Não é apenas de Arrowverso que a Dc sobrevive nas telinhas. No último ano várias novas séries surgiram em diferentes plataformas e uma delas foi Titãs, a que mais abraça a cronologia já estabelecida na editora. Assim, assistir Titãs me trouxe a mesma sensação das HQs, conhecer personagens vivos que tem uma trajetória pregressa. ... A primeira temporada foi focada na Ravena e a reunião do grupo com algumas participações especiais de membros antigos. Mas o que chamou atenção da audiência foi a violência mais seca e sanguinária que para mim criou um cenário um pouco over "sombria e realista", felizmente com o passar dos episódios isso foi se ajustando e o que era desnecessário foi sendo amenizado. ... O ponto mais baixo foi seu termino, com uma conclusão que só aconteceu no primeiro episódio desta segunda temporada. Forçando com que o segundo ano só começasse realmente em seguida. ... Temos então dois arcos mais claros, embora entrelaçados, um com o Exterminador e outro com o Superboy o Cadmus que vão ser concluídos no último episódio da temporada. ... Com efeitos aceitáveis (algumas vezes não) e inspirado em arcos consagrados dos personagens a série poderia ser melhor, mas é inconstante, com episódios muito bons, em meio à soluções para os desafios que demonstra preguiça de pensar mais um pouco. ... Também não gostei muito da versão fantasminha camarada do Bruce Wayne e os dramas pessoais cansam um pouco, mas em geral é uma boa série e tem potencial para uma próxima temporada melhor.
Mesmo que o último filme da trilogia das trilogias de Star Wars tenha sido lançado em dezembro os fãs não ficarão órfãos, pois além da animação Resistence temos a série live-action Mandalorian. ... Com apenas oito episódios os showrunners conseguiram apresentar dois personagens imediatamente memoráveis e sem precisar quase de diálogos. ... Acompanhamos um caçador de recompensas sem nome que aceita fazer um "resgate", e eis que temos o bebê Yoda conquistando o público e o Mandaloriano que decide salvar a criança dos empregadores e passa a fugir pela galáxia. ... A estrutura narrativa é bastante episódica, mas com bom ritmo guiado pela evolução da relação entre os dois personagens que bebe da obra Lobo Solitário. Porem não se resume a isso e vai além ao recuperar as influências básicas do George Lucas: western e samurais. ... As referências são identificadas na trilha incidental (que não utiliza o tema clássico do John Williams), nas tramas de assalto e invasão, na ambientação desértica ou pequenos vilarejos. ... Somado a isso temos efeitos práticos e maquiagem que se sobressaem aos efeitos digitais, técnicas que imprimem maior realismo ao que vemos na tela. ... Um western/samurai num cenário espacial, acho que isso resume a essência deste novo capítulo no universo de Star Wars.
Hoje apresento uma resenha que expõe toda minha fanboyzisse: Crise nas Infinitas Terras, algo inimaginável nas HQs até a década de 1980 e impossível fora das páginas de celulose até agora. ... Todos os eventos anuais de crossover do universo compartilhado da DC na TV convergem para esses cinco episódios que além de reunir personagens das cinco séries, viaja no tempo para mostrar versões dos mundos cinematográficos e televisivos, atuais e passados. ... Nesse crossover os roteiristas souberam dosar a participação do elenco de apoio ao longo do evento, sem pesar muito nas respectivas séries, passando a sensação de algo coeso e único, não episódico como nos anteriores. Cenário conquistado por causa dos mini arcos que reuniu personagens de programas diferentes sem perder o foco ou a urgência da catástrofe principal. ... Além disso, souberam transpor passagens importantes da saga original com maestria, reverenciando e respeitando as limitações orçamentárias (as vezes é tosco, mas no geral foram efeitos satisfatórios). ... O maior problema esta no elenco, temos atores bons e que conseguem expressar bem os conflitos que precisam passar, mas alguns são catastróficos, apenas aceitamos pelo carisma conquistado ao longo dos anos (Stephen Amell, estou falando principalmente de você). ... Ver tantas Terras e possibilidades, novas séries como easter-eggs, e mudanças na realidade que devem reverberar por todos os lados me deixaram com expectativa pelo futuro. ... Enfim, essas séries são meu guilty pleasure atual, e os crossovers anuais seu maior representante.
Esqueçam as séries médicas, esqueçam as policiais, pois agora temos Patrulha Médica, uma série com médicos policiais. Um spinoff de Children's Hospital, série de sucesso com 7 temporadas no Adult Swim que nasceu em 2008 no YouTube. ... Na Patrulha Médica acompanhamos dois médicos que cruzam o mundo buscando pistas sobre a origem e cura de um novo vírus fruto de um ataque bioterroristas. ... Quase como um programa de viagem, a cada novo episódio somos levado a um novo país. Parece que gastaram todo orçamento em viagens, pois a dupla realmente viaja o mundo como uma versão em carne e osso dos médicos do jogo Pandemic. ... São dez episódios de muito besteirol que pode encontrar seu público, mas para mim extrapolou o nível de bobeira. Talvez se tivesse menos episódios, ou eles fossem menores a comédia poderia ser aceitável... ... Uma curiosidade, tudo começa num hospital na cidade de São Paulo (isso mesmo, com cenas filmadas nas ruas, avenidas e uma passadinha pela USP).
Vivemos na era da informação onde impera a desinformação com o excesso de achismos e abandono da razão. ... A nova temporada de Sex Education começa com Otis reabrindo suas consultas depois de uma histeria coletiva no Colégio onde todos pensam ter pego clamidia, sem nem saber como acontece a transmissão. ... Enquanto Otis descobre sobre o próprio corpo e atende seus colegas, sua mãe é contratada pelo colégio e Maeve volta à estudar com esperança de fugir da sina de fracassos de sua mãe. ... Esses são apenas algumas narrativas deste ano, por um tempo o protagonista me desanimou e quem me fez continuar a assistir foi todo o resto do elenco. Mas a trajetória de Otis felizmente o redimiu nos 45 do segundo tempo. ... Achei interessante como os problemas discutidos na primeira temporada foram apliados para além dos adolescentes. Os problemas de relacionamento e as questões de sexualidade derivadas ganham proporções maiores quando não se encontram mais restritas apenas ao universo da adolescência, pois na realidade eles se mantém e afloram em toda a sociedade. ... Temporada 4/5 Série 4/5
O passado remoto sempre desperta curiosidade, sociedades que desapareceram e deixaram poucas pistas de sua existência existem por todo o mundo e ainda reserva suas surpresas. ... O sítio Gobekli Tele, na Turquia, foi descoberto em 1994 e consiste num santuário construído entre 7000 e 9000 anos antes de Cristo, ruínas de uma construção com petroglifos gravados são os únicos remanescentes que temos e servem como base para a série turca O Segredo do Templo. ... Na história, uma artista plástica pinta estranhos símbolos sem significado desde a infância que são encontrados numa expansão do sítio arqueológico de Gobekli Tele. ... Um local milenar que desencadeia diversos eventos envolvendo assassinatos e uma conspiração com elementos místicos. ... A série se sai bem nos mistérios e enigmas arqueológicos, cria uma trama consistente com bons atores e locações fenomenais. ... Porém, pesa a mão no dramalhão familiar que ocorre a partir da metade da temporada, e tem um recurso especifico envolvendo o vilão que foi bem capenga.
