Crianças são, dentre tantos atributos, fáceis de serem convencidas. Poucos argumentos são necessários e às vezes a lógica nem é a questão mais importante. Fato esse que explica o desapontamento dos já crescidos ao revisitarem alguns ícones que os divertiam no passado. O cérebro infantil é, antes de mais nada, uma esponja: quase toda informação nova é absorvida de imediato e eventuais alegorias só aceleram o processo. Os Muppets é um perfeito apontamento de que há conhecimento dessa tese, pois se aproveita de características próprias dos espectadores muito jovens para passar uma mensagem positiva. Uma tática que causa graça por ser efetiva no público a que se destina e ainda diverte adultos que assistem não só àquilo que funcionava consigo mesmos anos atrás, mas também à constatação de que o mecanismo ainda tem resultado nos pequenos.
Em 2006, Happy Feet: O Pinguim iniciou a história de Mano nas telas com uma trama de claro conflito: um pinguim cujo único talento é sapatear acaba tendo problemas com sua tribo de pinguins cantores, que não o aceitam pelo que ele é. Partindo deste pano de fundo, a animação aproveitou para se utilizar de números musicais diversos e coreografias mirabolantes para deixar seus espectadores deslumbrados. O resultado de tudo, que também incluía uma moral ecológica que colocava os seres humanos em cheque, resultou no Oscar de Melhor Animação um ano depois. Agora em 2011, um ano particularmente fraco para as animações (a Pixar que o diga), o filme se transforma em uma série com Happy Feet 2, em 3D, para tentar repetir o feito – além de ganhar mais dinheiro, é claro.
Na última década, a juventude – em especial, os adolescentes – mudou a demanda da indústria cultural. Com o surgimento da série Harry Potter e a adaptação para os cinemas da trilogia O Senhor dos Anéis, os jovens se tornaram o principal público-alvo. Não é à toa que todas as dez maiores bilheterias mundiais da história do cinema, segundo o site Box Office Mojo, são focadas nessa faixa etária (à exceção, talvez, de Titanic).
A analogia é quase inevitável: Assim como aconteceu com Jogos Mortais, a franquia Atividade Paranormal teve início no meio independente e foi rapidamente absorvida pela indústria, criando assim fôlego financeiro e comercial para a rápida produção de sequências. Porém, enquanto a saga do assassino Jigsaw já chegou ao sétimo (!) capítulo, a história das irmãs atormentadas por uma misteriosa entidade sobrenatural tem em Atividade Paranormal 3 um prelúdio à história dos dois filmes anteriores, que por sua vez acontecem de forma mais ou menos simultânea no contexto da história.
Não seria propriamente uma posição preconceituosa, mas, sim, reservada. Uma sinopse que apresente como argumento principal um grupo de jovens que passa por inúmeras experiências importantes em conjunto pode, em uma escassez de informações, passar a ideia de um grande e frustrante episódio da Malhação. O primeiro ato de Os 3, contudo, já prova ser uma feliz constatação do contrário. E os atos seguintes vêm para exemplificar como colocar personagens adolescentes em campo.
Diferenças sociais não são assunto novo. Inúmeras abordagens sobre tal problemática já foram feitas e as variações estão longe de acabar. E são as ramificações desse conflito que abalam as estruturas de qualquer sistema que busque promover a convivência entre próximos (mesmo que tão distintos) e o sustento comunitário. Má distribuição de poder e renda, questões éticas, burocráticas e religiosas formam o subdesenvolvimento que acompanha o crescimento da população e a alocação desta. O Preço do Amanhã é uma elevação do item-chave para o início de diálogos sobre o tema que, quando rasos, descartam todas as outras variantes da equação; assim como faz o filme.
“Não somos cariocas nem paulistas, somos de Brasília”. A frase dita pelo vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, é a definição das bandas que surgiram na capital do país, no fim dos anos 70. O eixo Rio-São Paulo sempre foi taxado como o centro das atenções e das novidades que surgem no Brasil. Porém, ao longo da década de 80, a história musical – o rock nacional, mais precisamente – começou em Brasília.
Em um futuro próximo, o boxe como é conhecido atualmente não mais existe. Justamente pelas limitações da condição humana, os espectadores cansaram de assistir a homens lutando. Com o aperfeiçoamento da robótica, surge a possibilidade de se quebrar essa barreira, inovando o esporte e reconquistando o público. Nasce, então, o boxe entre robôs.
