Eu só não gostei da trivialidade das letras de algumas músicas que chegam a ser constrangedor assistir. Fora isso, quase chorei várias vezes. Quem é lgbt vai assistir com outro olhar. Que desesperador seria viver na epidemia do HIV nos anos 90, onde sim, cada segundo representa a proximidade do fim.
O espetador jovem com TDAH e ansiedade a mil, vai se identificar com muita coisa
basicamente são caras com crise de meia idade que querem fazer algo pra se sentirem vivos e com vigor novamente. O resultado é o sepultamento de um casamento que já estava morto e a morte de um dos amigos que acabou virando alcoólatra com a ideia toda.
Ele morre, os amigos meio que cagam (??) pra morte e depois saem dançando (???)
Definitivamente mais divertido assistir esse filme do que Minari ou Sound of Metal. Porém, definitivamente os dois que citei merecem muito mais levar um Oscar. Promising Young Woman tem atuações fracas de muitos atores, roteiro com um assunto relevante porém mal desenvolvido e tem horas nas horas que tenta ser irônico não convence, acaba por lembra o filme A Morte Te Dá Parabéns.
- Em quase todas as cenas a família se expressa muito bem. Isso porque estão falando em coreano. Quando foram pra igreja pela primeira vez, a esposa e avó mal conseguiam se comunicar. Foram até bem recebidos talvez por uma questão de “missão cristã”, mas a limitação estava na cara. Aparentemente os únicos não-americanos naquela comunidade - O filme não retrata muito uma exclusão social, mas a gente consegue pegar isso um pouco pelo emprego deles e também que o único amigo que a família fez em anos naquela cidade foi o americano mais excluído de todos, o “anormal”. - A senhora atriz que fez a avó mereceu a indicação ao Oscar. Desde o início a avó queria ajudar, somar, ajudar a filha, ser aceita. E o derrame bateu muito nisso. Após o acidente ela quer se sentir útil. Tenta cozinhar, limpar, levar o lixo para fora. E é justamente isso que causa do acidente que destrói todo o sonho de seu genro. Mesmo após um derrame, dá pra ver nos olhos que ela sabe o que fez. Ela tenta ir embora daquele lugar se sentir o pior dos seres. - Não entendi bem a cena do fim, mas indicou que ela havia falecido e que, ao final, David e o pai vão ao local que ela plantou os Minaris para colhê-los.
- Como a irmã do Kevin perdeu a visão de um dos olhos? O que ele fez? - Como ele atirou fechas contra várias pessoas e ninguém fez nada? Isso ficou muito mal contado
Gostei bastante! Eu não sou acostumado a ver filmes que fogem do inglês/espanhol e a gente sente o choque cultural na obra, mas isso não muda o fato de que é muito bom!
O que ocorre de simbólico na cena que o pai esfaqueia o dono da casa? Eu queria entender melhor. Vi que ele ignorou a filha dele morrendo e também que cobriu o nariz com o cheiro do homem. Mas... tem algo além disso?
*SIMBOLISMOS DO FILME* O COMENTÁRIO ABAIXO PEDE A SUA INTERAÇÃO
Misturo aqui a análise do PH Santos com a minha, a respeito do que representa cada personagem e as críticas contidas no filme. Sigam o fio e respondam please, adicionando suas interpretações e o que discordam.
Lunga - é o Lula. Errou, foi preso, soltaram, voltou pros braços do povo e liderou a defesa; (achei 100% isso)
Dois mortos na moto perto da fazenda: - Ciro e Haddad. Eles foram avisados pra não irem sozinhos e o Pacote grita no carro: eu disse que não era pra ir só. É um pedido do diretor pra esquerda se juntar, em vez de ficarem Haddad, Ciro, etc se estranhando. Antes de morrer, um da moto é mais afrontoso, é Ciro, que inclusive xinga o matador no tom que Ciro costuma se exaltar. O da frente da moto é Haddad, que diz pro Ciro que viu algo que ele não viu e por isso sabe que vai morrer.
O brasileiro que se acha melhor por ser do sul - um brasileiro é morto pelos americanos mesmos ajudando eles. É Moro. Ele trabalha pro governo, diz ser do sul, região rica, é branco, e os americanos zoam dizendo que ele é latino, não branco, e que dane-se sul (Nessa eu discordei do PH. Pra mim o casal metido a gringo é uma crítica ao brasileiro viralatista, que por seu fenótipo se sente superior. Esse povo, que ocupa as cadeiras de poder, tb é entreguista).
