Esse filme tem uma qualidade técnica incrível, comparável ao Metropolis do Fritz Lang nas tomadas das ruas e dos prédios, Baita uso do cinemascópio. E o roteiro é de uma profundidade muito atual.
Algumas pessoas estão esquecendo que o cinema infantil existe e no caso do Dolittle o tom escolhido é mais próximo do livro. Os animais são pura galhofa. Cumpre bem seu papel, com boas mensagens e com uma estrutura que é feita para agradar e ainda possui bons momentos de respiro. Não entendo quem vai pro cinema esperando uma obra-prima de algo que é feito unicamente pra entreter e alegrar.
O grande trufo dessa carnavalesca alegoria é tratar de temas como assédio e abuso de maneira bastante objetiva e bem contextualizada. O texto é afiado e fora dos jargões comuns, com grande ar debochado. Tudo é bastante acertado. Uma pena o Esquadrão Suicida ter prejudicado a divulgação desse honesto filme. Ótima caracterização de personagens e a Arlequina realmente foi muito bem escolhida.Uma pitada de Kick Ass, Scott Pilgrim e Meninas Malvadas.
Esse é o tipo de filme que não obriga ninguém a esperar nada muito extraordinário, além do entretenimento puro e simples, e cumpre perfeitamente seu papel dentro das fórmulas. A dinâmica do jogo nesse ficou ainda mais interessante se pensarmos na probabilidade de um terceiro episódio.
As pessoas lembram mais do papai noel do que de jesus, que foi morto para salvar a humanidade do pecado: mas na vida eterna jesus não se sente em paz, por isso sempre retorna.
Tapa na cara, castração moral e antissemitismo: valores negados pelo povo da alemanha que o diretor Fassbinder, em caráter experimental, faz questão de jogar na cara
Obra-prima essencial sobre a queda e a guerra da antiga Iugoslávia e que se torna atemporal por retratar o sentimento antissemita contra os muçulmanos. Muito forte!
Parasita - se é que merece ser comparado com outros filmes - está para Céu e Inferno do Akira Kurosawa, porque une à ironia e a complexidade do conto moral sobre ascensão social em uma direção impecável. A cena da chuva é completamente a descida pro inferno de Dante na divina comédia, um filme que apesar do olhar atual, usa todos os elementos clássicos em seu desenvolvimento, com atuações verdadeiras e um roteiro imprevisível. Deve ter sido violento pro povo Coreano ver esse baita filme, justamente pela diferença social (a pobreza) ser muitas vezes considerada "culpa" de quem nela está inserida. Obra-prima.
A diretora e roteirista Jennifer Kent entregou essa pérola sobre a condição da mulher no contexto de vingança em uma das ex-colônias britânicas (Tasmânia, Austrália).
Que filme forte e que belo retrato sobre a cultura Aborígene, respeitoso e historicamente coerente, o que marca um paralelo necessário em meio a tanta violência, ainda que muito breve.
A característica do cinema de gênero continua em seu segundo trabalho, assim como o olhar minuncioso sobre a complexidade da maternidade. Esse filme ainda será muito debatido, como Zama de Lucrécia Martel e Z - Lost City do James Gray. Destaco também, além da dupla principal, o ator Sam Claflin (em um papel odioso, fazia tempo que eu não ficava com tanta raiva).
Jennifer Kent se aproxima bastante e de maneira original de Haneke com esse trabalho pela natureza cruel das situações.
Não é um filme fácil, entretanto, é uma grande experiência antropológica e emocional e suas escolhas dentro deste tema não são previsíveis; O que leva a trama para o aspecto moral. A forma como a violência se desenvolve não está apenas ligada ao aspecto racial, crianças também são penalizadas, o que desenvolve a característica doentia de um dos personagens.
Além disso, é coerente por parte da autora, manter as próprias contradições oriundas das tensões raciais no período colonial. A escolha dela é a situação da personagem, exposta ao erro e a solidão. Vazante da Daniela Thomas foi massacrado injustamente por ressaltar esse aspecto, mesmo possuindo uma baita historiadora na pesquisa histórica do filme.
Ps.: O filme O Regresso com Leonardo Dicaprio é tão violento quanto este, mas por ter sido realizado por um diretor, "automaticamante", para algumas pessoas, isenta o autor de qualquer erro. A lógica sempre muda quando se trata de uma autora. Não confirmo nenhum ponto mas é algo que deve ser pensado...
Roteiro extremamente criativo. A última história é sensacional pela simplicidade do seu significado e como tudo fica nas entrelinhas. A fotografia do Bruno Delbonnel, mais uma vez, espetacular.