Atire a primeira pedra quem nunca fez cara de “me gusta” e pose de vidente ao final de uma comédia romântica. A verdade deste fato é tão óbvia quanto o desenlace de um filme do gênero. O pior é que, para piorar, houve o tempo em que só o desenlace era premeditado. Como se não fosse o bastante, Qual é o Seu Número prova que esta era já se passou e, agora, todo o esqueleto da história já está batido e nem mesmo as situações que o envolvem e o movimentam se salvam.
Guillermo del Toro tem a sua filmografia reconhecida por filmes calcados na fantasia e horror. Quando o mesmo não os dirige, atua como produtor. Na maioria dos casos, são obras bem sucedidas em suas intenções. Infelizmente não é o caso de Não Tenha Medo do Escuro.
Exemplar mais recente da virtualmente infindável onda de remakes em que Hollywood vem navegando nos últimos anos, A Hora do Espanto tem a seu favor o fato de que, vinte e seis anos após o lançamento do original, uma parcela significativa do público potencial desconhece a mitologia da breve série (o filme teve uma sequência em 1989). Em sua versão da obra, o diretor Craig Gillespie, dos inexpressivos Em pé de guerra e A Garota Ideal não economiza no sangue, mas peca pela quase completa ausência de suspense, mesmo em cenas que parecem ter sido planejadas para esse fim.
Em certas ocasiões, filmes se dão ao direito de revisitarem estilos do passado para mostrarem o grau de solidez de produtos eternizados. Nesta viagem, uma tênue linha separa aquilo que o espectador entenderá como opção criativa ou clichê. E levando em consideração que o que se vê na tela é o que vale, e não a intenção do diretor, estes dois posicionamentos bem ou mal estarão próximos. Drive é um perfeito exemplo desta ocasião.
Há alguns anos (ok, vários), costumava ser reprisado na “Sessão da Tarde” e congêneres um filme chamado Espião Por Engano, no qual um jovem inconsequente acabava se tornando um agente secreto no desenrolar de uma confusão rocambolesca típica do começo dos anos 90. Talvez não tenha sido a intenção do diretor John Singleton ao assumir a trama de Sem Saída, mas o resultado final de seu trabalho provavelmente tem mais a ver com produções como a citada acima do que com abordagens modernas do tema como série Bourne ou mesmo o reboot recente das aventuras de James Bond.
Que o gênero terror/horror sempre foi solo fértil para franquias que duram décadas, é senso comum. Filme após filme, em sequências infindáveis, observamos como estas tentam sempre repetir a fórmula que as lançou e, no percurso, acabam desgastando o enredo que um dia foi original. Porém, ressuscitar tais franquias perdidas com filmes feitos com um pouco mais de esmero e planejamento tem estado em voga recentemente em Hollywood. Para a felicidade de fãs, críticos e, obviamente, das produtoras, podemos citar nesta lista de bem quistos salvadores, por exemplo, Pânico 4 e o mais recente Premonição 5.
Ao nos atentarmos para a premissa, não é nem um pouco difícil supor que Cowboys & Aliens seria problemático. Tudo bem, a ideia de misturar ficção científica com faroeste é bacana. Mas é necessária uma breve pausa para observar quantos elementos discrepantes terão que ser fundidos em um único filme. E, a não ser que surja uma grande sacada de criatividade, é esperado (e comprovado) que a história tenha de recorrer a tantos clichês que sustentem um mínimo de identificação com os lastros de cada um dos gêneros mergulhados na mistureba.
Com um subtítulo vago como “O Filme”, qualquer espectador desavisado poderia pensar que Glee 3D seria uma versão para o cinema das histórias do seriado americano. Porém, se tratando de uma das mais famosas e rentáveis séries da atualidade, tais espectadores desavisados obviamente não são o público almejado. Todo fã incondicional de Glee sabe que o filme não é uma ficção, mas sim uma mistura de show com documentário, construída especificamente para agradá-los. E isso o faz com tamanha vontade que acaba por dar a volta e se tornar, por vezes, insuportável.
Produto mais recente das geralmente bem sucedidas experiências com a união do estilo do falso documentário – anteriormente mais restrito à comédia – com tramas tensas, o filme dirigido pelo espanhol Gonzalo Lopez-Gallego com producão do russo Timur Bekmambetov, conta a história da missão-título, oficialmente cancelada pela NASA, em uma trama sombria que ocasionalmente tropeça na própria austeridade.