A idosa morta no começo: - é Marina cujo discurso morreu e que, sinceramente, não é tempo desse discurso. É tempo de vencer descendo o nível pra depois aí sim o discurso de sustentabilidade etc voltar à tona. Por isso ela volta aparecendo pro Americano/Alemão (Essa tb não engoli bem)
Lembremos que um dos personagens se chama Plínio (referência a Plínio de Arruda?) e o nome de Marielle tb está presente
Para mim (Thales) Bolsonaro está representado no prefeito Tony Jr, que entregou a vida do povo que deveria zelar nas mãos de estrangeiros, armamentista sádicos que vieram apenas para matar por diversão, num jogo de marcar pontos. As falas entreguistas de Bolsonaro sempre foram de fácil conhecimento, principalmente sobre a Amazônia.
É isso. Quero ouvir vcs e pretendo ler e responder tudo
- Ser negro enquanto identidade: senti que o pianista vive um conflito pessoal que pode ser interpretado de varias formas. Um negro que não se apropria da sua cultura e ao mesmo tempo um homem que tem o direito de tocar o que quiser e ser quem quiser ser. Dr. Shirley tocava como tocava para ser aceito, para entrar no mundo dos brancos e por meio de seu talento, plantar uma semente que mudasse mentalidades. Mas isso também poderia ser lido pelas pessoas da época como uma “vontade de ser branco”.
- Ser italiano enquanto imigrante: já viu como nós brasileiros somos racistas e aceitamos a pecha imposta a nós? Na sociedade de casta, o brasileiro no mundo é assim como o italiano nos EUA dos anos 60, um “half-back”, um cidadão de segunda classe. E legitimamos isso. Nós sentimos melhores do que os venezuelanos e inferiores a qualquer gringo europeu/americano.
- Interseccionalidade: esse é um conceito que aprendi quando estudava na UPorto. Ser negro e gay é lido como se a pessoa carregasse “dois males”. Se o racismo é a pauta do filme, a homofobia nem precisa ser. Ficou muito bem entendido que esse tema é um tabu tão grande que os personagens nem falaram abertamente a respeito. A palavra “gay” nem é citada por algum deles.
Lembrei de textos sobre a solidão do homem negro. E do homossexual idoso. Em que condições esse homem genial morreu?
Ele estava mentalmente e culturalmente acima de todos, e ninguém via isso. Será que eu agiria assim na vida real? Provavelmente. O racismo é algo que atravessa. Estar conscientes da existência dele não nos livre do racismo subconsciente que praticamos se não nas nossas ações, pelo menos no nosso íntimo
Eu achei as críticas feitas aqui muito desproporcionais. Eu achei Boy Erased um filme lúcido, com menos emoção do que o tema propõe, mas tratando o assunto dentro da razoabilidade e se contrapondo ao emocionalismo que o próprio grupo usava.
Filmes como esse me mostrar que nem o Filmow tá livre da escória que vem “xingar” pessoas de esquerdista. Quase sempre perfis sem foto e sem nome real. Ou você concorda que o racismo é um problema a ser combatido ou você é o imbecil a ser combatido. Não tem pra onde correr.
Fiquei chocado ao ver o chefe da polícia na vida real, discursando a favor do Trump.
Como não usar dele pra pensar sobre o que enfrentaremos no Brasil em 2019? A questão é só uma: discursos empoderam. Um Trump, um Bolso ou qualquer outro não precisam ser declaradamente racistas, homofóbicos ou o que for. Basta relativizarem o tema que o resto os extremistas farão por conta própria.
tick, tick... BOOM!
3.8 450Eu só não gostei da trivialidade das letras de algumas músicas que chegam a ser constrangedor assistir. Fora isso, quase chorei várias vezes. Quem é lgbt vai assistir com outro olhar. Que desesperador seria viver na epidemia do HIV nos anos 90, onde sim, cada segundo representa a proximidade do fim.
O espetador jovem com TDAH e ansiedade a mil, vai se identificar com muita coisa
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 797 Assista AgoraA ideia do filme é original, de fato. Mas...
basicamente são caras com crise de meia idade que querem fazer algo pra se sentirem vivos e com vigor novamente. O resultado é o sepultamento de um casamento que já estava morto e a morte de um dos amigos que acabou virando alcoólatra com a ideia toda.
Ele morre, os amigos meio que cagam (??) pra morte e depois saem dançando (???)
É a versão Se Beber Não Case de Cannes.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraNota 4.4? Preciso ver
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraDefinitivamente mais divertido assistir esse filme do que Minari ou Sound of Metal.
