Acho muito legal como nos filmes dele que vi até aqui há sempre um jogo de semelhanças e diferenças entre Cinema, Literatura e Pintura. A associação entre o início e fim da vida ao ato de escrever transpassa todo o filme, se desenrolando nos diferentes livros que são apresentados, bem instigante. A trilha sonora também, muito boa :)
Personagens com ligações fracas e temporárias entre si, perambulando sem direção, seguindo seus desejos como que "sem saberem" por quem são levados, ou como. É curioso que o diretor tenha feito desse cenário de assassinatos, personagens psicologicamente abalados, perambulações e alguns clichês uma espécie de "conto de amor". Tem algumas experimentações com a câmera e uns ecos meio "Dogma 95" que são legais de se discutir, mas fora isso ele fica um pouco massante depois de certo tempo; como primeiro filme é promissor.
Ultimamente tenho notado o uso que Eisenstein e Aleksandrov fazem de animais e esculturas nas suas obras; suponho que por se tratar de cinema mudo tantos os animais, quanto as esculturas poderiam ser utilizados como recurso expressivo para as cenas e montagem dos filmes. São suposições, mas posso garantir que são muito boas.Além disso, é incrível como conseguem filmar com tantas pessoas (antes só tinha visto o Felini fazer algo do tipo). O filme todo, por conta disso e dos retratos históricos é sensacional. Por sinal, tem uma versão com som orquestrada pelo Shostokovich, que só adiciona ao filme. Muito bom :)
Adorei as equivalências e diferenças com as quais o filme trabalha entre Teatro, Pintura e Cinema. De certa forma, sendo superficieis que permitem uma leitura geral (tipo, qualquer pessoa pode compreender o que se passa em um filme, quadro ou peça) achei muito bom como cada uma dessas formas de Arte se complementam, se diferenciam e apontam para diferentes possibilidades de vida. Em especial, essa imersão para dentro do(s) livro(s) e seus desdobramentos. No fim, acabei me perguntando se a história se desenrola a partir do cruzamento entre vários livros/escritos ou se todo ele é uma reunião entre diversos pontos de vista (nesse quesito, os jogos de imagem, os quadros, cortes e sequencias são muito instigantes). Creio ser um filme muito legal para aproximações entre Literatura e Cinema - e orquestrado de forma bem desafiante. Muito bom!
Bem interessante como as personagens perambulam pelas cidades, sem rumo, como que desiludidas de existir alguma certeza "mestra" que as norteie, ou talvez conformadas com essa forma de existência; a relação entre 'fotografias-existência também dá o que pensar; para além disso, acho curioso como todos os enquadres parecem ser, ao final, equivalentes - independente se sejam da perspectiva das personagens ou de um avião, trem, carro etc. Isso é legal, mas acho que (pessoalmente) torna o ritmo do filme um pouco lento.
Achei interessante como a ascensão de uma comunidade camponesa ocorre via sua mecanização e industrialização - a qual acaba banindo diferenças entre campo e cidade e é indicada como um ideal de sociedade.
A direção de arte e fotografia tão muito boas.. o filme é genial em demonstrar, de maneira geral, o caráter da classe alta brasileira; no decurso do filme inteiro, questões de sexualidade e promiscuidade, adição em drogas e todas as visões mais tradicionais e conservadoras em relação à sexo, gênero e raça demonstram bem que a cultura de massa que se propaga no país não é, exclusivamente, de "gente pobre" - mas são alimentadas e financiadas sobretudo por uma classe rica e esnobe que se serve da pobreza como mais um produto a ser consumido e vendido. A relação entre as personagens demonstra muitas formas pelas quais a juventude rica se constitui: futilidade, infantilidade e excessiva mercantilização de suas relações sociais, afetivas e emocionais. Muito bom o filme nesse sentido, consegue abarcar muito bem esse "caráter" classe alta e a relação que eles estabelecem com quem eles consideram "inferiores". Essa mesma inferioridade, no caso, não passa de uma questão pessoal e monetária: como Amsterdã pergunta: "qual a diferença de vocês e eu? vocês tem grana, pagam boquete por esporte; e eu? nunca tive nada, tenho que me virar para tudo". Ou, em outra parte: "rico vem aqui no morro pra paga de pobre e faze festa na lage, mas não atura a gente na festinha deles"; demais! sem falar que os enquadres são muito bons e as atuações também.
