Foram 12 anos, mas a última temporada do Arrowverso finalmente aconteceu. Depois de um início quase despretensioso e o auge nos crossovers, sofreu com uma queda de qualidade meteórica e um longo período de agonia. Mas valeu a pena persistir até o fim? ... Como temporada final, não apenas de uma série, mas de todo um universo compartilhado, o nono ano de Flash aproveitou arcos recentes das HQs para inspirar suas histórias como a fazer Death Metal e trouxe de volta a maior parte dos atores e seus respectivos personagem que conseguiu reunir numa grande homenagem despedida. ... Os problemas de interpretações exageradas (ou a falta de qualquer noção de atuação) de alguns atores continua, e mesmo os efeitos especiais parece que pararam de evoluir faz um tempo, mas no balanço geral a temporada se sustenta melhor em ritmo e roteiro que pelo menos os dois ou três anos passados. ... Talvez a maior decepção foi justamente com os episódios finais, onde inventaram um draminha existencial reverberando pelo tempo com todos os vilões velocistas de volta, quando poderiam ter criado algo mais parecido com um crossover que encerrasse todo o cenário buscando a participação dos protagonistas das outras séries. ... Enfim, melhor que os dois últimos anos, mas perdida nas piores escolhas possíveis para as tramas com conclusões e efeitos preguiçosos. E isso que eu nem falei da péssima noção de envelhecimento dos personagens de 30 anos no futuro. ... Temporada 6/10 Série 6/10
A empresa que encontrou a cura para herpes e todas as outras doenças foi finalmente destruída e o futuro salvo, mas será que foi mesmo? ... A segunda temporada de Futureman começa com Josh sendo sequestrado da prisão por viajantes do futuro para uma nova missão: salvar a si mesmo e seus companheiros de um futuro alternativo dividido entre uma sociedade anti tecnologia e outra com pretensões de viver em Marte. ... A temporada mantém o tom nonsense, mas muda bastante em relação à ambientação e amplitude, com a ação deslocada e concentrada em um futuro distópico e árido ao mesmo tempo que aumenta o número de personagens e coadjuvantes na série. ... Josh perde seu protagonismo para a dupla de soldados rebeldes do futuro e narrativamente a série abre espaço para episódios experimentais, sem tirá-los da continuidade como um musical e outro com os títulos de interlúdio do Law and Order. ... Disponível: #emnenhumlugar ... Temporada 7/10 Série 7/10
O conflito entre romanos e comunidades britânicas só cresce e Cait precisa se decidir se vai liderar a rebelião ou abandonar tudo. ... Na terceira temporada de Britannia acompanhamos os passos finais da jornada de aceitação pela escolhida da profecia finalmente assumindo o fardo levar a guerra até os romanos e expulsá-los da Bretanha, os invasores ganham um novo e perigo aliado com a chegada da sacerdotisa de Lokka. ... Diferentes religiões se encontram numa disputa por hegemonia que nessa série aparece como armas ocultas nos confrontos entre Roma e as comunidades locais. Pela primeira vez temos o cristianismo aparecendo e se juntando às outras crenças como mais uma forma de poder, mas suas relíquias podem mudar o equilíbrio. ... Assim, com tantas mitologias, é interessante como a série trabalha com o sobrenatural, ele inicialmente apareceu de forma mais sutil, mas foi ganhando contornos mais fortes e desta vez não temos apenas truques e enganos como ocorria nos anos anteriores. ... A estética e ritmo dos filmes do Guy Ritchie traz aquele toque de sarcasmo para o roteiro que cria uma identidade única e diferencia das tantas outras séries de época que inundaram os canais de TV e streamings. O problema é quando se perde em excessos e em alguns momentos "escapa" um Monte Phyton, mas no geral segura bem no humor sarcástico e sangrento. ... Disponível: #starplus ... Temporada 6,5/10 Série 6,5/10
O melhor jogador de vídeo game tem capacidade para salvar o mundo? ... Em Futureman acompanhamos o zelador de um laboratório que se sente um fracasso por ainda viver com os pais e tem como única qualidade ser o melhor jogador de um jogo de tiro em primeira pessoa impossível de vencer. ... Até que ele finalmente vence e é convocado para uma missão de viagem no tempo que pode salvar o futuro. Uma mistura de Último Guerreiro das Estrelas com Exterminador do Futuro e De Volta para o Futuro com um tom de comédia que é bobo na medida certa, a um passo de se tornar idiota. ... Esta aventura com elementos Scifi de baixo orçamento apresenta os problemas clássicos de viagem no tempo com um protagonista nerd que tenta de tudo evitar paradoxos enquanto seus companheiros do futuro não entendem muito bem como funciona o que acontece quando o passado é extremamente impactado. ... Sem se importar muito com as consequências, a cada ida e vinda no tempo a realidade parece mais e mais quebrada, deixando a ameaça dos mutantes perfeitos do futuro cada vez mais estranha. . 7/10
A humanidade corre contra o tempo para não ser extinta por um vírus mortal, mas qual o limite para que os sobreviventes percam tudo que um dia lhes fez humanos? ... A segunda temporada de Sweet Tooth deixa de lado a jornada pelos EUA para focar especialmente num cenário: o zoológico. Com os híbridos tentando fugir, os aliados elaborando resgates e o exército dos Últimos Homens, expandindo os domínios e intensificando as experiências com os híbridos em busca da cura, sem se importar com quantos corpos deixam pelo caminho. ... Desta forma, temos uma temporada mais intensa que a passada, com o desenvolvimento dos personagens voltados para conflitos internos e descobertas. A princípio mais sério, mas equilibrado com sequências quase lúdicas das crianças, como se a violência não as afetasse completamente sempre otimistas e com "planos infalíveis". ... Com tantos cancelamentos na Netflix, o atraso da temporada criou um certo receio de presenciarmos mais uma desistência, felizmente o novo ano chegou e casado com o anúncio do encerramento da série na temporada seguinte, tempo para fechar tudo sem atropelos. ... De qualquer forma, é possível ver um plano B em ação pelos produtores com a divisão bem peculiar, foram dois arcos divididos em seis e dois episódios, como se os dois últimos fossem um epílogo com detalhes do início da praga e um segundo grande confronto contra os vilões da temporada. ... Não usual, mas mesmo assim conseguiu imprimir um ótimo ritmo do início ao fim, desenvolvendo arcos na medida certa, sem se alongar além do necessário e fazendo o espectador se apegar e aceitar até mesmo as soluções que podemos chamar de infantis, desde resoluções, como o aspecto caricato de alguns personagens. ... Disponível: #netflix ... 8/10
Já faz algum tempo que 4 de Maio traz novidades sobre Star Wars, neste ano de 2023 a escolhida foi a segunda temporada da série Visions. ... Assim, voltamos para mais 9 episódios com experimentações estéticas ou narrativas no cenário de Guerra nas Estrelas com total liberdade para seus criadores em produções independentes e sem amarras às cronologias do universo. ... Neste segundo ano a média de qualidade foi ainda melhor e mais variada, pois a escolha dos estúdios participantes não se restringiu apenas ao Japão, o que trouxe influências de todo o mundo; como também deixou as narrativas Jedi tradicionais em segundo plano para novas e diferentes histórias. ... E como toda antologia, alguns episódios conquistam mais do que outros, assim ressalto dois deles: o primeiro episódio tem toda uma mescla estética de inacabado com um potencial surreal de sequências com cenários ainda no esboço.O terceiro tem uma mensagem ecológica e produção chilena em stop motion, que faz homenagem a um dos povos originários que foi exterminado no início do século XX, os Selknam. ... Por outro lado, se temos agora mais diversidade temática, infelizmente as escolhas tenderam para narrativas mais infantis que não surpreendem tanto como algumas batalhas de samurai como o primeiro ano. ... Disponível: #disneyplus ... 7,5/10
Star Trek Picard sempre foi para iniciados, embora apresente pontos de acesso para novos espectadores, seu coração está em apresentar uma grande homenagem à clássica Nova Geração e esta última temporada não poderia ser diferente. . A terceira temporada deixa de lado grande parte do elenco dos dois primeiros anos para trazer novos e, principalmente, velhos personagens que estavam perdidos pelos planetas da Frota Estelar e além. Assim inicia com uma narrativa em duas frentes: o reencontro e resgate de uma velha amiga de um lado, enquanto Raffi investiga um esquema de contrabando de armas. . Ambas as narrativas vão convergindo aos poucos para, a partir da metade da temporada, revelar uma conspiração de infiltração na Frota Estelar sem precedentes, referenciando mais um clássico inimigo da franquia. Mas claro que toda a ação tem como objetivo desenvolver o grande tema central da temporada, e que o título do primeiro episódio revela, a próxima geração. . Assim, entre phasers e mísseis fotônicos, reencontros e despedidas, acompanhamos o drama da descendência em diferentes níveis de interação, a ideia de perpetuação e eternidade a partir do sangue ou do legado do que é deixado para as gerações seguintes. . É interessante a estruturação em conjuntos de episódios, pois, por mais que exista continuidade de uma única grande história a temporada se divide por arcos os quais a introdução toma os primeiros três capítulos. Aliado à divisão entre os dois núcleos iniciais, ajudou na construção de um ritmo equilibrado, sem atropelo ou que se perdesse em estender além do necessário. . Outro ponto impossível de não mencionar é o apelo à nostalgia, com vários retornos ou simples menções de momentos icônicos, além da utilização de fórmulas que conseguem atingir mesmo aqueles (como eu) que só conheceram a franquia recentemente com as novas séries e filmes ou informações de amigos viciados que guardam cada episódio na memória. . A série encerra bem, mas não poderia deixar de lado um aceno para uma possível continuação com a nova nova geração. Pela forma como terminou e que as outras séries estão sendo conduzidas, pode vir mais. . Disponível: #amazonprime . Série 8,5/10 Temporada 9/10
