Renata Lima

Eu sei que você também está se perguntando COMO Anne Hathaway topou fazer esse filme, eu sei.

Assim, poderia até vir à ser uma comédia romântica divertida e com uma boa mensagem sobre a visão cruel do envelhecimento feminino, a ideia em si é boa. Mas realmente deixou a desejar em aspectos simples como roteiro e algumas atuações. Em especial a atuação do co-protagonista, o Nicholas Galitzine, nada convincente.

É um filme lindo, trazendo a marca registrada do Studio Ghibli em cada cena. Os cenários nos transportam diretamente para a história: transmitem paz, apreensão, surpresa. Sentimentos diferentes, em inúmeros momentos.

Mas, no geral, os personagens não nos cativam tanto - principalmente em relação à maneira que estamos acostumados com os anteriores do Studio. O roteiro de fantasia que sempre nos empolga e prende tão bem, não segue o padrão dessa vez. Deixando o telespectador, de certa forma, até entediado em alguns momentos. As relações pessoais que normalmente nos emocionam, comovem e geram vínculo, também não exercem muito bem o sentimentalismo proposto.

É um bom filme, mas definitivamete fica abaixo de outros mais completos (e geniais) do Miyazaki.

Mais um do Yorgos que segue as características: Excêntrico, com um roteiro incrivelmente diferenciado e uma qualidade técnica absurda. Inclusive, bom demais ver esse diretor tão talentoso sendo mais reconhecido.

Atuação excepcional da Emma Stone e Willem Dafoe, mas Mark Ruffalo também entregou uma atuação grandiosa.