Po galera, o filme ficou tri massa; lembra um pouco uma vibe dos filmes do Cronemberg (ExistenZ, Videodrome). Tem uns momentos mais protocolares, vdd - mas né: tem uma ideia legal, não rola votar com menos de 3,5
Po galera, o filme ficou tri massa; lembra um pouco uma vibe dos filmes do Cronemberg (ExistenZ, Videodrome). Tem uns momentos mais protocolares, vdd - mas né: tem uma ideia legal, não rola votar com menos de 3,5
Esse filme é o cúmulo da metafisica-teologica européia e toda sua modernidade; um absurdo o estupro da menina ter ficado por isso mesmo. exemplo de etnocentrismo, racismo e misoginia
Gosto dos filmes dele! conseguem ser sinceros, sucintos e profundos - eu tenho a sensação de que tudo ali tá sempre em um limiar, tocando no âmago das questões, sem deixar nada passar ou ficar solto. Me chama muito a atenção, também, como toda essa sutileza e sensibilidade conseguem ser bem trabalhadas, não ficando sem ritmo ou com uma tentativa de originalidade... daqueles filmes que conseguem ser ótimos, leves, incisivos e sinceros - tudo isso com uma espontaneidade muito particulares!
Achei o filme um bom dispositivo para se pensar como se constroem formas de resistência e ação política. Feito em 1969, o filme remete instantaneamente aos períodos das ditaduras latino-americanas (aqui no Brasil desde 1964) e na Argentina em 1978. Os questionamentos em relação as possibilidades de se resistir quando a maioria das pessoas parece quieta frente as mudanças, as formas dessa resistência, seus sacrifícios e vitórias...não é à toa que o filme foi quase destruído pela ditadura argentina, uma vez que ele propõe, mesmo frente às condições mais árduas, redes de esperança e luta. Além disso, usar o cenário de Buenos Aires como Aquilea foi uma bela sacada; se ficciona a realidade, não se descola a situação de invasão de um plano concreto para uma realidade distópica, mas se deixa bem marcado que as possibilidades de mudanças, suas lutas, negociações, resistências e avanços se dão no presente, incessantemente.
O filme passa muito a impressão de que o Manoel pensou sobre si para fazer o documentário; de que não são só confissões e opiniões individuais ditas de forma irresponsável - mas declarações bem específicas, cuja intenção do diretor de querer transmiti-las, registradas e guardá-las se faz presente. A imagem da casa como espaço para essas declarações também é interessante e uma questão bem particular dele. Entretanto, também se fazem presentes algumas noções tradicionais em relação a gênero. Em alguns momentos me lembrou um pouco o estilo de imagem do Peter Greenaway, também :}
O filme é um desdobramento do curta de 2013, "Tremor"; achei o curta mais interessante e instigante que o longa, talvez por conta do argumento: acho bom para um curta, mas não me parece muito motivante para um longa; ainda assim, acredito que de maneira geral o longa permite pensar algumas limitações em relação à forma de filmar e os posicionamentos que a câmera pode assumir. A história, que no curta ficou ótima, no longa pareceu se desenrolar de maneira mais lenta e um pouco repetitiva. Se, por um lado, se é convidado a acompanhar o Elon e seus itinerários - e disso resulta essa atmosfera sufocante e tediosa da personagem que justifica e motiva todo o enredo - por outro pode também dar uma sensação de tédio no/a espectador/a - o qual, não estando informado/a das motivações do filme pode achar meio chato. Seria interessante para o diretor ficar atento a esse método de filmagem; ele é bom, mas em excesso fica-se com a sensação de que promete muito e não cumpre.
Acho sempre interessante ter filmes que de certa forma trabalhem questões do próprio fazer cinematográfico - nessa linha metalinguistica; porém, achei meio solto a concretização dessa proposta nesse filme. Ficou legal, ficou interessante - mas também com uma leve sensação de mediocridade para oferecer uma reflexão mais contundente. Por um lado, por que já se tem filmes que trabalham bem sobre isso (como "Moscou", do Eduardo Coutinho, no Brasil); por outro, acredito que se for se fazer uma proposta dessas bá, a pessoa tem que saber beeeeeeem o que tá fazendo.
