Tão ruim que prefiro acreditar que Wright não teve a palavra final em cada uma das inúmeras escolhas equivocadas. Prefiro acreditar que Jackman só topou participar disso por ter perdido algum tipo de aposta sádica. Doloroso ver um tratamento tão impessoal e sem vida pra uma obra dessas.
Mordaz, pulsante e arrebatador."Perdido em Marte" pode ser visto como uma jornada de um dos maiores contadores de historias que o cinema já viu rumo a reinvenção, uma carta de amor ao cinema e o poder transformador que exerce em todos a sua volta. Na verdade, acho que nem importa o jeito que você vê "Perdido em Marte", acredito que não, a humanidade do enredo transforma essa aventura em uma joia, uma joia cujo o brilho cresce dentro de você de forma assustadora. Na verdade só o que importa é que você não deixe de assistir "Perdido em Marte".
Assumindo praticamente todos os elementos narrativos convencionais de um filme de espionagem, “O Agente da U.N.C.L.E.” acaba reafirmando toda a relevância desse subgênero na cultura pop. Trata-se ode apaixonada de Guy Ritchie a época de ouro dos espiões não existe espaço para o cinismo (diferente do seu primo distante, o excelente “Kingsman – Serviço Secreto”). O que vemos aqui é um exercício de estilo, e dos bons. A câmera transborda uma inquietude contagiante, a edição engenhosa que usa e abusa dos planos divididos em perspectivas variadas, o climax do filme inclusive é algo que merece ser destrinchado. A cereja do bolo são seus protagonistas, tão charmosos quanto as exuberantes locações a quem somos apresentados cena-a-cena, a sinergia e o timing cômico perfeito de todos em cena é um show a parte. Fica a dica pra dessa deliciosa matine, que desde já é uma das produções melhor souberam fazer uso da beleza idílica da tela grande, e merece ser saboreada de preferencia no formato IMAX.
Uma experiência que só cresce a cada revisão. A carta de despedida de Kubrick é uma declaração de amor a sétima arte, prova disso é o usa magistral de um mosaico de ferramentas narrativas, em especial a música. Uma obra feita pra deixar o espectador de olhos e ouvidos bem abertos. Essa poderosa análise sobre a psique humana ainda tem muito o que falar...
Com um plot inverossímil e tão estúpido que funciona como um anestésico contra todo sexismo, diálogos risíveis e o fato de cada personagem do filme ser unidimensional. "Jurrasic World" marca essa temporada do verão americano como um dos maiores "Fuck You"que um grande estúdio americano já lançou, se apoiando covardemente em lembranças nostálgicas de algo que outrora foi grandioso ao mesmo tempo que joga na tela uma sucessão de imagens tão genéricas com o seu temível vilão. É um daqueles "produtos" que sofrem de uma mediocridade tão aguda que só mesmo a sensação de se sentir enganado no fim da sessão é que o mantém vivo na memória.
Genuinamente Hilário (Jason Statham me fez lembrar qual a sensação de chorar de tanto rir), surpreendente bem escrito e dirigido. Executa com perfeição tudo o que se poderia esperar de uma comédia e ainda tem gás de sobra pra ir além.
"Mad Max: Estrada da fúria" talvez tenha seja experiência mais poética que terei em um multiplex em 2015. O cineasta George Miller foi capaz de pintar um quadro de cores marcantes, de uma natureza punk inegavelmente quanto seu espírito anárquico. Foi nesse flerte constante com o grotesco que pude encontrar uma beleza improvável, que nasceu diante dos meus olhos e crescia consideravelmente a cada minuto de projeção. No fim já não restava dúvidas, só restou recuperar o fôlego em uma poltrona aleatória e a vontade de bradar com todo gás que havia testemunhado uma obra de arte.
Pelo preço de um ingresso, cujo o valor rapidamente demonstrou ser irrisório, tive a oportunidade rara de visitar uma espécie de nirvana cinematográfico. A narrativa parece estar a todo momento impregnada com o desejo combater qualquer chances de deixar o espectador apatia aos frames, num tom crescente de som e fúria visceral que inspira brincadeiras com sentidos da plateia, das mais variadas e inventivas maneiras.
