O nome mais utilizado desse ritual é "Yamurikumã", que é o maior ritual feminino realizado entre as tribos do Alto Xingu. Achei engraçado, pois a única referência que achei da palavra "Jamurikumalu" estava relacionada ao filme, e com poucos dados que pudessem comprovar e dar significado à sua origem. Recentemente tive a oportunidade de participar de uma roda de conversa com mulheres indígenas, onde haviam duas Kamaiurá/Yawalapiti que participaram desse filme, e são filhas do cacique da aldeia em que se realizou este ritual. Elas contaram sobre suas histórias como mulheres e filhas do cacique dentro da tribo, as dificuldades que enfrentam, mesmo em uma posição privilegiada em relação às demais mulheres, e sua forma de organização social e política. Inclusive, uma delas, Kaiulu Yawalapiti é presidenta da Associação Yamurikumã de Mulheres Xinguanas. Elas contaram que não simpatizavam muito com esse documentário, pelo simples fato de que ele mostrava coisas que não deveriam ser mostradas. É engraçado ouvir isso como não-indígena, após muitos de nós assistirmos o doc e ficarmos maravilhados com a cultura tão diferente e a riqueza destes povos e rituais. Esquecemos que este é um ritual específico, voltado para o gênero feminino, que mostra apenas um determinado período da vida em uma aldeia. Portanto, que não representa diretamente a forma como essa ou outras etnias em especial se organizam durante uma vida inteira de forma política e social. Além disso, é um filme produzido por homens, mostrando um olhar que na realidade deveria ser das mulheres, que deveria consentir com o que as mulheres querem mostrar ou não. A "força" e autoridade que esse documentário mostra, em nada se relaciona com o cotidiano da maioria das tribos do Alto Xingu. Lá ainda se realizam casamentos arranjados, se impõe padrões estéticos para as mulheres de forma conservadora (sim, isso existe, à maneira deles, claro), se realizam rituais muito agressivos para mulheres, e muitas vezes suas vozes são quase insignificantes nas decisões internas e externas, principalmente políticas. Esse foi um dos motivos para a criação da Associação Yamurikumã, para que as mulheres indígenas também pudessem contribuir em debates políticos, se beneficiassem com atendimento de saúde direcionado à mulher, dentro de seus costumes tradicionais, e desconstruíssem casos de machismo em sua própria cultura, que muitas vezes prejudicam mulheres por gerações e gerações, e são impedidos de mudar por conta da necessidade de "preservar" certas tradições. Creio que é importante ter um olhar crítico à esse documentário. Nem tudo que as câmeras mostram pode ser a realidade. A forma destas populações verem o mundo é muito diferente da nossa, e certamente não iremos entender tudo que quisermos, se continuarmos aplicando nossas fórmulas não-indígenas à cultura deles. É importante saber o que eles, principalmente ELAS pensam sobre esse filme.
Como não se sentir enojada com essa competição ego-acadêmica? Fica bem claro porque comunidades indígenas têm pavor de pesquisadores. Em que isso beneficiou os Yanomami? Nada.
O filme é bem panfletário de tendência trotskysta, com uma visão ultrarromântica da revolução. Uma pena, por conta disso, pecaram com várias informações que poderiam enriquecer muito o documentário... Construindo críticas em cima da crise gerada pela revolução e pelo Stalin, que praticamente não existiram nesse doc.
Incrível! Me admira a coragem desse diretor em retratar a realidade trans* da época no Japao. Vai muito além da realidade de qualquer Nouvelle Vague a sua audácia de representar um movimento tao marginalizado, dentro de um país em que até hoje a tradiçao e o moralismo supera a visibilidade do movimento LGBT. Triste ao mesmo tempo, porque sabemos que essa realidade bem cruel retratada no filme existe até hoje, e mata pessoas trans* no mundo inteiro.