A galáxia muito, muito distante vai muito além de Jedi e suas lutas com sabres de luz. ... Mandaloriano chega a sua terceira temporada com Din Djarin encontrando uma nova busca: descobrir se o planeta de Mandalore, supostamente destruído em batalha contra o Império, poderia novamente ser habitado. ... O pequeno Grogu deixa de ser o centro da trama, embora ainda tenha seu desenvolvimento em relação ao seu passado e sua parceria com Din Djarin. Mas o foco está mesmo no reencontro dos mandalorianos, a necessidade de reuní-los e confrontar os remanescentes de um Império fragmentado, mas que vem retomando espaço nas periferias da Nova República. ... Assim, acompanhamos a dupla ao longo de várias pequenas missões pelos planetas da galáxia como a reconstrução do droid IG-11, um embate contra piratas, e até mesmo passar por um planeta com robôs fora de controle, mas que seus moradores não sabem mais viver sem seus autômatos. ... A estética que mistura Western com Chambara espacial mantém o mesmo frescor e interesse de quando a série foi criada em 2020, mantendo a estrutura episódica com boa distribuição entre desenvolvimento e ação. ... No entanto, o encerramento aconteceu de forma muito atropelada, com algumas escolhas de roteiro que nominalmente apontavam para o dramático, mas ou foram abandonadas, ou não tiveram o devido desenvolvimento ao longo da temporada e o impacto pretendido foi diluído. Enfim, faltou emoção em pontos chave da trama. ... Disponível: #disneyplus ... Série 9/10 Temporada 8/10
A chamada conquista da América foi feita sob muito derramamento de sangue, sobretudo dos povos originários que eram pra massacrados, ora expulsos de suas terras. Esse massacre continua até hoje. ... Na minissérie A Inglesa vemos um recorte desse conflito em 1890, nos territórios recém destituídos dos pawnees. Acompanhamos um ex-membro da cavalaria unionista levando Lady Cordelia Locke numa missão de vingança que toca em temas como racismo, misoginia, exploração . ... Um drama histórico com elementos de romance que faz um aceno ao Western clássico na trilha sonora e na interpretação mais proeminente que lembra o cinema dos anos 1950. Mas da mesma forma que se aproxima inicialmente desta referência, pouco a pouco vai se transformando em algo singular. ... Ainda que não busque o contemplativo, se destaca com uma paisagem feita em parte no deserto da Espanha que referencia as produções do Leone. ... É uma narrativa muito lenta, um formato arrastado, com diálogos longos e mesmo com poucos episódios, fica difícil assistir todos de uma única vez, ainda assim, vale a pena e aos poucos encontra um ritmo crescente. ... Por outro lado, isso não significa que a série não tenha violência, os confrontos nem sempre são mostrados diretamente, mas todos eles mantêm a carga dramática, seja do choque, da tensão, ou dos corpos torturados pendurados pelo caminho. ... 7/10
Se hoje conhecemos Star Trek, ou Jornada nas Estrelas como uma franquia consolidada, ela não começou assim, já que a série inicial na década de 1960 teve apenas três, das cinco temporadas planejadas. ... Não apenas isso, o episódio piloto foi tão modificado que sua tripulação se tornou uma lenda que só agora, com Star Trek - Strange New Worlds poderemos acompanhar. Assim, temos uma releitura do piloto perdido como base para novas descobertas anos antes do Capitão Kirk assumir a Enterprise. ... Com uma estrutura episódica que remete ao formato clássico, cada semana vemos um novo desafio aparecendo, mas mantendo o ritmo dinâmico atual no qual cada capítulo se conecta por meio de recorrências ou temáticas que são retomados de forma alternada. Esse formato também permite brincar com referências e tons de narrativa diferentes, então vamos de dramas existenciais à horrores no estilo Alien, sem nunca soar estranho. ... E embora tenhamos o capitão Pike claramente como personagem principal norteando as tramas, há um especial cuidado no equilíbrio de protagonismos, de forma a abrir possibilidades de desenvolvimento mais amplo de grande parte da equipe. ... A princípio se voltando para o trauma de Pike que o assombra ao longo de todo o primeiro ano, a visão predestinada de sua morte que ele teve quando foi apresentado na segunda temporada de Discovery. Mas não apenas Pike, pois todos os personagens passam por conflitos em relação a inevitabilidade ou não do futuro já definido. ... Assim, a partir da luta contra o pior dos destinos que a esperança toma toda a temporada, um otimismo que procura não ser inocente e apresenta as ameaças de forma clara, mas não sem a possibilidade de serem vencidas. . 9/10
O mal do presente tem profundas raízes no passado. ... Em Kindred acompanhamos Dana, uma escritora negra que estuda para trabalhar como roteirista e ao mudar para Los Angeles começa a ter episódios de viagem no tempo, onde ela volta para o século XIX e precisa sobreviver ao regime escravista. ... Em viagens sempre muito traumáticas, Dana acaba levando Kevin junto para 1815, na fazenda do escravista Thomas Weylin. Entre idas e vindas no tempo, começamos a descobrir os laços de parentesco da protagonista ao mesmo tempo que a série reforça o sistema racista do século XIX e seus reflexos ainda existentes no presente. ... Inspirada num dos maiores sucessos do início da carreira de Octávia Butler, é um drama social sobre violência racial a partir das raízes escravistas individuais que mesclam com a genealogia da sociedade estadunidense. ... As atuações são satisfatórias, com especial atenção à Dana e Thomas que entregam mais profundidade em seus personagens e amplificam a violência que é mostrada em tela. Com uma trama mais focada, a desumanização dos escravizados se centra em algumas passagens que mostram o desconforto que os viajantes no tempo têm pela violência física e mental imposta. ... O ritmo inicial é um pouco lento e deve cansar quem espera mais movimento, mas a trama ganha velocidade à medida que as regras da viagem no tempo vão ficando mais claras, ao mesmo tempo que cresce a tensão em relação aos personagens. ... Infelizmente a série foi cancelada com apenas uma temporada, mesmo recebendo boas críticas, ainda assim, é um convite para ler o livro de Octávia que foi lançado aqui no Brasil. ... 8/10
O tempo dos clones já passou e o Império agora os enxerga apenas como uma relíquia a ser jogada fora. ... David Filoni consegue sempre surpreender na forma como vem orquestrando esse cenário expandido de Star Wars. Bad Batch que começou com um grupo de clones degenerados lutando para existir no universo do Império se voltou na segunda temporada para uma existência mais de bastidores. ... Mesmo sendo uma animação, supostamente voltada para um público mais jovem, os temas que servem de base para cada arco de histórias são complexos. Há bastante atenção ao roteiro que se divide entre o local de episódio a episódio, com o desenvolvimento de temas ao longo da temporada, pois se o grupo principal faz suas pequenas missões de caçadores para uma líder criminosa, os conflitos que eles se envolvem não ficam apenas em simples tiroteios e fugas. ... Assim a equipe se depara com o conflito moral de proteger Ômega e a si mesmos ou assumir uma responsabilidade que pode resultar em sacrifícios ajudando o resto da galáxia que vem sendo massacrada pelo Império. ... Na parte política, vemos, aos poucos, o submundo de corrupção que fundamenta o Império e como seus comandantes usam os poucos clones restantes para acobertar falhas de forma a tornar a relação impossível. O que nos leva à trama da substituição compulsória dos soldados que passam a ser considerados obsoletos e substituíveis ... É interessante também como, diferente do que estamos acostumados, a animação mostra os clones como soldados bem treinados que representam perigo, são organizados e inteligentes, e não estou falando apenas dos protagonistas ou dos vilões principais, mas dos soldados menos importantes que o grupo enfrenta. ... A pior parte desta série é que uma hora os episódios terminam. Claro que isso pode ser considerado uma virtude, pois é perceptível o cuidado que tiveram com o tratamento do roteiro de sempre amarrar qualquer eventual ponta solta. ... Temporada: 9,5/10 Série: 9,5/10