E o alvo (ou pelo menos a pessoas que vos fala) corresponde boquiaberto na poltrona enquanto Tom Hardy, Charlize Theron e Nicholas Hoult comandam com pulso firme seus 3 arcos dramáticos distintos, ainda que igualmente fascinantes. Soa até estranho e meio impróprio atribuir adjetivos a essa experiência cinematográfica, afinal só mesmo vendo para crer, mas se o faço é por uma boa causa: Faço porque acho que essa jornada a loucura merece ser compartilhada e indicada ao maior número de pessoas possíveis.
Então aqui estou eu com esse post, acompanhado de uma esperança um tanto ingênua e um bocado romântica. Pensando bem isso é normal, não tem mesmo como ser cínico após assistir "Mad Max: Estrada da Fúria"
Entre uma organização nazista e um exército de robôs, a maior batalha dessa família disfuncional de super heróis no fim parece ser contra o cinismo alojado no coração do espectador. A boa noticia é que no fim do dia (ou melhor, da sessão) o inimigo é derrotado de maneira brilhante. "Os Vingadores: A Era de Ultron" consegue ser o melhor tipo de Blockbuster: Aquele tipo raro que fica com você bem depois do fim da sessão, do tipo que te faz se perder na tela grande enquanto esboça um sorriso nada sutil no canto do rosto.
São tempos incríveis para os sonhadores da casa de idéias.
“CINDERELA OU (A EVIDENTE VIRTUDE DA SIMPLICIDADE)”
Talvez a parte mais curiosa de “Cinderela” seja o fato de que a mesma Disney contou, em tese, a mesma história a apenas 2 meses atrás, diga-se de passagem de maneira bem competente. Sendo assim, o filme de Kenneth Branagh destoa completamente de “Caminhos da Floresta”, última produção a contar com a presença da famosa Gata Borralheira. Vemos aqui uma verdadeira homenagem a era clássica das animações Disney, bem longe do cinismo e da subversão que permeiam o musical de Sodenheim. E foi justamente essa vontade de não querer reiventar a roda, quase que criando um kistch-vintage, que acaba tornando essa adaptação uma sessão divertida por excelência, quase que mágica.
Não sou defensor das releituras que o estúdio vem fazendo em seus contos clássicos, pra mim elas variam entre regular (Oz: Mágico e Poderoso) e o desastroso (Alice no País das Maravilhas), eis que “Cinderela” me agradou em cheio por ter o bom senso em saber no que mexer. O roteiro não destoa dos nossos tempos de “Frozen”, mostrar uma protagonista muito mais autônoma e com mais personalidade do que nas versões anteriores, só que faz isso sem ferir em momento algum as características básicas da personagem, algo que o equivocado “Malévola” deveria ter feito.
Honesto ao deixar bem claro que essa não se trata de uma tentativa de adaptar o conto de Charles Perrault (apesar de mencionar o autor durante os créditos finais) mas sim uma semi-refilmagem da animação de 1950, isso não deve ser visto como um defeito e sim como uma grata surpresa. Kenneth Branagh e o roteirista Chris Weitz transmitem tanto carinho e amor pela obra que qualquer dúvida sobre se essa história realmente deveria ser contada mais uma vez cai por terra logo nos primeiros 15 minutos de projeção, a dupla ainda conta com a ajuda do montador Martin Walsh (Chicago), que faz com que o ritmo alucinante - mas perfeitamente cadenciado - seja um dos pontos altos do longa. O visual acaba sendo a cereja do bolo, presente desde a palheta de cores que em cada cena favorece ainda mais os figurino deslumbrante, passando pela direção de arte, tudo casa com o proposito de criar uma experiência imersiva que fortalece ainda mais o tom apaixonante da narrativa.
