Sabe aquele filme cheio de clichês mal encaixados, cheio de coisas sem sentido ou forçadas pra própria realidade que o filme constrói? Esse é mais um deles. A discrepância das atuações dos atores que fazem o protagonista quando jovem e quando adulto faz parecer que são pessoas diferentes, não a mesma pessoa em idades distintas. Não que algum dos atores seja muito ruim ou um muito pior que o outro, mas fazem papéis distintos mesmo: um é um adulto bobalhão empolgado e feliz e outro é um adolescente introspectivo e revoltado. Zero sintonia. Gostei do filme já começar com a parte mágica de cara, sem arrodeios, o que é um fator que o distingue dos demais filmes de super-heróis, bem como com o fato de o filme começar pela história do antagonista. Fora isso, filme muito fraco.
Um dos roteiros mais mal feitos e uma das piores junções de clichês de forma mal empregada que já vi no cinema. Apesar disso, é divertidinho, as cenas de ação são bacanas, os efeitos visuais são bons. Mas só. Reforça a lição: nunca assista um filme só pelo elenco!
Que filme! Já começa frenético! Seguido de uma fotografia estonteante que se mantém assim até o final. A trilha sonora também acompanha esse alto nível. E que história! Tinha que ser contada num filme! Muito Brasil!
"Menino do sertão que não se encaixa no estilo de vida rural, vai pra "cidade grande" pra "tentar a vida", é levado pro mundo da pistolagem pelo próprio tio, policial militar, mas que nunca trabalhou como policial militar, mas sim como "matador de aluguel". Enriquece matando pessoas a custo alto, a pedido de ricos e até de políticos e empobrece ao tentar mudar de ofício. Cena icônica ele matando um militante do MST, na frente do filho do sem terra, a pedido do prefeito porque estava "criando confusão" na cidade. Executou 492 pessoas em poucas décadas por todao o Brasil. Nunca foi julgado ou condenado na vida.
Minha única crítica é ao elenco que, apesar de afiadíssimo, é todo composto pelo sul-sudeste do país, sendo que os personagens são quase todos do nordeste, do sertão do Maranhão mais exatamente, "terra de ninguém". O ator principal, paulista, apesar do esforço, é o que mais destoa fisicamente e em termos de sotaque do elenco local. A atriz principal curitibana e o ator que faz seu tio, carioca, não destoam tanto, mas fica a dúvida: será que não existem atores/atrizes do nordeste competentes pra fazer esses papéis? Claro que existem.
Algumas curiosidades sobre a vida de Júlio Santana que destoam do que é passado no filme:
"O primeiro crime como profissional ocorreu em 27 de julho de 1972. Pelo assassinato, recebeu 300 cruzeiros. 'Ganhar 300 cruzeiros por um dia de trabalho era algo que ele jamais imaginara ser possível. Além disso, havia gostado da emoção que sentira ao matar Caetano.' Ele 'queria ganhar mais dinheiro'." "O filho mais velho de Júlio morreu aos 19 anos, num acidente de motocicleta. 'Júlio acredita que a morte do seu primogênito foi um castigo de Deus por todas as desgraças que fez na vida'."
Fonte: www . olhardireto . com . br/conceito/noticias/exibir.asp?id=15205¬icia=historia-de-matador-que-executou-492-pessoas-vira-filme-dois-aconteceram-em-mt-trailer E falta um importante registro no filme: "Neste último tópico do caderno constam os nomes de José Genoino, ex-deputado federal, e da estudante secundarista Maria Lúcia Petit. Ele levou um tiro no braço. Ela foi morta. Ambos participavam da guerrilha do Araguaia, movimento organizado pelo Partido Comunista do Brasil contra a ditadura militar com o objetivo de criar um núcleo de guerrilha rural em 1972. Júlio, na época, tinha apenas 17 anos e se envolveu na história porque conhecia bem as matas onde os guerrilheiros estavam embrenhados." Fonte: aventurasnahistoria. uol . com . br/noticias/acervo/julio-santana-matador-araguaia-435045.phtml
Muito feliz de ver um filme brasileiro de tão alto nível este ano. Tive que atravessar a cidade pra assistir no único cinema em que estava passando, mas sai satisfeitíssimo.