O filme é uma caricatura excepcional do começo ao fim e justamente por isso, completamente honesto por não retratar a realidade. Nenhuma obra cinematográfica deveria ser removida do seu contexto de época/intenção, por mais problemático que isso seja. Tarantino foi excelente em seu novo filme.
Eu realmente gosto com facilidade dos filmes do Godzilla e entendo que é uma experiência que mostra parcialmente o monstro, mas que roteiro ruim para o enredo dos humanos. O primeiro ao menos investiu na ambientação gradativa, graças ao diretor, o que casou bem com todo contexto monumental do Godzilla. Neste segundo simplesmente é um alívio ver o contexto saindo do foco dos militares e das pessoas que Não param de falar, absolutamente. E um filme conseguir o feito de me irritar com isso é porque a coisa é ruim mesmo.
A justificativa de que faz parte do mesmo universo do Kong não deveria ser levada literalmente porque o diretor deste episódio tem um estilo Pulp, algo mais frenético que apesar de descompromissado funciona. Neste, tudo é do ponto de vista da franquia, subaproveitado. O filme tem momentos que beiram a excelência - mas não sei que diabos acontece que momentos depois a coisa descamba pra falta de capricho e pra situações baratas. Morthra é espetacular, os monstros são um show a parte, a Warner compreende bem essa construção, entretanto, descartar os melhores personagens pra não fazer a trama crescer?
Eu fico realmente triste: descompromisso não pode ser confudido com falta de cuidado e foi o que faltou nesse roteiro e na montagem do filme. Godzilla é um monstro lendário, um personagem popular, mas que deve ser usado com qualidade e carisma. Espero que no próximo simplesmente ignorem os núcleos secundários e foquem apenas na mitologia dos monstros. De preferência com o diretor do Kong ou do primeiro desta nova leva.
Como sempre, A24 conduzindo produções bizarras, propositalmente pensadas para parecer os clássicos giallos, etc; O tom brega e de sátira é maravilhoso!
Acabei de ver em Londres e vou resumir o que é esse filmaço ritualístico com ares setentistas: os santinhos dos testemunhas de jeová. É impossível não associar a isso ahahahahaha
Que documentário maravilhoso e que pessoa dedicada, esse senhor é um exemplo de excelência e perseverança, artista com todas as letras, gênio atemporal!
Duas horas que não senti passar, com ótimo ritmo, apesar das convenções impostas ao roteiro - em especial no aspecto romântico - mas é inegável a qualidade do filme na ação e na personalidade da protagonista, excelente trabalho da atriz Rosa Salazar e efeitos visuais primorosos, com um fotorrealismo assustador de tão bem realizado; Para variar, mais um baita acerto da Weta, direção comprometida do Rodriguez e uma produção caprichada do James Cameron, honesto em seu propósito.
Desde os primeiros minutos o filme escolhe o tom de aventura para seu desenvolvimento e é justamente por isso muito honesto. A atriz principal é muito carismática e uma das qualidades do elenco é não ter rostos muito conhecidos, uma atitude arriscada para um projeto tão caro.
Outro fator interessante no roteiro é o desenvolvimento da grande Londres e como essa cidade é apresentada, a construção do universo é boa e o diretor sabe dosar os respiros, com o arco dramático da Hester e dos personagens secundários: inclusive, uma qualidade que Peter Jackson - enquanto produtor ou diretor, sabe manter - o filme dá tempo de tela a personagens que são secundários, criando simpatia instantânea por essas figuras e estabelece um tom jovem pra sua alegoria. Outro destaque é a personagem Anna, que preenche todo tempo de tela com muita elegância graças a carismática atriz Jihae Kim.
Máquinas Mortais cumpre o papel de ser uma aventura Steampunk com subtexto político que segue muitas influências (alguns elementos clássicos dos filmes de terror B estão na tela, como os efeitos visuais na grande arma "medusa" que remetem bastante aos clássicos da Hammer), mas que possui carisma e é uma experiência divertida, emocional e visualmente impactante.
O Diabo, a Carne e o Mundo
3.6 10Esse filme tem uma qualidade técnica incrível, comparável ao Metropolis do Fritz Lang nas tomadas das ruas e dos prédios, Baita uso do cinemascópio. E o roteiro é de uma profundidade muito atual.
Dolittle
2.9 221 Assista AgoraAlgumas pessoas estão esquecendo que o cinema infantil existe e no caso do Dolittle o tom escolhido é mais próximo do livro. Os animais são pura galhofa. Cumpre bem seu papel, com boas mensagens e com uma estrutura que é feita para agradar e ainda possui bons momentos de respiro. Não entendo quem vai pro cinema esperando uma obra-prima de algo que é feito unicamente pra entreter e alegrar.
Sonic: O Filme
3.4 712 Assista AgoraÓtimo cinema infantil, cumpre seu papel enquanto entretenimento. Quem jogou o game vai adorar a batalha do final, que remete ao movimento do jogo.
