É interessante demais ver um diretor que saber manter a visão técnica (os ângulos) escolhidos pra contar sua narrativa (até fish eye é utilizada entre as lentes), com um trash muito bem dosado e que sem dúvidas deve ter influenciado em algum ponto Babadook na relação mãe/filho.
Serrador é um mestre na criação de atmosfera e na concepção de suas personagens. Um misto de delírio e suspense, que visivelmente influenciou muitas obras conhecidas hoje, principalmente Suspiria. O único ponto "frágil" é o final, que parece simplório demais em relação as nuances apresentadas pelo diretor ao longo da trama.
Não veja esse filme esperando o tom de fantasia tradicional do estúdio, pois não é essa a intenção do mestre Miyazaki ao longo da narrativa: ele divide muito bem a pesquisa e o desenvolvimento científico do protagonista em paralelo ao seu romance delicado em um filme visivelmente biográfico; Sua principal paixão (a aviação) é a principal protagonista do filme. Considero maravilhoso justamente por ser diferente dos seus clássicos.
Só me faz pensar que se Black Hole for adaptado ao cinema, Cronenberg é o diretor ideal para isso. Nojento na melhor medida, sombrio e cruel como a realidade. Aquele final é de um cinismo violento. Maravilhoso no que se propõe.
Melhor do que tentar superar o seu original é manter a qualidade e aprofundar suas personagens: uma série episódica serve pra isso e o mais legal é o quanto essa disposição funciona na tela, no caso de guardiões, até hoje, a mais literal tradução do espírito Marvel para o cinema.
Eu concordo imensamente com todos os aspectos que apontam a confusão do roteiro, sua não linearidade e a duração - em certa medida exagerada - do filme, contudo, ele passa a fazer muito mais sentido se você reconhece o projeto muito mais como uma vertente que o Bowie apresenta em cima do enredo do Tevis: quero dizer com isso que no período em quê o filme foi lançado, seus temas e sua estética são uma espécie de casa das ideias pra Trilogia de Berlim (Heroes, Low e Lodger), assim como para o Young Americans e o Station to Station: discos primorosos do Bowie. É importante sobrepôr a figura do Bowie em torno do filme, como algo que justifica seu título e toda brincadeira em torno do Ziggy Stardust/Aladdin Sane, um et apaixonado pela vida na terra e toda controvérsia que o envolve. O que endossa isso são bandas como The Who (e seus dois filmes-discos) nos Tommy e Quadrophenia e Pink Floyd no The Wall.
Isabelle Huppert está maravilhosa no filme "O Que Está Por Vir" com direção e roteiro (os dois aspectos delicadíssimos) de Mia Hansen-Løve. Muita elegância e segurança nas atuações para tratar de política e do senso de feminilidade de uma maneira completamente diferente do que é comum ao cinema cotidiano - tomando como paralelo, Woody Allen. Até as situações mais comuns ao olhar masculino aqui são transformadas em segurança e criticidade. Mora na atriz principal uma magia que eu adoraria ver em cena com outra grande e icônica atriz do cinema franco-polonês: Juliette Binoche. Curioso que comentei com um casal sobre isso e durante o filme a personagem Nathalie acompanha um filme em que a própria Binoche aparece. Outro aspecto muito bem desenvolvido é o caráter educacional da personagem central: situações complexas - ou a essência do filme, uma crise conjugal, por exemplo - são resolvidas de maneira direta, sem qualquer firula, o que está diretamente ligado à imprevisibilidade e segurança que uma mulher preparada pra vida pode exercer. Um filme sobre a liberdade do pensamento e sobre a autossuficiência do feminino e todas as denominações que o termo pode carregar. Mia Hansen-Løve conseguiu trazer pra tela o mesmo brilhantismo que o ótimo Frances Ha possui. Cinema honesto, leve, mas ideologicamente provocativo através da sua elegância.
Como primeiro trabalho do diretor, nota-se toda delicadeza da trama e o contexto de fábula "vampírica" envolvido neste pequeno primor. É importante lembrar que como um trabalho praticamente de estreia, está acima da média, com atuações bem conduzidas e com um final singelo e bastante delicado. Me faz lembrar que aqueles que criticam esse filme, baseados em seus posteriores, desconsideram inúmeros fatores, desde orçamentários, até mesmo o que diretor quis passar ao longo da trama. E seu humor é uma clara homenagem ao Roger Corman (quem viu Farsa Trágica consegue visualizar isso).