O hino do conservadorismo, do capitalismo e do "american way of life". Merece reconhecimento a atuação de James Stewart e o roteiro extremamente envolvente. Mas a surra de clichês conservadores é abusiva: tem homem branco-empreendedor-bonzinho pagador de impostos, com negócio herdado pelo pai que ajuda as pessoas e todos da cidade o amam e surpreendentemente vive praticamente no mesmo nível social da classe trabalhadora da cidade, com família nuclear composta por mulher-loira-magra-dona-de-casa-compreensiva-faz-tudo-pelo-marido, 3 filhos, carro e casa própria (só faltou o cachorro), tudo conquistado, obviamente, com o suor do seu labor; tem soldado mito herói da guerra idolatrado por todos da cidade; tem mensagem de "pra que viajar e conhecer todo o mundo, novas culturas, expandir seus horizontes, fazer um curso de graduação, se você pode ficar na América com seu negócio, família, casa e amigos, o melhor lugar do mundo é aqui"; tem até a ideia de que uma pequena cidade com pequenos negócios familiares é o melhor a se esperar de um lugar para viver e o inferno é uma cidade com vida noturna, bares, boates e prostíbulos, com muita gente bebendo e se divertindo à noite (enfim, Nova York, São Paulo, Las Vegas etc. são a visão do inferno para o idealizador do filme); tem até romantização do trabalho infantil com direito a castigo corporal e tudo, mas no fim empregador adulto que explora e maltrata criança e criança explorada viram melhores amigos. Enfim, a lista é grande. É compreensível esse filme ser tido como um clássico da sua época, no contexto dos EUA no pós-I Guerra, uma década após a 1ª grande crise do capitalismo, com o "american way of life" se consolidando etc. Mas me impressiona que a essa "altura", mais de 50 anos depois, com o mundo vivendo outro nível de valores morais (autonomia da mulher, diversidade das formas de família, só pra citar alguns), com outro nível de economia (o capitalismo já tendo passado por outra crise e a economia se mostrando, a nível mundial, um mar de lobos como o Sr. Potter, sem espaço pra qualquer George Bailley) tanta gente tenha se apaixonado por esse filme e caído nos seus encantos. O final consegue ser muito emocionante dentro do universo ilusório criado pelo filme, mas na "vida real" seria uma grande piada imaginar algo desse tipo, assim como várias partes do filme (e não me refiro ao anjo, José e afins). Ainda assim, interessante assistir para apreender um pouco dos valores culturais da época nos EUA. Além do que o filme é longo e envolvente, com roteiro e atuações na medida. Deve ter caído como uma luva pra época, tanto que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Hoje certamente seria execrado pelo júri, passando longe de qualquer indicação em qualquer festival/premiação que conheço.
Muito divertido! Muita referência a games! Uma homenagem aos fãs de video games, especialmente os mais antigos, da época dos arcades, fliperamas, pac man etc. Gostei do roteiro redondinho e tal, sem furos que eu tenha notado. Ansioso pelo 2!
Um retrato genial do chamado "White trash" (com o perdão do uso do termo)! Não consigo imaginar como esse termo poderia ser tão bem e inteligentemente definido em forma de filme.
Nunca imaginei que o perfil de artista gênio, famoso, #vidaloka, sexo, drogas e rock n'roll que morre cedo já existisse no século XVIII. Se você se considera uma pessoa "de fé", prepare-se para se sentir incomodado, ou pelo menos instigado.
