O povo, condensado pela velocidade e reviravoltas de tirar o fôlego dos filmes atuais, criticando de forma negativa um filme feito para outra época, mas que não deixa de ser atemporal pela sua abordagem da dualidade de valores e ética.
fazer o telespectador meio que torcer pro Leatherface e mudar o foco, como se a família dele fosse pacífica e inocente.
Outros pontos meio blé foram: quem não lê uma carta e documento importante de primeira? Quem deixa um estranho em sua mansão recém herdada sozinho? Como ficar de boinha com um primo depois dele ter massacrado sua amiga e seu namorado? Ela nem sabia do caso deles, embora nada justifique ficar nem aí com a morte dos dois.
Tirando os inúmeros furos, achei um filme legal pro gênero e com adrenalina em algumas cenas, tipo a da roda gigante e em algumas mortes.
quebra de expectativa perto do final, quando você, já habituado com a final girl que consegue escapar, se depara com ela sendo atacada. Não esperava por essa.
O Leatherface mais nada a ver com Leatherface que já vi. Não há massacre e mal tem serra elétrica. Só dei essa pontuação pelo esforço do Matthew e da Reneé em tentar salvar essa sátira sem nenhum senso de humor.
Gosto como as imagens-choque dos filmes do Buñuel expressam o máximo do surrealismo cinematográfico, com sequências que vão além do real oculto e contido para criticar a burguesia. O telespectador se sente como se estivesse em um pesadelo ou alucinação do narrador, possivelmente, louco.
Um prato cheio pra quem ama incondicionalmente Recife e cinema através da metalinguagem. Muito bom recordar de momentos que construíram nossas histórias em esquinas do Recife. ❤️
"Você nunca dorme falando em inglês. Você só sonh em coreano. (...) Tenho medo porque você sonha em uma língua que não consigo entender. É como se houvesse todo esse lugar dentro de você onde eu não posso ir."
Eu comecei assistindo ao filme admirando a história e reencontros de Nora e Hae Sung, principalmente o amor genuíno do Hae Sung. E estava tendo, de fato, uma visão tediosa e clichê na narrativa do Arthur. Como se ele estivesse ali para ser o obstáculo entre os protagonistas. Mas quando percebi que ele também tem essa visão sobre si mesmo, baixei a guarda. Que filme de cortar o coração. Amei, A24.
Assisti porque já tinha apreciado uma obra do Wim Wenders, "Paris, Texas" e estou encantada.
Incrível como coisas ordinárias que ocorrem no cotidiano das pessoas tornam-se singulares quando observadas e narradas pelos seres espirituais. No momento em que o anjo diz que quer sentir o "agora e agora" e não o "agora e para sempre" no desejo de viver uma vida mundana; como ser notado, cumprimentado... faz a gente refletir sobre 'o viver' e pequenos detalhes vivenciados que passam despercebidos e compõem a vida. Ele anseia "o 'achar' em vez do 'saber".
A Anna Karina interpretando a Nana chorando em pleno close-up de A paixão de Joana D'arc foi, sem dúvidas, uma das coisas mais linda que já vi no cinema.
E o Theo constata tudo ao ver o Lucas o encarando na igreja.
Vejo muita gente procurando o vilão na história, mas lembrando que só ficamos revoltados, com a sensação de injustiça ao ver a vida do Lucas se arruinando porque a narrativa do filme é sob a ótica do protagonista.
Os replicantes com muito mais humanidade e sede de viver do que os seres humanos em um mundo degradado, questionando; assim, a natureza. Afinal, o que significa ser humano?
Aquela cena em que Batty consegue uma audiência com Tyrell e pede ao seu criador mais vida, foi o ápice do dilema moral em meio às tragédias.
Boa parte do público moderno, que gosta de drama policial, pode estar calejada pelos atuais filmes do gênero. Mas não devemos tratar como algo comum na área o primeiro filme sonoro do Fritz Lang, com um assobio perturbador do assassino que cria uma tensão na narrativa. Podemos destacar a genialidade da obra: 1) No momento em que a mãe de Elsie começa a gritar eufórica pela janela o nome da filha que ainda não voltou da escola e a câmera foca na ausência no lar. A ausência da menina no jardim, quarto, sala de jantar vazia à espera de Elsie... e tudo o que Lang mostra é o brinquedo da garota rolando na grama e o balão subindo entre os fios e postes; 2) A cena da polícia e a da máfia articulando paralelamente a captura de Beckert foi sensacional; 3) O "M" deixado nas costas do procurado e vira marca principal do filme; 4) A caçada ao Beckert se torna um momento tenso e o ritmo do filme, um frenesi de emoções; 5) O telespectador sente horror do "monstro" criminoso no desenrolar do filme, mas inevitavelmente baixa a guarda na hora do julgamento público, em que Beckert clama em sua defesa no total desespero - e que atuação do Peter Lorre! Aí entra a dualidade moral e ética do telespectador: "que tipo de justiça um criminoso merece?".
