Assisti no embalo do Godzilla: Minus one (que é ótimo!), mas pelamor, que decepção. Este é o pior roteiro que vi em anos, aliás, no momento, não lembro de um roteiro pior. História sem pé nem cabeça, justificativas toscas, furos, soluções fáceis (uma porta não abre? enfia algo no painel que abre! kkk Isso pra não citar algo na mesma linha no clímax da história), todo mundo tem um parente morto pra gerar empatia, os dois adolescentes e o cara lá não tem a mínima relevância para a história, não sabem fazer nada, e miraculosamente acabam no centro dos eventos... É tanta tosquice que com certeza esqueci algumas. Bomba!
De maneiro, só o Mechagodzilla, mas não foi o suficiente para subir a nota para 1 estrela kkk
"Ai, eu amo tanto a minha filha, ela é maravilhosa. Mas não vou tentar ficar saudável pra conviver com ela por muito tempo, vou morrer e deixar dinheiro pra ela."
Não dá, né. Depois de Mãe! e este aqui, chega de Aronofsky.
Enquanto assistia, ficava pensando: como é possível? Como é possível alguém alinhar um grupo de pessoas contra uma parede e fuzilá-las sem remorso (isso para citar apenas uma forma de atrocidade)? Definitivamente ainda somos muitos primitivos, pouco acima da pura animalidade (digo na complexidade de raciocínio, pois definitivamente somos piores que os animais). Quanto tempo será necessário para que a nossa consciência evolua a ponto de não haver mais exércitos, guerras e matanças sem sentido? Centenas, milhares de anos, talvez nunca.
"- Acho que ele queria se afastar de nós por ser tão infeliz consigo mesmo. - É verdade, Chloe? Você sentia isso? - Não sei. Tivemos bons momentos. Não conheci muitas pessoas felizes na minha vida. Como elas agem?"
Tive uma percepção diferente sobre o ponto central do filme. No meu modo de ver, não é um filme sobre capitalismo/socialismo, desigualdades sociais, ganância ou trabalho/mérito. É sobre não transmitirmos o legado de nossa miséria (perdão Machado de Assis xD).
E isso fica bem evidente no diálogo entre pai e filha no hospital:
- De onde vem tudo isso? - De onde você pensa? Genes, papai, herança.Sementes podres. Somos todos más sementes. Subumanas. - Vá e tenha alguns filhos. Talvez eles saiam diferentes. - Diferentes de todos? Não há algo como "diferente". E não sinto necessidade de experiências nesta área; é dolorosa, cara e sem sentido. - O que quis dizer com esse "sem sentido"? Desculpas idiotas. Você está tentando evitar ser responsável. - Papai, irresponsabilidade é produzir descendentes que, você sabe, são doentes e condenados, já que os pais são igualmente doentes e condenados. E só porque todos fazem assim, só porque aparentemente há um "sentido maior" para tudo, que não cabe a nós compreender.
Este trecho é o mais explícito, porém há muitas coisas sutis que corroboram com esta ótica. Que a miséria, não necessariamente financeira, vai sendo transmitida (seja pelos genes, ou por simples imitação de comportamentos).
O pai fala que a filha é uma hedonista, que deve ter herdado tal característica da mãe. Quanto à descendência da Elena, fica ainda mais claro, com o Sasha repetindo o comportamento do Sergey, na cena do videogame (onde o pai quem perde o foco) , e também naquela em que ele cospe da sacada, o pai faz isso no início do filme e o filho, no final. E a Elena deve ter se separado do primeiro marido porque provavelmente ele deveria ter um comportamento parecido com o do filho deles. E quando o Sergey anuncia que mais um filho está a caminho, para mim foi automático pensar "mais um para viver e crescer nessa situação?".
Quanto à cena da briga, que alguns ficaram com dúvida com relação ao seu sentido, e no meu ver também se encaixa nesta abordagem.
