Que filme horrível. O Abel Ferrara deveria ser proibido de colocar grandes diretores e associa-los a ele; o filme distorce a vida de Pasolini, não aborda inúmeras questões que a obra cinematográfica dele propõe e ainda deixa a maioria dos diálogos em inglês. Como em um comentário abaixo, não duvido do Willem Dafoa como ator, mas poxa. Que horror de assistir.
O filme é bem autônomo no sentido de apresentar um mundo, uma visão e momento na vida de uma personagem e as relações com ela estabelecidas com o ambiente a sua volta; como uma pessoa atormentada (por dores, remorsos, arrependimentos, dúvidas) os silêncios do filme, aliados com as imagens da enorme São Paulo - que, por sinal, é tão presente e concreta, construída sobre várias histórias que passam, como numa das passagens do filme, "mudas e esquecidas": seja um cemitério clandestino, seja um cemitério indigiena, é interessante refletir em quanto se é apagado com construções tão grandes e justa/sobrepostas de nossas cidades - e a maneira como esses questionamentos vão atravessando a/s vida/s da/s personagens me pareceu bem instigante e sincera: são de processos em processos que vamos permanentemente se construindo, que uma memória coletiva é fabricada - como uma Obra.
Muito bom o filme! ao contrário de alguns comentários, eu acredito que deu para ver muita coisa de Porto Alegre e a mentalidade e forma que as pessoas que moram na cidade lidam com assuntos como familia, sexualidade.. achei que o filme acertou com a forma de lidar com essas questões, demonstrando o quanto a pedagogia do "macho" é falha e abusiva, sem falar que nos faz pensar em vários processos e em modos de viver. Além disso, mesmo com algumas escorregadas em algumas cenas e enquadres, o filme ficou bem feito e bem produzido, muito bom.
O filme passa uma mensagem enviesada e sensacionalista de uma questão mais complicada e delicada; as personagens reiteram noções fantasiosas e mal apropriadas de assuntos como drogas, família, trabalho, amizades - enfim, é muito fraco. Sem falar que a relação mãe-filho é passível de uma análise psicológica pertinente, posto que é de uma simbiose.. o filho com mais de 30 anos e parece que tem 12 e a mãe é retratada como apática, apagada e punitiva - de um jeito ressentido, sabe? Não à toa o filme ganhou o prêmio de 2015 do festival de cinema cristão: sutilmente várias noções pregadas por algumas igrejas são transversais. Algumas cenas e edição do filme foram boas (bem tecnicamente falando), mas a história, atuações... tem cenas muito violentas, com criminalização e uso abusivo de estereótipos dos mais variados. Bem normativo e não se mostrando aberto a visões de mundo diferentes da família tradicional reunida no domingo para a missa, com cidadãos de bem indo trabalhar habitando um mundo mágico e ideal.
Muito bom! assistindo a 'Trilogia da Vida Real' foi uma experiencia bem prazerosa. Recomendo que vejam os filmes em sequencia, pois os filmes se completam - são um só, se se quiser. Ótimo!
Achei o documentário bem interessante no sentido de trazer bastantes referencias e as interfaces da dramaturgia de Plínio Marcos (com o cinema, principalmente - e com a música, muito próximo ao samba e ao carnaval). Porém, senti falta de maior atenção à obra de Plínio e a sua história, bem como nas reflexões potentes que o teatro dele proporciona. Nas vezes que ele fala no documentário (em entrevistas na televisão, ou em casa) muitas idéias que surgem são bem interessantes, mas tem pouco tempo de aparecimento e, consequente, acabam sendo pouco desenvolvidas.
[ mulher branca classe média - mulher parda trabalho aos 11 anos
mulher classe baixa - mulher negra classe baixa ]
- mulher rica classe alta urbana - mulher negra classe rural: amigas, cresceram juntas - e o ressentimento, tão forte, tá dilacerante:
—->>>> como um conceito SUBMISSÃO PATROA>DOMÉSTICA aparece em tantas configurações; ainda que se altera renda, cor, escolaridade, gênero ~~ adicionar [e… e… e.. e..] ~~~ essa configuração é uma perspectiva que organiza-as de forma a se manterem coesas as diferenças:
> partilha do sensível<<<<< rancièrito
Outro dado de constatação: há um homem-doméstica.