Em outro cenário e novas criaturas fantásticas do folclore brasileiro Cidade Invisível tem mais personalidade, mas ainda não convence. ... A segunda temporada de Cidade Invisível mudou de base, saindo das florestas da Tijuca para o Pará em meio a uma disputa pelas lendárias terras de Marangatu, um local lotado de ouro e do qual ninguém consegue entrar, apenas uma garota, a filha de Eric. ... Assim, depois de um primeiro episódio com a filha do Eric procurando o pai ao lado da Cuca, passamos todo o resto dos episódios num cenário inverso intercalando pequenas missões que não chegam a empolgar. ... Levar o segundo ano para a região amazônica trouxe novas possibilidades de mitos, lendas e temáticas surgiram, como a inserção da bruxa Matita no campo sobrenatural e os garimpos ou conflitos por território de posseiros invasores e indígenas no background político. Assim como trouxe alguma identidade para o cenário que na primeira temporada soava genérico. ... A série assumiu o tempo real entre temporadas transportando para a narrativa que tinha terminado com o suposto sacrifício do guarda florestal. E o uso dos poderes agora não é mais segredo, ainda assim, o pouco orçamento para os efeitos especiais exigiu a criação de alternativas que tendem a esconder o fantástico, ou mostrando apenas com truques especiais. ... Mas tais estratégias não são problemáticas, o que atrapalha e falta de uma direção mais atenta e um elenco mais natural que permita que nos importemos com os perigos que eles se colocam. O ritmo também não contribui e parece que mesmo que tivesse o que apresentar, tudo fica superficial, e para fazer da forma como foi, seria mais fácil fechar apenas com um filme. ... E se o cenário ganhou personalidade, o mesmo não podemos dizer da história que tem algumas boas ideias, mas que não foram bem trabalhadas, deixaram a série sem alma. ... Temporada 5/10 Série 6/10
O fim da segunda guerra mundial infelizmente não acabou com os nazistas, mas nos anos seguintes algumas pessoas dedicara o resto de suas vidas para eliminar os principais assassinos que se esconderam pelo mundo. ... A segunda temporada de Hunters demorou, mas felizmente chegou dando continuidade à caçada do grupo de judeus que cruzava o mundo atrás dos generais nazistas que fugiram da retomada dos aliados. ... Mas depois da descoberta de um inimigo disfarçado entre os aliados o que mais poderia nos surpreender? A investigação sobre uma das maiores teorias da conspiração pós guerra: Hitler e seus principais comandados vivos e preparando um novo Reich a partir da Argentina. ... A temporada se desenvolve a partir de idas e vindas ao longo da década de 1970, com Meyer, alguns anos antes da morte criando o grupo de caçadores, mas mostrando motivações e ações nada altruístas ou justiceiras; e o presente, em 1979, com a reunião do grupo para a última e definitiva missão. ... O tom mais aventuresco do primeiro ano ganhou tons mais sérios e os novos personagens que acabam tomando o tempo de tela dos antigos, e alguns deles viram meros coadjuvantes. O número menor de episódios foi favorável ao ritmo da série, mas ainda poderia ter cortado alguns elementos, como o namoro do protagonista que é meio jogado, deixa pontas soltas e se mostra desnecessário. ... Por outro lado, existe todo um episódio que em relação ao desenvolvimento da trama principal vira um extra e nem precisa ser assistido, com exceção dos cinco minutos finais. Mas é esse o melhor episódio do ponto de vista liberdade e inventividade, trazendo um roteiro de casa mal assombrada sob um aspecto mais sarcástico ... A trama trabalha bem com os limites da lei, de um lado um grupo de extermínio matando genocidas e de outro, a lei fazendo sua própria busca, mas sendo impedidos de levar a justiça por falta de provas ou atingir pessoas poderosas. ... O episódio final avança na questão com a força de um discurso, líderes e mártires capazes de conquistar e dominar mentes. E por isso a necessidade da eterna vigilância contra os ideais fascistas que infelizmente ainda persistem. ... Disponível: #amazonprime . Série 8,5
A muito tempo atrás, numa Hollywood muito distante, existia um diretor/ator/humorista que ousou contar toda a trajetória da história do mundo ocidental em apenas um filme. Em 1981 ele contou a primeira parte, agora chegou o momento da continuação. ... História do Mundo Parte 2 dá continuidade à proposta de narrativa lançada por Mel Brooks anos atrás, visitar pequenos recortes históricos tirando sarro por onde passa. E... Infelizmente o humor definitivamente não funciona mais. ... São oito episódios multi-fragmentado que recorre a dois ou três segmentos repetidas vezes a fim de desenvolver uma história maior como no filme de 1981. Mas por mais que exista um elenco grande e conhecido do cinema tentando se divertir, mas é muito difícil pro espectador se manter na frente da TV. ... Enfim, não quer dizer que alguns sketches não tenham me agradado, mas o saldo foi uma decepção bem grande pelo exagero na boberagem e alguns temas que parece terem ficado no início da dos anos 1980. ... #starplay ... 5/10
Demorou quatro anos, mas a Amazon Prime finalmente retornou à Carnival Row com uma segunda e última temporada explosiva. ... Continuamos a acompanhar os dois núcleos de personagens: Philo e Vignette em lados opostos da tentativa de encerrar o conflito contra os humanos depois da criação do campo de concentração no bairro de Row; enquanto Immogen e Agreus logo descobrem que mesmo o mar não é suficientemente longe para fugir dos problemas. ... O cenário criado para a série nunca foi o mais agradável para os seres feéricos, mas o racismo que explodiu em definitivo no fim do primeiro ano, encarcerou todas as criaturas fantásticas da cidade num gueto vigiado 24 horas por dia com execuções públicas destes seres ocorrem no lado humano e alimentam ainda mais o ódio. ... De outro lado temos o casal interespécie sendo capturado pela nação do Pacto e nos mostrando que antiga nação aristocrática passou por uma revolta da população que matou parte dos nobres que a exploravam, a Nova Alvorada que passou a viver numa sociedade que se assemelha a União Soviética pós revolução. ... Assim, acompanhamos com foco alternado a cada episódio os dois centros urbanos, cada um com seus segredos de violência e cerceamento de liberdades. Com a decadência do cenário vitoriano se contrapondo a um suposto paraíso de igualdade sociais e entre espécies a série vai caminhando para uma situação cada vez mais explosiva. ... Foi uma temporada final épica, que fez jus a todo o planejamento e gasto feito inicialmente na produção. E vemos isso não apenas no tratamento dado ao texto, mas em especial nos valores de produção, cenários reais que foram criados, efeitos especiais e práticos bem inseridos e o mega elenco que dá um show nas atuações. ... Série 8/10 Temporada 8,5/10
Até onde você vai para escalar postos dentro de uma empresa? Ou melhor, o que você está disposto a fazer para que o lugar que você trabalhe tenha sucesso? ... Em O Consultor conhecemos um estúdio de jogos para celular de sucesso, mas que precisou passar por uma transformação meteórica depois que seu diretor e criador foi morto por uma criança influenciada pelo Diabo (segundo ela mesma). ... Com esse panorama passamos a acompanhar a reestruturação da empresa, orquestrada por um consultor misterioso vindo de algum lugar da Europa e que apresenta novas regras e comportamentos estranhos como não conseguir de subir as escadas de vidro para seu escritório. ... O suspense é sutil, existe o mistério em relação a verdadeira identidade do Consultor, mas é por meio dessa desconfiança que surge um humor sarcástico e cada vez mais surreal que dispara a todo momento analogias críticas ao mundo corporativo e de como ele se aproxima com outro tipo de "instituição" que (no geral) todos querem evitar em vida e após ela. ... Assim percorremos oito episódios com menos de uma hora cada observando os conflitos e distanciamento crescente entre Elaine (Brittany O’Grady) e Craig (Nat Wolff) em oposição ao novo "chefe" Regus Patoff (Christoph Waltz) que por vezes parece nem pertencer ao nosso mundo. ... 8,5/10
A história dos dois técnicos de manutenção viciados em séries policiais que acabam se envolvendo com a máfia retorna para a segunda temporada. ... Continuando imediatamente após o fim da temporada passada, Que Cilada! vai mostrar os dois amigos como reféns do principal capanga (e cozinheiro) do chefe da máfia siciliana enquanto precisam lidar com questões de relacionamento, mentiras e um desdobramento do assassinato do contador que iniciou toda a confusão. ... O ritmo de piadas diminui um pouco em relação à temporada anterior, mas a estrutura se mantém com uma única história transcorrendo ao longo de seis episódios. O tom pastelão que surgia a partir da interação entre os protagonistas foi diluído com o resto da máfia ganhando mais importância. ... E talvez o mais ironicamente engraçado são as críticas feitas em relação ao sistema carcerário e policial que é extremamente sujeito a propinas ou amadorismos que tanto refletem ao nosso país. ... Continua divertido, mas perdeu um pouco dos elementos que a tornavam mais singular. ... Série 6,5/10 Temporada 6/10