Acho que o documentário propõe várias questões; ao tomar o deserto como território do filme, esse figura não como um local unívoco e estéril, mas é atravessado por diferentes dimensões: dimensões espirituais, expiatórias, de rastros, de memória, provação, esquecimento, morte... é tenso pensar em como não se vem as pessoas que atravessam o deserto para chegar até a fronteira - só se escuta suas vozes; se, por um lado, de certa forma isso universaliza aquelas falas, a falta de materialidade corporal desses/as migrantes pode torná-los, mais uma vez, sem rostos, esquecidos.. e ao deserto, que apaga seus rastros; são apenas calças, moletons, garrafas d'água, mantas, mais nada - e as próprias pegadas o deserto vai engolindo e apagando. Fico a pensar quantas vidas ali não passaram e agora ficam sem registro. Esse deserto parece, em alguns casos, uma metáfora existencial desses/as migrantes.
Que filme lindo! leve, sensível, sincero.. é um retrato cotidiano muito particular e íntimo, com as personagens todas sendo apresentadas e desenvolvidas com tanta sutileza que se torna difícil não ver a beleza que há nos nossos embates cotidianos... boa demonstração de que a beleza prescinde de grandiosidade e grandes cenas e ações - às vezes, a beleza está no nosso dia a dia, nas pequenas relações e espaços nos quais cdesenrolamos nossa vida.
Acho que é um filme que traz um sutil apelo de retorno à ordem. Ordem, nesse sentido, das que quer tudo no seu devido lugar: cinema? para diretores; arte? para artistas. Não é por menos que um estilista tenha sido alçado a "artista" e a moda a uma expressão de arte somente quando aproximada seu modo de fazer à lógica da Pintura: um mestre e seus aprendizes; um propósito e uma arte secreta, guardada e exercida por poucos... não só, o dilema entre "imagem de película" vs. "imagem de vídeo", embora interessante, acho que aqui é apresentada de forma equivocada: antes de ser o vídeo uma grande ameaça ao cinema, como se viesse substituir toda uma forma de composição cinematográfica, acredito que nessa oposição a sua superação é mais simples do que se imagina: mais vale essa oposição ser superada quando enfocada enquanto um desdobramento interno do cinema do que como um novo paradigma de arte.
Achei muito interessante esse filme. Em especial, algumas coisas: a mudança na vida dela se dar conta das diferentes formas de se viver, os modos de ser-em-comum e de experiencia coletiva que estamos mantendo; a alta classe vivendo em uma bolha e os seus "mais bem intencionados" retirando as pessoas da extrema pobreza à pobreza: ainda que tenha uma mudança, é sempre regulada - e os privilégios, restritos a uma alta classe, mantidos. E da mudança dela, quando ela parece se arrancar de uma redundante proposição de existência, logo logo se vem os mecanismos de normalização e controle: judiciário, psiquiatria e religião. Não é à toa que estão todos juntos, tentando achar uma "doença" (e desde quando a psiquiatria trata de saúde e doença? é mais uma forma de controle do comportamento - e nesse filme isso fica evidente) que explique o que para eles não faz sentido: que ela tenha eleito, para si, uma nova forma de viver, que tenha reorganizado a sua experiencia de vida e que essa, por fim, não seja pautada por valores "universais": egoismo e exploração de muitos para benefício de poucos. Um dos filmes mais políticos que já vi!
Nunca tinha visto um filme com tamanho uso de closes, antes; de forma geral, ajuda a dar um clima de estreiteza, de sufocamento.. e, considerando a atmosfera do filme e as formas de relacionamento entre as personagens, o recurso dos closes potencializam muito bem muitas das personagens: medíocres, mesquinhas, sufocando com essa mesquinhez tudo ao redor.
Mouchette é uma expressão do desamparo. É como se tudo ao redor dela fosse tão indiferente, tão potencialmente cruel, por desdém, que qualquer frase, olhar, gesto direcionado a ela comporta em si um desprezo, um desagrado. E, ainda assim, vê-se uma vontade de viver, de insistir, de esperança (a qual, aliás, canta-se..)