Acho curioso como o cinema norte-americano consegue, em uma esquema de situação-ação-situação', trazer algumas questões interessantes - ainda que esse modelo de cinema seja hoje repetido à exaustão... nesse filme, o uso do álcool, por exemplo, oscila entre uma forma de negação de uma realidade medíocre e desesperadora (como fala a personagem) e um obstáculo a realização de um projeto de vida - qualquer que seja esse projeto (!) - de forma que o álcool parece assumir um certo ar ético frente ao american dream.. Fora isso, o esquema de reduzir qualquer situação a um indivíduo em particular, e o lance de apresentar uma situação de equilibrio -> desequilibrio -> restabelecimento de equilibrio poderia ser interessante nos anos 40 (apesar do griffith já fazer isso desde, sei lá, 1910), de forma que hoje, nesses filmes de massa, essa fórmula espanta ainda fazer sucesso..
Achei interessante como se erige toda uma estrutura em volta da Isabelle só porque ele decidiu exercer sua sexualidade de uma maneira não-convencional para os padrões da familia dela; além disso, são bem seletivas as punições e para quem são dirigidas.
Discordo de alguns comentários... não achei o filme ruim, acredito que a montagem do filme, bem como seu ritmo, são os máximos possíveis devidos as circunstâncias; naquela cidade/vila, que justamente fica "na quarta cuba depois da boca do rio, quebrando à esquerda" o que as cenas realizam são alguns cortes, enquadres, no cotidiano daquelas pessoas; sem falar na cena do casal deitados sobre os cocos - influência da pintura renascentistas, com certeza! uma bela repetição haha enfim, achei o filme bom, mas com uma influência de "linguagem" à francesa; não sei de outros filme deles (o documentário "Doméstica" e "Boi Neon" não são dessa pegada, então acho que isso possa representar alguma experimentação do diretor quanto à técnicas de montagem).
Bem interessante como o filme fica na fronteira entre racismo e homossexualidade. O filme não aborda esses temas [salvo talvez, mais propriamente as questões raciais] mas eles acabam sendo invocados pelas personagens do filme - em especial, pela mãe. Podem ser interessantes as comparações entre essa periferia - de forma bem geral - com as periferias brasileiras.
Bem interessante como a montagem toda tenta concentrar o máximo de movimento a partir do "todo" no qual as cenas são filmadas. Nos espaços limitados que as personagens se encontram, elas se movem o máximo possível - sendo esse máximo, portanto, sempre relativo. Bem legal!
Reforçou minha impressão de "Que horas ela volta?": a abordagem do tema é tímido. Fica-se com a impressão que ele poderia ser mais discutido, debatido - levando-se em conta de outros filmes cuja temática, por ser similar, indica ser possível que a bordagem do tema seja realizada com mais propriedade (tipo, "uma nova amiga" - acho que é assim a tradução, sl - do François Ozon. ou "Castanha" do Davi Pretto). De forma geral, o filme fica um pouco solto no que se apresenta, e no final se fica com essa sensação de timidez e de "mornice" hehe
Gostei do filme! como filme de estréia ele consegue jogar muito bem com as referências literárias e com a trilha sonora (basicamente, um pessoal do movimento Manguebeat - Nação Zumbi, Otto, Mundo Livre S/A). Demonstra o cotidiano de uma parte da população constantemente marginalizada, de forma objetiva e crua. Muito bom!
Achei o filme desconexo, com cenas sem muita ligação e com muita banalização de violência; há cenas de estupro ou tentativa de estupro que são muito romanceadas (o que é um baita problema) e a história não flui, fica sempre truncada e muitas vezes bem entediante. As atuações também não foram lá muita coisa - enfim, não recomendo.
Achei algumas análises e comentários em relação ao filme "Coisas Eróticas" bem superficiais e moralistas; sem falar que há cenas de "contraste" entre "Coisas Eróticas" e o cinema pornô atual que achei bem anacrônicas, desnecessárias... houve comentários também em relação a qualidade técnica da imagem, som, história do "Coisas Eróticas" que me parecem descabidas: filme de baixo orçamento, com cenas de sexo explícito - é de se perguntar se a idéia do diretor e demais envolvidos era fazer um filme para ganhar prêmios ou.... não dá para saber, isso não foi abarcado pelo documentário --'. Apesar disso, é bem interessante de ver que cenas de penetração e sexo oral são considerados "sexo explícito" - já que nas outras produções de cinema erótico brasileiro tinha de tudo..