Tecnicamente, bem ruim. Péssima edição de som, os depoimentos são cheios de ruídos, eco, vozes de pessoas no fundo. A imagem/fotografia também não é das melhores, com sombra no rosto de algumas entrevistadas. A própria montagem é bem pobre encadeando os depoimentos de forma bem linear, sem muito uso de imagens para além dos próprios depoimentos em si e sem uso de trilha sonora durante ou entre os depoimentos. A entrevistadora não conseguiu extrair momentos de forte emoção nos depoimentos, o que seria comum diante das situações de violações vividas por algumas depoentes, nem conseguiu construir essa atmosfera de emoção no filme. Quanto ao conteúdo das entrevistas, achei interessante e enriquecedora a segunda parte, sobre o MAB (Movimentos dos Atingidos por Barragens) e da questão da prostituição nas barragens. Desconhecia essa realidade, apesar de já ter visto documentários sobre situações análogas, como estradas, pontos de concentração de caminhões. A primeira parte não curti, particularmente porque sou a favor da regulamentação da prostituição. A situação atual é uma situação de invisibilização dessas mulheres, que não têm, basicamente, direitos trabalhistas e, como mencionado num dos depoimentos, trabalham muitas vezes em regime análogo ao de escravidão, o que é uma situação que deve ser coibida, por ser crime, não tratada como uma realidade inerente à prostituição em si. Além disso, penso que uma regulamentação traria uma maior quebra do estigma dessas trabalhadoras, facilitando não só a cobrança de valores por seus serviços, mas também tutela da polícia, apesar de ser bem difícil de imaginar essa parte. Enfim, a busca por serviços sexuais é uma realidade. Manter a situação atual, sem qualquer tutela ou reconhecimento legal é fechar os olhos para essa realidade. É o mesmo que acontece quanto a questão das drogas e do aborto, que são, pior, criminalizados. Penso que dizer que a prostituição é um mal em si por ser, de fato, na prática, terrível para a maioria das mulheres envolvidas, é similar a dizer que o aborto é um mal em si por ser na prática terrível para a maioria das mulheres envolvidas. Regulamentar o aborto traz uma quebra de tabu e uma proteção às mulheres que querem praticá-lo, sendo que as que mais sofrem e morrem por isso são, obviamente, as pobres, precisamente da mesma forma que regulamentar a prostituição traria/trará uma quebra de tabu e uma proteção às mulheres dessa realidade, sendo que, da mesma forma, as que mais sofrem por isso são as pobres. A prostituta de luxo cobra caro, mora no seu ap alugado, paga sua faculdade e impõe regras aos seus clientes, assim como a mulher rica paga pelo seu aborto na clínica ou hospital particular com higiene e médico, enquanto a prostituta pobre é escravizada, estuprada e roubada e a mulher pobre aborta com pessoas sem o menor conhecimento, locais insalubres e acabam tendo diversas complicações de saúde e algumas vezes a morte.
Melhor animação gráfica da trilogia, possivelmente a melhor já feita pela Pixar. Enquanto filme, o pior da trilogia e considero um dos mais fracos da Pixar.
Depois da decepção que foi Mulher-Maravilha, como todos elogiando horrores e, ao assistir, ver um filme super fraco, especialmente se comparado com os recentes da Marvel (apesar de ser muito bom se comparado com os últimos filmes da DC); Homem-Aranha: De Volta ao Lar vem pra mostrar que a Marvel também gera filmes ruins e com público super-estimando. O que mais tenho amado nos filmes da Marvel são as cenas de ação absurdamente criativas e com efeitos visuais impecáveis. Os efeitos não são um problema nesse filme, mas as cenas de ação são de dar sono se comparado com os filmes mais recentes da Marvel e até com a "primeira" trilogia do Homem-Aranha (a com o Tobey Magire). Aí já perde uma das maiores qualidades que vinha vendo nos filmes da Marvel. O roteiro, quando não é 100% previsível, abarrotado de clichês, era sem sentido e forçado. São tantas cenas que podia passar o dia citando aqui
1_a pessoa costurar um navio com uma ruma de teia...que vergonha, e o navio sequer começa a afundar. Aí chega o Homem-de-Ferro e solda o navio todo como se fosse um cano de metal. Pqp; 2_como é que o mesmo cidadão no filme é rico/playboy, bullie, dj, e ao mesmo tempo compete em olimpíada de ciências e é menosprezado no meio dos cdfs? E a patricinha gata e popular ao mesmo tempo compete em olimpíada de ciências? Sinto que quiseram desmitificar esses pontos, mas a meu ver fizeram bem mal feito; 3_achei sensacional brincarem com a ideia de o Homem-Aranha não ter onde lançar suas teias em bairros residenciais periféricos, há anos queria ver uma piada nesse sentido. Ponto positivo. Aí nas cenas seguintes à sátira eles mostram ele fazendo justamente isso. pqp; 4_replicaram a cena na "primeira" trilogia do Homem-Aranha em que ele lança uma teia num carro e sai deslizando colado nesse como se fosse um body-board. O detalhe é que, além de a anterior ser infinitamente melhor, mais rica, enquanto cena de ação mesmo (não é simplesmente uma pessoa se arrastando no chão), no filme anterior ele usava algo pra deslizar no chão, nesse ele sai ralando por kms, e sai com o uniforme intacto. Ridículo. etc. etc. etc.
Outro ponto que considero positivo nos filmes da Marvel, inclusive, são o uso adequado dos clichês, o que não acontece nesse filme, em definitivo, pelo contrário. É tanto clichê mal-colocado que ficou parecendo aquele filme superficial, boboca.