Para muitas pessoas a arqueologia é uma caça ao tesouro, não é, ela é uma ciência humana que estuda sociedades e tem na cultura material uma de suas fontes. No entanto, até as primeiras décadas do século XX, grandes investidores tratavam dessa forma. ... Tutankhamun é uma minissérie em quatro episódios de 2016 lançado pelo canal britânico ITV. Nele acompanhamos Howard Carter, o arqueólogo que encontrou a tumba do Faraó infante Tutancâmon. ... Focado no periodo entre 1905 e 1923 presenciamos os embates provocados pelo racismo e imperialismo entre ocidentais e egípcios, falsas notícias difamatórias, mudanças repentinas nas leis, a maldição da tumba, a Primeira Grande Guerra. ... Elementos e momentos que constroem um cenário real, mas com características de um documentário dramatizado. Um período e evento conhecido por poucos, mas que em sua época movimentou o mundo. Mas o tom novelesco que a narrativa toma incomoda e provoca "barrigas" desnecessárias. ... Felizmente o trabalho investigativo e as discussões metodológicas do arqueólogo tornam a série impossível de parar de assistir antes do fim. ... Obs. Para quem conhece um pouco da história da disciplina é possível identificar algumas personalidades da arqueologia e egiptologia do início do século XX.
A segunda parte da versão netflix dos Cavaleiros do Zodíaco foi lançada e como era de se esperar não apresenta melhora. ... Temos que encarar como um resumo em 3D, e por isso os arcos dramáticos não tem drama. Uma das cenas mais memoráveis do Shiryu contra o escudo da Medusa foi reduzida a nada. ... O protagonismo exagerado do Seiya torna o resto dos Cavaleiros quase inúteis, isso pra não falar das redundâncias de diálogo e imagem que só seria aceitável como descrição para deficientes visuais. ... Se os seis primeiros episódios resumem os primeiros 15 originais, estes seis de agora resumem outro 30. Será que a próxima fase das 12 casas veremos tudo em 6?
A série Manto e Adaga foi limada na última faca da Disney, mas no meio do ano teve sua segunda temporada e que vale a pena assistir. ... A dupla de heróis descobre que o mundo não foi salvo depois que derrotaram a megacorporação do mal, pois maldades continuam a existir e fazer suas vítimas. ... Em meio ao desenvolvimento dos personagens e da mitologia da série que traz muita influência das religiões de descendência africana em New Orleans. ... No elenco que temos as maiores falhas e acertos, é incrível como os dois personagens são antagônicos ate na capacidade de interpretação de seus atores. Olivia Holt esta anos luz à frente de Aubrey Joseph, pós se acreditamos nos conflitos da Adaga, o Manto é praticamente inexpressivo. ... Questões como vulnerabilidade e desigualdade social, violência doméstica, depressão, racismo, sequestro, tráfico e prostituição são alguns dos elementos trabalhados nesse ano sem que à produção demonstre medo de temas controversos para uma série adolescente. ... Infelizmente eles foram cancelados pela Disney, mas ainda aparecem num crossover com a terceira temporada dos Fugitivos, outra série cancelada ano passado e que eu ainda não assisti. ... Felizmente, assim como no primeiro ano, o plot principal é encerrado sem que a falta de uma conclusão programada atrapalhe.
A última temporada de Arrow começou estranha com Oliver mais uma vez fugindo da ilha que ele ficou 5 anos perdido. Isso mesmo, o primeiro episódio da série mais uma vez revisitado, mas desta vez com algumas mudanças que por fim nos revelam ser a Terra 2. ... A temporada reduzida, apenas 10 episódios, foca na jornada final para a Crise nas Infinitas Terras. Oliver cruza o multiverso cumprindo as missões do Monitor e aprende a aceitar que aqueles serão seus últimos dias de vida. ... Foi um bom ano e que exigiu de Stephen Amell mais que o costume, no geral ele respondeu bem aos desafios de interpretação. ... Os dois episódios finais, pós crossover Crise nas Infinitas Terras serviram para amarrar as últimas pontas soltas da série, reposicionar os personagens depois das mudanças cronológicas e apontar possíveis novas franquias. ... Foi um ano sóbrio e focado que desenvolveu os personagens, atores e trama de forma nunca visto no Arrowverso.
Good Place foi uma série de comédia inesperadamente muito divertida, mas tudo que é bom acaba e chegamos à conclusão na quarta temporada. ... O Lugar Bom sempre foi uma metáfora de um paraíso/inferno genérico, um experimento sobre a humanidade, no qual o sistema de seleção de bons e ruins se prova injusto, mas o comodismo nunca permitiu pensar em outro. ... Depois de vários reboots os protagonistas se encontraram numa situação limite, coordenar uma última experiência com novas cobaias para provar que os seres humanos tem potencial de melhorar. ... Como todos os outros anos, o programa nos apresenta conceitos metafísicos e dilemas filosóficos existenciais, mas mantendo o formato leve e bem humorada. ... Apesar de sentir que poderia ser cortado uns dois episódios na segunda metade da temporada, existe uma razão mística/matemática para fechar em 52 episódios que deixarei para vocês pesquisarem. ... Foi uma trajetória um incrível e que encerra com um arco super emocional para os fãs, não pela ação ou comédia, mas pela reflexão proposta e o carisma dos atores/personagens. ... Nos é apresentada a tese de que o ser humano não foi programado para viver eternamente. Mas aceitar o fim é uma das etapas mais difíceis de estar vivo, sentimentos de paz que se confundem com egoísmo e medo pelo desconhecido e solidão daqueles que ficam. ... Gostei bastante, mas Good Place terminou quando devia terminar, mesmo que o espectador não estivesse pronto, ela já estava.
Magia, religião e ciência, razão vs fé, machismo e o medo que domina e controla as pessoas, esse é o cenário da série italiana Luna Nera. ... Nessa série de seis episódios acompanhamos uma garota que após perder a avó acusada de bruxaria é salva pelo coven que sua mãe e avó participavam. Em paralelo o filho de um nobre volta de seus estudos em Roma para refutar todo o misticismo da vila com o que aprendeu sobre ciência. ... Tem toques de Romeu e Julieta com o pano de fundo o embate de religiões e a ciência para inflamar tudo. ... Embora tenha uma premissa interessante, o roteiro é fraco e não consegue desenvolver direito os elementos levantados. Falta uma melhor construção do perigo, que é apático, o telespectador só teme pelos personagens por saber do perigo histórico, mas não por causa de uma construção do diretor. Outro problema é a falta de carisma de alguns personagens e mudanças de rumo que eles tomam que não parecem naturais. Enfim, todos problemas de roteiro. ... As locações são a melhor parte do programa, belas paisagens em ruínas e cidades medievais.
Versão norueguesa de Percy Jackson? Netflix tem também. E se é norueguesa os deuses gregos viram nórdicos, mas eles ainda precisam ir pra escola. ... Em Ragnarok temos o clássico cenário do highschool, os relacionamentos e descobertas adolescentes com mitologia nórdica e discussões ambientais. ... Acompanhamos Magne que muda com a mãe o irmão para a pequena cidade de Edda, esta vive em função de uma indústria química gerida pela família mais rica e tradicional local. ... A poluição e manipulação de toda a política é a base do poder dos antagonistas que aos poucos mostram ser algo a mais que meros empresários sedentos por controle e riqueza. ... As mudanças climáticas são a pauta principal numa perspectiva local. A poluição responsável pelas doenças dos moradores e o derretimento das geleiras. ... O ator principal não ajuda muito, mas a série tem um potencial interessante para ser desenvolvido nas próximas temporadas.