A relação neta e avô é o ponto alto e um dos grandes méritos do diretor até hoje: a direção primorosa de crianças, neste caso, de uma aurora (olha a brincadeira com o clássico filme expressionista), como o próprio trocadilho Jesús Gris. Falta para alguns sensibilidade e delicadeza para encarar esse filme da forma devida. O mesmo argumento vale para quem critica sem compreender a ideia do filme, o recente "A Bruxa" e o maravilhoso "Babadook".
Talvez o maior trufo desse filme seja a simplicidade do roteiro, recomendo - assim que você ver no cinema - que confira logo em seguida o episódio 4, é realmente muito engraçado como tudo se encaixa, uma direção respeitosa e com muita devoção a trilogia original. Inclusive, o final "frustrante" serve para endossar a ousadia e o quanto a Disney tem sido decente, diferente do que muitos esperavam, na concepção inicial e contratação de novos diretores para o projeto (franquia) Star Wars.
A construção do mistério nesse filme é um primor, revelado muito próximo do final apenas, ou seja, pura tensão: personagens dúbias, atmosfera de corrupção e destruição da inocência que me fizeram lembrar do clássico "Os Meninos". Sem dúvidas, uma das grandes obras do mestre Fulci.
Eu tive a honra de ver hoje na Mostra "Cinema de Invenção" do Cine Sesc Augusta em São Paulo, ao lado do próprio Zé Celso. Uma experiência dignificante e bastante significativa que vou levar pra vida, principalmente por saber que o grupo ficou no exílio durante a ditadura. E o Zé é uma figura lúcida e muito gentil. Emocionante, maluco, experimental e necessário. Um registro que valoriza do mero iluminador ao mais esperto dos atores.
A precisão do roteiro em desenvolver os aspectos emocionais dos protagonistas tornam este Noir bastante visceral e carismático. Tudo é muito bem utilizado e a forma como a infância e o presente do personagem principal são intercalados é sensacional. Peggy Cummings possui uma audácia avassaladora.
Ao longo da sua trilogia da Guerra, Wajda foi visto como um traidor em seu país por conta do seu papel crítico, humano e contestador em relação as diversas falácias vigentes ao sistema socialista amplificado pós segunda guerra. A utilização de uma protagonista forte e que desafia as convenções sociais do seu período em busca da informação dão a este exemplar uma jovialidade maravilhosa e carrega em seu humor uma profunda ironia sobre como tudo não passou de um mero equívoco na vida do povo polonês, principalmente o seu protagonista, o trabalhador comum. É muito clara - a profunda - e muitas vezes corriqueira a perseguição que o cineasta viveu, por sorte, seu testemunho é lúcido e possui uma montagem cinematográfica impressionante, me remeteu no retrato do povo ao filme Globo de Prata, do seu contemporâneo Zulawski, outro gênio perseguido e que também perdemos em 2016.
Sem dúvidas um dos filmes mais tensos exibido nesta mostra internacional de cinema em SP. Um grande registro da qualidade - e da inventividade em seu roteiro - do cinema nascido no Irã. O elenco é grandioso na interpretação do dilema moral, entre contar ou não uma determinada situação e mais uma vez, a crítica ao orgulho e ao machismo presentes no país é enaltecida. Excelente!
Acabei de ver na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e sem exageros é um filme monumental, estupendo em seu arrojo artístico e forte em sua dimensão existencial. Tantos temas tabus entram em questão nessa pérola, com a marca e a ousadia que consagraram em tão poucos trabalhos o mestre Jodorowsky. Talvez, até aqui, sua obra prima.
Um roteiro elaboradíssimo e muito bem desenvolvido, repleto de atuações estupendas. O gênero Noir é interessantíssimo, com óticas e personagens completamente dúbias e sem qualquer resquício de sucesso. Sem dúvida um dos melhores exemplares do gênero.
Fuller é um diretor com bastante versatilidade, contudo, a sua marca mais forte é o aspecto depressivo em suas personagens, suas paranoias, defeitos e o quanto situações simples tornam-se elaboradas na forma como executa seus filmes.