Porém, definitivamente os dois que citei merecem muito mais levar um Oscar.
Promising Young Woman tem atuações fracas de muitos atores, roteiro com um assunto relevante porém mal desenvolvido e tem horas nas horas que tenta ser irônico não convence, acaba por lembra o filme A Morte Te Dá Parabéns.
Não tem nenhuma categoria que mereça Oscar.
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 548 Assista AgoraReflexões do filme (pra quem já viu):
- Em quase todas as cenas a família se expressa muito bem. Isso porque estão falando em coreano. Quando foram pra igreja pela primeira vez, a esposa e avó mal conseguiam se comunicar. Foram até bem recebidos talvez por uma questão de “missão cristã”, mas a limitação estava na cara. Aparentemente os únicos não-americanos naquela comunidade
- O filme não retrata muito uma exclusão social, mas a gente consegue pegar isso um pouco pelo emprego deles e também que o único amigo que a família fez em anos naquela cidade foi o americano mais excluído de todos, o “anormal”.
- A senhora atriz que fez a avó mereceu a indicação ao Oscar. Desde o início a avó queria ajudar, somar, ajudar a filha, ser aceita. E o derrame bateu muito nisso. Após o acidente ela quer se sentir útil. Tenta cozinhar, limpar, levar o lixo para fora. E é justamente isso que causa do acidente que destrói todo o sonho de seu genro. Mesmo após um derrame, dá pra ver nos olhos que ela sabe o que fez. Ela tenta ir embora daquele lugar se sentir o pior dos seres.
- Não entendi bem a cena do fim, mas indicou que ela havia falecido e que, ao final, David e o pai vão ao local que ela plantou os Minaris para colhê-los.
O Som do Silêncio
4.1 985 Assista AgoraÓtimas atuações, ritmo ruim, final aberto demais 😕
Nomadland
3.9 895 Assista AgoraFazia tempo que eu não chorava com um filme
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraCoisas que achei mal explicado no filme e queria a ajuda de vcs:
- Como a irmã do Kevin perdeu a visão de um dos olhos? O que ele fez?
- Como ele atirou fechas contra várias pessoas e ninguém fez nada? Isso ficou muito mal contado
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraGostei bastante!
Eu não sou acostumado a ver filmes que fogem do inglês/espanhol e a gente sente o choque cultural na obra, mas isso não muda o fato de que é muito bom!
Me ajudem:
O que ocorre de simbólico na cena que o pai esfaqueia o dono da casa? Eu queria entender melhor. Vi que ele ignorou a filha dele morrendo e também que cobriu o nariz com o cheiro do homem. Mas... tem algo além disso?
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraBaixei o filme agora só falta achar a legenda ptbr
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraBichas cadê o torrent
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraA cena:
“Nós somos do sul do Brasil, uma região rica descendente de italianos e alemães”
...é paralela à:
“estão entregando a minha Veja fora do plástico!”
Quem viu O Som ao Redor pegou
Bacurau
4.3 2,7K Assista Agora*SIMBOLISMOS DO FILME*
O COMENTÁRIO ABAIXO PEDE A SUA INTERAÇÃO
Misturo aqui a análise do PH Santos com a minha, a respeito do que representa cada personagem e as críticas contidas no filme.
Sigam o fio e respondam please, adicionando suas interpretações e o que discordam.
Lunga
- é o Lula. Errou, foi preso, soltaram, voltou pros braços do povo e liderou a defesa; (achei 100% isso)
Dois mortos na moto perto da fazenda:
- Ciro e Haddad. Eles foram avisados pra não irem sozinhos e o Pacote grita no carro: eu disse que não era pra ir só. É um pedido do diretor pra esquerda se juntar, em vez de ficarem Haddad, Ciro, etc se estranhando. Antes de morrer, um da moto é mais afrontoso, é Ciro, que inclusive xinga o matador no tom que Ciro costuma se exaltar. O da frente da moto é Haddad, que diz pro Ciro que viu algo que ele não viu e por isso sabe que vai morrer.
O brasileiro que se acha melhor por ser do sul
- um brasileiro é morto pelos americanos mesmos ajudando eles. É Moro. Ele trabalha pro governo, diz ser do sul, região rica, é branco, e os americanos zoam dizendo que ele é latino, não branco, e que dane-se sul (Nessa eu discordei do PH. Pra mim o casal metido a gringo é uma crítica ao brasileiro viralatista, que por seu fenótipo se sente superior. Esse povo, que ocupa as cadeiras de poder, tb é entreguista).