Em 2016 os fãs de Phillip Pullmam tiveram a primeira oportunidade de ver uma versão de carne e osso de sua principal obra, mas por causa de uma bilheteria menor que a esperada (e pressão de alguns grupos) o que era para ser uma trilogia se encerrou num único filme sem fim. ... Os anos passaram e "A Bússola Dourada" recebeu mais uma oportunidade em 2019 pela HBO, a Pandemia atrapalhou um pouco, mas finalmente a terceira e última temporada foi lançada encerrando a jornada de Lyra contra a Autoridade e sua tentativa de dominar todas as realidades. ... O ano começa com os heróis separados pelo multiverso, com Will buscando Lyra e de posse da Faca que corta o tecido das realidades e da Bússola Dourada; Lyra sedada por sua mãe num templo em ruínas; e Asriel reunindo soldados para lutar na rebelião contra a Autoridade. ... Foi uma temporada sobre obsessões e como elas cegam para as coisas mais importantes, mas com o passar dos episódios temos espaço para redenções e o uma guerra contra um poder multiversal religioso que rouba almas com objetivo de controlar toda a humanidade. ... As diversas tramas abertas nos anos passados precisavam de conclusão e essa temporada conseguiu fechar as principais linhas narrativas, mas com vários problemas. Além de exagerar nas conveniências de roteiro, erraram no tempo para cada arco, esticando alguns e acelerando outros ... Se por um lado temos na passagem pela Terra dos Mortos algo extremamente demorado e sem acontecer muita coisa; por outro, a pesquisadora no mundo dos elefantes falantes parecia alheia até ser "colada" no último episódio; escolhas que atrapalharam no ritmo cansando o espectador. ... E o que falar do último episódio? Ele, além de criar e finalizar novas narrativas de forma atropelada, se prolonga num romance água com açúcar que se perde completamente do tom que a série tinha assumido. ... Enfim, uma série com boa história, atores bem entrosados entre si e com o cenário, efeitos especiais bem feitos (embora com visível economia em vários momentos), mas que esteve completamente perdida todo o terceiro ano. ... Temporada 6/10 Série 7/10
A polícia de Buenos Aires ganhou reforço de um esquadrão muito peculiar. ... Em Divisão Palermo acompanhamos um novo agrupamento da Polícia de Buenos Aires focado em trazer mais diversidade para a corporação. Mas o que era para ser apenas uma guarda para ajudar pessoas a atravessar a rua, logo se transforma quando um dos guardas é quase morto numa operação. ... A série de comédia traz piadas de humor ácido e bobo que podem soar um pouco agressivas. Mas o direcionamento e o tom assumido acabam por aliviar essa questão, ridicularizando os piadistas que sempre pensam que são melhores pelos mais diferentes motivos. ... Questão aliviada ao ridicularizar os piadistas que se colocam como superiores e "normais", ou os policiais que transitam entre a arrogância e a incompetência e quase sempre corruptos. Os atores são caricatos, mas há a preocupação de humanizá-los, com mais defeitos que qualidades, e que vão além de arquétipos superficiais. ... Com bom tempo cômico, a série tem ritmo ao assumir episódios ao mesmo tempo contínuos e que encerram mini tramas em cada um deles. A maior surpresa fica para a violência, pois apesar de pontual, quando acontece, personagens morrem e o sangue espirra pra todo lado. ... À moda portenha, é possível identificar de Loucademia de Polícia à Brooklyn Nine Nine, passando pela trilha sonora saída dos anos 1980 com acordes que lembram Miami Vice e Um Tira da Pesada. ... Disponível: #netflix ... 7/10
Já faz um tempo que os remakes, reboots e re(alguma coisa) vem tomando as produções de Hollywood, porque não uma série mostrando os bastidores do reinício de um falso sitcom do início da década de 2000? Bem-vindos a Reboot. ... A série nos mostra da showrunner convencendo os produtores do streaming Hulu a comprar sua ideia, até a produção dos episódios. Enquanto acompanhamos o reencontro do elenco que nunca obteve nenhum sucesso nos 20 anos que passaram e os conflitos entre equipe criativa e os produtores sobre o que cada um espera para o programa. ... A comédia metalinguística assume principalmente duas tramas: o relacionamento entre os personagens e o conflito de gerações, ressaltando as diferenças, mas na busca pela conciliação. ... A sitcom é apenas o pano de fundo para tramas críticas sempre com humor sarcástico sobre o cotidiano do mundo massacrante atrás das câmeras em contraste com as histórias de famílias "doriana" que assistimos na TV. ... O humor procura humanizar a equipe de produção a partir do foco que dá tanto na mesa dos roteiristas como entre os atores, ambos sempre sujeitos às vontades dos produtores que todos como objetos prontos para serem usados e jogados fora. ... Infelizmente a série foi cancelada, mas ainda é possível se divertir com os episódios lançados. ... 6/10
O comediante Edimilson Filho já vem a algum tempo criando um estilo próprio de produções ambientadas no sertão nordestino numa mistura de referências do cinema Hollywoodiano com o humor de folhetim e uma grande influência dos Trapalhões. ... O Cangaceiro do Futuro é mais uma dessas obras sincréticas contemporâneas de Edimilson, uma série que acompanha Virguley, um cearense cansado de viver em São Paulo que acaba viajando no tempo para 1928 em Caatingueiras, no meio ao sertão de Lampião. ... Como Virguley é muito parecido com o cangaceiro, ele assume a identidade e cria um bando à sua maneira, pelo menos enquanto o verdadeiro Lampião não descobre e começa a tocar o terror. E conta com a participação especial do Padrinho Cícero como uma espécie de Mestre dos Magos que vez ou outra aparece como uma frase pronta e misteriosa. ... Infelizmente a mistura de Trapalhões com o Alto da Compadecida não funcionou, sete episódios, quando poderia ser resolvido em um filme com menos de 2 horas, resultou numa extensão muito além do necessário, daí faltou roteiro e o humor utilizado para preencher o tempo tornou tudo excessivamente bobo e caricato. ... Gosto muito de Cine Hollyúdi e Shaolin do Sertão, mas já achei os Cabras da Peste mais fraco, e esta última produção foi bem decepcionante. ... 5/10
Depois de muita confusão, a série Vox Machina havia terminado com a renúncia da família real para um grupo de conselheiros e uma ameaça no horizonte. Esse perigo apenas anunciado, é revelado nos primeiros minutos da temporada, o ataque implacável de dragões das mais variadas espécies, o chamado Conclave Cromático. ... Esse segundo ano vai assumir como missão principal a reunião de artefatos ancestrais que possam enfrentar os dragões, mas em paralelo cada personagem do grupo tem seus próprios problemas como a espada amaldiçoada do Vax ou a relação superprotetora dos elfos gêmeos. ... Os personagens que já tinham ganhado poder ao longo dos episódios do primeiro ano, desta vez escalonam de uma forma ainda mais acelerada para estarem aptos ao confronto final. Mas além de cada sangrenta e empolgante batalha, são as histórias de background que fazem o espectador se apaixonar e temer ainda mais por cada um do grupo. ... Sem nenhum episódio que pareça em excesso e com lançamento semanal de três em três capítulos, a série consegue manter com louvor o ritmo e o nosso interesse por mais. Muito por causa do equilíbrio de tramas e a criação de um perigo inominável que consegue ser encarado com o nível de drama suficiente e a imprudência característica que traz o nível de humor ideal. ... O roteiro funciona para qualquer espectador, mas qualquer um que jogou algumas partidas de RPG vai reconhecer (e se reconhecer) cada decisão bizarra que os personagens tomam, as piadas e os erros ou acertos críticos responsáveis pelos milagres de cada partida. ... E que ganham ainda mais vida com uma animação que assume elementos estéticos orientais, em especial a utilização das linhas de ação que ampliam a sensação de velocidade às sequências de luta e perseguição. ... Disponível: #amazonprime ... Temporada 9,5/10 Série 9/10
A turma do Furgão do Mistério vem conquistando gerações investigando monstros com ajuda de um cachorro medroso. Mas qual a origem dessa amizade? ... Em Velma acompanhamos os primeiros passos da adolescente responsável por descobrir os mistérios de Scooby-Doo investigando a série de assassinatos de adolescentes que vem ocorrendo na sua escola enquanto procura pistas sobre o paradeiro de sua mãe. ... Revisitar os personagens numa releitura mais superlativa e "adulta" poderia ser interesse, cada personagem da turma ganha desenvolvimento diferente com suas próprias missões de descoberta e amadurecimento. ... Para isso assume um texto cheio de referências à cultura pop sempre muito ácido à sociedade, com muitas críticas à misoginia. Mas o humor sarcástico é muito exagerado e sem graça, as crítica são sempre jogadas aleatoriamente e atrapalham ao invés de passar alguma mensagem. ... E por fim, chegamos à protagonista, o roteiro errou tanto na construção da Velma que a transformou numa personagem tão egoísta que fica impossível gostar dela. ... Enfim, mirou na desconstrução progressista e acertou no estereótipo da lacração onde a mensagem é apenas jogada e se torna vazia. ... Disponível: #hbomax ... 3,5/10
The Flash (9ª Temporada)
2.7 24 Assista AgoraForam 12 anos, mas a última temporada do Arrowverso finalmente aconteceu. Depois de um início quase despretensioso e o auge nos crossovers, sofreu com uma queda de qualidade meteórica e um longo período de agonia. Mas valeu a pena persistir até o fim?
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Como temporada final, não apenas de uma série, mas de todo um universo compartilhado, o nono ano de Flash aproveitou arcos recentes das HQs para inspirar suas histórias como a fazer Death Metal e trouxe de volta a maior parte dos atores e seus respectivos personagem que conseguiu reunir numa grande homenagem despedida.
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Os problemas de interpretações exageradas (ou a falta de qualquer noção de atuação) de alguns atores continua, e mesmo os efeitos especiais parece que pararam de evoluir faz um tempo, mas no balanço geral a temporada se sustenta melhor em ritmo e roteiro que pelo menos os dois ou três anos passados.