Esse é sem dúvida um raro exemplo de carisma amplificado em todas as atuações presentes. A forma como as situações são descaracterizadas - quebrando a previsibilidade do roteiro (dentro e fora do Gênero) é maravilhosa! Pessimista e soturno com uma leveza muito contrastante. É sensacional como o "Noir" neste filme aparece através de cenários bucólicos ou na linda cena da praia.
a cena do reencontro entre o mafioso e o protagonista, por conta do caso amoroso com a mesma moça é sensacional, se estivesse na mão de outro diretor, talvez fosse extremamente piegas
Uma premissa aparentemente NOIR, mas que sem dúvida é um marco na influência do cinema de David Lynch, Cronenberg e Todd Hanes. Vejo muitos elementos caracterizados em Twin Peaks e X-Files nessa pérola.
Assim como The Other - que faz parte do Obras Primas do Terror Volume 03, editado no Brasil pela Versátil - Os Meninos é um filme que quebra inteiramente a proposta do horror psicológico, sem apresentar a escuridão ou a claustrofobia como resposta para direcionar o público: aqui temos a cínica e assassina presença de crianças em uma ilha convidativa e peculiar, ensolarada e bastante calma.
Com ares distópicos - o que justifica a violência das crianças - ao início do filme, este filme é sem dúvida um grande exercício dentro do gênero e inteligentíssimo, aproveitando ao máximo todos os recursos que as locações permitiam. Sensacional e indigesto!
Sabe quando você percebe que um filme é incrível? Primeiro, pelo seu baixo custo de produção, pelo nível de tensão empregado e principalmente, pela espetacular e irretocável atuação de Anthony Hopkins, em magistral personagem. É um misto de medo com encantamento. Definitivamente um dos grandes atores em atividade e de profunda versatilidade.
Felicidade
3.5 12Mudem essa sinopse POR FAVOR!
Nasce um Monstro
3.2 95É interessante demais ver um diretor que saber manter a visão técnica (os ângulos) escolhidos pra contar sua narrativa (até fish eye é utilizada entre as lentes), com um trash muito bem dosado e que sem dúvidas deve ter influenciado em algum ponto Babadook na relação mãe/filho.
Internato Derradeiro
3.8 29Serrador é um mestre na criação de atmosfera e na concepção de suas personagens. Um misto de delírio e suspense, que visivelmente influenciou muitas obras conhecidas hoje, principalmente Suspiria. O único ponto "frágil" é o final, que parece simplório demais em relação as nuances apresentadas pelo diretor ao longo da trama.
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista AgoraNão veja esse filme esperando o tom de fantasia tradicional do estúdio, pois não é essa a intenção do mestre Miyazaki ao longo da narrativa: ele divide muito bem a pesquisa e o desenvolvimento científico do protagonista em paralelo ao seu romance delicado em um filme visivelmente biográfico; Sua principal paixão (a aviação) é a principal protagonista do filme. Considero maravilhoso justamente por ser diferente dos seus clássicos.
O Gato Preto
4.1 54 Assista AgoraSimplicidade e elegância envoltos em um enredo de terror clássico.
Enraivecida na Fúria do Sexo
3.2 95Só me faz pensar que se Black Hole for adaptado ao cinema, Cronenberg é o diretor ideal para isso. Nojento na melhor medida, sombrio e cruel como a realidade. Aquele final é de um cinismo violento. Maravilhoso no que se propõe.
Filhas das Trevas
3.6 30Ambientação muito boa, personagem central sociopata e pura lascívia: uma combinação charmosa em ritmo agoniante. Um título bem interessante.
Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraMelhor do que tentar superar o seu original é manter a qualidade e aprofundar suas personagens: uma série episódica serve pra isso e o mais legal é o quanto essa disposição funciona na tela, no caso de guardiões, até hoje, a mais literal tradução do espírito Marvel para o cinema.
O Homem Que Caiu Na Terra
3.3 132Eu concordo imensamente com todos os aspectos que apontam a confusão do roteiro, sua não linearidade e a duração - em certa medida exagerada - do filme, contudo, ele passa a fazer muito mais sentido se você reconhece o projeto muito mais como uma vertente que o Bowie apresenta em cima do enredo do Tevis: quero dizer com isso que no período em quê o filme foi lançado, seus temas e sua estética são uma espécie de casa das ideias pra Trilogia de Berlim (Heroes, Low e Lodger), assim como para o Young Americans e o Station to Station: discos primorosos do Bowie. É importante sobrepôr a figura do Bowie em torno do filme, como algo que justifica seu título e toda brincadeira em torno do Ziggy Stardust/Aladdin Sane, um et apaixonado pela vida na terra e toda controvérsia que o envolve. O que endossa isso são bandas como The Who (e seus dois filmes-discos) nos Tommy e Quadrophenia e Pink Floyd no The Wall.