Senti falta de um questionamento e problematização mais responsável em relação à cena de estupro que acontece no filme; se por um lado é essa cena que serve de motivo de desenvolvimento do filme, por outro o estupro fica de certa forma relevado, e o restante do filme fica mais como um "acerto de contas entre homens". Fora isso, há algumas cenas e passagens bem instigantes.
É preciso ficcionar a realidade para que se torne realidade, sendo cada forma de arte, antes da fruição e entretenimento,uma proposta de mundo; uma proposta de organização da experiência sensível coletiva. Os desdobramentos envolvndo tanto os nativos da ilha, quanto as pessoas do continente, evocam diferentes ficções, diferentes formas de habitar e viver em conjunto - diferentes artes a ser apresentadas; e, longe de ver a vitória de uma a outra, de seu embate surge outra via, mescla das contradições de uma e outra.
O Cláudio Assis parece que tem como orientação fazer com que seus filmes mostrem o "labo B" do ser humano. as imagens do filme parecem todas soltas, não tendo necessariamente uma relação com as anteriores - bem como as personagens; parece que tudo tá ali por acaso, em suspenso, se mantendo do jeito que dá.
Achei legal a forma como o diretor se utilizou de imagens de arquivo, jornais e fotografias para construir essa narrativa histórica. Acho que apresenta um panorama legal da época e tem críticas bem interessantes.
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraQue linda a relação do Haku com a Chihiro. É de chorar
Porta Para o Inferno
1.8 18Podia se rmelhor se a temática dos portões fossem mais desenvolvidas e o protagonista não fosse tão frouxo, meu deus
Morgue Story: Sangue, Baiacu e Quadrinhos
3.8 45 Assista AgoraLegal, mas po podia ser menos androcentrico
Arcade: Você Vai Entrar Nesse Jogo
1.8 18 Assista AgoraPo galera, o filme ficou tri massa; lembra um pouco uma vibe dos filmes do Cronemberg (ExistenZ, Videodrome). Tem uns momentos mais protocolares, vdd - mas né: tem uma ideia legal, não rola votar com menos de 3,5
Arcade: Você Vai Entrar Nesse Jogo
1.8 18 Assista AgoraPo galera, o filme ficou tri massa; lembra um pouco uma vibe dos filmes do Cronemberg (ExistenZ, Videodrome). Tem uns momentos mais protocolares, vdd - mas né: tem uma ideia legal, não rola votar com menos de 3,5
Paisagem na Neblina
4.3 129Esse filme é o cúmulo da metafisica-teologica européia e toda sua modernidade; um absurdo o estupro da menina ter ficado por isso mesmo. exemplo de etnocentrismo, racismo e misoginia
Invasão Zumbi
4.0 2,0K Assista AgoraMuito bom! as personagens são bem construidas, a história também não deixa por menos - muito massa. E bom que tá na Netflix também :)
Na Praia à Noite Sozinha
3.6 68Gosto dos filmes dele! conseguem ser sinceros, sucintos e profundos - eu tenho a sensação de que tudo ali tá sempre em um limiar, tocando no âmago das questões, sem deixar nada passar ou ficar solto. Me chama muito a atenção, também, como toda essa sutileza e sensibilidade conseguem ser bem trabalhadas, não ficando sem ritmo ou com uma tentativa de originalidade... daqueles filmes que conseguem ser ótimos, leves, incisivos e sinceros - tudo isso com uma espontaneidade muito particulares!
Invasión
3.9 6Achei o filme um bom dispositivo para se pensar como se constroem formas de resistência e ação política. Feito em 1969, o filme remete instantaneamente aos períodos das ditaduras latino-americanas (aqui no Brasil desde 1964) e na Argentina em 1978. Os questionamentos em relação as possibilidades de se resistir quando a maioria das pessoas parece quieta frente as mudanças, as formas dessa resistência, seus sacrifícios e vitórias...não é à toa que o filme foi quase destruído pela ditadura argentina, uma vez que ele propõe, mesmo frente às condições mais árduas, redes de esperança e luta.
Além disso, usar o cenário de Buenos Aires como Aquilea foi uma bela sacada; se ficciona a realidade, não se descola a situação de invasão de um plano concreto para uma realidade distópica, mas se deixa bem marcado que as possibilidades de mudanças, suas lutas, negociações, resistências e avanços se dão no presente, incessantemente.