Séries com temática histórica não são novidade, mas foi com o sucesso de Vikings do History Channel que um novo filão foi criado. ... Knightfall se passa no início do século XII e acompanha um grupo de cavaleiros templários envolvidos nas intrigas palacianas do rei da França, Inglaterra, Navarra, o Papa, Catalães, e junto a isso temos a busca pelo santo graal. ... Uma boa série, com sequências de luta realmente empolgantes, mas é inferior à sua predecessora nortenha. ... O roteiro se pauta pelo exagero no melodrama, em vários momentos parece estarmos vendo uma novela mexicana. Também atrapalha algumas coincidências de roteiro, furos e as caracterizações vilanescas de determinados personagens. ... E embora deixe algumas questões sem resposta no final do primeiro ano, felizmente a segunda temporada ameniza a carga dramática excessiva e foca ainda mais nos costumes dos Templários e conflitos com a Igreja e o rei Felipe. ... Um grande acréscimo foi o Mark Hamil que interpreta um Templário ranzinza e que treina os novatos, ele realmente rouba a cena sempre que aparece. ... 1 Temporada 3/5 2 Temporada 3.5/5
A distopia da hiper vigilância ganha ares tupiniquins com a série Onisciente lançada na ultima sexta de janeiro. ... Numa São Paulo futurista, a segurança funciona por meio da constante vigilância eletrônica faz mais de 15 anos. Um sistema considerado perfeito, até que ocorre um assassinato e os robôs observadores não captam nada. ... A partir deste erro que todos órgãos de poder e responsáveis pelo sistema querem negar que passam a acompanhar os filhos das vítimas coagidos a não divulgar a verdadeira causa da morte do pai, eles começam uma investigação paralela para desvendar o crime. ... A base da trama claramente vem do livro 1984, escrito por George Orwel, e tem o cuidado de levantar debates sobre o que é liberdade e quais os limites da vigilância de forma bem atual. ... Infelizmente apresenta problemas tanto de roteiro como atuação. Há uma superexposição e didatismo das informações que deixa a história cansativa. Além de aparentar uma total inexistência de direção específica para a preparação dos atores, de forma que quase todos os diálogos se tornam duros e irreais.
Assim como Manto e Adaga, Os Fugitivos foi cancelada para dar lugar às séries da Disney + ligadas diretamente aos filmes. ... Não sei se gosto muito da ideia, pois se agora teremos os personagens do MCU na televisão, o desenvolvimento do universo se tornou redundante. ... Nessa temporada, depois que a organização Orgulho foi destruída, os heróis percebem que o vácuo da estrutura do mal ainda existe e agora é dominada por três espíritos alienígenas ancestrais que incorporaram em alguns dos antigos pais dos protagonistas. ... A trama dos alienígenas termina no quinto episódio onde temos a transição para o plot da Morgana Lefay que se libertada lsem querer pela Nico. ... A temporada tomou um rumo bem legal a participação do Manto e da Adaga num dos episódios me fez querer mais da dupla com o grupo, infelizmente isso ficara para uma realidade paralela. ... Season 4/5 Series 3.5/5
Depois de um primeiro ano promissor, mas com graves problemas na apresentação de personagens importantes como a vilã Dra Smith. A família Robinson ganhou uma segunda chance com a segunda temporada de Perdidos no Espaço lançada no fim de 2019 pela #netflix . ... A família e agregados começa a temporada isolada do resto dos colonos e aprendem a sobreviver numa galáxia muito distante, pelo menos nos dois primeiros episódios, pois logo eles descobrem que o resto das pessoas que estavam com eles só estava em outro planeta no mesmo sistema. ... Eu realmente queria que essa série fosse mais voltada para a exploração com a família se virando e afastada de tudo conhecido, mas não foi será vez. ... Mas a maior falha é que ao invés de desenvolver histórias mais simples, o roteiro foca na ação e na escalada de perigo. E esta se mostra uma ilusão, por causa da forma como os personagens são tratados a tensão se transforma em enganação, como se todos Robinson jogasse no modo fácil. ... A situação piora com a Dra Smith que desde a primeira temporada é o elo fraco da série, não há propósito nas sua ações, ela parece apenas uma louca que não faz sentido na trama. Irrita como a personagem consegue fazer qualquer coisa que tenta: psicologia, geologia, invasão de sistemas, fugir de prisões e algemas, comandar um veleiro na tempestade, absolutamente tudo. ... Para usar a mesma metáfora do vídeo game, se os Robinson jogam no fácil, a Dra. Smith tem todas as senhas do modo de invencibilidade ligados. ... A somatória desses elementos torna tudo rapidamente desinteressante, como se existisse uma intenção de algo mais sério, mas que fica completamente perdido em meio à tantas facilidades que o roteiro encontra.
A perda de um parente próximo e a mudança para novos ares é um tema comum nos filmes de terror. Quem nunca viu aquela cena clássica da família dentro do carro discutindo enquanto chega na casa nova e bizarra, assim começa a nova série da #netflix Locke and Key. ... Baseada num quadrinho roteirizado por Joe Hill, filho de Stephen King, acompanhamos a família Locke que precisa lidar com a morte do pai e viver na casa e cidade que ele passou a infância. ... O mistério já era esperado, mas o fantástico veio de chaves espalhadas pela casa que detém poderes especiais como viajar para qualquer lugar do mundo que haja uma porta ou penetrar no submundo de sua mente. ... Mas como se as chaves já não fossem responsáveis por muitos perigos, uma estranha entidade sai de dentro do poço da casa (não, não é a Samara) começa a reunir esses objetos mágicos. ... A série tem menos terror do que eu esperava e um núcleo teen, mas apresenta um ótimo ritmo de aventura com elementos básicos de terror que lembra filmes como o novo It. ... Chego a pensar que a netflix já está buscando pensando emplacar um novo Stranger Things, tem potencial, mas é preciso descobrir o que fazer com a personagem da mãe que parece estar sobrando na trama.
O velho oeste paradoxalmente é um dos períodos mais visitados pela cultura pop ao mesmo tempo que não durou mais que 30 anos na segunda metade do século XIX no oeste norte-americano. ... Godless é uma minissérie de sete episódios que um ex-fora da lei fugindo de sua antiga gangue que se refugia num rancho de La Belle, um pequeno vilarejo que só tem mulheres. ... Mas como a ameaça de um grupo de assassinos chegando na cidade não bastasse, ainda precisam enfrentar o machismo que desacredita os esforços das moradoras na figura de uma companhia mineradora interessada na mina de prata da cidade. ... Os episódios são longos e tem um ritmo lento, parece querer jogar o espectador nas paisagens paradisíacas e contemplativas. A a produção não se importa em se demorar na construção dos personagens, no domar de cavalos, em escavar um poço, temos o tedioso dia-a-dia contrastando com o perigo crescente. ... Ao buscar maior realismo, as mortes são secas e imediatas, mas os clássicos tiroteios ainda acontecem e se concentram principalmente no episódio final que é explosivo.