O Que Está Por Vir
3.8 102 Assista AgoraIsabelle Huppert está maravilhosa no filme "O Que Está Por Vir" com direção e roteiro (os dois aspectos delicadíssimos) de Mia Hansen-Løve. Muita elegância e segurança nas atuações para tratar de política e do senso de feminilidade de uma maneira completamente diferente do que é comum ao cinema cotidiano - tomando como paralelo, Woody Allen. Até as situações mais comuns ao olhar masculino aqui são transformadas em segurança e criticidade. Mora na atriz principal uma magia que eu adoraria ver em cena com outra grande e icônica atriz do cinema franco-polonês: Juliette Binoche. Curioso que comentei com um casal sobre isso e durante o filme a personagem Nathalie acompanha um filme em que a própria Binoche aparece.
Outro aspecto muito bem desenvolvido é o caráter educacional da personagem central: situações complexas - ou a essência do filme, uma crise conjugal, por exemplo - são resolvidas de maneira direta, sem qualquer firula, o que está diretamente ligado à imprevisibilidade e segurança que uma mulher preparada pra vida pode exercer. Um filme sobre a liberdade do pensamento e sobre a autossuficiência do feminino e todas as denominações que o termo pode carregar. Mia Hansen-Løve conseguiu trazer pra tela o mesmo brilhantismo que o ótimo Frances Ha possui. Cinema honesto, leve, mas ideologicamente provocativo através da sua elegância.
Cronos
3.2 119Como primeiro trabalho do diretor, nota-se toda delicadeza da trama e o contexto de fábula "vampírica" envolvido neste pequeno primor. É importante lembrar que como um trabalho praticamente de estreia, está acima da média, com atuações bem conduzidas e com um final singelo e bastante delicado. Me faz lembrar que aqueles que criticam esse filme, baseados em seus posteriores, desconsideram inúmeros fatores, desde orçamentários, até mesmo o que diretor quis passar ao longo da trama. E seu humor é uma clara homenagem ao Roger Corman (quem viu Farsa Trágica consegue visualizar isso).
A relação neta e avô é o ponto alto e um dos grandes méritos do diretor até hoje: a direção primorosa de crianças, neste caso, de uma aurora (olha a brincadeira com o clássico filme expressionista), como o próprio trocadilho Jesús Gris. Falta para alguns sensibilidade e delicadeza para encarar esse filme da forma devida. O mesmo argumento vale para quem critica sem compreender a ideia do filme, o recente "A Bruxa" e o maravilhoso "Babadook".
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraTalvez o maior trufo desse filme seja a simplicidade do roteiro, recomendo - assim que você ver no cinema - que confira logo em seguida o episódio 4, é realmente muito engraçado como tudo se encaixa, uma direção respeitosa e com muita devoção a trilogia original. Inclusive, o final "frustrante" serve para endossar a ousadia e o quanto a Disney tem sido decente, diferente do que muitos esperavam, na concepção inicial e contratação de novos diretores para o projeto (franquia) Star Wars.
O Segredo do Bosque dos Sonhos
3.8 88A construção do mistério nesse filme é um primor, revelado muito próximo do final apenas, ou seja, pura tensão: personagens dúbias, atmosfera de corrupção e destruição da inocência que me fizeram lembrar do clássico "Os Meninos". Sem dúvidas, uma das grandes obras do mestre Fulci.
O Rei da Vela
4.1 5Eu tive a honra de ver hoje na Mostra "Cinema de Invenção" do Cine Sesc Augusta em São Paulo, ao lado do próprio Zé Celso. Uma experiência dignificante e bastante significativa que vou levar pra vida, principalmente por saber que o grupo ficou no exílio durante a ditadura. E o Zé é uma figura lúcida e muito gentil. Emocionante, maluco, experimental e necessário. Um registro que valoriza do mero iluminador ao mais esperto dos atores.
Mortalmente Perigosa
4.1 39 Assista AgoraA precisão do roteiro em desenvolver os aspectos emocionais dos protagonistas tornam este Noir bastante visceral e carismático. Tudo é muito bem utilizado e a forma como a infância e o presente do personagem principal são intercalados é sensacional. Peggy Cummings possui uma audácia avassaladora.