Destaque pro erro de continuidade na cena em que o avião cai. Avião altamente destruído, antagonista com armadura totalmente destruída, Peter com a roupa que parecia que tinha acabado de sair da loja e cabelo que parecia que tinha acabado de sair do banho. Na sequência da cena, depois de 5s de trocação com o vilão, Peter está com a roupa toda lascada e a cara toda ferida.
Previsível desde o começo que ela era uma fraude e ele a desmascaria, não sei se porque sou ateu e sei que Woody Allen também o é. Não previ que ele se apaixonaria por ela depois disso, mas também é previsível conhecendo a obra de WA. O que achei imprevisível e atípico para um filme de WA foi o "final feliz", acho que o primeiro filme dele que vi com um.
*Pra quem curtiu o filme, indico outro baseado em um caso real "O Incrível Randi" (The Amazing Randi). Estava disponível na Netflix. Ou mesmo pesquisar sobre a figura de James Randi que com certeza inspirou esse filme aqui.
Poderia ser um filme maravilhoso, mesmo como comédia romântica. Começa muito bem (como todos disseram aqui), mas depois desanda. O elenco é grandioso, com grandes atores mesmo como coadjuvantes. O argumento é genial, inteligentíssimo, super criativo, como em Ela (Her), apesar da diferença de temática. Ambos são romances ambientados em distopias, sendo que Ela é um grande filme, O Primeiro Mentiroso não. Outro exemplo é O Lagosta (The Lobster), igualmente de temática/crítica diferente de ambos anteriores, que é um bom filme, não tanto quanto Ela, mas muito melhor que O Primeiro Mentiroso.
Sério? Esse filme que tá todo mundo amando? Salvam as boas piadas nos diálogos e o feminismo (destaque pra homenagem a Coco Channel com o look que a protagonista sai vestindo na cena da loja de roupas). Válido finalmente um grande blockbuster com uma super-heroína. Filme abarrotado de clichês (esperado), CGI é podre e cenas de ação ficam entre boas e limitadas, especialmente se comparadas com os filmes da Marvel. Pra mim o roteiro é sem timing, com ora diálogos muito longos, apesar de bons, ora com cenas de ação também muito longas e muito dramáticas. Resultado: filme muito longo e cansativo. Dava pra tirar pelo menos uns 20 minutos. Me deu foi sono.
Muito melhor que o primeiro, claramente. Roteiro com menos furos, mas ainda assim com alguns, e ainda cheio de clichês baratos. Incrível como Cumberbatch engrandece o filme. O que um ator de verdade não consegue fazer por uma obra de cinema. Mas não só sua atuação melhora o filme, como seu personagem enquanto vilão na trama tem muito mais força e significado, é muito mais bem desenvolvido e contextualizado no filme que o vilão do filme anterior. Na verdade, achei que os outros personagens também são mais bem explorados, como o próprio Spock e o Scotty. No primeiro filme parece que os personagens se limitam a serem apresentados e pára por ali. Nesse eles são realmente colocados à prova.
Roteiro infantil, com tanto furo que fica difícil até de lembrar pra citar aqui. As revira-voltas não fazem sentido, não convencem. Personagens mal desenvolvidos, assim como suas relações. Pra mim foi o típico blockbuster de ação em que a trama não é muito valorizada e o filme fica todo a cargo dos efeitos especiais, cenas de ação, trilha e montagem eufóricas, abarrotado de clichês etc. Pra quem é grande fã de Star Trek deve ter valido à pena algumas coisas por mera nostalgia, não por ser um filme bem feito.
A Grande Cidade ou As Aventuras e Desventuras de Luzia …
3.8 20 Assista AgoraCalunga = Saci
Shazam!
3.5 1,2K Assista AgoraSabe aquele filme cheio de clichês mal encaixados, cheio de coisas sem sentido ou forçadas pra própria realidade que o filme constrói? Esse é mais um deles.
A discrepância das atuações dos atores que fazem o protagonista quando jovem e quando adulto faz parecer que são pessoas diferentes, não a mesma pessoa em idades distintas. Não que algum dos atores seja muito ruim ou um muito pior que o outro, mas fazem papéis distintos mesmo: um é um adulto bobalhão empolgado e feliz e outro é um adolescente introspectivo e revoltado. Zero sintonia.