A febre de Walking Dead pegou muita gente, mas os roteiros fracos e repetitivos derrubou a audiência e o público. Eu mesmo acompanhei até o oitavo ano e deixei dois anos de lado até bater a vontade de ver zumbis mais uma vez. ... Como fez bem esse período de descanso, mas eu também dei sorte, pois a mudança do showrunner deu uma boa oxigenada com novos rumos, novos começos. ... O foco se voltou para o restabelecimento da sociedade, a guerra contra Negan e os Salvadores foi encerrada e tudo apontava para a vitória definitiva. ... Avançamos um ano, a relação entre as comunidades remanescentes estão tensas por vinganças mal resolvidas. O conflito cresce até seu ápice no quinto episódio quando tudo muda e avançamos seis anos no tempo. ... Ao longo da temporada descobrimos o que se passou nos seis anos que não acompanhamos ao mesmo tempo que novos desafios aparecem, entre eles o grupo de sobreviventes nômades chamados de Sussurradores. ... E como a criação de uma nova sociedade já não fosse complexa um novo grupo de vilões aparece como antítese do velho mundo, pessoas que vestem a pele dos zumbis e vivem entre eles como nômades. ... Foi bem satisfatória essa mudança de rumos, o foco bastante claro para o debate em relação a criação de uma nova sociedade o afastamento de dois personagens importantes como Rick e Megan. (Eles não morreram, mas os atores cansaram dos papéis) ... Série 3.5/5 Temporada 4.5/5
Assistir qualquer coisa que não seja um filme de Star Wars me dá esperança para a franquia. As melhores histórias continuam no universo expandido e dele temos produtos para os mais diferentes públicos como Mandaloriano ou a animação Resistence. ... O desenho animado encerrou recentemente sua segunda temporada e embora seja mais infantil que as séries anteriores, os desafios apresentados são muito mais interessantes e coerentes que os últimos filmes. ... No final do primeiro ano, o entreposto Colossus, que ficava na borda do universo, finalmente se revela como uma base da Resistência e passa a fugir da Primeira Ordem. O ano então se desenvolve a partir dos problemas gerados pela desarticulação da resistência que quase foi destruída depois do Despertar da Força. ... E ao longo da temporada acompanhamos tangencialmente o Último Jedi até chegarmos temporalmente a momentos antes da Ascensão Skywalker. ... Embora simples, seus roteiros nos trouxe boas e emocionantes histórias que não dependem da muleta mor do cenário, os jedi e a força, afinal a galáxia é muito mais que isso. ... E para citar apenas uma passagem importante, temos os conflitos pessoais da guerra mais presentes na figura de Tam e Kaz que ficam em lados diferentes da batalha por toda temporada. ... Infelizmente a série não fez sucesso entre o público adulto e foi cancelada, agora resta aos fãs esperarem por novidades dos moradores da Estação Colossus.
Os problemas do cotidiano contemporâneo não são um tema novo na dramaturgia, mas bons roteiros conseguem extrair sentimento e novidade capaz de mergulhar no caos em que vivemos. ... Fleabag mostra o cotidiano de uma mulher em Londres, com seus conflitos amorosos e familiares, tentando tocar uma cafeteria sozinha. Ao longo das duas temporadas a protagonista passa pela culpa e luto da morte da melhor amiga, enquanto o pai engata num novo relacionamento e a irmã se perde dentro de um casamento falido. ... São apenas 12 episódios com menos de 30 minutos cada, onde os textos afiados e sarcásticos conquistam o espectador. A série chama atenção por utilizar um recurso narrativo que poderia ser bobo caso a roteirista (que é também a protagonista) não tivesse pleno domínio de seu texto. No entanto, os temas e relações mais trabalhados deixam claro o público alvo, de forma que a conexão com as situações vão pegar muito mais forte nas mulheres. ... Em vários momentos a atriz vira para a câmera e conversa conosco nos contextualizando sobre eventos passados ou simplesmente nos passando seus sentimentos com caretas. Na segunda temporada um novo personagem percebe esse diálogo pro "além" e gera algumas situações engraçadas. ... Ao investigar as máscaras que vestimos para os outros e para nós mesmos, Fleabag rendeu diversos prêmios de melhor série, atriz e roteiro para Phoebe Waller-Bridge, criadora e protagonista.
Como se não bastasse o enorme massacre feito pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, os sobreviventes se espalharam e esconderam pelo mundo. ... Na série Os Caçadores somos levados a 1977, momento em que as gangues estavam dominando as ruas dos EUA e os nazistas infiltrados na sociedade e governo resolveram eliminar os judeus sobreviventes do holocausto. ... Acompanhamos um grupo de vigilantes caçadores de nazistas que investiga e mata cada assassino infiltrado mostrando as atrocidades praticadas por cada um deles para o espectador, infelizmente tudo inspirado em eventos reais da guerra. ... Mesmo com episódios longos de uma hora de duração, ela apresenta um bom ritmo que nos mantém presos às caçadas e esconde-esconde dos nazistas, judeus e da agente do FBI que investiga as mortes em paralelo e descobre sobre a podridão do próprio governo. ... Os horrores são apresentados de forma clara, mas conflitos como vingança e inocência que borram a noção de justiça também estão presentes. Mas é quando nem todos os nazistas são infiltrados, mas convidados? De que lado esta a justiça? ... Os personagens são bem construídos, mas aos poucos: em flashbacks, detalhes de cena ou montagens que transbordam a estética setecentista. ... A narrativa principal sofre algumas intervenções interessantes que se utiliza do sarcasmo para levantar questões atuais e cutucar as hipocrisias da sociedade norte-americana. Em outros momentos vemos intervenções estilísticas na apresentação dos personagens que recuperam elementos das produções dos anos 1970. ... Um show que vale a pena maratonar.
A netflix vai ganhar o prêmio de maior produtor de séries com adolescentes disfuncionais. ... Desta vez temos uma garota solitária numa cidade pequena que descobre ter superpoderes em I Am Not Okay With This. ... Os conflitos são os mesmos de sempre com o complicador: superpoderes descontrolados que ninguém sabia que existia. ... Dos mesmos produtores de The End of Fucking World e inspirados por outra HQ do mesmo criador da série The End, temos uma aproximação na estética e ritmo muito grande. Porem, eu particularmente prefiro esta mais recente. ... Ela segue o estilo de The End, que embora atual se afoga em referências dos anos 1980 e uma trilha sonora que mistura o pop/rock oitentista com rock indie contemporâneo (inclusive foi criada uma banda exclusiva para a série e suas musicas estão no spotfy). ... Rápida e divertida, são apenas 7 episódios com menos de 20 min cada que transforma o filme/livro Carrie em uma comédia excêntrica de amadurecimento. ... No entanto, algumas referências podem cansar, como o episódio "Clube dos Cinco" ou mesmo as passagens "stephenkingianas" que não são mais nenhuma novidade.
Titãs (2ª Temporada)
3.3 214 Assista AgoraNão é apenas de Arrowverso que a Dc sobrevive nas telinhas. No último ano várias novas séries surgiram em diferentes plataformas e uma delas foi Titãs, a que mais abraça a cronologia já estabelecida na editora. Assim, assistir Titãs me trouxe a mesma sensação das HQs, conhecer personagens vivos que tem uma trajetória pregressa.
...
A primeira temporada foi focada na Ravena e a reunião do grupo com algumas participações especiais de membros antigos. Mas o que chamou atenção da audiência foi a violência mais seca e sanguinária que para mim criou um cenário um pouco over "sombria e realista", felizmente com o passar dos episódios isso foi se ajustando e o que era desnecessário foi sendo amenizado.
...