MODERAÇAO, seria ótimo colocar um aviso aqui de TRIGGER WARNING (gatilho), porque embora para nós pareça um filme normal, que nao nos afete tanto, ele pode despertar memórias horríveis para muitas pessoas trans* que passaram por situaçoes semelhantes a essa, e nao ser bem recebido pelo movimento. No mais, nao sou eu quem deveria alertar isso, mas assisti o filme no toca dos cinefilos, e erraram um monte de pronomes na traduçao. Isso também é algo que violenta e marginaliza mais ainda essas pessoas, por nao serem reconhecidas por aquilo que elas realmente sao. Fica o aviso pra quem legenda filmes por aí, e se possível, corrijam isso e que ninguém erre na hora de legendar os próximos filmes que retratem o mesmo tema. ;)
Talvez esse filme represente a própria desconstrução da linguagem do cinema de Godard, partindo da Nouvelle Vague para o cinema político. É como um pensamento desordenado, não linear, que vem sempre de madrugada, mas só faz sentido quando se trata de nós mesmos. Só somos capazes de ouvir, quando algo se refere a nós. Esse é um dos pontos que acho fraco no seu cinema político. Seus filmes são inacessíveis para aqueles que ele mais gostaria, ou deveria acessar. Se limitam a intelectualidade, a linguagem academica. Os intelectuais revolucionários que até hoje se orgulham de seguir ideais marxistas, mas silenciam a classe operária, ao dizer qual deve ser a luta do trabalhador, sem muitas vezes desconstruir, se dissolver, e apenas ensinar o que é política. Prefiro interpretar a “dissolução” que Godard cita, como uma forma de reconhecer que na verdade estes líderes de movimentos esquerdistas são opressores, ainda constituem uma sociedade burguesa e privilegiada. A desconstrução só poderia vir a partir do reconhecimento e aceitação de que se é opressor, aprender e desconstruir a si mesmo. Para deixar de oprimir e silenciar a minoria. Fico triste ao ver que Godard é um diretor tão consagrado, mas pouco se discute sobre o conteúdo que coloca nos filmes, ninguém desconstrói e debate. Seria realmente revolucionário? Só o fato de apresentar ideais de esquerda, lutas políticas e ser constantemente censurado pelo estado por seus ideais, este filme realmente chega perto de um ato revolucionário? Talvez sim, para sua própria vida, e para os estudantes privilegiados da Sorbonne, em maio de 68. Pois como o mesmo afirma: O povo? Continuamos falando nele, mas nunca o vemos.
Lisérgico! O que mais me agrada no Jodorowsky é a forma como ele consegue apresentar suas histórias não apenas de forma linear, mas por meio dos diversos simbolismos que aplica em seus filmes. A representação do espiritualismo, e a busca pela purificação e elevação espiritual, em diversas religiões, leva a crer que o homem está sempre caminhando por um mesmo destino, mas acaba por encontrar entraves gerados pela formação moral da sociedade em que está inserido cada indivíduo. Além da representação religiosa, sempre acho o Jodorowsky muito esotérico, sempre ligando as personagens aos arquétipos do tarô.
O tempo todo pude ver esse filme como se estivesse tirando cartas. E ainda por cima de forma linear, começando pelo "Louco/Mago", que é a primeira carta do Tarô de Marselha. O Louco representa o homem no início de sua jornada, agindo de maneira impulsiva, sem dar muita importância por onde anda. Porém, está disposto a caminhar e aprender com suas experiências. Existe também uma ingenuidade e pureza em seus atos, que é representado pelo menino nu que o acompanha. Além disso, a forma como El Topo o guia, e faz com que ele torne-se um homem, representando o "Mago", que manipula por seu conhecimento. Mara, que aparece em seguida, em posição submissa, e reverte seu papel, exigindo que El Topo mostre que merece seu amor, pode representar "A Imperatriz". Quando El Topo mata os mestres com pesar, mas adquire uma imensa consciência espiritual, ele se torna "O Papa". O romance entre El Topo e as outras duas mulheres o coloca na situação da carta "Os Amantes", em que sentimento e corpo se dividem (e nessa El Topo se deu mal hahaha). Entre muitos outros arquétipos que pude perceber durante o filme, mas acabaria em uma análise imensa.