Todos eles preocupados com o futuro do Sasha, com a Elena cometendo um crime (parcialmente, talvez) por sua causa, e ele na sua miséria, indo participar de brigas de gangues adolescentes. Todo o esforço desperdiçado. E no fim das contas, com dinheiro ou sem, eles continuariam condenados, como mostra no final, o Sergey mantendo o mesmo comportamento, e todos assistindo programas imbecis na TV.
E claro, a obra ainda vai além deste aspecto que citei, ainda há vários assuntos que eu poderia citar aqui, mas nem quero estender mais este post. Mais um filmaço do Zvyagintsev, diretor fantástico, seus filmes são todos extremamente relevantes. E devo dizer que concordo com a ótica apresentada, também não pretendo ajudar a perpetuar a espécie. :D
Pessoal reclamando que o filme não possui ação suficiente... Em que momento é dito que o filme terá ação ininterrupta? Suas pré-concepções os impedem de apreciar a obra de forma mais completa
Dito isso, filme maravilhoso, gostei dele em todos os aspectos... O roteiro é muito bom, com sua incursão pela cultura amish (com uma abordagem equilibrada, sem defender ou endeusar), direção do Peter Weir excelente, que funciona tanto nas cenas mais tensas quanto nas mais sensíveis; a trilha sonora de Maurice Jarre é marcante e a fotografia é belíssima. Apreciei demais algumas cenas e sequências, entre elas:
- A sequência inicial, até sermos informados que estamos em 1984; - O momento em que o Samuel reconhece o assassino; - A sequência da construção do celeiro, linda demais, pela mensagem, beleza estética e trilha sonora complementando; - O momento em que o gorro/capuz da Rachel delicadamente cai no chão. - John e Rachel dançando no celeiro; - Quando os policiais chegam à fazenda dos Lapp; - O momento em que um dos policiais é soterrado pelos grãos.
Enfim, são tantos ótimos momentos, com certeza não lembrei de todos.
A reflexão relacionada às armas também é muito relevante:
Armas quando utilizadas contra uma ou um pequeno grupo de pessoas, é muito efetiva. Mas contra uma grande quantidade de pessoas, ela é inútil, pois quem possui a(s) armas(s) vai fazer o quê, matar todo mundo? Tanto que o último policial, diante de muitas pessoas com propósito pacífico, ficou impotente, paralisado.
Filme bastante subestimado, irei revê-lo em algum ponto.
Quando o Goodman vai entrevistar o Simon Rifkind, vemos de relance algumas coisas na casa... Os pais imóveis em frente à pia, e a torneira aberta com água correndo; Goodman sobe um andar a mais e vê alguém caminhando, mas o Simon diz que não há mais ninguém na casa; por que o Simon tranca a porta do quarto? Ele está em casa mas não está sozinho; finalmente, alguém bate à porta mas não se identifica, Simon apenas diz para o alguém ir embora, também sem identificar quem está do outro lado... O que afinal está acontecendo na casa? As possibilidades são arrepiantes
Este terror totalmente sugestivo funcionou bem demais, queria um spin-oof só com essa parte. :D Ótimo filme, uma pena o final ser bem meia boca... Mas poderia ter uma continuação, facilmente.
Esse filme me fez pensar muito. Fazia tempo que isso não acontecia, por vezes eu começava a refletir sobre um trecho e tinha que voltar alguns diálogos. Mas enfim, a principal reflexão gerada por este filme: Como todos esses desejos mundanos são pífios: "Ah, se eu for mais bonita(o), eu serei feliz", "se eu ficar com certa pessoa eu serei feliz", e por aí vai... O mundo não liga para esses desejos, o universo é completamente indiferente a esses desejos. Essas ideias que permeiam o senso comum, a "busca pela felicidade", "nascemos para sermos felizes", são uma fonte de tantas infelicidades.
E o filme explora isso bem demais, aqueles personagens tão centrados em si mesmos, enxergando apenas o seu "objetivo", nada muito diferente da realidade. Os embates entre desejo x moralidade, fins x meios, são muito instigantes. Um filmaço, uma pena que o formato (ou o baixo orçamento) deixa o desenvolvimento um pouco cansativo. E renderia uma série facilmente.