O ponto mais baixo foi seu termino, com uma conclusão que só aconteceu no primeiro episódio desta segunda temporada. Forçando com que o segundo ano só começasse realmente em seguida.
...
Temos então dois arcos mais claros, embora entrelaçados, um com o Exterminador e outro com o Superboy o Cadmus que vão ser concluídos no último episódio da temporada.
...
Com efeitos aceitáveis (algumas vezes não) e inspirado em arcos consagrados dos personagens a série poderia ser melhor, mas é inconstante, com episódios muito bons, em meio à soluções para os desafios que demonstra preguiça de pensar mais um pouco.
...
Também não gostei muito da versão fantasminha camarada do Bruce Wayne e os dramas pessoais cansam um pouco, mas em geral é uma boa série e tem potencial para uma próxima temporada melhor.
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraMesmo que o último filme da trilogia das trilogias de Star Wars tenha sido lançado em dezembro os fãs não ficarão órfãos, pois além da animação Resistence temos a série live-action Mandalorian.
...
Com apenas oito episódios os showrunners conseguiram apresentar dois personagens imediatamente memoráveis e sem precisar quase de diálogos.
...
Acompanhamos um caçador de recompensas sem nome que aceita fazer um "resgate", e eis que temos o bebê Yoda conquistando o público e o Mandaloriano que decide salvar a criança dos empregadores e passa a fugir pela galáxia.
...
A estrutura narrativa é bastante episódica, mas com bom ritmo guiado pela evolução da relação entre os dois personagens que bebe da obra Lobo Solitário. Porem não se resume a isso e vai além ao recuperar as influências básicas do George Lucas: western e samurais. ...
As referências são identificadas na trilha incidental (que não utiliza o tema clássico do John Williams), nas tramas de assalto e invasão, na ambientação desértica ou pequenos vilarejos.
...
Somado a isso temos efeitos práticos e maquiagem que se sobressaem aos efeitos digitais, técnicas que imprimem maior realismo ao que vemos na tela.
...
Um western/samurai num cenário espacial, acho que isso resume a essência deste novo capítulo no universo de Star Wars.
Crise nas Infinitas Terras
3.7 30Hoje apresento uma resenha que expõe toda minha fanboyzisse: Crise nas Infinitas Terras, algo inimaginável nas HQs até a década de 1980 e impossível fora das páginas de celulose até agora.
...
Todos os eventos anuais de crossover do universo compartilhado da DC na TV convergem para esses cinco episódios que além de reunir personagens das cinco séries, viaja no tempo para mostrar versões dos mundos cinematográficos e televisivos, atuais e passados.
...
Nesse crossover os roteiristas souberam dosar a participação do elenco de apoio ao longo do evento, sem pesar muito nas respectivas séries, passando a sensação de algo coeso e único, não episódico como nos anteriores. Cenário conquistado por causa dos mini arcos que reuniu personagens de programas diferentes sem perder o foco ou a urgência da catástrofe principal.
...
Além disso, souberam transpor passagens importantes da saga original com maestria, reverenciando e respeitando as limitações orçamentárias (as vezes é tosco, mas no geral foram efeitos satisfatórios).
...
O maior problema esta no elenco, temos atores bons e que conseguem expressar bem os conflitos que precisam passar, mas alguns são catastróficos, apenas aceitamos pelo carisma conquistado ao longo dos anos (Stephen Amell, estou falando principalmente de você).
...
Ver tantas Terras e possibilidades, novas séries como easter-eggs, e mudanças na realidade que devem reverberar por todos os lados me deixaram com expectativa pelo futuro.
...
Enfim, essas séries são meu guilty pleasure atual, e os crossovers anuais seu maior representante.
Patrulha Médica (1ª Temporada)
3.2 18 Assista AgoraEsqueçam as séries médicas, esqueçam as policiais, pois agora temos Patrulha Médica, uma série com médicos policiais. Um spinoff de Children's Hospital, série de sucesso com 7 temporadas no Adult Swim que nasceu em 2008 no YouTube.
...
Na Patrulha Médica acompanhamos dois médicos que cruzam o mundo buscando pistas sobre a origem e cura de um novo vírus fruto de um ataque bioterroristas.
...
Quase como um programa de viagem, a cada novo episódio somos levado a um novo país. Parece que gastaram todo orçamento em viagens, pois a dupla realmente viaja o mundo como uma versão em carne e osso dos médicos do jogo Pandemic.
...
São dez episódios de muito besteirol que pode encontrar seu público, mas para mim extrapolou o nível de bobeira. Talvez se tivesse menos episódios, ou eles fossem menores a comédia poderia ser aceitável...
...
Uma curiosidade, tudo começa num hospital na cidade de São Paulo (isso mesmo, com cenas filmadas nas ruas, avenidas e uma passadinha pela USP).
Sex Education (2ª Temporada)
4.3 592 Assista AgoraVivemos na era da informação onde impera a desinformação com o excesso de achismos e abandono da razão.
...
A nova temporada de Sex Education começa com Otis reabrindo suas consultas depois de uma histeria coletiva no Colégio onde todos pensam ter pego clamidia, sem nem saber como acontece a transmissão.
...
Enquanto Otis descobre sobre o próprio corpo e atende seus colegas, sua mãe é contratada pelo colégio e Maeve volta à estudar com esperança de fugir da sina de fracassos de sua mãe.
...
Esses são apenas algumas narrativas deste ano, por um tempo o protagonista me desanimou e quem me fez continuar a assistir foi todo o resto do elenco. Mas a trajetória de Otis felizmente o redimiu nos 45 do segundo tempo.
...
Achei interessante como os problemas discutidos na primeira temporada foram apliados para além dos adolescentes. Os problemas de relacionamento e as questões de sexualidade derivadas ganham proporções maiores quando não se encontram mais restritas apenas ao universo da adolescência, pois na realidade eles se mantém e afloram em toda a sociedade.
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Temporada 4/5
Série 4/5
O Segredo do Templo (1ª Temporada)
3.7 32 Assista AgoraO passado remoto sempre desperta curiosidade, sociedades que desapareceram e deixaram poucas pistas de sua existência existem por todo o mundo e ainda reserva suas surpresas.
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O sítio Gobekli Tele, na Turquia, foi descoberto em 1994 e consiste num santuário construído entre 7000 e 9000 anos antes de Cristo, ruínas de uma construção com petroglifos gravados são os únicos remanescentes que temos e servem como base para a série turca O Segredo do Templo.
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Na história, uma artista plástica pinta estranhos símbolos sem significado desde a infância que são encontrados numa expansão do sítio arqueológico de Gobekli Tele.
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Um local milenar que desencadeia diversos eventos envolvendo assassinatos e uma conspiração com elementos místicos.
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A série se sai bem nos mistérios e enigmas arqueológicos, cria uma trama consistente com bons atores e locações fenomenais.
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Porém, pesa a mão no dramalhão familiar que ocorre a partir da metade da temporada, e tem um recurso especifico envolvendo o vilão que foi bem capenga.
Tutankhamun
3.8 2Para muitas pessoas a arqueologia é uma caça ao tesouro, não é, ela é uma ciência humana que estuda sociedades e tem na cultura material uma de suas fontes. No entanto, até as primeiras décadas do século XX, grandes investidores tratavam dessa forma.
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Tutankhamun é uma minissérie em quatro episódios de 2016 lançado pelo canal britânico ITV. Nele acompanhamos Howard Carter, o arqueólogo que encontrou a tumba do Faraó infante Tutancâmon.
