ganha muitos pontos positivos por isso; e os temas são diversos: sexualidade, empoderamento, fetiches, inseguranças, ciúme, casamento, solidão, consumismo, preconceito, machismo, religião, ménage, vibradores, bdsm e tantas outras coisas que só de escrever posso tomar um block dessa rede social. Favoritei, com certeza, e fico no aguardo de que as próximas temporadas sejam tão boas, leves, engraçadas e picantes como essa foi. Assista na HBO
Mare of Easttown
4.4 654 Assista AgoraO Primeiro episódio já é suficiente para nos prender, nos entregando praticamente tudo que precisamos saber dos diversos personagens, um pouco de seus passados, suas dores, traumas, objetivos e, ao fim desse primeiro episódio, uma pancada inesperada, e é aí que a série começa com seu objetivo principal, desvendar um mistério. Como de costume, em trabalhos assim, você desconfia de todos ao redor, mas a série se sai bem em entregar algumas surpresas, mesmo que você já tenha decifrado o enigma, vai ter surpresas mesmo assim. Todos os personagens são bem desenvolvidos, mas, Kate Winslet é A SÉRIE, entregando uma atuação de respeito e que me lembrou bastante de outra atuação que ela fez em AMMONITE. Uma série que é capaz de te conectar com pelo menos um dos personagens, já que temas diversos são abordados, e mais, para os apreciadores de cerveja, a série vai dar água na boca, pois a protagonista está sempre apreciando uma garrafa.
Assista na HBOmax
*Dica: True Detective (2014)
A Maldição da Mansão Bly
3.9 922 Assista AgoraCom as novas notícias de que a nova série do Flanagan está chegando, fui atrás de ver logo essa aqui que eu estava devendo. Diferente da anterior, RESIDÊNCIA HILL, A Mansão Bly foca menos nos sustos e nas aparições de fantasmas - claro que aqui tem tudo isso, só que bem menos que a série anterior. O primeiro episódio me prendeu imediatamente, as atuações, principalmente das crianças, são de se admirar, e a estética é um primor, nos levando realmente a uma época mais antiga. Até hoje não li A VOLTA DO PARAFUSO, mas vi os filmes que se inspiraram no livro, e julgando pelos filmes que vi, a série parece ter acertado. Depois de uns 3 EP o ritmo cai bastante, mas ainda assim não pude desgostar do que estava vendo em nenhum momento. Como a própria personagem da série diz, não é uma história de fantasmas, e sim, uma história de amor, e eu ainda acrescentaria que é sobre os amores mortos, a dor do luto, pois o clima melancólico se faz presente durante os 9 episódios.
Assista na Netflix
*Dica: A Maldição da Residência Hill (2018)
Succession (4ª Temporada)
4.5 215 Assista AgoraUma quarta temporada, sendo ela a última para encerrar de vez a série, se elevar à um nível que não estamos acostumados a ver, já que muitas delas perdem a força a cada nova temporada, é de aplaudir em pé. Muitos estão considerando essa a melhor temporada, já eu, não consigo escolher qual das quatro é a melhor de tão arrebatadora que, não só cada temporada é, mas cada episódio é. Não é à toa que esteja recebendo tantos prêmios, e é o nome mais forte para vencer o Emmy 2023, com 27 indicações. Sinto-me extremamente satisfeito por ter maratonado, durante 4 semanas, essa obra de arte, e agora, com o fim dela, já começo a sentir falta daquelas rostos, das tramas, e até de torcer por um deles, mesmo que inconscientemente, já que eu queria mesmo é todos ali explodissem, mas o roteiro é tão bom que quando você percebe já se tornou "amigo" dos personagens. Assista na HBO MAX Brasil
Succession (3ª Temporada)
4.4 188O último episódio da segunda temporada encerra de forma genial, fazendo com que a terceira temporada se inicie de forma frenética, exatamente de onde a temporada anterior tinha parado; correria pra todo lado. E aqui, o foco se mantém no embate entre pai e filho, e é especialmente nessa temporada que tomamos conta do enorme poder que o patriarca tem, inclusive, até no envolvimento com a politica e o presidente; um velho difícil de derrubar. Essa temporada vem mais recheada de diálogos potentes e muitos palavrões, que excedem os das temporadas anteriores. Mais uma obra de arte, repugnante, mostrando a cada episódio que não é possível ter empatia por nenhum desses personagens. O último episódio inicia-se de forma leve, repleto de piadinhas entre os irmãos, o que acaba divertindo muito, mas o seu desfecho, com o Kendall desabando no choro e dizendo que está destruído, com um enorme vazio por dentro, é de arrepiar, só quem já passou por algo parecido pode, de fato, sentir o peso dessa cena e entender o quanto a atuação "simples" e realista do ator é capaz de transmitir realmente como é sentir que nada faz sentido.