{mas
não
____se_-
desesperem———————————————————————–> ele tem status de “PET”:
(tipo cachorrinho de estimação, bichinho que tá, dócil, quietinho: bichinhozinho) …. mas na relação mulher-mulher: não.
E tantas histórias sofridas.. muita sinceridade concentrada - faz qualquer corpo se contrair: de co-responsabilidade.
Confesso que de início achei que o filme seria ruim, ou melhor: começou com uma idéia interessante, porém tinha ficado torto, impregnado, pesado: as atuações das pessoas candidatas aos cargos de vereadores eram muito estereotipadas; e isso, confesso, de início, quase me fez parar de ver o filme, já achando que nada teria de novo nas atuações e modo de organização das estruturais políticas - quais sejam: partido, sentido de voto, financiamento, herança, nome, dinheiro...até que notei a relação entre as pessoas quando mediadas pela sua cor. O que me pareceu foi que tudo isso acima citado visava um fim: poder e dominação - e não dominação de todas as pessoas: mas de pessoas brancas sobre pessoas não-brancas. no fim, eu percebi que o sistema político-eleitoral, a estrutura política partidária, o voto, algumas pessoas envolvidas na campanha... em suma, todas as pessoas retratadas ali e envolvidas na disputa do cargo para vereador tinham algum traço de cinismo, sadismo, perversão, sabe? egocentrismo meio sem noção das coisas, psicóticas.
Que vocês acham? posso estar falando alguma besteira muito grande e absurda - e, dai peço desculpas, mas, realmente, foi a impressão que me deu.
Esse documentário só reforça o ideal conservador que Padilha tem - e também incorpora as críticas ao Tropa de Elite: o documentário inteiro culpabiliza a vítima (o Sandro), mostra visões e opiniões sobre a atuação policial feita por policiais (os quais disseram que a atuação da polícia foi boa - menos nos erros absurdamente óbvios) e ainda conta com a propagação de ideologias e teorias totalmente truístas. Além disso, o Sandro é completamente apagado, salvo em raros exceções; não só, são feitas críticas ao governo pelas ações desastrosas da polícia (pra variar), apesar do policial ter dado um tiro na cara da Geína, ter sido muito afobado e depois matado o Sandro sufocado dentro da viatura tendo 3, 4 policiais ali!! enfim, esse documentário é interessante para poder pensar e problematizar o pensamento conservador que se tem sobre a polícia (sua atuação, usos, funções) e também as visões de senso-comum bem reacinhas; e, de brinde, ficar ligado nas próximas realizações do Padilha.
O documentário é bem conservador, apresentando uma visão romanceada de papel e função da polícia, inculcando nas pessoas uma ideologia de trabalho absurdas. Bem complicado, mas dá para ver bem como xs apoiadorsx da Globo pensam sobre as coisas que fazem.
Uma bela compilação de pensamentos, atitudes e teorias sobre o Brasil; dá para ver todos os reaça, a formadeles pensarem e as consequencias das ações - bem como perceber algumas bases dos problemas atuais! muito bom :)
Pasolini
3.2 37 Assista AgoraQue filme horrível. O Abel Ferrara deveria ser proibido de colocar grandes diretores e associa-los a ele; o filme distorce a vida de Pasolini, não aborda inúmeras questões que a obra cinematográfica dele propõe e ainda deixa a maioria dos diálogos em inglês. Como em um comentário abaixo, não duvido do Willem Dafoa como ator, mas poxa. Que horror de assistir.