Aconteceu com Nicolas Cage em meados dos anos 1990. Um ator altamente competente e respeitado – digno da confiança do público, pode-se dizer – vacilando em sua primeira escorregada. Guardadas as devidas proporções, é a situação de Wagner Moura em O Homem do Futuro. Não fica claro se o filme busca inovação ou apenas reencenar alguma trama de novela adicionando elementos de De Volta Para O Futuro e Efeito Borboleta. O resultado final, no entanto, peca por fracas atuações, composições pobres de cena e um enredo com lições que se anulam umas às outras.
Vez ou outra, é interessante que um princípio seja contado para justificar fatos sabidos. Não é o caso, entretanto, da série Planeta dos Macacos, cujo intuito em uma nova produção está mais em utilizar um título de peso para solidificar uma nova franquia com o público atual do que dar embasamento para os filmes iniciados no final da década de 60. Planeta dos Macacos: A Origem é um bom filme. Ótimo em alguns aspectos. Mas não prova ser necessário para a série.
Há 17 anos estreava o filme que viria a ser a maior animação tradicional do estúdio Walt Disney e um clássico incontestável da década de 90. Hoje em dia, é difícil que alguma pessoa minimamente informada não tenha assistido a pelo menos uma cena de O Rei Leão e conheça seus personagens. Com quase duas décadas completas, o longa dirigido por Rob Minkoff e Roger Allers retorna ao cinema para um curto período de exibição comercial, como forma de marketing para o vindouro lançamento em blu-ray. Há, porém, um chamariz dando atenção para um diferencial dessa versão em relação à original, de 1994: a conversão para 3D. E uma questão, então, é criada: vale a pena revisitá-la sob essa nova, digamos assim, percepção? Em relação ao filme em si, não há com o que se preocupar. A versão original do filme está lá, sem tirar nem pôr.
Comédias românticas podem ser uma faca de dois gumes para os diretores e atores que decidem se aventurar no gênero. De forma até certo ponto análoga ao contexto dos filmes de terror, trata-se de um segmento que tem espectadores cativos de onde ocasionalmente surge uma produção de destaque, mas que é recebido com nariz já previamente torcido por uma parcela significativa do público e crítica. Amor a Toda Prova (dos diretores Glenn Ficarra e John Requa, de O Golpista do Ano), embora não chegue a garantir uma vaga no seleto rol das obras que transcendem o controverso estilo, resiste aos clichês e apresenta personagens cativantes e mesmo surpreendentes reviravoltas em um enredo que à primeira vista pode parecer forçado.
Justin Timberlake está mesmo investindo na carreira como ator. E, a menos que se queira comprar briga com Mila Kunis (há quem vá entender), é melhor não contradizer isso. Mas não foi em Professora Sem Classe que o ex-N’Sync vai esticou as pernas. Seu personagem é fraco e sem graça e sua atuação pode usar destes mesmos adjetivos. Em contrapartida, Cameron Diaz entrega um bom e divertido trabalho para uma comédia que ganha mais com a sua presença do que com sua história.
Estreia neste fim de semana mais um blockbuster adaptado dos gibis de super-heróis da DC Comics, editora responsável pelos já adaptados Batman, Super-Homem, Constantine e Watchmen. A produção da vez é Lanterna Verde. Em comparação aos filmes supracitados (considerar os atuais de Superman e Batman), este é bem fraquinho.
Terrence Malick, o diretor e roteirista, criou 5 longas-metragens autorais ao longo dos últimos 38 anos. Da diferença desses números se constata o zelo com que ele trata sua filmografia, sugerindo que cada filme é cuidadosamente pensado e criado. Mas nunca antes, talvez exceto em Além da Linha Vermelha, isso foi verdade.
Os Muppets
3.3 847 Assista AgoraCrianças são, dentre tantos atributos, fáceis de serem convencidas. Poucos argumentos são necessários e às vezes a lógica nem é a questão mais importante. Fato esse que explica o desapontamento dos já crescidos ao revisitarem alguns ícones que os divertiam no passado. O cérebro infantil é, antes de mais nada, uma esponja: quase toda informação nova é absorvida de imediato e eventuais alegorias só aceleram o processo. Os Muppets é um perfeito apontamento de que há conhecimento dessa tese, pois se aproveita de características próprias dos espectadores muito jovens para passar uma mensagem positiva. Uma tática que causa graça por ser efetiva no público a que se destina e ainda diverte adultos que assistem não só àquilo que funcionava consigo mesmos anos atrás, mas também à constatação de que o mecanismo ainda tem resultado nos pequenos.