Assista na HBO MAX Brasil
Succession (2ª Temporada)
4.5 227 Assista AgoraTão boa quanto a primeira temporada, a série tem agora como foco mostrar o íntimo de cada personagem, se antes o foco era nos mostrar a família e como toda aquela relação perturbada funcionava, agora é a vez de enxergamos cada um deles, cada podre, cada passado e cada bizarrice de uma a um; e o que vemos é muita falta de empatia, preconceitos, a falta de importância por sentimentos alheios, manipulação, corrupção e, se tratando do caçula, transtornos sexuais que entregam um dos momentos mais insanos da série. Se na temporada anterior o patriarca passava boa parte acamado, recuperando sua saúde, aqui ele já está mais saudável, forte, e, se já achávamos que ele era um servo de Satã, nessa segunda temporada damos conta de que ele é o próprio rei do inferno. Baita série, baitas atuações, baita direção!
Assista na HBO MAX Brasil
🎬 Dica: Mad Men (2007)
Succession (1ª Temporada)
4.2 262Como eu já havia dito antes, dediquei 2023 para ver algumas séries, pelo menos, uma temporada de cada uma das mais relevantes e das mais clássicas; eis que encontro essa série e, enquanto escrevo esse texto, já estou iniciando a terceira temporada. Direto pra minha lista de séries favoritas, daquelas para rever e pegar qualquer detalhe que passou despercebido. A série é sobre uma família bilionária, onde todos - TODOS - os personagens são problemáticos. Parece que a série foi criada com um único propósito: nos fazer odiar cada uma daquelas pessoas, especialmente o patriarca, que te deixa com vontade de voar no pescoço dele a cada cena! Quando parece que você se acostuma com eles, como se começasse a ter uma certa "empatia", um novo escândalo surge, nada diferente do que vemos no mundo real, com ricaços se esquivando de tudo graças ao dinheiro e o poder. O ponto forte é que não ficamos presos á escritórios e diálogos difíceis de compreender, a série vai além, cada episódio tem um ambiente próprio, fazendo com que nenhum episódio seja monótono, inclusive, um deles é em uma boate secreta, divertido demais, onde o nível se rebaixa tanto a ponto de parecer um besteirol estilo AMERICAN PIE. Uma das melhores coisas que vi esse ano; coisa fina!
Assista na HBO MAX Brasil
*Dica: Suits (2011
Origem (2ª Temporada)
3.7 139Eu já achava que a primeira temporada se estendeu demais por 10 episódios, sem necessidade; aqui, repetem o mesmo erro; 10 episódios onde um é praticamente parecido com o outro, entregando um ou outro detalhe que não precisaria de um longo e exaustivo segmento de 50 minutos. Dois desses episódios (o 4 e o 5 se não me engano) não acontece absolutamente nada. E a série caminha assim, repetindo as mesmas coisas, enrolando, e percebe-se uma carência de entusiasmo por parte do elenco, parece que estão ali, forçando e torcendo pra que as gravações acabe logo. Novos personagens surgem, alguns pra nada, outros só pra irritar mesmo, e os mistérios se ampliam, mas não de forma genial, como TWIN PEAKS, por exemplo, que é uma loucura sem sentido mas que faz bem feito; aqui não, é só confuso mesmo. Passo longe da terceira temporada, isso se tiver. Assista no Globoplay.