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Focado no periodo entre 1905 e 1923 presenciamos os embates provocados pelo racismo e imperialismo entre ocidentais e egípcios, falsas notícias difamatórias, mudanças repentinas nas leis, a maldição da tumba, a Primeira Grande Guerra.
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Elementos e momentos que constroem um cenário real, mas com características de um documentário dramatizado. Um período e evento conhecido por poucos, mas que em sua época movimentou o mundo. Mas o tom novelesco que a narrativa toma incomoda e provoca "barrigas" desnecessárias.
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Felizmente o trabalho investigativo e as discussões metodológicas do arqueólogo tornam a série impossível de parar de assistir antes do fim.
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Obs. Para quem conhece um pouco da história da disciplina é possível identificar algumas personalidades da arqueologia e egiptologia do início do século XX.
Saint Seiya: Os Cavaleiros do Zodíaco (1ª Temporada - Parte …
2.7 33 Assista AgoraA segunda parte da versão netflix dos Cavaleiros do Zodíaco foi lançada e como era de se esperar não apresenta melhora.
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Temos que encarar como um resumo em 3D, e por isso os arcos dramáticos não tem drama. Uma das cenas mais memoráveis do Shiryu contra o escudo da Medusa foi reduzida a nada.
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O protagonismo exagerado do Seiya torna o resto dos Cavaleiros quase inúteis, isso pra não falar das redundâncias de diálogo e imagem que só seria aceitável como descrição para deficientes visuais.
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Se os seis primeiros episódios resumem os primeiros 15 originais, estes seis de agora resumem outro 30. Será que a próxima fase das 12 casas veremos tudo em 6?
Manto & Adaga (2ª Temporada)
3.3 21A série Manto e Adaga foi limada na última faca da Disney, mas no meio do ano teve sua segunda temporada e que vale a pena assistir.
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A dupla de heróis descobre que o mundo não foi salvo depois que derrotaram a megacorporação do mal, pois maldades continuam a existir e fazer suas vítimas.
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Em meio ao desenvolvimento dos personagens e da mitologia da série que traz muita influência das religiões de descendência africana em New Orleans.
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No elenco que temos as maiores falhas e acertos, é incrível como os dois personagens são antagônicos ate na capacidade de interpretação de seus atores. Olivia Holt esta anos luz à frente de Aubrey Joseph, pós se acreditamos nos conflitos da Adaga, o Manto é praticamente inexpressivo.
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Questões como vulnerabilidade e desigualdade social, violência doméstica, depressão, racismo, sequestro, tráfico e prostituição são alguns dos elementos trabalhados nesse ano sem que à produção demonstre medo de temas controversos para uma série adolescente.
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Infelizmente eles foram cancelados pela Disney, mas ainda aparecem num crossover com a terceira temporada dos Fugitivos, outra série cancelada ano passado e que eu ainda não assisti.
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Felizmente, assim como no primeiro ano, o plot principal é encerrado sem que a falta de uma conclusão programada atrapalhe.
Arqueiro (8ª Temporada)
3.7 45 Assista AgoraA última temporada de Arrow começou estranha com Oliver mais uma vez fugindo da ilha que ele ficou 5 anos perdido. Isso mesmo, o primeiro episódio da série mais uma vez revisitado, mas desta vez com algumas mudanças que por fim nos revelam ser a Terra 2.
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A temporada reduzida, apenas 10 episódios, foca na jornada final para a Crise nas Infinitas Terras. Oliver cruza o multiverso cumprindo as missões do Monitor e aprende a aceitar que aqueles serão seus últimos dias de vida.
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Foi um bom ano e que exigiu de Stephen Amell mais que o costume, no geral ele respondeu bem aos desafios de interpretação.
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Os dois episódios finais, pós crossover Crise nas Infinitas Terras serviram para amarrar as últimas pontas soltas da série, reposicionar os personagens depois das mudanças cronológicas e apontar possíveis novas franquias.
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Foi um ano sóbrio e focado que desenvolveu os personagens, atores e trama de forma nunca visto no Arrowverso.
The Good Place (4ª Temporada)
4.3 330 Assista AgoraGood Place foi uma série de comédia inesperadamente muito divertida, mas tudo que é bom acaba e chegamos à conclusão na quarta temporada.
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O Lugar Bom sempre foi uma metáfora de um paraíso/inferno genérico, um experimento sobre a humanidade, no qual o sistema de seleção de bons e ruins se prova injusto, mas o comodismo nunca permitiu pensar em outro.
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Depois de vários reboots os protagonistas se encontraram numa situação limite, coordenar uma última experiência com novas cobaias para provar que os seres humanos tem potencial de melhorar.
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Como todos os outros anos, o programa nos apresenta conceitos metafísicos e dilemas filosóficos existenciais, mas mantendo o formato leve e bem humorada.
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Apesar de sentir que poderia ser cortado uns dois episódios na segunda metade da temporada, existe uma razão mística/matemática para fechar em 52 episódios que deixarei para vocês pesquisarem.
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Foi uma trajetória um incrível e que encerra com um arco super emocional para os fãs, não pela ação ou comédia, mas pela reflexão proposta e o carisma dos atores/personagens.
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Nos é apresentada a tese de que o ser humano não foi programado para viver eternamente. Mas aceitar o fim é uma das etapas mais difíceis de estar vivo, sentimentos de paz que se confundem com egoísmo e medo pelo desconhecido e solidão daqueles que ficam.
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Gostei bastante, mas Good Place terminou quando devia terminar, mesmo que o espectador não estivesse pronto, ela já estava.
Luna Nera (1ª Temporada)
3.2 87Magia, religião e ciência, razão vs fé, machismo e o medo que domina e controla as pessoas, esse é o cenário da série italiana Luna Nera.
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Nessa série de seis episódios acompanhamos uma garota que após perder a avó acusada de bruxaria é salva pelo coven que sua mãe e avó participavam. Em paralelo o filho de um nobre volta de seus estudos em Roma para refutar todo o misticismo da vila com o que aprendeu sobre ciência.
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Tem toques de Romeu e Julieta com o pano de fundo o embate de religiões e a ciência para inflamar tudo.
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Embora tenha uma premissa interessante, o roteiro é fraco e não consegue desenvolver direito os elementos levantados. Falta uma melhor construção do perigo, que é apático, o telespectador só teme pelos personagens por saber do perigo histórico, mas não por causa de uma construção do diretor. Outro problema é a falta de carisma de alguns personagens e mudanças de rumo que eles tomam que não parecem naturais. Enfim, todos problemas de roteiro.
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As locações são a melhor parte do programa, belas paisagens em ruínas e cidades medievais.
Ragnarok (1ª Temporada)
3.4 177 Assista AgoraVersão norueguesa de Percy Jackson? Netflix tem também. E se é norueguesa os deuses gregos viram nórdicos, mas eles ainda precisam ir pra escola.
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Em Ragnarok temos o clássico cenário do highschool, os relacionamentos e descobertas adolescentes com mitologia nórdica e discussões ambientais.
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Acompanhamos Magne que muda com a mãe o irmão para a pequena cidade de Edda, esta vive em função de uma indústria química gerida pela família mais rica e tradicional local.
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A poluição e manipulação de toda a política é a base do poder dos antagonistas que aos poucos mostram ser algo a mais que meros empresários sedentos por controle e riqueza.