Nossa, velho... Estava sendo um filme fudido demais, aí conseguiram cagar tudo em 3 minutos. Um negócio que não faz sentido, que não tinha indício algum, zuado demais. Ia dar 5 estrelas, nem sei qual nota dar agora.
Fiquei matutando após ver este documentário: Por que tantos desenhos infantis mostravam/mostram personagens sendo sacaneados ou ridicularizados? E que tipo de mensagem esses conteúdos passam às crianças (tanto a nível consciente como inconsciente)? Sem falar no lado mais explícito, envolvendo armas e violência. Deve ser muito difícil mensurar o impacto dessas coisas na personalidade das crianças (e futuros adultos), mas com certeza existe e não deve ser saudável.
E no meio desse sistema deturpado, Fred Rogers era um respiro de calma, tranquilidade, silêncio, reflexão... E ele também foi um contestador, mesmo que com toda a suavidade do mundo. Fiquei feliz por ter tido a oportunidade de conhecer a história de uma pessoa tão admirável. Triste saber que
que algumas pessoas não foram capazes de respeitá-lo mesmo na sua morte, aquele episódio no enterro dele foi grotesco e revoltante. Fanáticos religiosos fazendo merda desde sempre.
Enfim, belíssimo doc, extremamente recomendável. Faz com que queiramos ser um pouco mais gentis com as pessoas, sejam elas mais próximas ou simples desconhecidos.
"Life, it's literally all we have. But is it any good?" xD
É com essa premissa que se inicia a jornada de Forrest MacNeil, onde ele irá experienciar vício em drogas, divórcio, orgias, ter um acesso de 'road rage', etc, etc, e claro, apresentar os seus reviews. Poderia ter dado muito errado, se as histórias não fossem recheadas de humor negro/politicamente incorreto/nonsense... E Andrew Daly manda bem demais como Forrest. Muito divertido, criativo e original, fazia tempo que não via uma série de comédia tão boa. Preciso da segunda temporada. :D
Depois de tantos filmes excelentes, a decadência. Ela chegou também para o Brisseau. Tentei encontrar algum ponto positivo nesse negócio, mas não deu. Descartável, bomba, constrangedor, são alguns dos adjetivos que me vem à mente.
Um acontecimento dessa temporada tornou-se uma das coisas mais escrotas que já vi em uma série. O comportamento do Ross não faz sentido a nenhum nível, foi algo que destoou totalmente do tom da série e do personagem. Explico:
O Ross sempre foi um personagem com um grande senso de justiça, sempre tentando ajudar as pessoas mais necessitadas, tentando ser justo em boa parte do tempo, lutando contra as injustiças cometidas... Aí depois de anos já casado com a Demelza, o cara faz aquilo? Que homem com um mínimo senso de dignidade e respeito pela esposa sai de casa (com a mulher pedindo para que ele não saia) para ir na casa da outra, transar e dormir com ela e voltar pela manhã? Um negócio horrível, de mau gosto, incoerente. Então não funciona em dois níveis:
- A nível de roteiro, não faz sentido porque destrói tudo que haviam criado sobre o personagem até o momento, destoa totalmente de sua personalidade. Logo, o roteiro perde coerência e decai o nível do seriado.
- A nível de personagem mesmo, Ross era o herói, o personagem a ser admirado e cultuado. Como um "herói" age daquela forma? A partir daquele momento ele deixa de ser um exemplo a nível moral, ele não é mais o herói. Então se perde boa parte do sentido da série, já que ela se chama Poldark.
Tenho certeza que inventaram algum "ato grandioso" nos episódios subsequentes para o Ross poder se redimir, mas nem quero saber que merda será. Me surpreende o pessoal aí achando maravilhoso e dando 5 estrelas, não levaram em conta esse ponto? Parei no oitavo episódio para nunca mais retornar.