O elenco corresponde as ambições de Branagh e todos estão em completa sintonia, vale ressaltar o desempenho do trio principal: Lily James transborda carisma e uma inocência encantadora de um jeito extremamente natural, dando mais credibilidade ao sucinto primeiro encontro que Ella tem com o príncipe interpretado por Richard Madden (o eterno Robb Stark de “Game of Thrones”), um ator promissor que mesmo não tendo aqui muitas chances de mostrar seu potencial dramático, prova que tem potencial e carisma suficiente pra sobreviver fora da série. O grande destaque fica com a estupenda Cate Blanchett, roubando a cena e entregando outro desempenho exemplar em sua galeria. Blanchett compõe uma vilã odiosa e ainda assim faz de maneira sutil, dando a ela um ar de imprevisibilidade mesmo para aqueles que estão familiarizados com a história.
Mais do que um filme família extremamente competente - ainda que possa soar antiquado para os mais cinicos - “Cinderela” é uma reafirmação do poder que Hollywood tem, só que as vezes parece que esquece, de fazer o público sonhar.
Muito mais que um filme espetacular, "Kingsman: O serviço secreto" é uma ode inebriante ao politicamente incorreto. Um filme que não se limita apenas em querer ser uma sátira de gênero. Matthew Vaught consegue subverte as expectativas ao inserir temas como o poder do meio no indivíduo, comentários políticos e a crítica a uma cultura marcada pela misoginia. Tão impecável quanto os ternos usados pelo seus protagonistas, "Kingsman" fica na memória não só como uma aventura deliciosa, mas também como um retrato de uma geração e a constatação de uma centelha de ousadia ainda viva na tela dos multiplexes.
Uma celebração de tudo que há de mais cool nos anos 90. Dirigido com precisão cirúrgica e embalado por um Swayze simplesmente icônico, motivos não faltam pra amar esse filmaço
"Cinquenta tons de cinza" não sexy, é careta. Sua trama regada a machismo que só serve pra deixar evidente o conservadorismo imbecil que ronda Hollywood, essa que ainda continua covarde e ainda tem que aprender muito sobre sexualidade. Não me darei ao trabalho de dissertar sobre o casal de protagonistas, eles não passam de estereótipos bidimensionais, mas é preciso mencionar a talentosa Dakota Johnson e seus contínuos esforços para tirar algo de humano no patético. Com todo o buzz da mídia isso aqui acaba até parecendo uma triste oportunidade perdida, fica aquela sensação de "muito barulho por nada" no meio de um filme assustadoramente frio e desinteressante. O lado bom é que muito provavelmente não irá figurar em nenhuma lista de "piores do ano", é tão chato e apático que você provavelmente vai esquecer que assistiu uma semana depois. Tá afim de assistir um filme realmente bom sobre a temática: assista a "Secretária", do Steven Shainberg. Nesse aqui você só vai encontrar algo preso entre o ridículo e o arcaico.
Tão ruim que poderia se tornar quase que recomendável, se pelo menos os Wachowski mergulhassem totalmente na galhofa. Do jeito que está só resta uma historia desinteressante e uma atuação dolorosamente constrangedora de Eddie Redmayne.
Não sei ao certo o que dizer, muito menos o que sentir. Palavras se formam aqui enquanto olho para o teclado, mas ta difícil achar uma ordem que faça sentido. O que eu acabei de assistir????? O filme do ano? Com certeza!!! O filme da década?!?!?!? Talvez, muito provavelmente. Permaneço em choque, tentando recuperar o fôlego e escrever uma review que faça mais sentido...
Por onde andava esse Tim Burton? Um filme delicado e inspirador, Burton deixa o coração falar mais alto e coloca seus visuais arrojados de lado, fica evidente desde o início o seu comprometimento e paixão pela história de Margaret Keane. Amy Adams novamente arrebatadora, é a alma do filme, seu retrato de uma mulher em busca da própria voz e lutando pra tomar o controle de sua vida é comovente e mesmo com seu currículo extraordinário, surpreendente. Waltz está ótimo como o antagonista e cruel marido de Keane, um papel difícil e que poderia facilmente descambar pra caricatura nas mãos de um ator menos habilidoso, Waltz consegue transpor humanidade e complexidade ao ponto de deixar esse homem detestável em um personagem quase que tão interessante quanto Margaret. Uma das surpresas de 2014, recomendo, nem minha paixão por Adams me faria acreditar que esse iria figurar na minha lista de favoritos do ano.