Btw, a única coisa que me desagradou um pouco, e já não é a primeira vez, é a representação da mulher em seus filmes. Sempre sendo libertada por um homem, sempre submissa, sempre extremamente sexualizada, nunca sendo um elemento sacro como os homens, faltando alguma posição realmente crítica (não necessariamente objetiva) a esse problema social. Mas El Topo me valeu cada segundo, sempre entro em uma grande viagem com Jodorowsky.
Esse filme deixa bem claro a negligência que o Nordeste sofreu por anos e anos, desde a colonização do Brasil por parte do governo. Até hoje acredita-se que o principal culpado da miséria e atraso que esse povo sofreu, é apenas culpa da seca que predomina na região. Seis dias em Ouricuri, revela que não apenas a seca, mas a falta de infra-estrutura de atendimento ao povo e programas sociais causou o desgaste da população sertaneja por muitas e muitas décadas. A prova disso, é que muitas pessoas não tinham sequer como tirar documentos para poder trabalhar, e provavelmente, muitas não sabiam nem o que era isso. Hoje em dia muitas pessoas em cidades e vilarejos completamente afastados do Nordeste ainda vivem nessas condições, não registradas, não podendo trabalhar ou receber bolsa auxílio. Literalmente, sem trabalho, comida rala, dinheiro algum, debaixo de um sol de rachar, a única esperança que restava mesmo era ter fé, rezar, e esperar um pouco de água vir do céu. E obviamente, quando isso acontecia, o povo nordestino sempre muito ligado à religião, acreditava ser a vinda de um milagre. Afinal, eles já sabiam, ajuda do governo que não devia de ser. Pior de tudo, é saber que vivo numa cidade desenvolvida como São Paulo, e estamos enfrentando problemas de seca, com muitas pessoas passando dificuldades pela falta de água, e ainda existe gente que culpe São Pedro por isso.
O filme tem uma semelhança enorme com Acossado do Godard. É possível perceber em todo o filme, o travelling nos principais pontos históricos da cidade, os letreiros, a musiquinha clássica de filme de ação, a personalidade dos bandidos. A grande diferença, é que o Sganzerla conseguiu fazer uma puta adaptação de um clássico francês para a realidade marginal brasileira, e saiu esse filmaço!
Um estória bem simples, mas conseguiu me prender e até me emocionar! haha E como já comentado abaixo, eu também me senti frustrada com o desenvolver do relacionamento da Junie com o Nemours.
Elenco incrível, Eva Green está lindíssima, e Johnny Depp, não preciso nem comentar, né... Acho que minhas expectativas eram maiores, mas mesmo assim, adorei o filme. Pra quem curte Classic Rock, com certeza vai rir o dobro com as piadas.
As Hiper Mulheres
3.9 24O nome mais utilizado desse ritual é "Yamurikumã", que é o maior ritual feminino realizado entre as tribos do Alto Xingu. Achei engraçado, pois a única referência que achei da palavra "Jamurikumalu" estava relacionada ao filme, e com poucos dados que pudessem comprovar e dar significado à sua origem.
Recentemente tive a oportunidade de participar de uma roda de conversa com mulheres indígenas, onde haviam duas Kamaiurá/Yawalapiti que participaram desse filme, e são filhas do cacique da aldeia em que se realizou este ritual. Elas contaram sobre suas histórias como mulheres e filhas do cacique dentro da tribo, as dificuldades que enfrentam, mesmo em uma posição privilegiada em relação às demais mulheres, e sua forma de organização social e política. Inclusive, uma delas, Kaiulu Yawalapiti é presidenta da Associação Yamurikumã de Mulheres Xinguanas. Elas contaram que não simpatizavam muito com esse documentário, pelo simples fato de que ele mostrava coisas que não deveriam ser mostradas.