A idosa morta no começo:
- é Marina cujo discurso morreu e que, sinceramente, não é tempo desse discurso. É tempo de vencer descendo o nível pra depois aí sim o discurso de sustentabilidade etc voltar à tona. Por isso ela volta aparecendo pro Americano/Alemão (Essa tb não engoli bem)
Lembremos que um dos personagens se chama Plínio (referência a Plínio de Arruda?) e o nome de Marielle tb está presente
Para mim (Thales) Bolsonaro está representado no prefeito Tony Jr, que entregou a vida do povo que deveria zelar nas mãos de estrangeiros, armamentista sádicos que vieram apenas para matar por diversão, num jogo de marcar pontos.
As falas entreguistas de Bolsonaro sempre foram de fácil conhecimento, principalmente sobre a Amazônia.
É isso. Quero ouvir vcs e pretendo ler e responder tudo
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraPor favor me respondam:
O que é ou que representa aquela semente que eles comem?
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraNão consigo apontar nenhum defeito
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraCadê o torrent Brazeeeeeel
Ó Paí, Ó
3.2 474Eu amo a cena final
Não sei dizer se existe outra tão forte quanto no cinema brasileiro
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraAs atuações são ótimas, a fotografia é ótima. O filme tem seus pontos altos, mas no geral... É UM PORRE DE CHATO
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraReflexões que o filme me causou:
- Ser negro enquanto identidade: senti que o pianista vive um conflito pessoal que pode ser interpretado de varias formas. Um negro que não se apropria da sua cultura e ao mesmo tempo um homem que tem o direito de tocar o que quiser e ser quem quiser ser. Dr. Shirley tocava como tocava para ser aceito, para entrar no mundo dos brancos e por meio de seu talento, plantar uma semente que mudasse mentalidades. Mas isso também poderia ser lido pelas pessoas da época como uma “vontade de ser branco”.
- Ser italiano enquanto imigrante: já viu como nós brasileiros somos racistas e aceitamos a pecha imposta a nós? Na sociedade de casta, o brasileiro no mundo é assim como o italiano nos EUA dos anos 60, um “half-back”, um cidadão de segunda classe. E legitimamos isso. Nós sentimos melhores do que os venezuelanos e inferiores a qualquer gringo europeu/americano.
- Interseccionalidade: esse é um conceito que aprendi quando estudava na UPorto. Ser negro e gay é lido como se a pessoa carregasse “dois males”. Se o racismo é a pauta do filme, a homofobia nem precisa ser. Ficou muito bem entendido que esse tema é um tabu tão grande que os personagens nem falaram abertamente a respeito. A palavra “gay” nem é citada por algum deles.
Lembrei de textos sobre a solidão do homem negro. E do homossexual idoso.
Em que condições esse homem genial morreu?
Ele estava mentalmente e culturalmente acima de todos, e ninguém via isso. Será que eu agiria assim na vida real? Provavelmente. O racismo é algo que atravessa. Estar conscientes da existência dele não nos livre do racismo subconsciente que praticamos se não nas nossas ações, pelo menos no nosso íntimo
Vice
3.5 488 Assista AgoraO típico filme de Oscar que não verei por ser chato
A última vez que me prestei a isso foi ao ver Projeto Florida
Boy Erased: Uma Verdade Anulada
3.6 404 Assista AgoraEu achei as críticas feitas aqui muito desproporcionais. Eu achei Boy Erased um filme lúcido, com menos emoção do que o tema propõe, mas tratando o assunto dentro da razoabilidade e se contrapondo ao emocionalismo que o próprio grupo usava.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraFilmes como esse me mostrar que nem o Filmow tá livre da escória que vem “xingar” pessoas de esquerdista. Quase sempre perfis sem foto e sem nome real.
Ou você concorda que o racismo é um problema a ser combatido ou você é o imbecil a ser combatido.
Não tem pra onde correr.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraÉ um filme onde tudo funciona.
Fiquei chocado ao ver o chefe da polícia na vida real, discursando a favor do Trump.
Como não usar dele pra pensar sobre o que enfrentaremos no Brasil em 2019?
A questão é só uma: discursos empoderam.
Um Trump, um Bolso ou qualquer outro não precisam ser declaradamente racistas, homofóbicos ou o que for. Basta relativizarem o tema que o resto os extremistas farão por conta própria.
O Doutrinador
3.2 289 Assista AgoraNem vi e já deu sono