Visita ou Memórias e Confissões
4.1 7O filme passa muito a impressão de que o Manoel pensou sobre si para fazer o documentário; de que não são só confissões e opiniões individuais ditas de forma irresponsável - mas declarações bem específicas, cuja intenção do diretor de querer transmiti-las, registradas e guardá-las se faz presente. A imagem da casa como espaço para essas declarações também é interessante e uma questão bem particular dele. Entretanto, também se fazem presentes algumas noções tradicionais em relação a gênero. Em alguns momentos me lembrou um pouco o estilo de imagem do Peter Greenaway, também :}
Elon Não Acredita na Morte
2.8 65O filme é um desdobramento do curta de 2013, "Tremor"; achei o curta mais interessante e instigante que o longa, talvez por conta do argumento: acho bom para um curta, mas não me parece muito motivante para um longa; ainda assim, acredito que de maneira geral o longa permite pensar algumas limitações em relação à forma de filmar e os posicionamentos que a câmera pode assumir. A história, que no curta ficou ótima, no longa pareceu se desenrolar de maneira mais lenta e um pouco repetitiva. Se, por um lado, se é convidado a acompanhar o Elon e seus itinerários - e disso resulta essa atmosfera sufocante e tediosa da personagem que justifica e motiva todo o enredo - por outro pode também dar uma sensação de tédio no/a espectador/a - o qual, não estando informado/a das motivações do filme pode achar meio chato. Seria interessante para o diretor ficar atento a esse método de filmagem; ele é bom, mas em excesso fica-se com a sensação de que promete muito e não cumpre.
Vermelho Russo
3.5 42Acho sempre interessante ter filmes que de certa forma trabalhem questões do próprio fazer cinematográfico - nessa linha metalinguistica; porém, achei meio solto a concretização dessa proposta nesse filme. Ficou legal, ficou interessante - mas também com uma leve sensação de mediocridade para oferecer uma reflexão mais contundente. Por um lado, por que já se tem filmes que trabalham bem sobre isso (como "Moscou", do Eduardo Coutinho, no Brasil); por outro, acredito que se for se fazer uma proposta dessas bá, a pessoa tem que saber beeeeeeem o que tá fazendo.
El Mar la Mar
3.5 3 Assista AgoraAcho que o documentário propõe várias questões; ao tomar o deserto como território do filme, esse figura não como um local unívoco e estéril, mas é atravessado por diferentes dimensões: dimensões espirituais, expiatórias, de rastros, de memória, provação, esquecimento, morte... é tenso pensar em como não se vem as pessoas que atravessam o deserto para chegar até a fronteira - só se escuta suas vozes; se, por um lado, de certa forma isso universaliza aquelas falas, a falta de materialidade corporal desses/as migrantes pode torná-los, mais uma vez, sem rostos, esquecidos.. e ao deserto, que apaga seus rastros; são apenas calças, moletons, garrafas d'água, mantas, mais nada - e as próprias pegadas o deserto vai engolindo e apagando. Fico a pensar quantas vidas ali não passaram e agora ficam sem registro. Esse deserto parece, em alguns casos, uma metáfora existencial desses/as migrantes.
A Cidade Onde Envelheço
3.6 130 Assista AgoraQue filme lindo! leve, sensível, sincero.. é um retrato cotidiano muito particular e íntimo, com as personagens todas sendo apresentadas e desenvolvidas com tanta sutileza que se torna difícil não ver a beleza que há nos nossos embates cotidianos... boa demonstração de que a beleza prescinde de grandiosidade e grandes cenas e ações - às vezes, a beleza está no nosso dia a dia, nas pequenas relações e espaços nos quais cdesenrolamos nossa vida.
Identidade de Nós Mesmos
4.0 17Acho que é um filme que traz um sutil apelo de retorno à ordem. Ordem, nesse sentido, das que quer tudo no seu devido lugar: cinema? para diretores; arte? para artistas. Não é por menos que um estilista tenha sido alçado a "artista" e a moda a uma expressão de arte somente quando aproximada seu modo de fazer à lógica da Pintura: um mestre e seus aprendizes; um propósito e uma arte secreta, guardada e exercida por poucos... não só, o dilema entre "imagem de película" vs. "imagem de vídeo", embora interessante, acho que aqui é apresentada de forma equivocada: antes de ser o vídeo uma grande ameaça ao cinema, como se viesse substituir toda uma forma de composição cinematográfica, acredito que nessa oposição a sua superação é mais simples do que se imagina: mais vale essa oposição ser superada quando enfocada enquanto um desdobramento interno do cinema do que como um novo paradigma de arte.