*Dica: Twin Peaks (1990)
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 183 Assista AgoraAproveitei a semana que se comemora o Dia do Cinema Nacional pra ver essa série. Melhora em alguns pontos, em comparação à primeira temporada, mas em outros é bem inferior, chegando a se parecer com uma novela. Tem seus personagens interessantes, principalmente os indígenas, mas boa parte do elenco parece apagado, sem falar que tem muitos momentos que não convencem nenhum pouco, como se não houvesse um entusiasmo por parte de toda a equipe. Infelizmente, não desceu pra mim, queria muito poder dizer o contrário, pois adoro o nosso folclore. Assista na Netflix.
*Dica: Mar Negro (2013)
Warrior (1ª Temporada)
4.1 50 Assista AgoraSérie baseada nos escritos de Bruce Lee, que foi meu principal interesse em assistir, além do nome de Joe Taslim no elenco, um dos meus atores favoritos dessa nova leva de filmes pancadaria. Encontrei mais do que eu esperava; além das boas brigas, que envolve artes marciais, gangues com machados, irlandeses brutamontes e chineses com aquelas longas tranças, a série tem boas tramas que se sustentam e não estão ali só pra preencher o vazio entre uma pancadaria e outra. Corrupção, politica, traição, servidão, prostituição, são só um dos temas, sem falar no alto nível de xenofobia durante o século XIX, onde você vai ver pessoas que são contra a escravidão sendo preconseituosas com os chineses, ou, "os amarelos que transmitem doenças", nas palavras dos personagens; são muitas reflexões. As lutas são bem coreografadas, mas me incomodaram de inicio, por serem muita escuras, como se tivessem sido filmadas por iluminação natural, pois boa parte das cenas são noturnas; acabei me acostumando e curti a experiência, como se a pancadaria ocorresse dentro de uma pintura Barroca. Um dos episódios é totalmente Western, envolve um bar, foras da lei e dinheiro escondido dentro de um cadáver no caixão. Falando em Western, a trilha de abertura é memorável, um espécie de Morricone com influências oriental. A série deixa a desejar ao entregar muitos personagens fodas, mas nenhum embate 100% de respeito, e eu acredito que é proposital, como se essa temporada fosse um preparativo, uma amostra do que está por vir nas próximas (espero que sim!).
Origem (1ª Temporada)
3.8 188 Assista AgoraO pessoal de LOST são os responsáveis por essa série que aos poucos vem sendo comentada. Os cinco minutos iniciais são suficientes para prender boa parte do telespectador: Um xerife caminha pela rua ao entardecer, tocando um sino como toque de recolher, todos correm para suas casas, fecham as portas e as janelas e, ao anoitecer, criaturas rodeiam a vila, sedentas por sangue. Claro que alguém vai abrir a janela para vermos o estrago e do que a série se trata. As mortes são sempre em offscreen, mas, tudo é compensado depois, ao mostrar o estrago dos corpos destroçados num ótimo trabalho de maquiagem, não perdoando nem as crianças. A série é sobre isso, um lugar onde misteriosamente ninguém consegue sair, e à noite, criaturas surgem. Acho que os 10 episódios poderiam se resumir em 07, pois tem momentos que se estendem e se repetem muito, como se os 50 minutos de um ou outro episódio existisse apenas para um único acontecimento importante. Gostei da experiência, apesar de achar seu encerramento regular, mesmo com novos mistérios e acontecimentos, o último episódio se encerra mais com clima de fechamento de episódio para começar o próximo, do que um fechamento digno de uma temporada para outra.
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraNunca joguei o jogo, e pouco conheço sobre a história, mas se tratando do que vi em tela, independente se está fiel ou não ao game, eu curti o resultado, apesar de, "Os infectados estão de férias na série", nas palavras de algumas pessoas, isso não me incomodou, já que todo o resto que conduz a série funciona muito bem. Queria, sim, mais cenas com infectados, mas fiquei feliz com as poucas cenas que tem, que trazem uma tensão extrema em meio a toda a "calmaria" em que a série se encontra. A garota protagonista é daquelas que irritam no primeiro momento, mas logo você começa a simpatizar com ela, e a relação entre ela e o protagonista é tão boa que parece que são pai e filha. Dois dos momentos que mais gostei foram
o surgimento de alguns infectados saindo aos montes de um buraco, e o do pessoal religioso.