Quase tudo sai certo nessa adaptação daquele que eu considero maior trunfo de Stephen Sondheim. O único porém foi aquele sentimento de que se o estúdio tivesse um tantinho mais de coragem e desafiasse o publico mais conservador subvertendo suas expectativas (como a peça faz o tempo todo) poderia alcançar um posto de clássico. Do jeito que está, continua divertidissimo, um pouco corrido (principalmente no ato final) e ainda com seu lado sombrio mais sugerido (como eu disse faltou um pouco de coragem). A temática adulta continua permeando a trama e sendo pra mim o maior charme, temas como adultério, ganância, casamento, responsabilidade e suas consequências são abordados de maneira inteligente através dos personagens. O elenco da um show, mas diria que Emily Blunt é o destaque. As revelações Billy Magnussen e Mackenzie Mauzy são um poço de charme e carisma, pena que a importância de seus personagens tenha sido diminuída. Tecnicamente espetacular, dos figurinos e cenários hipnotizantes, mas o grande chamariz foi a incrível mixagem e edição de som, que terminou por acentuar ainda mais a qualidade das canções, prepare-se pra cantarolar "Agony" involuntariamente durante dias.
Enfim, considero essa a melhor produção live-action do estúdio desde "Encantada".
Além de ser um filmaço, ainda contém uma das cenas de abertura mais belas que o cinema americano já viu. Poesia que nunca perde sua deliciosa melancolia.
Peter Pan
3.2 559 Assista AgoraTão ruim que prefiro acreditar que Wright não teve a palavra final em cada uma das inúmeras escolhas equivocadas. Prefiro acreditar que Jackman só topou participar disso por ter perdido algum tipo de aposta sádica. Doloroso ver um tratamento tão impessoal e sem vida pra uma obra dessas.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraMordaz, pulsante e arrebatador."Perdido em Marte" pode ser visto como uma jornada de um dos maiores contadores de historias que o cinema já viu rumo a reinvenção, uma carta de amor ao cinema e o poder transformador que exerce em todos a sua volta. Na verdade, acho que nem importa o jeito que você vê "Perdido em Marte", acredito que não, a humanidade do enredo transforma essa aventura em uma joia, uma joia cujo o brilho cresce dentro de você de forma assustadora. Na verdade só o que importa é que você não deixe de assistir "Perdido em Marte".
O Agente da U.N.C.L.E.
3.6 538 Assista AgoraAssumindo praticamente todos os elementos narrativos convencionais de um filme de espionagem, “O Agente da U.N.C.L.E.” acaba reafirmando toda a relevância desse subgênero na cultura pop. Trata-se ode apaixonada de Guy Ritchie a época de ouro dos espiões não existe espaço para o cinismo (diferente do seu primo distante, o excelente “Kingsman – Serviço Secreto”). O que vemos aqui é um exercício de estilo, e dos bons. A câmera transborda uma inquietude contagiante, a edição engenhosa que usa e abusa dos planos divididos em perspectivas variadas, o climax do filme inclusive é algo que merece ser destrinchado. A cereja do bolo são seus protagonistas, tão charmosos quanto as exuberantes locações a quem somos apresentados cena-a-cena, a sinergia e o timing cômico perfeito de todos em cena é um show a parte. Fica a dica pra dessa deliciosa matine, que desde já é uma das produções melhor souberam fazer uso da beleza idílica da tela grande, e merece ser saboreada de preferencia no formato IMAX.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraUma experiência que só cresce a cada revisão. A carta de despedida de Kubrick é uma declaração de amor a sétima arte, prova disso é o usa magistral de um mosaico de ferramentas narrativas, em especial a música. Uma obra feita pra deixar o espectador de olhos e ouvidos bem abertos. Essa poderosa análise sobre a psique humana ainda tem muito o que falar...