Europa '51
4.1 26 Assista AgoraAchei muito interessante esse filme. Em especial, algumas coisas: a mudança na vida dela se dar conta das diferentes formas de se viver, os modos de ser-em-comum e de experiencia coletiva que estamos mantendo; a alta classe vivendo em uma bolha e os seus "mais bem intencionados" retirando as pessoas da extrema pobreza à pobreza: ainda que tenha uma mudança, é sempre regulada - e os privilégios, restritos a uma alta classe, mantidos. E da mudança dela, quando ela parece se arrancar de uma redundante proposição de existência, logo logo se vem os mecanismos de normalização e controle: judiciário, psiquiatria e religião. Não é à toa que estão todos juntos, tentando achar uma "doença" (e desde quando a psiquiatria trata de saúde e doença? é mais uma forma de controle do comportamento - e nesse filme isso fica evidente) que explique o que para eles não faz sentido: que ela tenha eleito, para si, uma nova forma de viver, que tenha reorganizado a sua experiencia de vida e que essa, por fim, não seja pautada por valores "universais": egoismo e exploração de muitos para benefício de poucos. Um dos filmes mais políticos que já vi!
Ninho Familiar
3.6 13Nunca tinha visto um filme com tamanho uso de closes, antes; de forma geral, ajuda a dar um clima de estreiteza, de sufocamento.. e, considerando a atmosfera do filme e as formas de relacionamento entre as personagens, o recurso dos closes potencializam muito bem muitas das personagens: medíocres, mesquinhas, sufocando com essa mesquinhez tudo ao redor.
Mouchette, a Virgem Possuída
4.0 58 Assista AgoraMouchette é uma expressão do desamparo. É como se tudo ao redor dela fosse tão indiferente, tão potencialmente cruel, por desdém, que qualquer frase, olhar, gesto direcionado a ela comporta em si um desprezo, um desagrado. E, ainda assim, vê-se uma vontade de viver, de insistir, de esperança (a qual, aliás, canta-se..)
O Silêncio do Céu
3.5 225 Assista AgoraSenti falta de um questionamento e problematização mais responsável em relação à cena de estupro que acontece no filme; se por um lado é essa cena que serve de motivo de desenvolvimento do filme, por outro o estupro fica de certa forma relevado, e o restante do filme fica mais como um "acerto de contas entre homens". Fora isso, há algumas cenas e passagens bem instigantes.
O Profundo Desejo dos Deuses
4.3 10É preciso ficcionar a realidade para que se torne realidade, sendo cada forma de arte, antes da fruição e entretenimento,uma proposta de mundo; uma proposta de organização da experiência sensível coletiva. Os desdobramentos envolvndo tanto os nativos da ilha, quanto as pessoas do continente, evocam diferentes ficções, diferentes formas de habitar e viver em conjunto - diferentes artes a ser apresentadas; e, longe de ver a vitória de uma a outra, de seu embate surge outra via, mescla das contradições de uma e outra.
Afogando em Números
3.8 28muito bom o filme! os filmes do dele são como mergulhos em pinturas - e esse isso é feito de forma tão singela e apaixonante!
Cinema Novo
3.9 54Muito bom; acredito que dá para se ter um bom balanço desse movimento por meio desse documentário.
Baixio das Bestas
3.5 397O Cláudio Assis parece que tem como orientação fazer com que seus filmes mostrem o "labo B" do ser humano. as imagens do filme parecem todas soltas, não tendo necessariamente uma relação com as anteriores - bem como as personagens; parece que tudo tá ali por acaso, em suspenso, se mantendo do jeito que dá.
35 - O Assalto ao Poder
4.0 2 Assista AgoraAchei legal a forma como o diretor se utilizou de imagens de arquivo, jornais e fotografias para construir essa narrativa histórica. Acho que apresenta um panorama legal da época e tem críticas bem interessantes.