Drake Doremus consegue capturar e retratar muito bem os relacionamentos contemporâneos, Like Crazy também é um ótimo exemplar disso. Newness tem uma pegada bem similar e cativa por soar muito real e natural, com situações e diálogos verossímeis que nos fazem criar empatia com os protagonistas (por sinal, ambos estão muito bem). Nos faz pensar sobre os nossos relacionamentos, relacionamentos em geral, monogamia e afins. Muito válido.
Enfim, gostei bastante do conjunto da obra, pena que cagaram esse final. Quer dizer então que
um relacionamento só pode funcionar se for monogâmico? Que o único jeito de fazer algo funcionar é dentro de um regime regido por limitações e possessividade? Se a monogamia funciona para muitas pessoas, ok, mas não acho que seja essa a única alternativa.
De modo que esta certa "apologia" diminuiu um pouco a minha apreciação pelo filme, acho até que um final aberto poderia ser mais interessante. 4 estrelas.
Godzilla vs. Kong
3.1 794 Assista AgoraAssisti no embalo do Godzilla: Minus one (que é ótimo!), mas pelamor, que decepção. Este é o pior roteiro que vi em anos, aliás, no momento, não lembro de um roteiro pior. História sem pé nem cabeça, justificativas toscas, furos, soluções fáceis (uma porta não abre? enfia algo no painel que abre! kkk Isso pra não citar algo na mesma linha no clímax da história), todo mundo tem um parente morto pra gerar empatia, os dois adolescentes e o cara lá não tem a mínima relevância para a história, não sabem fazer nada, e miraculosamente acabam no centro dos eventos... É tanta tosquice que com certeza esqueci algumas. Bomba!
De maneiro, só o Mechagodzilla, mas não foi o suficiente para subir a nota para 1 estrela kkk
A Baleia
4.0 1,0K Assista Agora"Ai, eu amo tanto a minha filha, ela é maravilhosa. Mas não vou tentar ficar saudável pra conviver com ela por muito tempo, vou morrer e deixar dinheiro pra ela."
Não dá, né. Depois de Mãe! e este aqui, chega de Aronofsky.
Quando Nem Um Amante Resolve
3.4 6Caralho, esse deve ser o pior título em português que já vi! E não há nada de comédia nesse filme, muito pelo contrário.
Filmaço, duro, adulto, merecia ser muito mais visto.
Putney Swope
3.6 3 Assista Agora"- Armas, baby.
- Uma arma não vai te arrumar um emprego.
- Mas vai eliminar a competição.
- Quem diabos quer um emprego???"
ariariariairaira
Além do Silencio
3.4 1"- You love the dream. Now she has become real for you. The way your grandmother was for me. Real is not easy."
The Knick (2ª Temporada)
4.5 78O cancelamento dessa série foi o maior sacrilégio da história da TV.
"- This is it. This is all we are."
O Carteiro e o Poeta
4.2 300" - Há um mês que Mario Ruoppolo está frequentando minha taberna, e seduziu minha sobrinha.
- O que ele disse?
- Metáforas."
Line of Duty (6ª Temporada)
4.6 5 Assista Agora"- I'm interested in one thing and one thing only, ma'am, and that's bent coppers!"
Valsa com Bashir
4.2 305 Assista AgoraEnquanto assistia, ficava pensando: como é possível? Como é possível alguém alinhar um grupo de pessoas contra uma parede e fuzilá-las sem remorso (isso para citar apenas uma forma de atrocidade)? Definitivamente ainda somos muitos primitivos, pouco acima da pura animalidade (digo na complexidade de raciocínio, pois definitivamente somos piores que os animais). Quanto tempo será necessário para que a nossa consciência evolua a ponto de não haver mais exércitos, guerras e matanças sem sentido? Centenas, milhares de anos, talvez nunca.
O Reencontro
3.5 42 Assista Agora"- Acho que ele queria se afastar de nós por ser tão infeliz consigo mesmo.
- É verdade, Chloe? Você sentia isso?
- Não sei. Tivemos bons momentos. Não conheci muitas pessoas felizes na minha vida. Como elas agem?"