Gostei do filme já começar com a parte mágica de cara, sem arrodeios, o que é um fator que o distingue dos demais filmes de super-heróis, bem como com o fato de o filme começar pela história do antagonista. Fora isso, filme muito fraco.
Alita: Anjo de Combate
3.6 814 Assista AgoraUm dos roteiros mais mal feitos e uma das piores junções de clichês de forma mal empregada que já vi no cinema. Apesar disso, é divertidinho, as cenas de ação são bacanas, os efeitos visuais são bons. Mas só.
Reforça a lição: nunca assista um filme só pelo elenco!
Operação Fronteira
3.1 380 Assista AgoraTem tudo pra ser um lixo.
O Ben Affleck estar nesse filme eu até entendo, mas o Oscar Isaac? Pena.
O Nome da Morte
3.4 156Que filme! Já começa frenético! Seguido de uma fotografia estonteante que se mantém assim até o final. A trilha sonora também acompanha esse alto nível.
E que história! Tinha que ser contada num filme! Muito Brasil!
"Menino do sertão que não se encaixa no estilo de vida rural, vai pra "cidade grande" pra "tentar a vida", é levado pro mundo da pistolagem pelo próprio tio, policial militar, mas que nunca trabalhou como policial militar, mas sim como "matador de aluguel". Enriquece matando pessoas a custo alto, a pedido de ricos e até de políticos e empobrece ao tentar mudar de ofício. Cena icônica ele matando um militante do MST, na frente do filho do sem terra, a pedido do prefeito porque estava "criando confusão" na cidade. Executou 492 pessoas em poucas décadas por todao o Brasil. Nunca foi julgado ou condenado na vida.
Minha única crítica é ao elenco que, apesar de afiadíssimo, é todo composto pelo sul-sudeste do país, sendo que os personagens são quase todos do nordeste, do sertão do Maranhão mais exatamente, "terra de ninguém". O ator principal, paulista, apesar do esforço, é o que mais destoa fisicamente e em termos de sotaque do elenco local. A atriz principal curitibana e o ator que faz seu tio, carioca, não destoam tanto, mas fica a dúvida: será que não existem atores/atrizes do nordeste competentes pra fazer esses papéis? Claro que existem.
Algumas curiosidades sobre a vida de Júlio Santana que destoam do que é passado no filme:
"O primeiro crime como profissional ocorreu em 27 de julho de 1972. Pelo assassinato, recebeu 300 cruzeiros. 'Ganhar 300 cruzeiros por um dia de trabalho era algo que ele jamais imaginara ser possível. Além disso, havia gostado da emoção que sentira ao matar Caetano.' Ele 'queria ganhar mais dinheiro'."
"O filho mais velho de Júlio morreu aos 19 anos, num acidente de motocicleta. 'Júlio acredita que a morte do seu primogênito foi um castigo de Deus por todas as desgraças que fez na vida'."
Fonte: www . olhardireto . com . br/conceito/noticias/exibir.asp?id=15205¬icia=historia-de-matador-que-executou-492-pessoas-vira-filme-dois-aconteceram-em-mt-trailer
E falta um importante registro no filme: "Neste último tópico do caderno constam os nomes de José Genoino, ex-deputado federal, e da estudante secundarista Maria Lúcia Petit. Ele levou um tiro no braço. Ela foi morta. Ambos participavam da guerrilha do Araguaia, movimento organizado pelo Partido Comunista do Brasil contra a ditadura militar com o objetivo de criar um núcleo de guerrilha rural em 1972. Júlio, na época, tinha apenas 17 anos e se envolveu na história porque conhecia bem as matas onde os guerrilheiros estavam embrenhados."