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Talvez a maior decepção foi justamente com os episódios finais, onde inventaram um draminha existencial reverberando pelo tempo com todos os vilões velocistas de volta, quando poderiam ter criado algo mais parecido com um crossover que encerrasse todo o cenário buscando a participação dos protagonistas das outras séries.
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Enfim, melhor que os dois últimos anos, mas perdida nas piores escolhas possíveis para as tramas com conclusões e efeitos preguiçosos. E isso que eu nem falei da péssima noção de envelhecimento dos personagens de 30 anos no futuro.
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Temporada 6/10
Série 6/10
Future Man: O Viajante do Tempo (2ª Temporada)
3.3 12A empresa que encontrou a cura para herpes e todas as outras doenças foi finalmente destruída e o futuro salvo, mas será que foi mesmo?
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A segunda temporada de Futureman começa com Josh sendo sequestrado da prisão por viajantes do futuro para uma nova missão: salvar a si mesmo e seus companheiros de um futuro alternativo dividido entre uma sociedade anti tecnologia e outra com pretensões de viver em Marte.
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A temporada mantém o tom nonsense, mas muda bastante em relação à ambientação e amplitude, com a ação deslocada e concentrada em um futuro distópico e árido ao mesmo tempo que aumenta o número de personagens e coadjuvantes na série.
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Josh perde seu protagonismo para a dupla de soldados rebeldes do futuro e narrativamente a série abre espaço para episódios experimentais, sem tirá-los da continuidade como um musical e outro com os títulos de interlúdio do Law and Order.
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Disponível: #emnenhumlugar
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Temporada 7/10
Série 7/10
Britannia (3ª Temporada)
3.4 3O conflito entre romanos e comunidades britânicas só cresce e Cait precisa se decidir se vai liderar a rebelião ou abandonar tudo.
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Na terceira temporada de Britannia acompanhamos os passos finais da jornada de aceitação pela escolhida da profecia finalmente assumindo o fardo levar a guerra até os romanos e expulsá-los da Bretanha, os invasores ganham um novo e perigo aliado com a chegada da sacerdotisa de Lokka.
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Diferentes religiões se encontram numa disputa por hegemonia que nessa série aparece como armas ocultas nos confrontos entre Roma e as comunidades locais. Pela primeira vez temos o cristianismo aparecendo e se juntando às outras crenças como mais uma forma de poder, mas suas relíquias podem mudar o equilíbrio.
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Assim, com tantas mitologias, é interessante como a série trabalha com o sobrenatural, ele inicialmente apareceu de forma mais sutil, mas foi ganhando contornos mais fortes e desta vez não temos apenas truques e enganos como ocorria nos anos anteriores.
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A estética e ritmo dos filmes do Guy Ritchie traz aquele toque de sarcasmo para o roteiro que cria uma identidade única e diferencia das tantas outras séries de época que inundaram os canais de TV e streamings. O problema é quando se perde em excessos e em alguns momentos "escapa" um Monte Phyton, mas no geral segura bem no humor sarcástico e sangrento.
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Disponível: #starplus
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Temporada 6,5/10
Série 6,5/10
Future Man: O Viajante do Tempo (1ª Temporada)
3.9 27O melhor jogador de vídeo game tem capacidade para salvar o mundo?
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Em Futureman acompanhamos o zelador de um laboratório que se sente um fracasso por ainda viver com os pais e tem como única qualidade ser o melhor jogador de um jogo de tiro em primeira pessoa impossível de vencer.
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Até que ele finalmente vence e é convocado para uma missão de viagem no tempo que pode salvar o futuro. Uma mistura de Último Guerreiro das Estrelas com Exterminador do Futuro e De Volta para o Futuro com um tom de comédia que é bobo na medida certa, a um passo de se tornar idiota.
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Esta aventura com elementos Scifi de baixo orçamento apresenta os problemas clássicos de viagem no tempo com um protagonista nerd que tenta de tudo evitar paradoxos enquanto seus companheiros do futuro não entendem muito bem como funciona o que acontece quando o passado é extremamente impactado.
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Sem se importar muito com as consequências, a cada ida e vinda no tempo a realidade parece mais e mais quebrada, deixando a ameaça dos mutantes perfeitos do futuro cada vez mais estranha.
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7/10
Sweet Tooth (2ª Temporada)
3.7 56 Assista AgoraA humanidade corre contra o tempo para não ser extinta por um vírus mortal, mas qual o limite para que os sobreviventes percam tudo que um dia lhes fez humanos?
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A segunda temporada de Sweet Tooth deixa de lado a jornada pelos EUA para focar especialmente num cenário: o zoológico. Com os híbridos tentando fugir, os aliados elaborando resgates e o exército dos Últimos Homens, expandindo os domínios e intensificando as experiências com os híbridos em busca da cura, sem se importar com quantos corpos deixam pelo caminho.
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Desta forma, temos uma temporada mais intensa que a passada, com o desenvolvimento dos personagens voltados para conflitos internos e descobertas. A princípio mais sério, mas equilibrado com sequências quase lúdicas das crianças, como se a violência não as afetasse completamente sempre otimistas e com "planos infalíveis".
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Com tantos cancelamentos na Netflix, o atraso da temporada criou um certo receio de presenciarmos mais uma desistência, felizmente o novo ano chegou e casado com o anúncio do encerramento da série na temporada seguinte, tempo para fechar tudo sem atropelos.
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De qualquer forma, é possível ver um plano B em ação pelos produtores com a divisão bem peculiar, foram dois arcos divididos em seis e dois episódios, como se os dois últimos fossem um epílogo com detalhes do início da praga e um segundo grande confronto contra os vilões da temporada.
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Não usual, mas mesmo assim conseguiu imprimir um ótimo ritmo do início ao fim, desenvolvendo arcos na medida certa, sem se alongar além do necessário e fazendo o espectador se apegar e aceitar até mesmo as soluções que podemos chamar de infantis, desde resoluções, como o aspecto caricato de alguns personagens.
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Disponível: #netflix
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8/10
Star Wars: Visions (2ª Temporada)
4.0 19Já faz algum tempo que 4 de Maio traz novidades sobre Star Wars, neste ano de 2023 a escolhida foi a segunda temporada da série Visions.
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Assim, voltamos para mais 9 episódios com experimentações estéticas ou narrativas no cenário de Guerra nas Estrelas com total liberdade para seus criadores em produções independentes e sem amarras às cronologias do universo.
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Neste segundo ano a média de qualidade foi ainda melhor e mais variada, pois a escolha dos estúdios participantes não se restringiu apenas ao Japão, o que trouxe influências de todo o mundo; como também deixou as narrativas Jedi tradicionais em segundo plano para novas e diferentes histórias.
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E como toda antologia, alguns episódios conquistam mais do que outros, assim ressalto dois deles: o primeiro episódio tem toda uma mescla estética de inacabado com um potencial surreal de sequências com cenários ainda no esboço.O terceiro tem uma mensagem ecológica e produção chilena em stop motion, que faz homenagem a um dos povos originários que foi exterminado no início do século XX, os Selknam.
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Por outro lado, se temos agora mais diversidade temática, infelizmente as escolhas tenderam para narrativas mais infantis que não surpreendem tanto como algumas batalhas de samurai como o primeiro ano.
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Disponível: #disneyplus
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7,5/10
Star Trek: Picard (3ª Temporada)
3.9 16 Assista AgoraStar Trek Picard sempre foi para iniciados, embora apresente pontos de acesso para novos espectadores, seu coração está em apresentar uma grande homenagem à clássica Nova Geração e esta última temporada não poderia ser diferente.
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A terceira temporada deixa de lado grande parte do elenco dos dois primeiros anos para trazer novos e, principalmente, velhos personagens que estavam perdidos pelos planetas da Frota Estelar e além. Assim inicia com uma narrativa em duas frentes: o reencontro e resgate de uma velha amiga de um lado, enquanto Raffi investiga um esquema de contrabando de armas.
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Ambas as narrativas vão convergindo aos poucos para, a partir da metade da temporada, revelar uma conspiração de infiltração na Frota Estelar sem precedentes, referenciando mais um clássico inimigo da franquia. Mas claro que toda a ação tem como objetivo desenvolver o grande tema central da temporada, e que o título do primeiro episódio revela, a próxima geração.
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Assim, entre phasers e mísseis fotônicos, reencontros e despedidas, acompanhamos o drama da descendência em diferentes níveis de interação, a ideia de perpetuação e eternidade a partir do sangue ou do legado do que é deixado para as gerações seguintes.
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É interessante a estruturação em conjuntos de episódios, pois, por mais que exista continuidade de uma única grande história a temporada se divide por arcos os quais a introdução toma os primeiros três capítulos. Aliado à divisão entre os dois núcleos iniciais, ajudou na construção de um ritmo equilibrado, sem atropelo ou que se perdesse em estender além do necessário.
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Outro ponto impossível de não mencionar é o apelo à nostalgia, com vários retornos ou simples menções de momentos icônicos, além da utilização de fórmulas que conseguem atingir mesmo aqueles (como eu) que só conheceram a franquia recentemente com as novas séries e filmes ou informações de amigos viciados que guardam cada episódio na memória.