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Happy Feet: O Pinguim 2
3.2 419 Assista AgoraEm 2006, Happy Feet: O Pinguim iniciou a história de Mano nas telas com uma trama de claro conflito: um pinguim cujo único talento é sapatear acaba tendo problemas com sua tribo de pinguins cantores, que não o aceitam pelo que ele é. Partindo deste pano de fundo, a animação aproveitou para se utilizar de números musicais diversos e coreografias mirabolantes para deixar seus espectadores deslumbrados. O resultado de tudo, que também incluía uma moral ecológica que colocava os seres humanos em cheque, resultou no Oscar de Melhor Animação um ano depois. Agora em 2011, um ano particularmente fraco para as animações (a Pixar que o diga), o filme se transforma em uma série com Happy Feet 2, em 3D, para tentar repetir o feito – além de ganhar mais dinheiro, é claro.
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A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1
2.8 2,8K Assista AgoraNa última década, a juventude – em especial, os adolescentes – mudou a demanda da indústria cultural. Com o surgimento da série Harry Potter e a adaptação para os cinemas da trilogia O Senhor dos Anéis, os jovens se tornaram o principal público-alvo. Não é à toa que todas as dez maiores bilheterias mundiais da história do cinema, segundo o site Box Office Mojo, são focadas nessa faixa etária (à exceção, talvez, de Titanic).
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Atividade Paranormal 3
2.9 1,9K Assista AgoraA analogia é quase inevitável: Assim como aconteceu com Jogos Mortais, a franquia Atividade Paranormal teve início no meio independente e foi rapidamente absorvida pela indústria, criando assim fôlego financeiro e comercial para a rápida produção de sequências. Porém, enquanto a saga do assassino Jigsaw já chegou ao sétimo (!) capítulo, a história das irmãs atormentadas por uma misteriosa entidade sobrenatural tem em Atividade Paranormal 3 um prelúdio à história dos dois filmes anteriores, que por sua vez acontecem de forma mais ou menos simultânea no contexto da história.
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Os 3
3.4 561Não seria propriamente uma posição preconceituosa, mas, sim, reservada. Uma sinopse que apresente como argumento principal um grupo de jovens que passa por inúmeras experiências importantes em conjunto pode, em uma escassez de informações, passar a ideia de um grande e frustrante episódio da Malhação. O primeiro ato de Os 3, contudo, já prova ser uma feliz constatação do contrário. E os atos seguintes vêm para exemplificar como colocar personagens adolescentes em campo.
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O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraDiferenças sociais não são assunto novo. Inúmeras abordagens sobre tal problemática já foram feitas e as variações estão longe de acabar. E são as ramificações desse conflito que abalam as estruturas de qualquer sistema que busque promover a convivência entre próximos (mesmo que tão distintos) e o sustento comunitário. Má distribuição de poder e renda, questões éticas, burocráticas e religiosas formam o subdesenvolvimento que acompanha o crescimento da população e a alocação desta. O Preço do Amanhã é uma elevação do item-chave para o início de diálogos sobre o tema que, quando rasos, descartam todas as outras variantes da equação; assim como faz o filme.
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Rock Brasília – Era de Ouro
4.0 194“Não somos cariocas nem paulistas, somos de Brasília”. A frase dita pelo vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, é a definição das bandas que surgiram na capital do país, no fim dos anos 70. O eixo Rio-São Paulo sempre foi taxado como o centro das atenções e das novidades que surgem no Brasil. Porém, ao longo da década de 80, a história musical – o rock nacional, mais precisamente – começou em Brasília.
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Gigantes de Aço
3.7 2,5KEm um futuro próximo, o boxe como é conhecido atualmente não mais existe. Justamente pelas limitações da condição humana, os espectadores cansaram de assistir a homens lutando. Com o aperfeiçoamento da robótica, surge a possibilidade de se quebrar essa barreira, inovando o esporte e reconquistando o público. Nasce, então, o boxe entre robôs.
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Qual Seu Número?