Fonte: aventurasnahistoria. uol . com . br/noticias/acervo/julio-santana-matador-araguaia-435045.phtml
Muito feliz de ver um filme brasileiro de tão alto nível este ano. Tive que atravessar a cidade pra assistir no único cinema em que estava passando, mas sai satisfeitíssimo.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraO hino do conservadorismo, do capitalismo e do "american way of life". Merece reconhecimento a atuação de James Stewart e o roteiro extremamente envolvente. Mas a surra de clichês conservadores é abusiva: tem homem branco-empreendedor-bonzinho pagador de impostos, com negócio herdado pelo pai que ajuda as pessoas e todos da cidade o amam e surpreendentemente vive praticamente no mesmo nível social da classe trabalhadora da cidade, com família nuclear composta por mulher-loira-magra-dona-de-casa-compreensiva-faz-tudo-pelo-marido, 3 filhos, carro e casa própria (só faltou o cachorro), tudo conquistado, obviamente, com o suor do seu labor; tem soldado mito herói da guerra idolatrado por todos da cidade; tem mensagem de "pra que viajar e conhecer todo o mundo, novas culturas, expandir seus horizontes, fazer um curso de graduação, se você pode ficar na América com seu negócio, família, casa e amigos, o melhor lugar do mundo é aqui"; tem até a ideia de que uma pequena cidade com pequenos negócios familiares é o melhor a se esperar de um lugar para viver e o inferno é uma cidade com vida noturna, bares, boates e prostíbulos, com muita gente bebendo e se divertindo à noite (enfim, Nova York, São Paulo, Las Vegas etc. são a visão do inferno para o idealizador do filme); tem até romantização do trabalho infantil com direito a castigo corporal e tudo, mas no fim empregador adulto que explora e maltrata criança e criança explorada viram melhores amigos. Enfim, a lista é grande.
É compreensível esse filme ser tido como um clássico da sua época, no contexto dos EUA no pós-I Guerra, uma década após a 1ª grande crise do capitalismo, com o "american way of life" se consolidando etc. Mas me impressiona que a essa "altura", mais de 50 anos depois, com o mundo vivendo outro nível de valores morais (autonomia da mulher, diversidade das formas de família, só pra citar alguns), com outro nível de economia (o capitalismo já tendo passado por outra crise e a economia se mostrando, a nível mundial, um mar de lobos como o Sr. Potter, sem espaço pra qualquer George Bailley) tanta gente tenha se apaixonado por esse filme e caído nos seus encantos. O final consegue ser muito emocionante dentro do universo ilusório criado pelo filme, mas na "vida real" seria uma grande piada imaginar algo desse tipo, assim como várias partes do filme (e não me refiro ao anjo, José e afins).
Ainda assim, interessante assistir para apreender um pouco dos valores culturais da época nos EUA. Além do que o filme é longo e envolvente, com roteiro e atuações na medida. Deve ter caído como uma luva pra época, tanto que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Hoje certamente seria execrado pelo júri, passando longe de qualquer indicação em qualquer festival/premiação que conheço.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraMuito divertido! Muita referência a games! Uma homenagem aos fãs de video games, especialmente os mais antigos, da época dos arcades, fliperamas, pac man etc. Gostei do roteiro redondinho e tal, sem furos que eu tenha notado. Ansioso pelo 2!
The Room
2.3 492As definições de filme ruim, tosco, roteiro ruim, diálogos ruins, atuações ruins etc. etc. foram atualizadas.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraUm retrato genial do chamado "White trash" (com o perdão do uso do termo)!
Não consigo imaginar como esse termo poderia ser tão bem e inteligentemente definido em forma de filme.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista Agora"Cada segundo de filme é composto por 12 quadros pintados a mão." Uma obra-prima da animação, sem dúvidas.
Amadeus
4.4 1,1KNunca imaginei que o perfil de artista gênio, famoso, #vidaloka, sexo, drogas e rock n'roll que morre cedo já existisse no século XVIII.
Se você se considera uma pessoa "de fé", prepare-se para se sentir incomodado, ou pelo menos instigado.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraQue maravilha de cartaz! Simétrico e psicodélico!
Olhos de Ressaca
4.0 43Achei um pouco cansativo, massante. Mas as imagens e a trilha são muito bonitas. Os depoimentos bem sensíveis.
Nosso Corpo Nos Pertence?
4.2 5Tecnicamente, bem ruim. Péssima edição de som, os depoimentos são cheios de ruídos, eco, vozes de pessoas no fundo. A imagem/fotografia também não é das melhores, com sombra no rosto de algumas entrevistadas.
A própria montagem é bem pobre encadeando os depoimentos de forma bem linear, sem muito uso de imagens para além dos próprios depoimentos em si e sem uso de trilha sonora durante ou entre os depoimentos. A entrevistadora não conseguiu extrair momentos de forte emoção nos depoimentos, o que seria comum diante das situações de violações vividas por algumas depoentes, nem conseguiu construir essa atmosfera de emoção no filme.
Quanto ao conteúdo das entrevistas, achei interessante e enriquecedora a segunda parte, sobre o MAB (Movimentos dos Atingidos por Barragens) e da questão da prostituição nas barragens. Desconhecia essa realidade, apesar de já ter visto documentários sobre situações análogas, como estradas, pontos de concentração de caminhões.