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A série encerra bem, mas não poderia deixar de lado um aceno para uma possível continuação com a nova nova geração. Pela forma como terminou e que as outras séries estão sendo conduzidas, pode vir mais.
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Disponível: #amazonprime
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Série 8,5/10
Temporada 9/10
O Mandaloriano: Star Wars (3ª Temporada)
3.9 148 Assista AgoraA galáxia muito, muito distante vai muito além de Jedi e suas lutas com sabres de luz.
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Mandaloriano chega a sua terceira temporada com Din Djarin encontrando uma nova busca: descobrir se o planeta de Mandalore, supostamente destruído em batalha contra o Império, poderia novamente ser habitado.
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O pequeno Grogu deixa de ser o centro da trama, embora ainda tenha seu desenvolvimento em relação ao seu passado e sua parceria com Din Djarin. Mas o foco está mesmo no reencontro dos mandalorianos, a necessidade de reuní-los e confrontar os remanescentes de um Império fragmentado, mas que vem retomando espaço nas periferias da Nova República.
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Assim, acompanhamos a dupla ao longo de várias pequenas missões pelos planetas da galáxia como a reconstrução do droid IG-11, um embate contra piratas, e até mesmo passar por um planeta com robôs fora de controle, mas que seus moradores não sabem mais viver sem seus autômatos.
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A estética que mistura Western com Chambara espacial mantém o mesmo frescor e interesse de quando a série foi criada em 2020, mantendo a estrutura episódica com boa distribuição entre desenvolvimento e ação.
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No entanto, o encerramento aconteceu de forma muito atropelada, com algumas escolhas de roteiro que nominalmente apontavam para o dramático, mas ou foram abandonadas, ou não tiveram o devido desenvolvimento ao longo da temporada e o impacto pretendido foi diluído. Enfim, faltou emoção em pontos chave da trama.
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Disponível: #disneyplus
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Série 9/10
Temporada 8/10
A Inglesa
4.0 22 Assista AgoraA chamada conquista da América foi feita sob muito derramamento de sangue, sobretudo dos povos originários que eram pra massacrados, ora expulsos de suas terras. Esse massacre continua até hoje.
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Na minissérie A Inglesa vemos um recorte desse conflito em 1890, nos territórios recém destituídos dos pawnees. Acompanhamos um ex-membro da cavalaria unionista levando Lady Cordelia Locke numa missão de vingança que toca em temas como racismo, misoginia, exploração .
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Um drama histórico com elementos de romance que faz um aceno ao Western clássico na trilha sonora e na interpretação mais proeminente que lembra o cinema dos anos 1950. Mas da mesma forma que se aproxima inicialmente desta referência, pouco a pouco vai se transformando em algo singular.
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Ainda que não busque o contemplativo, se destaca com uma paisagem feita em parte no deserto da Espanha que referencia as produções do Leone.
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É uma narrativa muito lenta, um formato arrastado, com diálogos longos e mesmo com poucos episódios, fica difícil assistir todos de uma única vez, ainda assim, vale a pena e aos poucos encontra um ritmo crescente.
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Por outro lado, isso não significa que a série não tenha violência, os confrontos nem sempre são mostrados diretamente, mas todos eles mantêm a carga dramática, seja do choque, da tensão, ou dos corpos torturados pendurados pelo caminho.
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7/10
Star Trek: Strange New Worlds (2ª Temporada)
4.0 17 Assista AgoraSe hoje conhecemos Star Trek, ou Jornada nas Estrelas como uma franquia consolidada, ela não começou assim, já que a série inicial na década de 1960 teve apenas três, das cinco temporadas planejadas.
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Não apenas isso, o episódio piloto foi tão modificado que sua tripulação se tornou uma lenda que só agora, com Star Trek - Strange New Worlds poderemos acompanhar. Assim, temos uma releitura do piloto perdido como base para novas descobertas anos antes do Capitão Kirk assumir a Enterprise.
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Com uma estrutura episódica que remete ao formato clássico, cada semana vemos um novo desafio aparecendo, mas mantendo o ritmo dinâmico atual no qual cada capítulo se conecta por meio de recorrências ou temáticas que são retomados de forma alternada. Esse formato também permite brincar com referências e tons de narrativa diferentes, então vamos de dramas existenciais à horrores no estilo Alien, sem nunca soar estranho.
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E embora tenhamos o capitão Pike claramente como personagem principal norteando as tramas, há um especial cuidado no equilíbrio de protagonismos, de forma a abrir possibilidades de desenvolvimento mais amplo de grande parte da equipe.
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A princípio se voltando para o trauma de Pike que o assombra ao longo de todo o primeiro ano, a visão predestinada de sua morte que ele teve quando foi apresentado na segunda temporada de Discovery. Mas não apenas Pike, pois todos os personagens passam por conflitos em relação a inevitabilidade ou não do futuro já definido.
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Assim, a partir da luta contra o pior dos destinos que a esperança toma toda a temporada, um otimismo que procura não ser inocente e apresenta as ameaças de forma clara, mas não sem a possibilidade de serem vencidas.
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9/10
Kindred: Segredos e Raízes (1ª Temporada)
3.5 9 Assista AgoraO mal do presente tem profundas raízes no passado.
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Em Kindred acompanhamos Dana, uma escritora negra que estuda para trabalhar como roteirista e ao mudar para Los Angeles começa a ter episódios de viagem no tempo, onde ela volta para o século XIX e precisa sobreviver ao regime escravista.
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Em viagens sempre muito traumáticas, Dana acaba levando Kevin junto para 1815, na fazenda do escravista Thomas Weylin. Entre idas e vindas no tempo, começamos a descobrir os laços de parentesco da protagonista ao mesmo tempo que a série reforça o sistema racista do século XIX e seus reflexos ainda existentes no presente.
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Inspirada num dos maiores sucessos do início da carreira de Octávia Butler, é um drama social sobre violência racial a partir das raízes escravistas individuais que mesclam com a genealogia da sociedade estadunidense.
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As atuações são satisfatórias, com especial atenção à Dana e Thomas que entregam mais profundidade em seus personagens e amplificam a violência que é mostrada em tela. Com uma trama mais focada, a desumanização dos escravizados se centra em algumas passagens que mostram o desconforto que os viajantes no tempo têm pela violência física e mental imposta.
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O ritmo inicial é um pouco lento e deve cansar quem espera mais movimento, mas a trama ganha velocidade à medida que as regras da viagem no tempo vão ficando mais claras, ao mesmo tempo que cresce a tensão em relação aos personagens.
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Infelizmente a série foi cancelada com apenas uma temporada, mesmo recebendo boas críticas, ainda assim, é um convite para ler o livro de Octávia que foi lançado aqui no Brasil.
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8/10
Star Wars: The Bad Batch (2ª Temporada)
4.0 18O tempo dos clones já passou e o Império agora os enxerga apenas como uma relíquia a ser jogada fora.
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David Filoni consegue sempre surpreender na forma como vem orquestrando esse cenário expandido de Star Wars. Bad Batch que começou com um grupo de clones degenerados lutando para existir no universo do Império se voltou na segunda temporada para uma existência mais de bastidores.
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Mesmo sendo uma animação, supostamente voltada para um público mais jovem, os temas que servem de base para cada arco de histórias são complexos. Há bastante atenção ao roteiro que se divide entre o local de episódio a episódio, com o desenvolvimento de temas ao longo da temporada, pois se o grupo principal faz suas pequenas missões de caçadores para uma líder criminosa, os conflitos que eles se envolvem não ficam apenas em simples tiroteios e fugas.
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Assim a equipe se depara com o conflito moral de proteger Ômega e a si mesmos ou assumir uma responsabilidade que pode resultar em sacrifícios ajudando o resto da galáxia que vem sendo massacrada pelo Império.
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Na parte política, vemos, aos poucos, o submundo de corrupção que fundamenta o Império e como seus comandantes usam os poucos clones restantes para acobertar falhas de forma a tornar a relação impossível. O que nos leva à trama da substituição compulsória dos soldados que passam a ser considerados obsoletos e substituíveis
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É interessante também como, diferente do que estamos acostumados, a animação mostra os clones como soldados bem treinados que representam perigo, são organizados e inteligentes, e não estou falando apenas dos protagonistas ou dos vilões principais, mas dos soldados menos importantes que o grupo enfrenta.
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A pior parte desta série é que uma hora os episódios terminam. Claro que isso pode ser considerado uma virtude, pois é perceptível o cuidado que tiveram com o tratamento do roteiro de sempre amarrar qualquer eventual ponta solta.
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Temporada: 9,5/10
Série: 9,5/10
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 183 Assista AgoraEm outro cenário e novas criaturas fantásticas do folclore brasileiro Cidade Invisível tem mais personalidade, mas ainda não convence.
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A segunda temporada de Cidade Invisível mudou de base, saindo das florestas da Tijuca para o Pará em meio a uma disputa pelas lendárias terras de Marangatu, um local lotado de ouro e do qual ninguém consegue entrar, apenas uma garota, a filha de Eric.
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Assim, depois de um primeiro episódio com a filha do Eric procurando o pai ao lado da Cuca, passamos todo o resto dos episódios num cenário inverso intercalando pequenas missões que não chegam a empolgar.