Elena
3.5 46Tive uma percepção diferente sobre o ponto central do filme. No meu modo de ver, não é um filme sobre capitalismo/socialismo, desigualdades sociais, ganância ou trabalho/mérito. É sobre não transmitirmos o legado de nossa miséria (perdão Machado de Assis xD).
E isso fica bem evidente no diálogo entre pai e filha no hospital:
- De onde vem tudo isso?
- De onde você pensa? Genes, papai, herança.Sementes podres. Somos todos más sementes. Subumanas.
- Vá e tenha alguns filhos. Talvez eles saiam diferentes.
- Diferentes de todos? Não há algo como "diferente". E não sinto necessidade de experiências nesta área; é dolorosa, cara e sem sentido.
- O que quis dizer com esse "sem sentido"? Desculpas idiotas. Você está tentando evitar ser responsável.
- Papai, irresponsabilidade é produzir descendentes que, você sabe, são doentes e condenados, já que os pais são igualmente doentes e condenados. E só porque todos fazem assim, só porque aparentemente há um "sentido maior" para tudo, que não cabe a nós compreender.
Este trecho é o mais explícito, porém há muitas coisas sutis que corroboram com esta ótica. Que a miséria, não necessariamente financeira, vai sendo transmitida (seja pelos genes, ou por simples imitação de comportamentos).
O pai fala que a filha é uma hedonista, que deve ter herdado tal característica da mãe. Quanto à descendência da Elena, fica ainda mais claro, com o Sasha repetindo o comportamento do Sergey, na cena do videogame (onde o pai quem perde o foco) , e também naquela em que ele cospe da sacada, o pai faz isso no início do filme e o filho, no final. E a Elena deve ter se separado do primeiro marido porque provavelmente ele deveria ter um comportamento parecido com o do filho deles. E quando o Sergey anuncia que mais um filho está a caminho, para mim foi automático pensar "mais um para viver e crescer nessa situação?".
Quanto à cena da briga, que alguns ficaram com dúvida com relação ao seu sentido, e no meu ver também se encaixa nesta abordagem.
Todos eles preocupados com o futuro do Sasha, com a Elena cometendo um crime (parcialmente, talvez) por sua causa, e ele na sua miséria, indo participar de brigas de gangues adolescentes. Todo o esforço desperdiçado. E no fim das contas, com dinheiro ou sem, eles continuariam condenados, como mostra no final, o Sergey mantendo o mesmo comportamento, e todos assistindo programas imbecis na TV.
E claro, a obra ainda vai além deste aspecto que citei, ainda há vários assuntos que eu poderia citar aqui, mas nem quero estender mais este post. Mais um filmaço do Zvyagintsev, diretor fantástico, seus filmes são todos extremamente relevantes. E devo dizer que concordo com a ótica apresentada, também não pretendo ajudar a perpetuar a espécie. :D
A Testemunha
3.6 142 Assista AgoraPessoal reclamando que o filme não possui ação suficiente... Em que momento é dito que o filme terá ação ininterrupta? Suas pré-concepções os impedem de apreciar a obra de forma mais completa
Dito isso, filme maravilhoso, gostei dele em todos os aspectos... O roteiro é muito bom, com sua incursão pela cultura amish (com uma abordagem equilibrada, sem defender ou endeusar), direção do Peter Weir excelente, que funciona tanto nas cenas mais tensas quanto nas mais sensíveis; a trilha sonora de Maurice Jarre é marcante e a fotografia é belíssima. Apreciei demais algumas cenas e sequências, entre elas:
- A sequência inicial, até sermos informados que estamos em 1984;
- O momento em que o Samuel reconhece o assassino;
- A sequência da construção do celeiro, linda demais, pela mensagem, beleza estética e trilha sonora complementando;
- O momento em que o gorro/capuz da Rachel delicadamente cai no chão.
- John e Rachel dançando no celeiro;
- Quando os policiais chegam à fazenda dos Lapp;
- O momento em que um dos policiais é soterrado pelos grãos.
Enfim, são tantos ótimos momentos, com certeza não lembrei de todos.