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraCom um plot inverossímil e tão estúpido que funciona como um anestésico contra todo sexismo, diálogos risíveis e o fato de cada personagem do filme ser unidimensional. "Jurrasic World" marca essa temporada do verão americano como um dos maiores "Fuck You"que um grande estúdio americano já lançou, se apoiando covardemente em lembranças nostálgicas de algo que outrora foi grandioso ao mesmo tempo que joga na tela uma sucessão de imagens tão genéricas com o seu temível vilão. É um daqueles "produtos" que sofrem de uma mediocridade tão aguda que só mesmo a sensação de se sentir enganado no fim da sessão é que o mantém vivo na memória.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraPlot twist
No final é revelado que tudo foi na verdade um Prequel de "Interestelar", mostrando como o Dr. Mann adquiriu sua reputação
A Espiã que Sabia de Menos
3.5 651 Assista AgoraGenuinamente Hilário (Jason Statham me fez lembrar qual a sensação de chorar de tanto rir), surpreendente bem escrito e dirigido. Executa com perfeição tudo o que se poderia esperar de uma comédia e ainda tem gás de sobra pra ir além.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista Agora"Mad Max: Estrada da fúria" talvez tenha seja experiência mais poética que terei em um multiplex em 2015. O cineasta George Miller foi capaz de pintar um quadro de cores marcantes, de uma natureza punk inegavelmente quanto seu espírito anárquico. Foi nesse flerte constante com o grotesco que pude encontrar uma beleza improvável, que nasceu diante dos meus olhos e crescia consideravelmente a cada minuto de projeção. No fim já não restava dúvidas, só restou recuperar o fôlego em uma poltrona aleatória e a vontade de bradar com todo gás que havia testemunhado uma obra de arte.
Pelo preço de um ingresso, cujo o valor rapidamente demonstrou ser irrisório, tive a oportunidade rara de visitar uma espécie de nirvana cinematográfico. A narrativa parece estar a todo momento impregnada com o desejo combater qualquer chances de deixar o espectador apatia aos frames, num tom crescente de som e fúria visceral que inspira brincadeiras com sentidos da plateia, das mais variadas e inventivas maneiras.
E o alvo (ou pelo menos a pessoas que vos fala) corresponde boquiaberto na poltrona enquanto Tom Hardy, Charlize Theron e Nicholas Hoult comandam com pulso firme seus 3 arcos dramáticos distintos, ainda que igualmente fascinantes. Soa até estranho e meio impróprio atribuir adjetivos a essa experiência cinematográfica, afinal só mesmo vendo para crer, mas se o faço é por uma boa causa: Faço porque acho que essa jornada a loucura merece ser compartilhada e indicada ao maior número de pessoas possíveis.
Então aqui estou eu com esse post, acompanhado de uma esperança um tanto ingênua e um bocado romântica. Pensando bem isso é normal, não tem mesmo como ser cínico após assistir "Mad Max: Estrada da Fúria"
Lendas do Crime
3.3 183Não existem ninguém melhor pra contracenar com Tom Hardy do que o próprio Tom Hardy...
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraEntre uma organização nazista e um exército de robôs, a maior batalha dessa família disfuncional de super heróis no fim parece ser contra o cinismo alojado no coração do espectador. A boa noticia é que no fim do dia (ou melhor, da sessão) o inimigo é derrotado de maneira brilhante. "Os Vingadores: A Era de Ultron" consegue ser o melhor tipo de Blockbuster: Aquele tipo raro que fica com você bem depois do fim da sessão, do tipo que te faz se perder na tela grande enquanto esboça um sorriso nada sutil no canto do rosto.
São tempos incríveis para os sonhadores da casa de idéias.
Cinderela
3.4 1,4K Assista Agora“CINDERELA OU (A EVIDENTE VIRTUDE DA SIMPLICIDADE)”
Talvez a parte mais curiosa de “Cinderela” seja o fato de que a mesma Disney contou, em tese, a mesma história a apenas 2 meses atrás, diga-se de passagem de maneira bem competente. Sendo assim, o filme de Kenneth Branagh destoa completamente de “Caminhos da Floresta”, última produção a contar com a presença da famosa Gata Borralheira. Vemos aqui uma verdadeira homenagem a era clássica das animações Disney, bem longe do cinismo e da subversão que permeiam o musical de Sodenheim. E foi justamente essa vontade de não querer reiventar a roda, quase que criando um kistch-vintage, que acaba tornando essa adaptação uma sessão divertida por excelência, quase que mágica.