É engraçado ouvir isso como não-indígena, após muitos de nós assistirmos o doc e ficarmos maravilhados com a cultura tão diferente e a riqueza destes povos e rituais. Esquecemos que este é um ritual específico, voltado para o gênero feminino, que mostra apenas um determinado período da vida em uma aldeia. Portanto, que não representa diretamente a forma como essa ou outras etnias em especial se organizam durante uma vida inteira de forma política e social. Além disso, é um filme produzido por homens, mostrando um olhar que na realidade deveria ser das mulheres, que deveria consentir com o que as mulheres querem mostrar ou não.
A "força" e autoridade que esse documentário mostra, em nada se relaciona com o cotidiano da maioria das tribos do Alto Xingu. Lá ainda se realizam casamentos arranjados, se impõe padrões estéticos para as mulheres de forma conservadora (sim, isso existe, à maneira deles, claro), se realizam rituais muito agressivos para mulheres, e muitas vezes suas vozes são quase insignificantes nas decisões internas e externas, principalmente políticas. Esse foi um dos motivos para a criação da Associação Yamurikumã, para que as mulheres indígenas também pudessem contribuir em debates políticos, se beneficiassem com atendimento de saúde direcionado à mulher, dentro de seus costumes tradicionais, e desconstruíssem casos de machismo em sua própria cultura, que muitas vezes prejudicam mulheres por gerações e gerações, e são impedidos de mudar por conta da necessidade de "preservar" certas tradições.
Creio que é importante ter um olhar crítico à esse documentário. Nem tudo que as câmeras mostram pode ser a realidade. A forma destas populações verem o mundo é muito diferente da nossa, e certamente não iremos entender tudo que quisermos, se continuarmos aplicando nossas fórmulas não-indígenas à cultura deles. É importante saber o que eles, principalmente ELAS pensam sobre esse filme.
Segredos da Tribo
3.8 25 Assista AgoraComo não se sentir enojada com essa competição ego-acadêmica?
Fica bem claro porque comunidades indígenas têm pavor de pesquisadores.
Em que isso beneficiou os Yanomami? Nada.
Eles Se Atreveram - A Revolução Russa de 1917
4.2 20O filme é bem panfletário de tendência trotskysta, com uma visão ultrarromântica da revolução. Uma pena, por conta disso, pecaram com várias informações que poderiam enriquecer muito o documentário... Construindo críticas em cima da crise gerada pela revolução e pelo Stalin, que praticamente não existiram nesse doc.
O Funeral das Rosas
4.3 71 Assista AgoraIncrível!
Me admira a coragem desse diretor em retratar a realidade trans* da época no Japao. Vai muito além da realidade de qualquer Nouvelle Vague a sua audácia de representar um movimento tao marginalizado, dentro de um país em que até hoje a tradiçao e o moralismo supera a visibilidade do movimento LGBT.
Triste ao mesmo tempo, porque sabemos que essa realidade bem cruel retratada no filme existe até hoje, e mata pessoas trans* no mundo inteiro.
MODERAÇAO, seria ótimo colocar um aviso aqui de TRIGGER WARNING (gatilho), porque embora para nós pareça um filme normal, que nao nos afete tanto, ele pode despertar memórias horríveis para muitas pessoas trans* que passaram por situaçoes semelhantes a essa, e nao ser bem recebido pelo movimento.
No mais, nao sou eu quem deveria alertar isso, mas assisti o filme no toca dos cinefilos, e erraram um monte de pronomes na traduçao. Isso também é algo que violenta e marginaliza mais ainda essas pessoas, por nao serem reconhecidas por aquilo que elas realmente sao. Fica o aviso pra quem legenda filmes por aí, e se possível, corrijam isso e que ninguém erre na hora de legendar os próximos filmes que retratem o mesmo tema. ;)
A Gaia Ciência
3.8 30Talvez esse filme represente a própria desconstrução da linguagem do cinema de Godard, partindo da Nouvelle Vague para o cinema político.