3.3 1,4K Assista AgoraAtire a primeira pedra quem nunca fez cara de “me gusta” e pose de vidente ao final de uma comédia romântica. A verdade deste fato é tão óbvia quanto o desenlace de um filme do gênero. O pior é que, para piorar, houve o tempo em que só o desenlace era premeditado. Como se não fosse o bastante, Qual é o Seu Número prova que esta era já se passou e, agora, todo o esqueleto da história já está batido e nem mesmo as situações que o envolvem e o movimentam se salvam.
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Não Tenha Medo Do Escuro
2.8 857 Assista AgoraGuillermo del Toro tem a sua filmografia reconhecida por filmes calcados na fantasia e horror. Quando o mesmo não os dirige, atua como produtor. Na maioria dos casos, são obras bem sucedidas em suas intenções. Infelizmente não é o caso de Não Tenha Medo do Escuro.
A Hora do Espanto
3.0 1,3K Assista AgoraExemplar mais recente da virtualmente infindável onda de remakes em que Hollywood vem navegando nos últimos anos, A Hora do Espanto tem a seu favor o fato de que, vinte e seis anos após o lançamento do original, uma parcela significativa do público potencial desconhece a mitologia da breve série (o filme teve uma sequência em 1989). Em sua versão da obra, o diretor Craig Gillespie, dos inexpressivos Em pé de guerra e A Garota Ideal não economiza no sangue, mas peca pela quase completa ausência de suspense, mesmo em cenas que parecem ter sido planejadas para esse fim.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraEm certas ocasiões, filmes se dão ao direito de revisitarem estilos do passado para mostrarem o grau de solidez de produtos eternizados. Nesta viagem, uma tênue linha separa aquilo que o espectador entenderá como opção criativa ou clichê. E levando em consideração que o que se vê na tela é o que vale, e não a intenção do diretor, estes dois posicionamentos bem ou mal estarão próximos. Drive é um perfeito exemplo desta ocasião.
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Sem Saída
2.7 1,4K Assista AgoraHá alguns anos (ok, vários), costumava ser reprisado na “Sessão da Tarde” e congêneres um filme chamado Espião Por Engano, no qual um jovem inconsequente acabava se tornando um agente secreto no desenrolar de uma confusão rocambolesca típica do começo dos anos 90. Talvez não tenha sido a intenção do diretor John Singleton ao assumir a trama de Sem Saída, mas o resultado final de seu trabalho provavelmente tem mais a ver com produções como a citada acima do que com abordagens modernas do tema como série Bourne ou mesmo o reboot recente das aventuras de James Bond.
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Premonição 5
2.9 2,1K Assista AgoraQue o gênero terror/horror sempre foi solo fértil para franquias que duram décadas, é senso comum. Filme após filme, em sequências infindáveis, observamos como estas tentam sempre repetir a fórmula que as lançou e, no percurso, acabam desgastando o enredo que um dia foi original. Porém, ressuscitar tais franquias perdidas com filmes feitos com um pouco mais de esmero e planejamento tem estado em voga recentemente em Hollywood. Para a felicidade de fãs, críticos e, obviamente, das produtoras, podemos citar nesta lista de bem quistos salvadores, por exemplo, Pânico 4 e o mais recente Premonição 5.
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Cowboys & Aliens
2.8 1,4K Assista AgoraAo nos atentarmos para a premissa, não é nem um pouco difícil supor que Cowboys & Aliens seria problemático. Tudo bem, a ideia de misturar ficção científica com faroeste é bacana. Mas é necessária uma breve pausa para observar quantos elementos discrepantes terão que ser fundidos em um único filme. E, a não ser que surja uma grande sacada de criatividade, é esperado (e comprovado) que a história tenha de recorrer a tantos clichês que sustentem um mínimo de identificação com os lastros de cada um dos gêneros mergulhados na mistureba.
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Glee 3D: O Filme
3.5 431Com um subtítulo vago como “O Filme”, qualquer espectador desavisado poderia pensar que Glee 3D seria uma versão para o cinema das histórias do seriado americano. Porém, se tratando de uma das mais famosas e rentáveis séries da atualidade, tais espectadores desavisados obviamente não são o público almejado. Todo fã incondicional de Glee sabe que o filme não é uma ficção, mas sim uma mistura de show com documentário, construída especificamente para agradá-los. E isso o faz com tamanha vontade que acaba por dar a volta e se tornar, por vezes, insuportável.