Obra
3.0 48O filme é bem autônomo no sentido de apresentar um mundo, uma visão e momento na vida de uma personagem e as relações com ela estabelecidas com o ambiente a sua volta; como uma pessoa atormentada (por dores, remorsos, arrependimentos, dúvidas) os silêncios do filme, aliados com as imagens da enorme São Paulo - que, por sinal, é tão presente e concreta, construída sobre várias histórias que passam, como numa das passagens do filme, "mudas e esquecidas": seja um cemitério clandestino, seja um cemitério indigiena, é interessante refletir em quanto se é apagado com construções tão grandes e justa/sobrepostas de nossas cidades - e a maneira como esses questionamentos vão atravessando a/s vida/s da/s personagens me pareceu bem instigante e sincera: são de processos em processos que vamos permanentemente se construindo, que uma memória coletiva é fabricada - como uma Obra.
Beira-Mar
2.7 454Muito bom o filme! ao contrário de alguns comentários, eu acredito que deu para ver muita coisa de Porto Alegre e a mentalidade e forma que as pessoas que moram na cidade lidam com assuntos como familia, sexualidade.. achei que o filme acertou com a forma de lidar com essas questões, demonstrando o quanto a pedagogia do "macho" é falha e abusiva, sem falar que nos faz pensar em vários processos e em modos de viver.
Além disso, mesmo com algumas escorregadas em algumas cenas e enquadres, o filme ficou bem feito e bem produzido, muito bom.
Uma Nova Amiga
3.7 120 Assista AgoraLibertador!
Metanoia
3.0 45Nossa, a cena dele perto do final ameaçando a mãe é ridícula e mal-intencionada.
Metanoia
3.0 45O filme passa uma mensagem enviesada e sensacionalista de uma questão mais complicada e delicada; as personagens reiteram noções fantasiosas e mal apropriadas de assuntos como drogas, família, trabalho, amizades - enfim, é muito fraco. Sem falar que a relação mãe-filho é passível de uma análise psicológica pertinente, posto que é de uma simbiose.. o filho com mais de 30 anos e parece que tem 12 e a mãe é retratada como apática, apagada e punitiva - de um jeito ressentido, sabe?
Não à toa o filme ganhou o prêmio de 2015 do festival de cinema cristão: sutilmente várias noções pregadas por algumas igrejas são transversais. Algumas cenas e edição do filme foram boas (bem tecnicamente falando), mas a história, atuações... tem cenas muito violentas, com criminalização e uso abusivo de estereótipos dos mais variados. Bem normativo e não se mostrando aberto a visões de mundo diferentes da família tradicional reunida no domingo para a missa, com cidadãos de bem indo trabalhar habitando um mundo mágico e ideal.
Hector
2.9 3 Assista AgoraMuito bom! assistindo a 'Trilogia da Vida Real' foi uma experiencia bem prazerosa. Recomendo que vejam os filmes em sequencia, pois os filmes se completam - são um só, se se quiser. Ótimo!
Toro
3.1 4 Assista AgoraMuito bom! ainda mais tendo visto a primeira parte: Insubordinados. O filme tem bons momentos de suspense, de tensão - um filme bem legal.
Insubordinados
2.7 9 Assista Agoraótimo filme! muito bem feito, bem produzido - e com uma história muito instigante e sensível.
Nas quebradas do mundaréu: a viagem de Plínio Marcos
3.8 1Achei o documentário bem interessante no sentido de trazer bastantes referencias e as interfaces da dramaturgia de Plínio Marcos (com o cinema, principalmente - e com a música, muito próximo ao samba e ao carnaval). Porém, senti falta de maior atenção à obra de Plínio e a sua história, bem como nas reflexões potentes que o teatro dele proporciona. Nas vezes que ele fala no documentário (em entrevistas na televisão, ou em casa) muitas idéias que surgem são bem interessantes, mas tem pouco tempo de aparecimento e, consequente, acabam sendo pouco desenvolvidas.