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Levar o segundo ano para a região amazônica trouxe novas possibilidades de mitos, lendas e temáticas surgiram, como a inserção da bruxa Matita no campo sobrenatural e os garimpos ou conflitos por território de posseiros invasores e indígenas no background político. Assim como trouxe alguma identidade para o cenário que na primeira temporada soava genérico.
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A série assumiu o tempo real entre temporadas transportando para a narrativa que tinha terminado com o suposto sacrifício do guarda florestal. E o uso dos poderes agora não é mais segredo, ainda assim, o pouco orçamento para os efeitos especiais exigiu a criação de alternativas que tendem a esconder o fantástico, ou mostrando apenas com truques especiais.
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Mas tais estratégias não são problemáticas, o que atrapalha e falta de uma direção mais atenta e um elenco mais natural que permita que nos importemos com os perigos que eles se colocam. O ritmo também não contribui e parece que mesmo que tivesse o que apresentar, tudo fica superficial, e para fazer da forma como foi, seria mais fácil fechar apenas com um filme.
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E se o cenário ganhou personalidade, o mesmo não podemos dizer da história que tem algumas boas ideias, mas que não foram bem trabalhadas, deixaram a série sem alma.
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Temporada 5/10
Série 6/10
Hunters (2ª Temporada)
3.6 38O fim da segunda guerra mundial infelizmente não acabou com os nazistas, mas nos anos seguintes algumas pessoas dedicara o resto de suas vidas para eliminar os principais assassinos que se esconderam pelo mundo.
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A segunda temporada de Hunters demorou, mas felizmente chegou dando continuidade à caçada do grupo de judeus que cruzava o mundo atrás dos generais nazistas que fugiram da retomada dos aliados.
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Mas depois da descoberta de um inimigo disfarçado entre os aliados o que mais poderia nos surpreender? A investigação sobre uma das maiores teorias da conspiração pós guerra: Hitler e seus principais comandados vivos e preparando um novo Reich a partir da Argentina.
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A temporada se desenvolve a partir de idas e vindas ao longo da década de 1970, com Meyer, alguns anos antes da morte criando o grupo de caçadores, mas mostrando motivações e ações nada altruístas ou justiceiras; e o presente, em 1979, com a reunião do grupo para a última e definitiva missão.
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O tom mais aventuresco do primeiro ano ganhou tons mais sérios e os novos personagens que acabam tomando o tempo de tela dos antigos, e alguns deles viram meros coadjuvantes. O número menor de episódios foi favorável ao ritmo da série, mas ainda poderia ter cortado alguns elementos, como o namoro do protagonista que é meio jogado, deixa pontas soltas e se mostra desnecessário.
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Por outro lado, existe todo um episódio que em relação ao desenvolvimento da trama principal vira um extra e nem precisa ser assistido, com exceção dos cinco minutos finais. Mas é esse o melhor episódio do ponto de vista liberdade e inventividade, trazendo um roteiro de casa mal assombrada sob um aspecto mais sarcástico
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A trama trabalha bem com os limites da lei, de um lado um grupo de extermínio matando genocidas e de outro, a lei fazendo sua própria busca, mas sendo impedidos de levar a justiça por falta de provas ou atingir pessoas poderosas.
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O episódio final avança na questão com a força de um discurso, líderes e mártires capazes de conquistar e dominar mentes. E por isso a necessidade da eterna vigilância contra os ideais fascistas que infelizmente ainda persistem.
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Disponível: #amazonprime
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Série 8,5
A História Do Mundo: Parte 2
2.9 2 Assista AgoraA muito tempo atrás, numa Hollywood muito distante, existia um diretor/ator/humorista que ousou contar toda a trajetória da história do mundo ocidental em apenas um filme. Em 1981 ele contou a primeira parte, agora chegou o momento da continuação.
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História do Mundo Parte 2 dá continuidade à proposta de narrativa lançada por Mel Brooks anos atrás, visitar pequenos recortes históricos tirando sarro por onde passa. E... Infelizmente o humor definitivamente não funciona mais.
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São oito episódios multi-fragmentado que recorre a dois ou três segmentos repetidas vezes a fim de desenvolver uma história maior como no filme de 1981. Mas por mais que exista um elenco grande e conhecido do cinema tentando se divertir, mas é muito difícil pro espectador se manter na frente da TV.
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Enfim, não quer dizer que alguns sketches não tenham me agradado, mas o saldo foi uma decepção bem grande pelo exagero na boberagem e alguns temas que parece terem ficado no início da dos anos 1980.
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#starplay
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5/10
Carnival Row (2ª Temporada)
3.3 24 Assista AgoraDemorou quatro anos, mas a Amazon Prime finalmente retornou à Carnival Row com uma segunda e última temporada explosiva.
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Continuamos a acompanhar os dois núcleos de personagens: Philo e Vignette em lados opostos da tentativa de encerrar o conflito contra os humanos depois da criação do campo de concentração no bairro de Row; enquanto Immogen e Agreus logo descobrem que mesmo o mar não é suficientemente longe para fugir dos problemas.
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O cenário criado para a série nunca foi o mais agradável para os seres feéricos, mas o racismo que explodiu em definitivo no fim do primeiro ano, encarcerou todas as criaturas fantásticas da cidade num gueto vigiado 24 horas por dia com execuções públicas destes seres ocorrem no lado humano e alimentam ainda mais o ódio.
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De outro lado temos o casal interespécie sendo capturado pela nação do Pacto e nos mostrando que antiga nação aristocrática passou por uma revolta da população que matou parte dos nobres que a exploravam, a Nova Alvorada que passou a viver numa sociedade que se assemelha a União Soviética pós revolução.
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Assim, acompanhamos com foco alternado a cada episódio os dois centros urbanos, cada um com seus segredos de violência e cerceamento de liberdades. Com a decadência do cenário vitoriano se contrapondo a um suposto paraíso de igualdade sociais e entre espécies a série vai caminhando para uma situação cada vez mais explosiva.
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Foi uma temporada final épica, que fez jus a todo o planejamento e gasto feito inicialmente na produção. E vemos isso não apenas no tratamento dado ao texto, mas em especial nos valores de produção, cenários reais que foram criados, efeitos especiais e práticos bem inseridos e o mega elenco que dá um show nas atuações.
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Série 8/10
Temporada 8,5/10
O Consultor (1ª Temporada)
3.2 19 Assista AgoraAté onde você vai para escalar postos dentro de uma empresa? Ou melhor, o que você está disposto a fazer para que o lugar que você trabalhe tenha sucesso?
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Em O Consultor conhecemos um estúdio de jogos para celular de sucesso, mas que precisou passar por uma transformação meteórica depois que seu diretor e criador foi morto por uma criança influenciada pelo Diabo (segundo ela mesma).
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Com esse panorama passamos a acompanhar a reestruturação da empresa, orquestrada por um consultor misterioso vindo de algum lugar da Europa e que apresenta novas regras e comportamentos estranhos como não conseguir de subir as escadas de vidro para seu escritório.
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O suspense é sutil, existe o mistério em relação a verdadeira identidade do Consultor, mas é por meio dessa desconfiança que surge um humor sarcástico e cada vez mais surreal que dispara a todo momento analogias críticas ao mundo corporativo e de como ele se aproxima com outro tipo de "instituição" que (no geral) todos querem evitar em vida e após ela.
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Assim percorremos oito episódios com menos de uma hora cada observando os conflitos e distanciamento crescente entre Elaine (Brittany O’Grady) e Craig (Nat Wolff) em oposição ao novo "chefe" Regus Patoff (Christoph Waltz) que por vezes parece nem pertencer ao nosso mundo.
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8,5/10
Que Cilada! (2ª Temporada)
3.4 3 Assista AgoraA história dos dois técnicos de manutenção viciados em séries policiais que acabam se envolvendo com a máfia retorna para a segunda temporada.
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Continuando imediatamente após o fim da temporada passada, Que Cilada! vai mostrar os dois amigos como reféns do principal capanga (e cozinheiro) do chefe da máfia siciliana enquanto precisam lidar com questões de relacionamento, mentiras e um desdobramento do assassinato do contador que iniciou toda a confusão.
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O ritmo de piadas diminui um pouco em relação à temporada anterior, mas a estrutura se mantém com uma única história transcorrendo ao longo de seis episódios. O tom pastelão que surgia a partir da interação entre os protagonistas foi diluído com o resto da máfia ganhando mais importância.
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E talvez o mais ironicamente engraçado são as críticas feitas em relação ao sistema carcerário e policial que é extremamente sujeito a propinas ou amadorismos que tanto refletem ao nosso país.
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Continua divertido, mas perdeu um pouco dos elementos que a tornavam mais singular.
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Série 6,5/10
Temporada 6/10
His Dark Materials - Fronteiras do Universo (3ª Temporada)
3.9 61 Assista AgoraEm 2016 os fãs de Phillip Pullmam tiveram a primeira oportunidade de ver uma versão de carne e osso de sua principal obra, mas por causa de uma bilheteria menor que a esperada (e pressão de alguns grupos) o que era para ser uma trilogia se encerrou num único filme sem fim.