A primeira parte não curti, particularmente porque sou a favor da regulamentação da prostituição. A situação atual é uma situação de invisibilização dessas mulheres, que não têm, basicamente, direitos trabalhistas e, como mencionado num dos depoimentos, trabalham muitas vezes em regime análogo ao de escravidão, o que é uma situação que deve ser coibida, por ser crime, não tratada como uma realidade inerente à prostituição em si. Além disso, penso que uma regulamentação traria uma maior quebra do estigma dessas trabalhadoras, facilitando não só a cobrança de valores por seus serviços, mas também tutela da polícia, apesar de ser bem difícil de imaginar essa parte.
Enfim, a busca por serviços sexuais é uma realidade. Manter a situação atual, sem qualquer tutela ou reconhecimento legal é fechar os olhos para essa realidade. É o mesmo que acontece quanto a questão das drogas e do aborto, que são, pior, criminalizados. Penso que dizer que a prostituição é um mal em si por ser, de fato, na prática, terrível para a maioria das mulheres envolvidas, é similar a dizer que o aborto é um mal em si por ser na prática terrível para a maioria das mulheres envolvidas. Regulamentar o aborto traz uma quebra de tabu e uma proteção às mulheres que querem praticá-lo, sendo que as que mais sofrem e morrem por isso são, obviamente, as pobres, precisamente da mesma forma que regulamentar a prostituição traria/trará uma quebra de tabu e uma proteção às mulheres dessa realidade, sendo que, da mesma forma, as que mais sofrem por isso são as pobres. A prostituta de luxo cobra caro, mora no seu ap alugado, paga sua faculdade e impõe regras aos seus clientes, assim como a mulher rica paga pelo seu aborto na clínica ou hospital particular com higiene e médico, enquanto a prostituta pobre é escravizada, estuprada e roubada e a mulher pobre aborta com pessoas sem o menor conhecimento, locais insalubres e acabam tendo diversas complicações de saúde e algumas vezes a morte.
Carros 3
3.6 316 Assista AgoraMelhor animação gráfica da trilogia, possivelmente a melhor já feita pela Pixar. Enquanto filme, o pior da trilogia e considero um dos mais fracos da Pixar.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraDepois da decepção que foi Mulher-Maravilha, como todos elogiando horrores e, ao assistir, ver um filme super fraco, especialmente se comparado com os recentes da Marvel (apesar de ser muito bom se comparado com os últimos filmes da DC); Homem-Aranha: De Volta ao Lar vem pra mostrar que a Marvel também gera filmes ruins e com público super-estimando.
O que mais tenho amado nos filmes da Marvel são as cenas de ação absurdamente criativas e com efeitos visuais impecáveis. Os efeitos não são um problema nesse filme, mas as cenas de ação são de dar sono se comparado com os filmes mais recentes da Marvel e até com a "primeira" trilogia do Homem-Aranha (a com o Tobey Magire). Aí já perde uma das maiores qualidades que vinha vendo nos filmes da Marvel.
O roteiro, quando não é 100% previsível, abarrotado de clichês, era sem sentido e forçado. São tantas cenas que podia passar o dia citando aqui
1_a pessoa costurar um navio com uma ruma de teia...que vergonha, e o navio sequer começa a afundar. Aí chega o Homem-de-Ferro e solda o navio todo como se fosse um cano de metal. Pqp; 2_como é que o mesmo cidadão no filme é rico/playboy, bullie, dj, e ao mesmo tempo compete em olimpíada de ciências e é menosprezado no meio dos cdfs? E a patricinha gata e popular ao mesmo tempo compete em olimpíada de ciências? Sinto que quiseram desmitificar esses pontos, mas a meu ver fizeram bem mal feito; 3_achei sensacional brincarem com a ideia de o Homem-Aranha não ter onde lançar suas teias em bairros residenciais periféricos, há anos queria ver uma piada nesse sentido. Ponto positivo. Aí nas cenas seguintes à sátira eles mostram ele fazendo justamente isso.
pqp; 4_replicaram a cena na "primeira" trilogia do Homem-Aranha em que ele lança uma teia num carro e sai deslizando colado nesse como se fosse um body-board. O detalhe é que, além de a anterior ser infinitamente melhor, mais rica, enquanto cena de ação mesmo (não é simplesmente uma pessoa se arrastando no chão), no filme anterior ele usava algo pra deslizar no chão, nesse ele sai ralando por kms, e sai com o uniforme intacto. Ridículo. etc. etc. etc.