Seinfeld (2ª Temporada)
4.3 93 Assista AgoraAcredito que seja a partir daqui que a série realmente mostra para o que veio. Os 5 episódios da primeira temporada são ótimos, mas aqui, com 12 episódios, conseguimos nos conectar mais e passar mais tempo com esses personagens que "não estão fazendo nada", apenas vivem seu dia a dia. Novos cenários são apresentados, incluindo um restaurante chinês onde Jerry está impaciente com a demora para ser atendido, o que é compreensivo, já que o cara não quer perder a sessão de PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL – "É o pior filme da história! Não posso perder!" – Ele diz enquanto convence seus amigos a assistirem com ele. Mais uma série que vou acompanhar até o fim, sempre que possível, pois fico imaginando o que mais as próximas temporadas vai entregar para me divertir. Ótima!
South Park (1ª Temporada)
4.4 113Eu nunca tinha assistido uma temporada completa, só alguns episódios aleatórios. Nem acredito que algo assim exista até hoje, pois o humor é muito pesado em diversos momentos. Mas foi bom ter ficado todo esse tempo sem acompanhar "de verdade" os episódios, porque além do humor ácido fica bem claro como a série esfrega em nossa cara muitos dos nossos comportamentos, ou de pessoas do nosso convívio; não é apenas zoação gratuita querendo causar e incomodar. Gostei tanto que até favoritei e anseio as próximas temporadas. Difícil escolher um episódio favorito, já que todos estão no mesmo nível, mas os que mais me marcaram foram o episódio de Halloween e o do cachorro George Clooney Gay.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 256 Assista AgoraSérie sobre a máfia, com ênfase em suas personalidades, destacando-se temas que abordam os relacionamentos, a depressão, os medos, inseguranças, dúvidas e por aí vai. O fato do protagonista, chefe da máfia, frequentar uma psiquiatra, faz da série um exemplo completo sobre os assuntos tratados dentro da psicologia. Personagens cativantes, trilha sonora muito boa e um ótimo elenco, entregando seus momentos dramáticos, pesados e também carregados de um humor excepcional (destaque pro episódio sobre fazer sexo oral em uma mulher, que é de uma infantilizacão extrema por parte dos personagens que agem feito adolescentes, impossível não rir — "Não conte para ninguém que faço sexo oral em você; vão achar que sou bixa"). Uma das melhores séries, com certeza! Pra quem gosta da trilogia do CHEFÃO, GOODELLAS e procura mais do gênero e ainda não viu essa série, tá perdendo tempo!
Hunters (2ª Temporada)
3.6 38A caça aos nazistas continua na nova temporada, e deram um jeito de trazer Al Pacino de novo; e dessa vez, tem uma mãozinha do Jordan Peele. Por mais que o resultado final seja satisfatório, é inferior à primeira temporada, pois o potencial aqui era altíssimo, mas não foi bem aproveitado! O primeiro episódio não chega aos pés do primeiro da temporada anterior, e se a primeira temporada termina de modo excelente - um dos desfechos mais inesperados - aqui a série desanda lá pro final, onde poderíamos presenciar uma obra-prima se tudo fosse feito com mais paixão. O estilo Tarantinesco da temporada anterior é visível apenas no episódio 7, que é o melhor, e é diferente de todos os outros e mais estiloso. Para quem ficou curioso em saber o que aconteceria após o final da primeira temporada, vale a conferida.
Muito Velho Para Morrer Jovem
3.9 57 Assista AgoraSou fã do estilo do Refn, e antes de acompanhar sua nova série, COPENHAGEN COWBOY, resolvi ver sua série anterior primeiro. Dentre os altos e baixos de seus filmes, eu sempre aprecio e admiro seus trabalhos, mas, essa série que tem, sim, seus pontos altos, é extremamente exaustiva. 10 episódios, onde a maioria deles tem duração de 90 minutos (é quase como ver 9 filmes inteiros) mas o problema nem é isso, e sim, o grau de monotonia, a enrolação; os diálogos que poderiam ser resolvidos em 20 segundos se estendem para 4 minutos - sem exagero. Até o caminhar dos personagens é lento, dando tempo de você ir até a cozinha tomar uma água e quando voltar ele ainda vai estar caminhando para abrir a porta do carro. O interessante é que não há um personagem bom ou ruim, pois todos estão no mesmo nível; um exemplo é o policial que caça pedófilos enquanto ele mesmo se relaciona com uma menor de idade. Tem sua beleza, suas cenas insanas, ótima trilha, mas testa a paciência, até pra mim que não me incomodo com programas assim, só que dessa vez, passou dos limites.