Ótimo! segue na linha de crueza em interface com situações delitivas e violentas que o diretor vem trabalhando. Dessa vez tem ainda uma relação bem complicada e incestuosa entre a mãe e seus dois filhos que é um prato cheio pra Psicologia. hahah
Bem massa o filme! demonstra bem como noções causais entre gênero e prática sexual são perversas e violentas. A não-aceitação reiterada entre alguns personagens mostrou bem como se é necessário discutir e problematizar gênero e sexualidade visando uma sociedade mais inclusiva.
A segunda parte, "O Prazer da Virtude", tem conteúdos e códigos masoquistas e fetiches bem interessantes de se analisar! e a última parte, do Gafanhoto, é bem curiosa também. Poderia ser um curta à parte, meio realista-fantástico.
Muito legal! problematiza o exercicio de masculinidade e algumas questões de gênero no cotidiano das personagens. Tem algumas cenas bem erotizadas, também, muito bom!
Achei o filme muito bom. Ele é todo perpassado pela forma que o Fernando (personagem) vai tentando elaborar os sentimentos pela esposa - e de quebra, repensando ele mesmo, o relacionamento de ambos, os amores, trocas, experiencias.. o filme como um todo tem uma atmosfera inquietante, onde tudo parece seguro por apenas um fio.. muito legal!
Muito bom! aborda várias questões envolvendo as noções de maternidade, de paternidade, o cotidiano do casal e as implicações diferentes que cada um/a possui. Mostra de forma bem inteligente e sensível as diferenças existentes e os fardos que cada pessoa no casal recebe e lida com isso. Reforça a necessidade de uma maior discussão de gênero e arranjos conjugais que abarquem a complexidade que uma gestação possui.
Achei muito legal a maneira como o filme consegue te captar e lançar para dentro da trama; a floresta tem um som praticamente hipnotizante, e a trama consegue ser mais complexa e densa do que se apresenta a um olhar mais superficial.
O Livro de Cabeceira
3.8 79 Assista AgoraAcho muito legal como nos filmes dele que vi até aqui há sempre um jogo de semelhanças e diferenças entre Cinema, Literatura e Pintura. A associação entre o início e fim da vida ao ato de escrever transpassa todo o filme, se desenrolando nos diferentes livros que são apresentados, bem instigante. A trilha sonora também, muito boa :)
Sombra
3.2 12Personagens com ligações fracas e temporárias entre si, perambulando sem direção, seguindo seus desejos como que "sem saberem" por quem são levados, ou como. É curioso que o diretor tenha feito desse cenário de assassinatos, personagens psicologicamente abalados, perambulações e alguns clichês uma espécie de "conto de amor". Tem algumas experimentações com a câmera e uns ecos meio "Dogma 95" que são legais de se discutir, mas fora isso ele fica um pouco massante depois de certo tempo; como primeiro filme é promissor.
Outubro
4.0 51 Assista AgoraUltimamente tenho notado o uso que Eisenstein e Aleksandrov fazem de animais e esculturas nas suas obras; suponho que por se tratar de cinema mudo tantos os animais, quanto as esculturas poderiam ser utilizados como recurso expressivo para as cenas e montagem dos filmes. São suposições, mas posso garantir que são muito boas.Além disso, é incrível como conseguem filmar com tantas pessoas (antes só tinha visto o Felini fazer algo do tipo). O filme todo, por conta disso e dos retratos históricos é sensacional. Por sinal, tem uma versão com som orquestrada pelo Shostokovich, que só adiciona ao filme. Muito bom :)
A Última Tempestade
3.9 19 Assista AgoraAdorei as equivalências e diferenças com as quais o filme trabalha entre Teatro, Pintura e Cinema. De certa forma, sendo superficieis que permitem uma leitura geral (tipo, qualquer pessoa pode compreender o que se passa em um filme, quadro ou peça) achei muito bom como cada uma dessas formas de Arte se complementam, se diferenciam e apontam para diferentes possibilidades de vida. Em especial, essa imersão para dentro do(s) livro(s) e seus desdobramentos. No fim, acabei me perguntando se a história se desenrola a partir do cruzamento entre vários livros/escritos ou se todo ele é uma reunião entre diversos pontos de vista (nesse quesito, os jogos de imagem, os quadros, cortes e sequencias são muito instigantes). Creio ser um filme muito legal para aproximações entre Literatura e Cinema - e orquestrado de forma bem desafiante. Muito bom!
Alice nas Cidades
4.3 96 Assista AgoraBem interessante como as personagens perambulam pelas cidades, sem rumo, como que desiludidas de existir alguma certeza "mestra" que as norteie, ou talvez conformadas com essa forma de existência; a relação entre 'fotografias-existência também dá o que pensar; para além disso, acho curioso como todos os enquadres parecem ser, ao final, equivalentes - independente se sejam da perspectiva das personagens ou de um avião, trem, carro etc. Isso é legal, mas acho que (pessoalmente) torna o ritmo do filme um pouco lento.