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As mudanças climáticas são a pauta principal numa perspectiva local. A poluição responsável pelas doenças dos moradores e o derretimento das geleiras.
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O ator principal não ajuda muito, mas a série tem um potencial interessante para ser desenvolvido nas próximas temporadas.
Knightfall: A Guerra do Santo Graal (1ª Temporada)
3.5 40Séries com temática histórica não são novidade, mas foi com o sucesso de Vikings do History Channel que um novo filão foi criado.
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Knightfall se passa no início do século XII e acompanha um grupo de cavaleiros templários envolvidos nas intrigas palacianas do rei da França, Inglaterra, Navarra, o Papa, Catalães, e junto a isso temos a busca pelo santo graal.
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Uma boa série, com sequências de luta realmente empolgantes, mas é inferior à sua predecessora nortenha. ...
O roteiro se pauta pelo exagero no melodrama, em vários momentos parece estarmos vendo uma novela mexicana. Também atrapalha algumas coincidências de roteiro, furos e as caracterizações vilanescas de determinados personagens.
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E embora deixe algumas questões sem resposta no final do primeiro ano, felizmente a segunda temporada ameniza a carga dramática excessiva e foca ainda mais nos costumes dos Templários e conflitos com a Igreja e o rei Felipe.
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Um grande acréscimo foi o Mark Hamil que interpreta um Templário ranzinza e que treina os novatos, ele realmente rouba a cena sempre que aparece.
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1 Temporada 3/5
2 Temporada 3.5/5
Onisciente (1ª Temporada)
3.4 74 Assista AgoraA distopia da hiper vigilância ganha ares tupiniquins com a série Onisciente lançada na ultima sexta de janeiro.
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Numa São Paulo futurista, a segurança funciona por meio da constante vigilância eletrônica faz mais de 15 anos. Um sistema considerado perfeito, até que ocorre um assassinato e os robôs observadores não captam nada.
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A partir deste erro que todos órgãos de poder e responsáveis pelo sistema querem negar que passam a acompanhar os filhos das vítimas coagidos a não divulgar a verdadeira causa da morte do pai, eles começam uma investigação paralela para desvendar o crime.
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A base da trama claramente vem do livro 1984, escrito por George Orwel, e tem o cuidado de levantar debates sobre o que é liberdade e quais os limites da vigilância de forma bem atual.
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Infelizmente apresenta problemas tanto de roteiro como atuação. Há uma superexposição e didatismo das informações que deixa a história cansativa. Além de aparentar uma total inexistência de direção específica para a preparação dos atores, de forma que quase todos os diálogos se tornam duros e irreais.
Fugitivos (2ª Temporada)
3.6 31Assim como Manto e Adaga, Os Fugitivos foi cancelada para dar lugar às séries da Disney + ligadas diretamente aos filmes.
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Não sei se gosto muito da ideia, pois se agora teremos os personagens do MCU na televisão, o desenvolvimento do universo se tornou redundante.
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Nessa temporada, depois que a organização Orgulho foi destruída, os heróis percebem que o vácuo da estrutura do mal ainda existe e agora é dominada por três espíritos alienígenas ancestrais que incorporaram em alguns dos antigos pais dos protagonistas.
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A trama dos alienígenas termina no quinto episódio onde temos a transição para o plot da Morgana Lefay que se libertada lsem querer pela Nico.
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A temporada tomou um rumo bem legal a participação do Manto e da Adaga num dos episódios me fez querer mais da dupla com o grupo, infelizmente isso ficara para uma realidade paralela.
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Season 4/5
Series 3.5/5
Perdidos no Espaço (2ª Temporada)
4.0 106 Assista AgoraDepois de um primeiro ano promissor, mas com graves problemas na apresentação de personagens importantes como a vilã Dra Smith. A família Robinson ganhou uma segunda chance com a segunda temporada de Perdidos no Espaço lançada no fim de 2019 pela #netflix .
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A família e agregados começa a temporada isolada do resto dos colonos e aprendem a sobreviver numa galáxia muito distante, pelo menos nos dois primeiros episódios, pois logo eles descobrem que o resto das pessoas que estavam com eles só estava em outro planeta no mesmo sistema.
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Eu realmente queria que essa série fosse mais voltada para a exploração com a família se virando e afastada de tudo conhecido, mas não foi será vez.
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Mas a maior falha é que ao invés de desenvolver histórias mais simples, o roteiro foca na ação e na escalada de perigo. E esta se mostra uma ilusão, por causa da forma como os personagens são tratados a tensão se transforma em enganação, como se todos Robinson jogasse no modo fácil.
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A situação piora com a Dra Smith que desde a primeira temporada é o elo fraco da série, não há propósito nas sua ações, ela parece apenas uma louca que não faz sentido na trama. Irrita como a personagem consegue fazer qualquer coisa que tenta: psicologia, geologia, invasão de sistemas, fugir de prisões e algemas, comandar um veleiro na tempestade, absolutamente tudo.
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Para usar a mesma metáfora do vídeo game, se os Robinson jogam no fácil, a Dra. Smith tem todas as senhas do modo de invencibilidade ligados.
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A somatória desses elementos torna tudo rapidamente desinteressante, como se existisse uma intenção de algo mais sério, mas que fica completamente perdido em meio à tantas facilidades que o roteiro encontra.
Locke & Key (1ª Temporada)
3.6 187 Assista AgoraA perda de um parente próximo e a mudança para novos ares é um tema comum nos filmes de terror. Quem nunca viu aquela cena clássica da família dentro do carro discutindo enquanto chega na casa nova e bizarra, assim começa a nova série da #netflix Locke and Key.
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Baseada num quadrinho roteirizado por Joe Hill, filho de Stephen King, acompanhamos a família Locke que precisa lidar com a morte do pai e viver na casa e cidade que ele passou a infância.
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O mistério já era esperado, mas o fantástico veio de chaves espalhadas pela casa que detém poderes especiais como viajar para qualquer lugar do mundo que haja uma porta ou penetrar no submundo de sua mente.
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Mas como se as chaves já não fossem responsáveis por muitos perigos, uma estranha entidade sai de dentro do poço da casa (não, não é a Samara) começa a reunir esses objetos mágicos.
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A série tem menos terror do que eu esperava e um núcleo teen, mas apresenta um ótimo ritmo de aventura com elementos básicos de terror que lembra filmes como o novo It. ...
Chego a pensar que a netflix já está buscando pensando emplacar um novo Stranger Things, tem potencial, mas é preciso descobrir o que fazer com a personagem da mãe que parece estar sobrando na trama.
Godless
4.3 223 Assista AgoraO velho oeste paradoxalmente é um dos períodos mais visitados pela cultura pop ao mesmo tempo que não durou mais que 30 anos na segunda metade do século XIX no oeste norte-americano.
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Godless é uma minissérie de sete episódios que um ex-fora da lei fugindo de sua antiga gangue que se refugia num rancho de La Belle, um pequeno vilarejo que só tem mulheres.
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Mas como a ameaça de um grupo de assassinos chegando na cidade não bastasse, ainda precisam enfrentar o machismo que desacredita os esforços das moradoras na figura de uma companhia mineradora interessada na mina de prata da cidade.
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Os episódios são longos e tem um ritmo lento, parece querer jogar o espectador nas paisagens paradisíacas e contemplativas. A
a produção não se importa em se demorar na construção dos personagens, no domar de cavalos, em escavar um poço, temos o tedioso dia-a-dia contrastando com o perigo crescente.