Não sou defensor das releituras que o estúdio vem fazendo em seus contos clássicos, pra mim elas variam entre regular (Oz: Mágico e Poderoso) e o desastroso (Alice no País das Maravilhas), eis que “Cinderela” me agradou em cheio por ter o bom senso em saber no que mexer. O roteiro não destoa dos nossos tempos de “Frozen”, mostrar uma protagonista muito mais autônoma e com mais personalidade do que nas versões anteriores, só que faz isso sem ferir em momento algum as características básicas da personagem, algo que o equivocado “Malévola” deveria ter feito.
Honesto ao deixar bem claro que essa não se trata de uma tentativa de adaptar o conto de Charles Perrault (apesar de mencionar o autor durante os créditos finais) mas sim uma semi-refilmagem da animação de 1950, isso não deve ser visto como um defeito e sim como uma grata surpresa. Kenneth Branagh e o roteirista Chris Weitz transmitem tanto carinho e amor pela obra que qualquer dúvida sobre se essa história realmente deveria ser contada mais uma vez cai por terra logo nos primeiros 15 minutos de projeção, a dupla ainda conta com a ajuda do montador Martin Walsh (Chicago), que faz com que o ritmo alucinante - mas perfeitamente cadenciado - seja um dos pontos altos do longa. O visual acaba sendo a cereja do bolo, presente desde a palheta de cores que em cada cena favorece ainda mais os figurino deslumbrante, passando pela direção de arte, tudo casa com o proposito de criar uma experiência imersiva que fortalece ainda mais o tom apaixonante da narrativa.
O elenco corresponde as ambições de Branagh e todos estão em completa sintonia, vale ressaltar o desempenho do trio principal: Lily James transborda carisma e uma inocência encantadora de um jeito extremamente natural, dando mais credibilidade ao sucinto primeiro encontro que Ella tem com o príncipe interpretado por Richard Madden (o eterno Robb Stark de “Game of Thrones”), um ator promissor que mesmo não tendo aqui muitas chances de mostrar seu potencial dramático, prova que tem potencial e carisma suficiente pra sobreviver fora da série. O grande destaque fica com a estupenda Cate Blanchett, roubando a cena e entregando outro desempenho exemplar em sua galeria. Blanchett compõe uma vilã odiosa e ainda assim faz de maneira sutil, dando a ela um ar de imprevisibilidade mesmo para aqueles que estão familiarizados com a história.
Mais do que um filme família extremamente competente - ainda que possa soar antiquado para os mais cinicos - “Cinderela” é uma reafirmação do poder que Hollywood tem, só que as vezes parece que esquece, de fazer o público sonhar.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraMuito mais que um filme espetacular, "Kingsman: O serviço secreto" é uma ode inebriante ao politicamente incorreto. Um filme que não se limita apenas em querer ser uma sátira de gênero. Matthew Vaught consegue subverte as expectativas ao inserir temas como o poder do meio no indivíduo, comentários políticos e a crítica a uma cultura marcada pela misoginia. Tão impecável quanto os ternos usados pelo seus protagonistas, "Kingsman" fica na memória não só como uma aventura deliciosa, mas também como um retrato de uma geração e a constatação de uma centelha de ousadia ainda viva na tela dos multiplexes.