A Linha Geral - O Velho e o Novo
4.2 13 Assista AgoraAchei interessante como a ascensão de uma comunidade camponesa ocorre via sua mecanização e industrialização - a qual acaba banindo diferenças entre campo e cidade e é indicada como um ideal de sociedade.
A Frente Fria que a Chuva Traz
2.5 152 Assista AgoraA direção de arte e fotografia tão muito boas.. o filme é genial em demonstrar, de maneira geral, o caráter da classe alta brasileira; no decurso do filme inteiro, questões de sexualidade e promiscuidade, adição em drogas e todas as visões mais tradicionais e conservadoras em relação à sexo, gênero e raça demonstram bem que a cultura de massa que se propaga no país não é, exclusivamente, de "gente pobre" - mas são alimentadas e financiadas sobretudo por uma classe rica e esnobe que se serve da pobreza como mais um produto a ser consumido e vendido. A relação entre as personagens demonstra muitas formas pelas quais a juventude rica se constitui: futilidade, infantilidade e excessiva mercantilização de suas relações sociais, afetivas e emocionais. Muito bom o filme nesse sentido, consegue abarcar muito bem esse "caráter" classe alta e a relação que eles estabelecem com quem eles consideram "inferiores". Essa mesma inferioridade, no caso, não passa de uma questão pessoal e monetária: como Amsterdã pergunta: "qual a diferença de vocês e eu? vocês tem grana, pagam boquete por esporte; e eu? nunca tive nada, tenho que me virar para tudo". Ou, em outra parte: "rico vem aqui no morro pra paga de pobre e faze festa na lage, mas não atura a gente na festinha deles"; demais! sem falar que os enquadres são muito bons e as atuações também.
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraAcho curioso como o cinema norte-americano consegue, em uma esquema de situação-ação-situação', trazer algumas questões interessantes - ainda que esse modelo de cinema seja hoje repetido à exaustão... nesse filme, o uso do álcool, por exemplo, oscila entre uma forma de negação de uma realidade medíocre e desesperadora (como fala a personagem) e um obstáculo a realização de um projeto de vida - qualquer que seja esse projeto (!) - de forma que o álcool parece assumir um certo ar ético frente ao american dream..
Fora isso, o esquema de reduzir qualquer situação a um indivíduo em particular, e o lance de apresentar uma situação de equilibrio -> desequilibrio -> restabelecimento de equilibrio poderia ser interessante nos anos 40 (apesar do griffith já fazer isso desde, sei lá, 1910), de forma que hoje, nesses filmes de massa, essa fórmula espanta ainda fazer sucesso..
Jovem e Bela
3.4 477 Assista AgoraAchei interessante como se erige toda uma estrutura em volta da Isabelle só porque ele decidiu exercer sua sexualidade de uma maneira não-convencional para os padrões da familia dela; além disso, são bem seletivas as punições e para quem são dirigidas.
Ventos de Agosto
3.3 73 Assista AgoraDiscordo de alguns comentários... não achei o filme ruim, acredito que a montagem do filme, bem como seu ritmo, são os máximos possíveis devidos as circunstâncias; naquela cidade/vila, que justamente fica "na quarta cuba depois da boca do rio, quebrando à esquerda" o que as cenas realizam são alguns cortes, enquadres, no cotidiano daquelas pessoas; sem falar na cena do casal deitados sobre os cocos - influência da pintura renascentistas, com certeza! uma bela repetição haha enfim, achei o filme bom, mas com uma influência de "linguagem" à francesa; não sei de outros filme deles (o documentário "Doméstica" e "Boi Neon" não são dessa pegada, então acho que isso possa representar alguma experimentação do diretor quanto à técnicas de montagem).
Pelo Malo
4.0 121 Assista AgoraBem interessante como o filme fica na fronteira entre racismo e homossexualidade. O filme não aborda esses temas [salvo talvez, mais propriamente as questões raciais] mas eles acabam sendo invocados pelas personagens do filme - em especial, pela mãe. Podem ser interessantes as comparações entre essa periferia - de forma bem geral - com as periferias brasileiras.
Um Condenado à Morte Escapou
4.4 69Bem interessante como a montagem toda tenta concentrar o máximo de movimento a partir do "todo" no qual as cenas são filmadas. Nos espaços limitados que as personagens se encontram, elas se movem o máximo possível - sendo esse máximo, portanto, sempre relativo. Bem legal!