Outro ponto que considero positivo nos filmes da Marvel, inclusive, são o uso adequado dos clichês, o que não acontece nesse filme, em definitivo, pelo contrário. É tanto clichê mal-colocado que ficou parecendo aquele filme superficial, boboca.
Destaque pro erro de continuidade na cena em que o avião cai. Avião altamente destruído, antagonista com armadura totalmente destruída, Peter com a roupa que parecia que tinha acabado de sair da loja e cabelo que parecia que tinha acabado de sair do banho. Na sequência da cena, depois de 5s de trocação com o vilão, Peter está com a roupa toda lascada e a cara toda ferida.
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraBela ambientação (carros, figurino, até o linguajar) e trilha sonora (bastante música clássica).
Previsível desde o começo que ela era uma fraude e ele a desmascaria, não sei se porque sou ateu e sei que Woody Allen também o é. Não previ que ele se apaixonaria por ela depois disso, mas também é previsível conhecendo a obra de WA.
O que achei imprevisível e atípico para um filme de WA foi o "final feliz", acho que o primeiro filme dele que vi com um.
*Pra quem curtiu o filme, indico outro baseado em um caso real "O Incrível Randi" (The Amazing Randi). Estava disponível na Netflix. Ou mesmo pesquisar sobre a figura de James Randi que com certeza inspirou esse filme aqui.
O Primeiro Mentiroso
3.4 809 Assista AgoraPoderia ser um filme maravilhoso, mesmo como comédia romântica. Começa muito bem (como todos disseram aqui), mas depois desanda. O elenco é grandioso, com grandes atores mesmo como coadjuvantes.
O argumento é genial, inteligentíssimo, super criativo, como em Ela (Her), apesar da diferença de temática. Ambos são romances ambientados em distopias, sendo que Ela é um grande filme, O Primeiro Mentiroso não. Outro exemplo é O Lagosta (The Lobster), igualmente de temática/crítica diferente de ambos anteriores, que é um bom filme, não tanto quanto Ela, mas muito melhor que O Primeiro Mentiroso.
Perdidos em Paris
3.4 44Muito Chaplin!
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraSério? Esse filme que tá todo mundo amando?
Salvam as boas piadas nos diálogos e o feminismo (destaque pra homenagem a Coco Channel com o look que a protagonista sai vestindo na cena da loja de roupas). Válido finalmente um grande blockbuster com uma super-heroína.
Filme abarrotado de clichês (esperado), CGI é podre e cenas de ação ficam entre boas e limitadas, especialmente se comparadas com os filmes da Marvel. Pra mim o roteiro é sem timing, com ora diálogos muito longos, apesar de bons, ora com cenas de ação também muito longas e muito dramáticas. Resultado: filme muito longo e cansativo. Dava pra tirar pelo menos uns 20 minutos. Me deu foi sono.
Amor.com
2.8 176Um dos piores filmes que já vi.
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraMuito melhor que o primeiro, claramente. Roteiro com menos furos, mas ainda assim com alguns, e ainda cheio de clichês baratos.
Incrível como Cumberbatch engrandece o filme. O que um ator de verdade não consegue fazer por uma obra de cinema. Mas não só sua atuação melhora o filme, como seu personagem enquanto vilão na trama tem muito mais força e significado, é muito mais bem desenvolvido e contextualizado no filme que o vilão do filme anterior.
Na verdade, achei que os outros personagens também são mais bem explorados, como o próprio Spock e o Scotty. No primeiro filme parece que os personagens se limitam a serem apresentados e pára por ali. Nesse eles são realmente colocados à prova.
Star Trek
4.0 1,1K Assista AgoraRoteiro infantil, com tanto furo que fica difícil até de lembrar pra citar aqui. As revira-voltas não fazem sentido, não convencem. Personagens mal desenvolvidos, assim como suas relações.
Pra mim foi o típico blockbuster de ação em que a trama não é muito valorizada e o filme fica todo a cargo dos efeitos especiais, cenas de ação, trilha e montagem eufóricas, abarrotado de clichês etc.
Pra quem é grande fã de Star Trek deve ter valido à pena algumas coisas por mera nostalgia, não por ser um filme bem feito.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraO único negro de todo o filme é o vilão.
*Nunca achei Emma Stone tão bonita e encantadora como está nesse filme.