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Os anos passaram e "A Bússola Dourada" recebeu mais uma oportunidade em 2019 pela HBO, a Pandemia atrapalhou um pouco, mas finalmente a terceira e última temporada foi lançada encerrando a jornada de Lyra contra a Autoridade e sua tentativa de dominar todas as realidades.
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O ano começa com os heróis separados pelo multiverso, com Will buscando Lyra e de posse da Faca que corta o tecido das realidades e da Bússola Dourada; Lyra sedada por sua mãe num templo em ruínas; e Asriel reunindo soldados para lutar na rebelião contra a Autoridade.
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Foi uma temporada sobre obsessões e como elas cegam para as coisas mais importantes, mas com o passar dos episódios temos espaço para redenções e o uma guerra contra um poder multiversal religioso que rouba almas com objetivo de controlar toda a humanidade.
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As diversas tramas abertas nos anos passados precisavam de conclusão e essa temporada conseguiu fechar as principais linhas narrativas, mas com vários problemas. Além de exagerar nas conveniências de roteiro, erraram no tempo para cada arco, esticando alguns e acelerando outros
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Se por um lado temos na passagem pela Terra dos Mortos algo extremamente demorado e sem acontecer muita coisa; por outro, a pesquisadora no mundo dos elefantes falantes parecia alheia até ser "colada" no último episódio; escolhas que atrapalharam no ritmo cansando o espectador.
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E o que falar do último episódio? Ele, além de criar e finalizar novas narrativas de forma atropelada, se prolonga num romance água com açúcar que se perde completamente do tom que a série tinha assumido.
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Enfim, uma série com boa história, atores bem entrosados entre si e com o cenário, efeitos especiais bem feitos (embora com visível economia em vários momentos), mas que esteve completamente perdida todo o terceiro ano.
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Temporada 6/10
Série 7/10
Divisão Palermo (1ª Temporada)
3.6 9 Assista AgoraA polícia de Buenos Aires ganhou reforço de um esquadrão muito peculiar.
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Em Divisão Palermo acompanhamos um novo agrupamento da Polícia de Buenos Aires focado em trazer mais diversidade para a corporação. Mas o que era para ser apenas uma guarda para ajudar pessoas a atravessar a rua, logo se transforma quando um dos guardas é quase morto numa operação.
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A série de comédia traz piadas de humor ácido e bobo que podem soar um pouco agressivas. Mas o direcionamento e o tom assumido acabam por aliviar essa questão, ridicularizando os piadistas que sempre pensam que são melhores pelos mais diferentes motivos.
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Questão aliviada ao ridicularizar os piadistas que se colocam como superiores e "normais", ou os policiais que transitam entre a arrogância e a incompetência e quase sempre corruptos. Os atores são caricatos, mas há a preocupação de humanizá-los, com mais defeitos que qualidades, e que vão além de arquétipos superficiais.
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Com bom tempo cômico, a série tem ritmo ao assumir episódios ao mesmo tempo contínuos e que encerram mini tramas em cada um deles. A maior surpresa fica para a violência, pois apesar de pontual, quando acontece, personagens morrem e o sangue espirra pra todo lado.
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À moda portenha, é possível identificar de Loucademia de Polícia à Brooklyn Nine Nine, passando pela trilha sonora saída dos anos 1980 com acordes que lembram Miami Vice e Um Tira da Pesada.
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Disponível: #netflix
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7/10
Reboot (1ª Temporada)
3.5 7Já faz um tempo que os remakes, reboots e re(alguma coisa) vem tomando as produções de Hollywood, porque não uma série mostrando os bastidores do reinício de um falso sitcom do início da década de 2000? Bem-vindos a Reboot.
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A série nos mostra da showrunner convencendo os produtores do streaming Hulu a comprar sua ideia, até a produção dos episódios. Enquanto acompanhamos o reencontro do elenco que nunca obteve nenhum sucesso nos 20 anos que passaram e os conflitos entre equipe criativa e os produtores sobre o que cada um espera para o programa.
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A comédia metalinguística assume principalmente duas tramas: o relacionamento entre os personagens e o conflito de gerações, ressaltando as diferenças, mas na busca pela conciliação.
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A sitcom é apenas o pano de fundo para tramas críticas sempre com humor sarcástico sobre o cotidiano do mundo massacrante atrás das câmeras em contraste com as histórias de famílias "doriana" que assistimos na TV.
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O humor procura humanizar a equipe de produção a partir do foco que dá tanto na mesa dos roteiristas como entre os atores, ambos sempre sujeitos às vontades dos produtores que todos como objetos prontos para serem usados e jogados fora.
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Infelizmente a série foi cancelada, mas ainda é possível se divertir com os episódios lançados.
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6/10
O Cangaceiro do Futuro
3.1 37 Assista AgoraO comediante Edimilson Filho já vem a algum tempo criando um estilo próprio de produções ambientadas no sertão nordestino numa mistura de referências do cinema Hollywoodiano com o humor de folhetim e uma grande influência dos Trapalhões.
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O Cangaceiro do Futuro é mais uma dessas obras sincréticas contemporâneas de Edimilson, uma série que acompanha Virguley, um cearense cansado de viver em São Paulo que acaba viajando no tempo para 1928 em Caatingueiras, no meio ao sertão de Lampião.
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Como Virguley é muito parecido com o cangaceiro, ele assume a identidade e cria um bando à sua maneira, pelo menos enquanto o verdadeiro Lampião não descobre e começa a tocar o terror. E conta com a participação especial do Padrinho Cícero como uma espécie de Mestre dos Magos que vez ou outra aparece como uma frase pronta e misteriosa.
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Infelizmente a mistura de Trapalhões com o Alto da Compadecida não funcionou, sete episódios, quando poderia ser resolvido em um filme com menos de 2 horas, resultou numa extensão muito além do necessário, daí faltou roteiro e o humor utilizado para preencher o tempo tornou tudo excessivamente bobo e caricato.
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Gosto muito de Cine Hollyúdi e Shaolin do Sertão, mas já achei os Cabras da Peste mais fraco, e esta última produção foi bem decepcionante.
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5/10
A Lenda de Vox Machina (2ª Temporada)
4.3 38 Assista AgoraDepois de muita confusão, a série Vox Machina havia terminado com a renúncia da família real para um grupo de conselheiros e uma ameaça no horizonte. Esse perigo apenas anunciado, é revelado nos primeiros minutos da temporada, o ataque implacável de dragões das mais variadas espécies, o chamado Conclave Cromático.
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Esse segundo ano vai assumir como missão principal a reunião de artefatos ancestrais que possam enfrentar os dragões, mas em paralelo cada personagem do grupo tem seus próprios problemas como a espada amaldiçoada do Vax ou a relação superprotetora dos elfos gêmeos.
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Os personagens que já tinham ganhado poder ao longo dos episódios do primeiro ano, desta vez escalonam de uma forma ainda mais acelerada para estarem aptos ao confronto final. Mas além de cada sangrenta e empolgante batalha, são as histórias de background que fazem o espectador se apaixonar e temer ainda mais por cada um do grupo.
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Sem nenhum episódio que pareça em excesso e com lançamento semanal de três em três capítulos, a série consegue manter com louvor o ritmo e o nosso interesse por mais. Muito por causa do equilíbrio de tramas e a criação de um perigo inominável que consegue ser encarado com o nível de drama suficiente e a imprudência característica que traz o nível de humor ideal.
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O roteiro funciona para qualquer espectador, mas qualquer um que jogou algumas partidas de RPG vai reconhecer (e se reconhecer) cada decisão bizarra que os personagens tomam, as piadas e os erros ou acertos críticos responsáveis pelos milagres de cada partida.
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E que ganham ainda mais vida com uma animação que assume elementos estéticos orientais, em especial a utilização das linhas de ação que ampliam a sensação de velocidade às sequências de luta e perseguição.
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Disponível: #amazonprime
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Temporada 9,5/10
Série 9/10
Velma (1ª Temporada)
2.3 124 Assista AgoraA turma do Furgão do Mistério vem conquistando gerações investigando monstros com ajuda de um cachorro medroso. Mas qual a origem dessa amizade?
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Em Velma acompanhamos os primeiros passos da adolescente responsável por descobrir os mistérios de Scooby-Doo investigando a série de assassinatos de adolescentes que vem ocorrendo na sua escola enquanto procura pistas sobre o paradeiro de sua mãe.
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Revisitar os personagens numa releitura mais superlativa e "adulta" poderia ser interesse, cada personagem da turma ganha desenvolvimento diferente com suas próprias missões de descoberta e amadurecimento.
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Para isso assume um texto cheio de referências à cultura pop sempre muito ácido à sociedade, com muitas críticas à misoginia. Mas o humor sarcástico é muito exagerado e sem graça, as crítica são sempre jogadas aleatoriamente e atrapalham ao invés de passar alguma mensagem.
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E por fim, chegamos à protagonista, o roteiro errou tanto na construção da Velma que a transformou numa personagem tão egoísta que fica impossível gostar dela.
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Enfim, mirou na desconstrução progressista e acertou no estereótipo da lacração onde a mensagem é apenas jogada e se torna vazia.
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Disponível: #hbomax
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3,5/10