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Ao buscar maior realismo, as mortes são secas e imediatas, mas os clássicos tiroteios ainda acontecem e se concentram principalmente no episódio final que é explosivo.
The Walking Dead (9ª Temporada)
3.7 368 Assista AgoraA febre de Walking Dead pegou muita gente, mas os roteiros fracos e repetitivos derrubou a audiência e o público. Eu mesmo acompanhei até o oitavo ano e deixei dois anos de lado até bater a vontade de ver zumbis mais uma vez.
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Como fez bem esse período de descanso, mas eu também dei sorte, pois a mudança do showrunner deu uma boa oxigenada com novos rumos, novos começos.
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O foco se voltou para o restabelecimento da sociedade, a guerra contra Negan e os Salvadores foi encerrada e tudo apontava para a vitória definitiva.
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Avançamos um ano, a relação entre as comunidades remanescentes estão tensas por vinganças mal resolvidas. O conflito cresce até seu ápice no quinto episódio quando tudo muda e avançamos seis anos no tempo.
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Ao longo da temporada descobrimos o que se passou nos seis anos que não acompanhamos ao mesmo tempo que novos desafios aparecem, entre eles o grupo de sobreviventes nômades chamados de Sussurradores.
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E como a criação de uma nova sociedade já não fosse complexa um novo grupo de vilões aparece como antítese do velho mundo, pessoas que vestem a pele dos zumbis e vivem entre eles como nômades.
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Foi bem satisfatória essa mudança de rumos, o foco bastante claro para o debate em relação a criação de uma nova sociedade o afastamento de dois personagens importantes como Rick e Megan. (Eles não morreram, mas os atores cansaram dos papéis)
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Série 3.5/5
Temporada 4.5/5
Star Wars: Resistência (2ª Temporada)
3.4 6Assistir qualquer coisa que não seja um filme de Star Wars me dá esperança para a franquia. As melhores histórias continuam no universo expandido e dele temos produtos para os mais diferentes públicos como Mandaloriano ou a animação Resistence.
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O desenho animado encerrou recentemente sua segunda temporada e embora seja mais infantil que as séries anteriores, os desafios apresentados são muito mais interessantes e coerentes que os últimos filmes.
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No final do primeiro ano, o entreposto Colossus, que ficava na borda do universo, finalmente se revela como uma base da Resistência e passa a fugir da Primeira Ordem. O ano então se desenvolve a partir dos problemas gerados pela desarticulação da resistência que quase foi destruída depois do Despertar da Força.
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E ao longo da temporada acompanhamos tangencialmente o Último Jedi até chegarmos temporalmente a momentos antes da Ascensão Skywalker.
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Embora simples, seus roteiros nos trouxe boas e emocionantes histórias que não dependem da muleta mor do cenário, os jedi e a força, afinal a galáxia é muito mais que isso.
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E para citar apenas uma passagem importante, temos os conflitos pessoais da guerra mais presentes na figura de Tam e Kaz que ficam em lados diferentes da batalha por toda temporada.
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Infelizmente a série não fez sucesso entre o público adulto e foi cancelada, agora resta aos fãs esperarem por novidades dos moradores da Estação Colossus.
Fleabag (1ª Temporada)
4.4 627 Assista AgoraOs problemas do cotidiano contemporâneo não são um tema novo na dramaturgia, mas bons roteiros conseguem extrair sentimento e novidade capaz de mergulhar no caos em que vivemos.
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Fleabag mostra o cotidiano de uma mulher em Londres, com seus conflitos amorosos e familiares, tentando tocar uma cafeteria sozinha. Ao longo das duas temporadas a protagonista passa pela culpa e luto da morte da melhor amiga, enquanto o pai engata num novo relacionamento e a irmã se perde dentro de um casamento falido.
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São apenas 12 episódios com menos de 30 minutos cada, onde os textos afiados e sarcásticos conquistam o espectador. A série chama atenção por utilizar um recurso narrativo que poderia ser bobo caso a roteirista (que é também a protagonista) não tivesse pleno domínio de seu texto. No entanto, os temas e relações mais trabalhados deixam claro o público alvo, de forma que a conexão com as situações vão pegar muito mais forte nas mulheres.
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Em vários momentos a atriz vira para a câmera e conversa conosco nos contextualizando sobre eventos passados ou simplesmente nos passando seus sentimentos com caretas. Na segunda temporada um novo personagem percebe esse diálogo pro "além" e gera algumas situações engraçadas.
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Ao investigar as máscaras que vestimos para os outros e para nós mesmos, Fleabag rendeu diversos prêmios de melhor série, atriz e roteiro para Phoebe Waller-Bridge, criadora e protagonista.
Hunters (1ª Temporada)
3.9 235 Assista AgoraComo se não bastasse o enorme massacre feito pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, os sobreviventes se espalharam e esconderam pelo mundo.
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Na série Os Caçadores somos levados a 1977, momento em que as gangues estavam dominando as ruas dos EUA e os nazistas infiltrados na sociedade e governo resolveram eliminar os judeus sobreviventes do holocausto.
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Acompanhamos um grupo de vigilantes caçadores de nazistas que investiga e mata cada assassino infiltrado mostrando as atrocidades praticadas por cada um deles para o espectador, infelizmente tudo inspirado em eventos reais da guerra.
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Mesmo com episódios longos de uma hora de duração, ela apresenta um bom ritmo que nos mantém presos às caçadas e esconde-esconde dos nazistas, judeus e da agente do FBI que investiga as mortes em paralelo e descobre sobre a podridão do próprio governo.
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Os horrores são apresentados de forma clara, mas conflitos como vingança e inocência que borram a noção de justiça também estão presentes. Mas é quando nem todos os nazistas são infiltrados, mas convidados? De que lado esta a justiça?
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Os personagens são bem construídos, mas aos poucos: em flashbacks, detalhes de cena ou montagens que transbordam a estética setecentista.
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A narrativa principal sofre algumas intervenções interessantes que se utiliza do sarcasmo para levantar questões atuais e cutucar as hipocrisias da sociedade norte-americana. Em outros momentos vemos intervenções estilísticas na apresentação dos personagens que recuperam elementos das produções dos anos 1970.
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Um show que vale a pena maratonar.
I Am Not Okay With This (1ª Temporada)
3.7 352 Assista AgoraA netflix vai ganhar o prêmio de maior produtor de séries com adolescentes disfuncionais.
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Desta vez temos uma garota solitária numa cidade pequena que descobre ter superpoderes em I Am Not Okay With This.
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Os conflitos são os mesmos de sempre com o complicador: superpoderes descontrolados que ninguém sabia que existia.
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Dos mesmos produtores de The End of Fucking World e inspirados por outra HQ do mesmo criador da série The End, temos uma aproximação na estética e ritmo muito grande. Porem, eu particularmente prefiro esta mais recente.
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Ela segue o estilo de The End, que embora atual se afoga em referências dos anos 1980 e uma trilha sonora que mistura o pop/rock oitentista com rock indie contemporâneo (inclusive foi criada uma banda exclusiva para a série e suas musicas estão no spotfy).
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Rápida e divertida, são apenas 7 episódios com menos de 20 min cada que transforma o filme/livro Carrie em uma comédia excêntrica de amadurecimento.
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No entanto, algumas referências podem cansar, como o episódio "Clube dos Cinco" ou mesmo as passagens "stephenkingianas" que não são mais nenhuma novidade.