Westworld - Onde Ninguém Tem Alma
3.3 196Baita arco final, muito tenso! Gosto quando você torce pro protagonista sair perdendo ahahahahha
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KO grande trufo dessa carnavalesca alegoria é tratar de temas como assédio e abuso de maneira bastante objetiva e bem contextualizada. O texto é afiado e fora dos jargões comuns, com grande ar debochado. Tudo é bastante acertado. Uma pena o Esquadrão Suicida ter prejudicado a divulgação desse honesto filme. Ótima caracterização de personagens e a Arlequina realmente foi muito bem escolhida.Uma pitada de Kick Ass, Scott Pilgrim e Meninas Malvadas.
Jumanji: Próxima Fase
3.3 442 Assista AgoraEsse é o tipo de filme que não obriga ninguém a esperar nada muito extraordinário, além do entretenimento puro e simples, e cumpre perfeitamente seu papel dentro das fórmulas. A dinâmica do jogo nesse ficou ainda mais interessante se pensarmos na probabilidade de um terceiro episódio.
Nosferatu
4.0 55Vai, FODE!
Um Dia de Chuva em Nova York
3.2 294 Assista AgoraWoody Allen com uma ótica adolescente.
Adeus Século 20
3.4 10As pessoas lembram mais do papai noel do que de jesus, que foi morto para salvar a humanidade do pecado: mas na vida eterna jesus não se sente em paz, por isso sempre retorna.
O Machão
3.3 8Tapa na cara, castração moral e antissemitismo: valores negados pelo povo da alemanha que o diretor Fassbinder, em caráter experimental, faz questão de jogar na cara
Bela Aldeia, Bela Chama
4.2 9Obra-prima essencial sobre a queda e a guerra da antiga Iugoslávia e que se torna atemporal por retratar o sentimento antissemita contra os muçulmanos. Muito forte!
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraUm trabalho de animação primoroso com grande inteligência de roteiro, gostei bastante da forma como as técnicas se encaixam.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraParasita - se é que merece ser comparado com outros filmes - está para Céu e Inferno do Akira Kurosawa, porque une à ironia e a complexidade do conto moral sobre ascensão social em uma direção impecável. A cena da chuva é completamente a descida pro inferno de Dante na divina comédia, um filme que apesar do olhar atual, usa todos os elementos clássicos em seu desenvolvimento, com atuações verdadeiras e um roteiro imprevisível. Deve ter sido violento pro povo Coreano ver esse baita filme, justamente pela diferença social (a pobreza) ser muitas vezes considerada "culpa" de quem nela está inserida. Obra-prima.
The Nightingale
3.7 181 Assista AgoraA diretora e roteirista Jennifer Kent entregou essa pérola sobre a condição da mulher no contexto de vingança em uma das ex-colônias britânicas (Tasmânia, Austrália).
Que filme forte e que belo retrato sobre a cultura Aborígene, respeitoso e historicamente coerente, o que marca um paralelo necessário em meio a tanta violência, ainda que muito breve.
A característica do cinema de gênero continua em seu segundo trabalho, assim como o olhar minuncioso sobre a complexidade da maternidade. Esse filme ainda será muito debatido, como Zama de Lucrécia Martel e Z - Lost City do James Gray. Destaco também, além da dupla principal, o ator Sam Claflin (em um papel odioso, fazia tempo que eu não ficava com tanta raiva).
Jennifer Kent se aproxima bastante e de maneira original de Haneke com esse trabalho pela natureza cruel das situações.
Não é um filme fácil, entretanto, é uma grande experiência antropológica e emocional e suas escolhas dentro deste tema não são previsíveis; O que leva a trama para o aspecto moral. A forma como a violência se desenvolve não está apenas ligada ao aspecto racial, crianças também são penalizadas, o que desenvolve a característica doentia de um dos personagens.
Além disso, é coerente por parte da autora, manter as próprias contradições oriundas das tensões raciais no período colonial. A escolha dela é a situação da personagem, exposta ao erro e a solidão. Vazante da Daniela Thomas foi massacrado injustamente por ressaltar esse aspecto, mesmo possuindo uma baita historiadora na pesquisa histórica do filme.
Ps.: O filme O Regresso com Leonardo Dicaprio é tão violento quanto este, mas por ter sido realizado por um diretor, "automaticamante", para algumas pessoas, isenta o autor de qualquer erro. A lógica sempre muda quando se trata de uma autora. Não confirmo nenhum ponto mas é algo que deve ser pensado...