O Homem de Mármore
4.1 16Ao longo da sua trilogia da Guerra, Wajda foi visto como um traidor em seu país por conta do seu papel crítico, humano e contestador em relação as diversas falácias vigentes ao sistema socialista amplificado pós segunda guerra. A utilização de uma protagonista forte e que desafia as convenções sociais do seu período em busca da informação dão a este exemplar uma jovialidade maravilhosa e carrega em seu humor uma profunda ironia sobre como tudo não passou de um mero equívoco na vida do povo polonês, principalmente o seu protagonista, o trabalhador comum. É muito clara - a profunda - e muitas vezes corriqueira a perseguição que o cineasta viveu, por sorte, seu testemunho é lúcido e possui uma montagem cinematográfica impressionante, me remeteu no retrato do povo ao filme Globo de Prata, do seu contemporâneo Zulawski, outro gênio perseguido e que também perdemos em 2016.
O Apartamento
3.9 258 Assista AgoraSem dúvidas um dos filmes mais tensos exibido nesta mostra internacional de cinema em SP. Um grande registro da qualidade - e da inventividade em seu roteiro - do cinema nascido no Irã. O elenco é grandioso na interpretação do dilema moral, entre contar ou não uma determinada situação e mais uma vez, a crítica ao orgulho e ao machismo presentes no país é enaltecida. Excelente!
Poesia Sem Fim
4.3 89Acabei de ver na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e sem exageros é um filme monumental, estupendo em seu arrojo artístico e forte em sua dimensão existencial. Tantos temas tabus entram em questão nessa pérola, com a marca e a ousadia que consagraram em tão poucos trabalhos o mestre Jodorowsky. Talvez, até aqui, sua obra prima.
Passos na Noite
4.0 29 Assista AgoraUm roteiro elaboradíssimo e muito bem desenvolvido, repleto de atuações estupendas. O gênero Noir é interessantíssimo, com óticas e personagens completamente dúbias e sem qualquer resquício de sucesso. Sem dúvida um dos melhores exemplares do gênero.
Anjo do Mal
3.9 61 Assista AgoraFuller é um diretor com bastante versatilidade, contudo, a sua marca mais forte é o aspecto depressivo em suas personagens, suas paranoias, defeitos e o quanto situações simples tornam-se elaboradas na forma como executa seus filmes.
Fuga do Passado
4.0 86 Assista AgoraEsse é sem dúvida um raro exemplo de carisma amplificado em todas as atuações presentes. A forma como as situações são descaracterizadas - quebrando a previsibilidade do roteiro (dentro e fora do Gênero) é maravilhosa! Pessimista e soturno com uma leveza muito contrastante. É sensacional como o "Noir" neste filme aparece através de cenários bucólicos ou na linda cena da praia.
a cena do reencontro entre o mafioso e o protagonista, por conta do caso amoroso com a mesma moça é sensacional, se estivesse na mão de outro diretor, talvez fosse extremamente piegas
A Morte num Beijo
3.8 60 Assista AgoraUma premissa aparentemente NOIR, mas que sem dúvida é um marco na influência do cinema de David Lynch, Cronenberg e Todd Hanes. Vejo muitos elementos caracterizados em Twin Peaks e X-Files nessa pérola.
Os Meninos
3.9 104Assim como The Other - que faz parte do Obras Primas do Terror Volume 03, editado no Brasil pela Versátil - Os Meninos é um filme que quebra inteiramente a proposta do horror psicológico, sem apresentar a escuridão ou a claustrofobia como resposta para direcionar o público: aqui temos a cínica e assassina presença de crianças em uma ilha convidativa e peculiar, ensolarada e bastante calma.
Com ares distópicos - o que justifica a violência das crianças - ao início do filme, este filme é sem dúvida um grande exercício dentro do gênero e inteligentíssimo, aproveitando ao máximo todos os recursos que as locações permitiam. Sensacional e indigesto!
Magia Negra
3.6 94Sabe quando você percebe que um filme é incrível? Primeiro, pelo seu baixo custo de produção, pelo nível de tensão empregado e principalmente, pela espetacular e irretocável atuação de Anthony Hopkins, em magistral personagem. É um misto de medo com encantamento. Definitivamente um dos grandes atores em atividade e de profunda versatilidade.