É como um pensamento desordenado, não linear, que vem sempre de madrugada, mas só faz sentido quando se trata de nós mesmos. Só somos capazes de ouvir, quando algo se refere a nós.
Esse é um dos pontos que acho fraco no seu cinema político. Seus filmes são inacessíveis para aqueles que ele mais gostaria, ou deveria acessar. Se limitam a intelectualidade, a linguagem academica. Os intelectuais revolucionários que até hoje se orgulham de seguir ideais marxistas, mas silenciam a classe operária, ao dizer qual deve ser a luta do trabalhador, sem muitas vezes desconstruir, se dissolver, e apenas ensinar o que é política. Prefiro interpretar a “dissolução” que Godard cita, como uma forma de reconhecer que na verdade estes líderes de movimentos esquerdistas são opressores, ainda constituem uma sociedade burguesa e privilegiada. A desconstrução só poderia vir a partir do reconhecimento e aceitação de que se é opressor, aprender e desconstruir a si mesmo. Para deixar de oprimir e silenciar a minoria.
Fico triste ao ver que Godard é um diretor tão consagrado, mas pouco se discute sobre o conteúdo que coloca nos filmes, ninguém desconstrói e debate. Seria realmente revolucionário? Só o fato de apresentar ideais de esquerda, lutas políticas e ser constantemente censurado pelo estado por seus ideais, este filme realmente chega perto de um ato revolucionário? Talvez sim, para sua própria vida, e para os estudantes privilegiados da Sorbonne, em maio de 68.
Pois como o mesmo afirma: O povo? Continuamos falando nele, mas nunca o vemos.
El Topo
4.0 220Lisérgico!
O que mais me agrada no Jodorowsky é a forma como ele consegue apresentar suas histórias não apenas de forma linear, mas por meio dos diversos simbolismos que aplica em seus filmes.
A representação do espiritualismo, e a busca pela purificação e elevação espiritual, em diversas religiões, leva a crer que o homem está sempre caminhando por um mesmo destino, mas acaba por encontrar entraves gerados pela formação moral da sociedade em que está inserido cada indivíduo.
Além da representação religiosa, sempre acho o Jodorowsky muito esotérico, sempre ligando as personagens aos arquétipos do tarô.
O tempo todo pude ver esse filme como se estivesse tirando cartas. E ainda por cima de forma linear, começando pelo "Louco/Mago", que é a primeira carta do Tarô de Marselha. O Louco representa o homem no início de sua jornada, agindo de maneira impulsiva, sem dar muita importância por onde anda. Porém, está disposto a caminhar e aprender com suas experiências. Existe também uma ingenuidade e pureza em seus atos, que é representado pelo menino nu que o acompanha. Além disso, a forma como El Topo o guia, e faz com que ele torne-se um homem, representando o "Mago", que manipula por seu conhecimento. Mara, que aparece em seguida, em posição submissa, e reverte seu papel, exigindo que El Topo mostre que merece seu amor, pode representar "A Imperatriz".
Quando El Topo mata os mestres com pesar, mas adquire uma imensa consciência espiritual, ele se torna "O Papa". O romance entre El Topo e as outras duas mulheres o coloca na situação da carta "Os Amantes", em que sentimento e corpo se dividem (e nessa El Topo se deu mal hahaha). Entre muitos outros arquétipos que pude perceber durante o filme, mas acabaria em uma análise imensa.
Btw, a única coisa que me desagradou um pouco, e já não é a primeira vez, é a representação da mulher em seus filmes. Sempre sendo libertada por um homem, sempre submissa, sempre extremamente sexualizada, nunca sendo um elemento sacro como os homens, faltando alguma posição realmente crítica (não necessariamente objetiva) a esse problema social.
Mas El Topo me valeu cada segundo, sempre entro em uma grande viagem com Jodorowsky.