Esses e muito mais elementos serviram de receita para os filmes modernos de drama policial.
Vim pelo Don Draper, que segundo ele, ficou chocado com o filme.
Estou revendo Mad Men e também mais atenta aos detalhes. Especialmente sobre os filmes que moldaram, chocaram e entreteram a década de 60 e são mencionados na série.
Em seguida, ainda sobre Mad Men, a Peggy Olson dá a sua opinião e solta "dirty movie". Não concordo. Não é um filme pornográfico e, apesar das cenas de sexo explícitas para a época, parece representar a liberdade sexual.
É instigante mergulhar na busca de identidade ideológica, política e religiosa da Lena e ainda se deparar com a pura metalinguagem do cinema. Vou agora mesmo assistir a sequência I am curious — Blue.
Tinha lido sobre o Movimento Dogma 95 e me interessei sobre o filme que foi estreia no manifesto. E eis uma obra do cinema depurado! Cada vez que uma personagem batia com o garfo no copo de vinho, o discurso fugia do convencional, pois era a hora de se desnudar da hipocrisia. O estilo de filmagem com câmera digital para dar a sensação de vídeo caseiro e amador, a ausência de trilha sonora e efeitos visuais... fazem o telespectador se sentir por dentro desse redemoinho de emoções.
Para acreditarmos na sanidade de Alice: 1) ela saber o conteúdo da carta lacrada, comprovando que ela mesma digitou; 2) o marido ter esvaziado a conta bancária e fugido para a Ásia; 3) o Dr. Samuel ter recebido uma quantia maior que o esperado para a internação da Alice e ele ter exagerado no tratamento dela, dando margem a um complô contra a mesma.
E para acreditarmos que o Dr. Samuel tinha razão ao dizer que ela é uma forte manipuladora e que seu consciente cria outra realidade, fazendo-a persuadir todos à sua volta, inclusive profissionais inexperientes (como alerta a carta): 1) ela foi muito incompetente com sua investigação ao revelar desde o princípio sua "missão" em vez de continuar fingindo e investigando; 2) a reação agressiva dela toda vez que era confrontada; 3) o espelho dela quebrado e fragmentado como se fizesse alusão à sua mente cheia de facetas; 4) Alice estremecer e até quebrar a 4ª parede no final com a visita do Dr. Donadio e a fala final dele como se a ela já tivesse feito coisas comprometedoras antes.
Minha conclusão: ela foi sim vítima de um golpe muito bem armado. O marido quis se aproveitar da sua profissão e tramou o plano para ela investigar um caso dentro do sanatório. Aquele final com o Dr. Donadio, que pode ter fingindo ser outra pessoa, não quis dizer nada. Dr. Samuel tentou se isentar de possíveis investigações. Propôs sua demissão, fez aquele discurso cheio de moralidade médica para ficar por cima e trouxe o Donadio na tentativa de desestabilizar Alice.
Fúria Incontrolável
3.0 378 Assista Agoraeste filme, Relatos Selvagens e a série Treta são lições agressivas sobre a importância de ter paciência no trânsito.
Harakiri
4.6 179O povo, condensado pela velocidade e reviravoltas de tirar o fôlego dos filmes atuais, criticando de forma negativa um filme feito para outra época, mas que não deixa de ser atemporal pela sua abordagem da dualidade de valores e ética.
Simplesmente uma obra de arte!
O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface
2.2 697 Assista AgoraO filme tem alguns lances legais, mas não convence com personagens sem carisma e os últimos 20 minutos são intragáveis.
só cheguei a chorar porque eu também serviria de isca ao Leatherface pra minha irmã caçula poder fugir kkk
O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua
2.5 1,5K Assista AgoraPois esta franquia me deixou viciada em slasher. kkkkk Meio diferente, pois achei estranho a narrativa
fazer o telespectador meio que torcer pro Leatherface e mudar o foco, como se a família dele fosse pacífica e inocente.
Outros pontos meio blé foram: quem não lê uma carta e documento importante de primeira? Quem deixa um estranho em sua mansão recém herdada sozinho? Como ficar de boinha com um primo depois dele ter massacrado sua amiga e seu namorado? Ela nem sabia do caso deles, embora nada justifique ficar nem aí com a morte dos dois.
Tirando os inúmeros furos, achei um filme legal pro gênero e com adrenalina em algumas cenas, tipo a da roda gigante e em algumas mortes.
O Massacre da Serra Elétrica: O Início
3.2 614 Assista AgoraTão bom quanto o anterior e a achei interessante a
quebra de expectativa perto do final, quando você, já habituado com a final girl que consegue escapar, se depara com ela sendo atacada. Não esperava por essa.
