"O barulho da água ensurdecia e o quarto se enchia de vapor. E assim não ouviu se abrir a porta, nem rumor de passos. A princípio, quando a cortina do chuveiro também se abriu, o vapor embaçou, aquele rosto. Então ela viu — não mais que um rosto, como uma máscara, a espiar pela cortina entreaberta. Um lenço escondia-lhe os cabelos. Os olhos vidrados fitavam-na, inumanos. Não era máscara, não podia ser. Uma camada de pó-de-arroz de um branco mortal tapava-lhe as feições, exceto as maçãs do rosto onde se concentravam duas rosas héticas de rouge. Não era máscara. Era o rosto insano de uma velha louca. Mary começou a gritar. Então a cortina se abriu totalmente e apareceu a mão empunhando uma faca de açougueiro. E foi a faca que pouco depois, decepou-lhe o grito. E a cabeça também."
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