A reflexão relacionada às armas também é muito relevante:
Armas quando utilizadas contra uma ou um pequeno grupo de pessoas, é muito efetiva. Mas contra uma grande quantidade de pessoas, ela é inútil, pois quem possui a(s) armas(s) vai fazer o quê, matar todo mundo? Tanto que o último policial, diante de muitas pessoas com propósito pacífico, ficou impotente, paralisado.
Filme bastante subestimado, irei revê-lo em algum ponto.
Jejum de Amor
4.0 89 Assista AgoraGritaria do caralho.
Histórias de Além-Túmulo
3.2 243 Assista AgoraDivertido, criativo e com boas cenas e sustos. Não vi ninguém citar nos comentários, mas para mim a parte mais assustadora foi a seguinte:
Quando o Goodman vai entrevistar o Simon Rifkind, vemos de relance algumas coisas na casa... Os pais imóveis em frente à pia, e a torneira aberta com água correndo; Goodman sobe um andar a mais e vê alguém caminhando, mas o Simon diz que não há mais ninguém na casa; por que o Simon tranca a porta do quarto? Ele está em casa mas não está sozinho; finalmente, alguém bate à porta mas não se identifica, Simon apenas diz para o alguém ir embora, também sem identificar quem está do outro lado... O que afinal está acontecendo na casa? As possibilidades são arrepiantes
Este terror totalmente sugestivo funcionou bem demais, queria um spin-oof só com essa parte. :D Ótimo filme, uma pena o final ser bem meia boca... Mas poderia ter uma continuação, facilmente.
Pleasantville: A Vida em Preto e Branco
4.1 382 Assista Agora"- Where's my dinner?"
Histórias Que Só Existem Quando Lembradas
4.1 283 Assista Agora"- Por que é que você não morre também?
- E o café, quem é que faz?
- Hunf, café ruim.
- Não sou infeliz o suficiente."
Oportunistas
3.8 45 Assista AgoraEsse filme me fez pensar muito. Fazia tempo que isso não acontecia, por vezes eu começava a refletir sobre um trecho e tinha que voltar alguns diálogos. Mas enfim, a principal reflexão gerada por este filme: Como todos esses desejos mundanos são pífios: "Ah, se eu for mais bonita(o), eu serei feliz", "se eu ficar com certa pessoa eu serei feliz", e por aí vai... O mundo não liga para esses desejos, o universo é completamente indiferente a esses desejos. Essas ideias que permeiam o senso comum, a "busca pela felicidade", "nascemos para sermos felizes", são uma fonte de tantas infelicidades.
E o filme explora isso bem demais, aqueles personagens tão centrados em si mesmos, enxergando apenas o seu "objetivo", nada muito diferente da realidade. Os embates entre desejo x moralidade, fins x meios, são muito instigantes. Um filmaço, uma pena que o formato (ou o baixo orçamento) deixa o desenvolvimento um pouco cansativo. E renderia uma série facilmente.
Canastra Suja
3.8 117Nossa, velho... Estava sendo um filme fudido demais, aí conseguiram cagar tudo em 3 minutos. Um negócio que não faz sentido, que não tinha indício algum, zuado demais. Ia dar 5 estrelas, nem sei qual nota dar agora.
Um dos piores finais que já vi, pqp.
Fred Rogers: O Padrinho da Criançada
4.3 43Fiquei matutando após ver este documentário: Por que tantos desenhos infantis mostravam/mostram personagens sendo sacaneados ou ridicularizados? E que tipo de mensagem esses conteúdos passam às crianças (tanto a nível consciente como inconsciente)? Sem falar no lado mais explícito, envolvendo armas e violência. Deve ser muito difícil mensurar o impacto dessas coisas na personalidade das crianças (e futuros adultos), mas com certeza existe e não deve ser saudável.
E no meio desse sistema deturpado, Fred Rogers era um respiro de calma, tranquilidade, silêncio, reflexão... E ele também foi um contestador, mesmo que com toda a suavidade do mundo. Fiquei feliz por ter tido a oportunidade de conhecer a história de uma pessoa tão admirável. Triste saber que
que algumas pessoas não foram capazes de respeitá-lo mesmo na sua morte, aquele episódio no enterro dele foi grotesco e revoltante. Fanáticos religiosos fazendo merda desde sempre.