Gangs of London (2ª Temporada)
3.8 18Incrível como uma série tão boa chegue a um nível medíocre como essa segunda temporada. Carece de ação, de violência, de lutas e de um bom suspense. É visível o sangue esguichando em CGI em várias cenas. Certo momento a trilha sonora sombria de violino toca enquanto as gangues vão de encontro a outra, algo parecido com o destruidor episódio 5 da primeira temporada; chegando lá, é um tiro aqui e outro ali, e quando vários personagens pegam o facão, cena que me fez torcer para ver algo no estilo THE RAID, a cena simplesmente corta para um monte de gente morta no chão cobertas de sangue; é deprimente! Há um excesso de enforcamento, talvez para economizarem no sangue e nos efeitos práticos, então, você vai ver gente sendo enforcada até enjoar. Pra não dizer que odiei tudo, tem uma enforcamento debaixo d'água muito tenso, uma lanterna martelando uma cabeça e tem THE RAID passando na TV de um hotel. Não estou nada ansioso pela terceira temporada. Uma pena!
Ruptura (1ª Temporada)
4.5 744 Assista AgoraMuito se fala sobre essa ser a melhor série do ano, e até mesmo uma das melhores dos últimos tempos. Concordo. É uma daquelas séries FDP que quando acaba te deixa nervoso, ao mesmo tempo que te faz refletir sobre o último episódio - um dos melhores que já vi. Dentro do escritório minimalista e retrô, os funcionários da empresa Lumen não tem memórias de quem são fora dali, e, do lado de fora, os mesmos personagens também não sabem quem eles são dentro da empresa; como se vivessem duas vidas, uma na empresa, outra fora dela; e é essa ideia que nos faz lembrar de BLACK MIRROR que traz questões sobre existencialismo (por que faço o que faço, para quê, para quem?), Workaholic, hierarquia e recompensas miseráveis por bater metas (5 minutos de música, melancias em cubos, luva para caneca e até 1 minuto de risada). A série avança lentamente, exatamente para nos passar a sensação de um dia inteiro preso ao escritório, em toda aquela monotonia, regras, e você sente na pele como é estar ali. Mistérios surgem a cada episódio, a curiosidade aumenta e, no fim, você vai torcer para que a segunda temporada chegue logo. Nem vou comentar a parte técnica, pois o texto ficaria longo, mas é tudo perfeito, milimetricamente perfeito.
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671 Assista Agora"Já sentiu cheiro de cadáver? Eu já. Dahmer cozinhava eles e o cheiro ia direto para minha casa" — Gostei bastante da série; seu primeiro episódio mostra, sem pressa alguma, o modus operandi de Dahmer, ao mesmo tempo que joga na tela questões raciais, incompetência policial e um ar de insanidade. De forma não linear, vemos desde a infância até a morte de Dahmer, um pouco dos traumas vividos na infância, mas sem querer romantizar o assassino, e sim, humanizando suas vítimas (o episódio do rapaz surdo é de doer). A série incomoda por nos colocar 10 episódios ao lado do assassino, não mostrando só os assassinatos, mas sim, o dia a dia dele, nos deixando quase íntimos, como se estivéssemos ali, presenciando tudo. Outro momento interessante foi mostrar as cartas que Dahmer recebia na prisão, de gente se dizendo ser fã dele. Bem dirigida, de um ritmo por vezes lento, mas que não atrapalha em nada quando se está tão envolvido, iluminação perfeita, boas atuações e ainda tem dois momentos curtinhos envolvendo outros dois assassinos famosos.
Cuphead - A Série (3ª Temporada)
3.9 13 Assista AgoraComo previsto, a série vem decaindo depois da primeira temporada. Não significa que a partir da temporada 2 ficou ruim, mas o nível de insanidade, loucura e piadas mais ácidas diminuiu. O Diabo marca presença em todos os episódios dessa vez, mas nem isso foi capaz de elevar a loucura. Há um gancho para uma quarta temporada, e espero que revejam e melhorem o humor, como no início da série.