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Apollo 18: A Missão Proibida
2.2 803 Assista AgoraProduto mais recente das geralmente bem sucedidas experiências com a união do estilo do falso documentário – anteriormente mais restrito à comédia – com tramas tensas, o filme dirigido pelo espanhol Gonzalo Lopez-Gallego com producão do russo Timur Bekmambetov, conta a história da missão-título, oficialmente cancelada pela NASA, em uma trama sombria que ocasionalmente tropeça na própria austeridade.
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O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraAconteceu com Nicolas Cage em meados dos anos 1990. Um ator altamente competente e respeitado – digno da confiança do público, pode-se dizer – vacilando em sua primeira escorregada. Guardadas as devidas proporções, é a situação de Wagner Moura em O Homem do Futuro. Não fica claro se o filme busca inovação ou apenas reencenar alguma trama de novela adicionando elementos de De Volta Para O Futuro e Efeito Borboleta. O resultado final, no entanto, peca por fracas atuações, composições pobres de cena e um enredo com lições que se anulam umas às outras.
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Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraVez ou outra, é interessante que um princípio seja contado para justificar fatos sabidos. Não é o caso, entretanto, da série Planeta dos Macacos, cujo intuito em uma nova produção está mais em utilizar um título de peso para solidificar uma nova franquia com o público atual do que dar embasamento para os filmes iniciados no final da década de 60. Planeta dos Macacos: A Origem é um bom filme. Ótimo em alguns aspectos. Mas não prova ser necessário para a série.
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O Rei Leão
4.5 2,7K Assista AgoraHá 17 anos estreava o filme que viria a ser a maior animação tradicional do estúdio Walt Disney e um clássico incontestável da década de 90. Hoje em dia, é difícil que alguma pessoa minimamente informada não tenha assistido a pelo menos uma cena de O Rei Leão e conheça seus personagens. Com quase duas décadas completas, o longa dirigido por Rob Minkoff e Roger Allers retorna ao cinema para um curto período de exibição comercial, como forma de marketing para o vindouro lançamento em blu-ray. Há, porém, um chamariz dando atenção para um diferencial dessa versão em relação à original, de 1994: a conversão para 3D. E uma questão, então, é criada: vale a pena revisitá-la sob essa nova, digamos assim, percepção? Em relação ao filme em si, não há com o que se preocupar. A versão original do filme está lá, sem tirar nem pôr.
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Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraComédias românticas podem ser uma faca de dois gumes para os diretores e atores que decidem se aventurar no gênero. De forma até certo ponto análoga ao contexto dos filmes de terror, trata-se de um segmento que tem espectadores cativos de onde ocasionalmente surge uma produção de destaque, mas que é recebido com nariz já previamente torcido por uma parcela significativa do público e crítica. Amor a Toda Prova (dos diretores Glenn Ficarra e John Requa, de O Golpista do Ano), embora não chegue a garantir uma vaga no seleto rol das obras que transcendem o controverso estilo, resiste aos clichês e apresenta personagens cativantes e mesmo surpreendentes reviravoltas em um enredo que à primeira vista pode parecer forçado.
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Professora Sem Classe
2.7 2,0K Assista AgoraJustin Timberlake está mesmo investindo na carreira como ator. E, a menos que se queira comprar briga com Mila Kunis (há quem vá entender), é melhor não contradizer isso. Mas não foi em Professora Sem Classe que o ex-N’Sync vai esticou as pernas. Seu personagem é fraco e sem graça e sua atuação pode usar destes mesmos adjetivos. Em contrapartida, Cameron Diaz entrega um bom e divertido trabalho para uma comédia que ganha mais com a sua presença do que com sua história.
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Lanterna Verde
2.4 2,4K Assista AgoraEstreia neste fim de semana mais um blockbuster adaptado dos gibis de super-heróis da DC Comics, editora responsável pelos já adaptados Batman, Super-Homem, Constantine e Watchmen. A produção da vez é Lanterna Verde. Em comparação aos filmes supracitados (considerar os atuais de Superman e Batman), este é bem fraquinho.
Veja por que em:
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraTerrence Malick, o diretor e roteirista, criou 5 longas-metragens autorais ao longo dos últimos 38 anos. Da diferença desses números se constata o zelo com que ele trata sua filmografia, sugerindo que cada filme é cuidadosamente pensado e criado. Mas nunca antes, talvez exceto em Além da Linha Vermelha, isso foi verdade.
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