Enfim, belíssimo doc, extremamente recomendável. Faz com que queiramos ser um pouco mais gentis com as pessoas, sejam elas mais próximas ou simples desconhecidos.
Review (1ª Temporada)
4.3 6"Life, it's literally all we have. But is it any good?" xD
É com essa premissa que se inicia a jornada de Forrest MacNeil, onde ele irá experienciar vício em drogas, divórcio, orgias, ter um acesso de 'road rage', etc, etc, e claro, apresentar os seus reviews. Poderia ter dado muito errado, se as histórias não fossem recheadas de humor negro/politicamente incorreto/nonsense... E Andrew Daly manda bem demais como Forrest. Muito divertido, criativo e original, fazia tempo que não via uma série de comédia tão boa. Preciso da segunda temporada. :D
Que le diable nous emporte
2.8 4Depois de tantos filmes excelentes, a decadência. Ela chegou também para o Brisseau. Tentei encontrar algum ponto positivo nesse negócio, mas não deu. Descartável, bomba, constrangedor, são alguns dos adjetivos que me vem à mente.
Que o diabo carregue esse filme. hahaha
Poldark - Herói de Guerra (2ª Temporada)
4.3 27Um acontecimento dessa temporada tornou-se uma das coisas mais escrotas que já vi em uma série. O comportamento do Ross não faz sentido a nenhum nível, foi algo que destoou totalmente do tom da série e do personagem. Explico:
O Ross sempre foi um personagem com um grande senso de justiça, sempre tentando ajudar as pessoas mais necessitadas, tentando ser justo em boa parte do tempo, lutando contra as injustiças cometidas... Aí depois de anos já casado com a Demelza, o cara faz aquilo? Que homem com um mínimo senso de dignidade e respeito pela esposa sai de casa (com a mulher pedindo para que ele não saia) para ir na casa da outra, transar e dormir com ela e voltar pela manhã? Um negócio horrível, de mau gosto, incoerente. Então não funciona em dois níveis:
- A nível de roteiro, não faz sentido porque destrói tudo que haviam criado sobre o personagem até o momento, destoa totalmente de sua personalidade. Logo, o roteiro perde coerência e decai o nível do seriado.
- A nível de personagem mesmo, Ross era o herói, o personagem a ser admirado e cultuado. Como um "herói" age daquela forma? A partir daquele momento ele deixa de ser um exemplo a nível moral, ele não é mais o herói. Então se perde boa parte do sentido da série, já que ela se chama Poldark.
Tenho certeza que inventaram algum "ato grandioso" nos episódios subsequentes para o Ross poder se redimir, mas nem quero saber que merda será. Me surpreende o pessoal aí achando maravilhoso e dando 5 estrelas, não levaram em conta esse ponto? Parei no oitavo episódio para nunca mais retornar.
Newness
3.4 232Drake Doremus consegue capturar e retratar muito bem os relacionamentos contemporâneos, Like Crazy também é um ótimo exemplar disso. Newness tem uma pegada bem similar e cativa por soar muito real e natural, com situações e diálogos verossímeis que nos fazem criar empatia com os protagonistas (por sinal, ambos estão muito bem). Nos faz pensar sobre os nossos relacionamentos, relacionamentos em geral, monogamia e afins. Muito válido.
Enfim, gostei bastante do conjunto da obra, pena que cagaram esse final. Quer dizer então que
um relacionamento só pode funcionar se for monogâmico? Que o único jeito de fazer algo funcionar é dentro de um regime regido por limitações e possessividade? Se a monogamia funciona para muitas pessoas, ok, mas não acho que seja essa a única alternativa.
Kamome Diner
4.1 22"- Alguma novidade?
- Alguém me deu um gato. E agora eu não posso voltar pra casa. Acho que vou ficar aqui por mais um tempo."
<3<3<3