Eu Vos Saúdo, Maria
3.5 105Então, Jesus é um extraterrestre? haha
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraReforçou minha impressão de "Que horas ela volta?": a abordagem do tema é tímido. Fica-se com a impressão que ele poderia ser mais discutido, debatido - levando-se em conta de outros filmes cuja temática, por ser similar, indica ser possível que a bordagem do tema seja realizada com mais propriedade (tipo, "uma nova amiga" - acho que é assim a tradução, sl - do François Ozon. ou "Castanha" do Davi Pretto). De forma geral, o filme fica um pouco solto no que se apresenta, e no final se fica com essa sensação de timidez e de "mornice" hehe
Amarelo Manga
3.8 542 Assista AgoraGostei do filme! como filme de estréia ele consegue jogar muito bem com as referências literárias e com a trilha sonora (basicamente, um pessoal do movimento Manguebeat - Nação Zumbi, Otto, Mundo Livre S/A). Demonstra o cotidiano de uma parte da população constantemente marginalizada, de forma objetiva e crua. Muito bom!
Bonitinha, Mas Ordinária
3.1 115Achei o filme desconexo, com cenas sem muita ligação e com muita banalização de violência; há cenas de estupro ou tentativa de estupro que são muito romanceadas (o que é um baita problema) e a história não flui, fica sempre truncada e muitas vezes bem entediante. As atuações também não foram lá muita coisa - enfim, não recomendo.
A Primeira Vez do Cinema Brasileiro
3.7 12Achei algumas análises e comentários em relação ao filme "Coisas Eróticas" bem superficiais e moralistas; sem falar que há cenas de "contraste" entre "Coisas Eróticas" e o cinema pornô atual que achei bem anacrônicas, desnecessárias... houve comentários também em relação a qualidade técnica da imagem, som, história do "Coisas Eróticas" que me parecem descabidas: filme de baixo orçamento, com cenas de sexo explícito - é de se perguntar se a idéia do diretor e demais envolvidos era fazer um filme para ganhar prêmios ou.... não dá para saber, isso não foi abarcado pelo documentário --'. Apesar disso, é bem interessante de ver que cenas de penetração e sexo oral são considerados "sexo explícito" - já que nas outras produções de cinema erótico brasileiro tinha de tudo..
Apenas Deus Perdoa
3.0 630 Assista AgoraÓtimo! segue na linha de crueza em interface com situações delitivas e violentas que o diretor vem trabalhando. Dessa vez tem ainda uma relação bem complicada e incestuosa entre a mãe e seus dois filhos que é um prato cheio pra Psicologia. hahah
Queda Livre
3.6 591Bem massa o filme! demonstra bem como noções causais entre gênero e prática sexual são perversas e violentas. A não-aceitação reiterada entre alguns personagens mostrou bem como se é necessário discutir e problematizar gênero e sexualidade visando uma sociedade mais inclusiva.
Pornô!
3.1 25A segunda parte, "O Prazer da Virtude", tem conteúdos e códigos masoquistas e fetiches bem interessantes de se analisar! e a última parte, do Gafanhoto, é bem curiosa também. Poderia ser um curta à parte, meio realista-fantástico.
Boi Neon
3.6 460 Assista AgoraMuito legal! problematiza o exercicio de masculinidade e algumas questões de gênero no cotidiano das personagens. Tem algumas cenas bem erotizadas, também, muito bom!
Para Minha Amada Morta
3.5 95 Assista AgoraAchei o filme muito bom. Ele é todo perpassado pela forma que o Fernando (personagem) vai tentando elaborar os sentimentos pela esposa - e de quebra, repensando ele mesmo, o relacionamento de ambos, os amores, trocas, experiencias.. o filme como um todo tem uma atmosfera inquietante, onde tudo parece seguro por apenas um fio.. muito legal!
Olmo e a Gaivota
3.9 149Muito bom! aborda várias questões envolvendo as noções de maternidade, de paternidade, o cotidiano do casal e as implicações diferentes que cada um/a possui. Mostra de forma bem inteligente e sensível as diferenças existentes e os fardos que cada pessoa no casal recebe e lida com isso. Reforça a necessidade de uma maior discussão de gênero e arranjos conjugais que abarquem a complexidade que uma gestação possui.
A Floresta de Jonathas
2.7 16Achei muito legal a maneira como o filme consegue te captar e lançar para dentro da trama; a floresta tem um som praticamente hipnotizante, e a trama consegue ser mais complexa e densa do que se apresenta a um olhar mais superficial.