Caçadores de Emoção
3.7 470 Assista AgoraUma celebração de tudo que há de mais cool nos anos 90. Dirigido com precisão cirúrgica e embalado por um Swayze simplesmente icônico, motivos não faltam pra amar esse filmaço
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista Agora"Cinquenta tons de cinza" não sexy, é careta. Sua trama regada a machismo que só serve pra deixar evidente o conservadorismo imbecil que ronda Hollywood, essa que ainda continua covarde e ainda tem que aprender muito sobre sexualidade. Não me darei ao trabalho de dissertar sobre o casal de protagonistas, eles não passam de estereótipos bidimensionais, mas é preciso mencionar a talentosa Dakota Johnson e seus contínuos esforços para tirar algo de humano no patético. Com todo o buzz da mídia isso aqui acaba até parecendo uma triste oportunidade perdida, fica aquela sensação de "muito barulho por nada" no meio de um filme assustadoramente frio e desinteressante. O lado bom é que muito provavelmente não irá figurar em nenhuma lista de "piores do ano", é tão chato e apático que você provavelmente vai esquecer que assistiu uma semana depois. Tá afim de assistir um filme realmente bom sobre a temática: assista a "Secretária", do Steven Shainberg. Nesse aqui você só vai encontrar algo preso entre o ridículo e o arcaico.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraNovo objetivo de vida: Cantar "Agony" na primeira floresta aleatória que eu topar, dê preferência convencendo outra pobre alma nessa jornada
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraTão ruim que poderia se tornar quase que recomendável, se pelo menos os Wachowski mergulhassem totalmente na galhofa. Do jeito que está só resta uma historia desinteressante e uma atuação dolorosamente constrangedora de Eddie Redmayne.
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KEterna e irremediavelmente apaixonado pela Maria Elena
Velvet Goldmine
3.9 333 Assista AgoraNão sei se é um filme, um delírio inebriante ou um sonho.
Talvez seja os 3
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista Agora"Not quite my tempo"
Tendo pesadelos com essa frase desde o festival do rio
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraNão sei ao certo o que dizer, muito menos o que sentir. Palavras se formam aqui enquanto olho para o teclado, mas ta difícil achar uma ordem que faça sentido. O que eu acabei de assistir????? O filme do ano? Com certeza!!! O filme da década?!?!?!? Talvez, muito provavelmente.
Permaneço em choque, tentando recuperar o fôlego e escrever uma review que faça mais sentido...
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisPor onde andava esse Tim Burton? Um filme delicado e inspirador, Burton deixa o coração falar mais alto e coloca seus visuais arrojados de lado, fica evidente desde o início o seu comprometimento e paixão pela história de Margaret Keane. Amy Adams novamente arrebatadora, é a alma do filme, seu retrato de uma mulher em busca da própria voz e lutando pra tomar o controle de sua vida é comovente e mesmo com seu currículo extraordinário, surpreendente. Waltz está ótimo como o antagonista e cruel marido de Keane, um papel difícil e que poderia facilmente descambar pra caricatura nas mãos de um ator menos habilidoso, Waltz consegue transpor humanidade e complexidade ao ponto de deixar esse homem detestável em um personagem quase que tão interessante quanto Margaret. Uma das surpresas de 2014, recomendo, nem minha paixão por Adams me faria acreditar que esse iria figurar na minha lista de favoritos do ano.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraQuase tudo sai certo nessa adaptação daquele que eu considero maior trunfo de Stephen Sondheim. O único porém foi aquele sentimento de que se o estúdio tivesse um tantinho mais de coragem e desafiasse o publico mais conservador subvertendo suas expectativas (como a peça faz o tempo todo) poderia alcançar um posto de clássico. Do jeito que está, continua divertidissimo, um pouco corrido (principalmente no ato final) e ainda com seu lado sombrio mais sugerido (como eu disse faltou um pouco de coragem). A temática adulta continua permeando a trama e sendo pra mim o maior charme, temas como adultério, ganância, casamento, responsabilidade e suas consequências são abordados de maneira inteligente através dos personagens. O elenco da um show, mas diria que Emily Blunt é o destaque. As revelações Billy Magnussen e Mackenzie Mauzy são um poço de charme e carisma, pena que a importância de seus personagens tenha sido diminuída. Tecnicamente espetacular, dos figurinos e cenários hipnotizantes, mas o grande chamariz foi a incrível mixagem e edição de som, que terminou por acentuar ainda mais a qualidade das canções, prepare-se pra cantarolar "Agony" involuntariamente durante dias.
Enfim, considero essa a melhor produção live-action do estúdio desde "Encantada".
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraAlém de ser um filmaço, ainda contém uma das cenas de abertura mais belas que o cinema americano já viu. Poesia que nunca perde sua deliciosa melancolia.
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraO trailer grita a palavra Flop a todo segundo, como se estivesse clamando por inúmeros framboesas de ouro