Entre Nós
3.6 613 Assista Agora390 comentários, 114 incluindo a palavra "fotografia"
Seis Dias de Ouricuri
3.7 4Esse filme deixa bem claro a negligência que o Nordeste sofreu por anos e anos, desde a colonização do Brasil por parte do governo. Até hoje acredita-se que o principal culpado da miséria e atraso que esse povo sofreu, é apenas culpa da seca que predomina na região. Seis dias em Ouricuri, revela que não apenas a seca, mas a falta de infra-estrutura de atendimento ao povo e programas sociais causou o desgaste da população sertaneja por muitas e muitas décadas. A prova disso, é que muitas pessoas não tinham sequer como tirar documentos para poder trabalhar, e provavelmente, muitas não sabiam nem o que era isso. Hoje em dia muitas pessoas em cidades e vilarejos completamente afastados do Nordeste ainda vivem nessas condições, não registradas, não podendo trabalhar ou receber bolsa auxílio.
Literalmente, sem trabalho, comida rala, dinheiro algum, debaixo de um sol de rachar, a única esperança que restava mesmo era ter fé, rezar, e esperar um pouco de água vir do céu. E obviamente, quando isso acontecia, o povo nordestino sempre muito ligado à religião, acreditava ser a vinda de um milagre. Afinal, eles já sabiam, ajuda do governo que não devia de ser.
Pior de tudo, é saber que vivo numa cidade desenvolvida como São Paulo, e estamos enfrentando problemas de seca, com muitas pessoas passando dificuldades pela falta de água, e ainda existe gente que culpe São Pedro por isso.
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 273http://filmow.com/listas/cinema-marginal-boca-do-lixo-l37493/
Interestelar
4.4 5,8K Assista AgoraNão só lembrou 2001do Kubrick como também vi muita referência de Solaris, do Tarkovsky
Alma Corsária
4.0 34Godard + Jodorowsky da boca do lixo
adoro
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 273O filme tem uma semelhança enorme com Acossado do Godard. É possível perceber em todo o filme, o travelling nos principais pontos históricos da cidade, os letreiros, a musiquinha clássica de filme de ação, a personalidade dos bandidos. A grande diferença, é que o Sganzerla conseguiu fazer uma puta adaptação de um clássico francês para a realidade marginal brasileira, e saiu esse filmaço!
Billy Elliot
4.2 967 Assista AgoraEsse filme marcou muito a minha infância. Não aguento, e até hoje choro o filme inteiro. ♥
Céline e Julie Vão de Barco
3.9 29Jacques Rivette conseguiu dizer tanto em tão poucas palavras com esse filme. E tem como não ficar encantado com essa dupla incrível de Céline e Julie?
A Bela Junie
3.7 825Um estória bem simples, mas conseguiu me prender e até me emocionar! haha
E como já comentado abaixo, eu também me senti frustrada com o desenvolver do relacionamento da Junie com o Nemours.
Tropicália
4.1 289 Assista AgoraGente, fiquei toda arrepiada com esse trailer!
Estarei na fila de estréia.
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraElenco incrível, Eva Green está lindíssima, e Johnny Depp, não preciso nem comentar, né...
Acho que minhas expectativas eram maiores, mas mesmo assim, adorei o filme.
Pra quem curte Classic Rock, com certeza vai rir o dobro com as piadas.
CBGB - O Berço do Punk Rock
3.7 186Rupert como Cheetah? Não perco essa nem morta!!!
Dinossauro
3.5 355 Assista AgoraAcho que oi o filme que eu mais assisti na minha infância!
Se Beber, Não Case!
3.7 2,6K Assista AgoraO pior filme que já vi, recomendo apenas pra pessoas que gostam das comédias clichês americanas.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraMarcou minha infância!
A Fantástica Fábrica de Chocolate
3.7 2,2K Assista AgoraConcordo com os demais comentários abaixo. Não chega nem perto da versão original!
Orgulho e Preconceito
4.2 2,8K Assista AgoraUm dos meus livros preferidos... E atores também. Acho que nunca vou me cansar de assistí-lo!