A Balada de Buster Scruggs
3.7 534 Assista AgoraRoteiro extremamente criativo. A última história é sensacional pela simplicidade do seu significado e como tudo fica nas entrelinhas. A fotografia do Bruno Delbonnel, mais uma vez, espetacular.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraO filme é uma caricatura excepcional do começo ao fim e justamente por isso, completamente honesto por não retratar a realidade. Nenhuma obra cinematográfica deveria ser removida do seu contexto de época/intenção, por mais problemático que isso seja. Tarantino foi excelente em seu novo filme.
O Fantasma do Paraíso
3.8 104Vanguarda musical! Tive o privilégio de conferir uma cópia em 35mm! Sensacional!
Godzilla II: Rei dos Monstros
3.2 651 Assista AgoraEu realmente gosto com facilidade dos filmes do Godzilla e entendo que é uma experiência que mostra parcialmente o monstro, mas que roteiro ruim para o enredo dos humanos. O primeiro ao menos investiu na ambientação gradativa, graças ao diretor, o que casou bem com todo contexto monumental do Godzilla. Neste segundo simplesmente é um alívio ver o contexto saindo do foco dos militares e das pessoas que Não param de falar, absolutamente. E um filme conseguir o feito de me irritar com isso é porque a coisa é ruim mesmo.
A justificativa de que faz parte do mesmo universo do Kong não deveria ser levada literalmente porque o diretor deste episódio tem um estilo Pulp, algo mais frenético que apesar de descompromissado funciona. Neste, tudo é do ponto de vista da franquia, subaproveitado. O filme tem momentos que beiram a excelência - mas não sei que diabos acontece que momentos depois a coisa descamba pra falta de capricho e pra situações baratas. Morthra é espetacular, os monstros são um show a parte, a Warner compreende bem essa construção, entretanto, descartar os melhores personagens pra não fazer a trama crescer?
Eu fico realmente triste: descompromisso não pode ser confudido com falta de cuidado e foi o que faltou nesse roteiro e na montagem do filme. Godzilla é um monstro lendário, um personagem popular, mas que deve ser usado com qualidade e carisma. Espero que no próximo simplesmente ignorem os núcleos secundários e foquem apenas na mitologia dos monstros. De preferência com o diretor do Kong ou do primeiro desta nova leva.
Vestido Maldito
2.6 202 Assista AgoraComo sempre, A24 conduzindo produções bizarras, propositalmente pensadas para parecer os clássicos giallos, etc; O tom brega e de sátira é maravilhoso!
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAcabei de ver em Londres e vou resumir o que é esse filmaço ritualístico com ares setentistas: os santinhos dos testemunhas de jeová. É impossível não associar a isso ahahahahaha
Quincy
4.3 37 Assista AgoraQue documentário maravilhoso e que pessoa dedicada, esse senhor é um exemplo de excelência e perseverança, artista com todas as letras, gênio atemporal!
Alita: Anjo de Combate
3.6 814 Assista AgoraDuas horas que não senti passar, com ótimo ritmo, apesar das convenções impostas ao roteiro - em especial no aspecto romântico - mas é inegável a qualidade do filme na ação e na personalidade da protagonista, excelente trabalho da atriz Rosa Salazar e efeitos visuais primorosos, com um fotorrealismo assustador de tão bem realizado; Para variar, mais um baita acerto da Weta, direção comprometida do Rodriguez e uma produção caprichada do James Cameron, honesto em seu propósito.
Máquinas Mortais
2.7 467 Assista AgoraDesde os primeiros minutos o filme escolhe o tom de aventura para seu desenvolvimento e é justamente por isso muito honesto. A atriz principal é muito carismática e uma das qualidades do elenco é não ter rostos muito conhecidos, uma atitude arriscada para um projeto tão caro.
Outro fator interessante no roteiro é o desenvolvimento da grande Londres e como essa cidade é apresentada, a construção do universo é boa e o diretor sabe dosar os respiros, com o arco dramático da Hester e dos personagens secundários: inclusive, uma qualidade que Peter Jackson - enquanto produtor ou diretor, sabe manter - o filme dá tempo de tela a personagens que são secundários, criando simpatia instantânea por essas figuras e estabelece um tom jovem pra sua alegoria. Outro destaque é a personagem Anna, que preenche todo tempo de tela com muita elegância graças a carismática atriz Jihae Kim.
Máquinas Mortais cumpre o papel de ser uma aventura Steampunk com subtexto político que segue muitas influências (alguns elementos clássicos dos filmes de terror B estão na tela, como os efeitos visuais na grande arma "medusa" que remetem bastante aos clássicos da Hammer), mas que possui carisma e é uma experiência divertida, emocional e visualmente impactante.
Pusher
3.5 62Uma pergunta que sempre faço: como pode esse diretor ter feito esse filme competente e logo em seguida tanta porcaria? rsrsrsrsrs