Doméstica
3.8 124Várias situações: doméstica é rizovalente
[ mulher - mulher
[ mulher branca classe média - mulher parda trabalho aos 11 anos
mulher classe baixa - mulher negra classe baixa ]
- mulher rica classe alta urbana - mulher negra classe rural: amigas, cresceram juntas - e o ressentimento, tão forte, tá dilacerante:
—->>>> como um conceito SUBMISSÃO PATROA>DOMÉSTICA aparece em tantas configurações; ainda que se altera renda, cor, escolaridade, gênero ~~ adicionar [e… e… e.. e..] ~~~ essa configuração é uma perspectiva que organiza-as de forma a se manterem coesas as diferenças:
> partilha do sensível<<<<< rancièrito
Outro dado de constatação: há um homem-doméstica.
{mas
não
____se_-
desesperem———————————————————————–> ele tem status de “PET”:
(tipo cachorrinho de estimação, bichinho que tá, dócil, quietinho: bichinhozinho) …. mas na relação mulher-mulher: não.
E tantas histórias sofridas.. muita sinceridade concentrada - faz qualquer corpo se contrair: de co-responsabilidade.
Vocação do Poder
3.8 8 Assista AgoraConfesso que de início achei que o filme seria ruim, ou melhor: começou com uma idéia interessante, porém tinha ficado torto, impregnado, pesado: as atuações das pessoas candidatas aos cargos de vereadores eram muito estereotipadas; e isso, confesso, de início, quase me fez parar de ver o filme, já achando que nada teria de novo nas atuações e modo de organização das estruturais políticas - quais sejam: partido, sentido de voto, financiamento, herança, nome, dinheiro...até que notei a relação entre as pessoas quando mediadas pela sua cor.
O que me pareceu foi que tudo isso acima citado visava um fim: poder e dominação - e não dominação de todas as pessoas: mas de pessoas brancas sobre pessoas não-brancas. no fim, eu percebi que o sistema político-eleitoral, a estrutura política partidária, o voto, algumas pessoas envolvidas na campanha... em suma, todas as pessoas retratadas ali e envolvidas na disputa do cargo para vereador tinham algum traço de cinismo, sadismo, perversão, sabe? egocentrismo meio sem noção das coisas, psicóticas.
Que vocês acham? posso estar falando alguma besteira muito grande e absurda - e, dai peço desculpas, mas, realmente, foi a impressão que me deu.
O Anjo Embriagado
4.0 36 Assista AgoraMe lembrou do "Accattone" do Pasolini!
Ônibus 174
3.9 297Esse documentário só reforça o ideal conservador que Padilha tem - e também incorpora as críticas ao Tropa de Elite: o documentário inteiro culpabiliza a vítima (o Sandro), mostra visões e opiniões sobre a atuação policial feita por policiais (os quais disseram que a atuação da polícia foi boa - menos nos erros absurdamente óbvios) e ainda conta com a propagação de ideologias e teorias totalmente truístas. Além disso, o Sandro é completamente apagado, salvo em raros exceções; não só, são feitas críticas ao governo pelas ações desastrosas da polícia (pra variar), apesar do policial ter dado um tiro na cara da Geína, ter sido muito afobado e depois matado o Sandro sufocado dentro da viatura tendo 3, 4 policiais ali!! enfim, esse documentário é interessante para poder pensar e problematizar o pensamento conservador que se tem sobre a polícia (sua atuação, usos, funções) e também as visões de senso-comum bem reacinhas; e, de brinde, ficar ligado nas próximas realizações do Padilha.
5x Pacificação
3.0 18O documentário é bem conservador, apresentando uma visão romanceada de papel e função da polícia, inculcando nas pessoas uma ideologia de trabalho absurdas. Bem complicado, mas dá para ver bem como xs apoiadorsx da Globo pensam sobre as coisas que fazem.
O Homem Que Não Estava Lá
4.0 229 Assista AgoraMuito legal o filme, apesar de um pouquinho parado;. ainda assim, é muito bem feito :)
Cronicamente Inviável
4.0 140Uma bela compilação de pensamentos, atitudes e teorias sobre o Brasil; dá para ver todos os reaça, a formadeles pensarem e as consequencias das ações - bem como perceber algumas bases dos problemas atuais! muito bom :)