O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno
2.1 247O Leatherface mais nada a ver com Leatherface que já vi.
Não há massacre e mal tem serra elétrica.
Só dei essa pontuação pelo esforço do Matthew e da Reneé em tentar salvar essa sátira sem nenhum senso de humor.
Luz de Inverno
4.3 173A religião cristã servindo de alusão para as chagas, solidão, medo, dilemas, abandono, dúvidas e dores físicas da vida mundana; paralelamente.
Beau Tem Medo
3.2 406 Assista AgoraFreud explica.
O Diário de Bridget Jones
3.5 856 Assista Agorapensando como recuperar 1h30 de tempo perdido
A Idade do Ouro
3.8 85Gosto como as imagens-choque dos filmes do Buñuel expressam o máximo do surrealismo cinematográfico, com sequências que vão além do real oculto e contido para criticar a burguesia. O telespectador se sente como se estivesse em um pesadelo ou alucinação do narrador, possivelmente, louco.
Retratos Fantasmas
4.2 227 Assista AgoraUm prato cheio pra quem ama incondicionalmente Recife e cinema através da metalinguagem.
Muito bom recordar de momentos que construíram nossas histórias em esquinas do Recife. ❤️
Vidas Passadas
4.2 729 Assista Agora"Você nunca dorme falando em inglês. Você só sonh em coreano. (...) Tenho medo porque você sonha em uma língua que não consigo entender. É como se houvesse todo esse lugar dentro de você onde eu não posso ir."
Eu comecei assistindo ao filme admirando a história e reencontros de Nora e Hae Sung, principalmente o amor genuíno do Hae Sung. E estava tendo, de fato, uma visão tediosa e clichê na narrativa do Arthur. Como se ele estivesse ali para ser o obstáculo entre os protagonistas.
Mas quando percebi que ele também tem essa visão sobre si mesmo, baixei a guarda.
Que filme de cortar o coração. Amei, A24.
Asas do Desejo
4.3 493 Assista AgoraAssisti porque já tinha apreciado uma obra do Wim Wenders, "Paris, Texas" e estou encantada.
Incrível como coisas ordinárias que ocorrem no cotidiano das pessoas tornam-se singulares quando observadas e narradas pelos seres espirituais. No momento em que o anjo diz que quer sentir o "agora e agora" e não o "agora e para sempre" no desejo de viver uma vida mundana; como ser notado, cumprimentado... faz a gente refletir sobre 'o viver' e pequenos detalhes vivenciados que passam despercebidos e compõem a vida.
Ele anseia "o 'achar' em vez do 'saber".
"Agora, eu sei o que nenhum anjo sabe."
Viver a Vida
4.2 391A Anna Karina interpretando a Nana chorando em pleno close-up de A paixão de Joana D'arc foi, sem dúvidas, uma das coisas mais linda que já vi no cinema.
E a Nana encontra sua libertação também na sua morte.
A Caça
4.2 2,0K Assista Agora"Eu sei quando você está mentindo, você pisca enquanto fala."
E o Theo constata tudo ao ver o Lucas o encarando na igreja.
Vejo muita gente procurando o vilão na história, mas lembrando que só ficamos revoltados, com a sensação de injustiça ao ver a vida do Lucas se arruinando porque a narrativa do filme é sob a ótica do protagonista.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraOs replicantes com muito mais humanidade e sede de viver do que os seres humanos em um mundo degradado, questionando; assim, a natureza. Afinal, o que significa ser humano?
Aquela cena em que Batty consegue uma audiência com Tyrell e pede ao seu criador mais vida, foi o ápice do dilema moral em meio às tragédias.
Made in U.S.A.
3.6 30Alguns diálogos bons, típicos do Godard e fotografia vibrante. O roteiro não é um dos melhores do Godard.
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 278 Assista AgoraBoa parte do público moderno, que gosta de drama policial, pode estar calejada pelos atuais filmes do gênero. Mas não devemos tratar como algo comum na área o primeiro filme sonoro do Fritz Lang, com um assobio perturbador do assassino que cria uma tensão na narrativa.
Podemos destacar a genialidade da obra:
1) No momento em que a mãe de Elsie começa a gritar eufórica pela janela o nome da filha que ainda não voltou da escola e a câmera foca na ausência no lar. A ausência da menina no jardim, quarto, sala de jantar vazia à espera de Elsie... e tudo o que Lang mostra é o brinquedo da garota rolando na grama e o balão subindo entre os fios e postes;
2) A cena da polícia e a da máfia articulando paralelamente a captura de Beckert foi sensacional;
3) O "M" deixado nas costas do procurado e vira marca principal do filme;
4) A caçada ao Beckert se torna um momento tenso e o ritmo do filme, um frenesi de emoções;
5) O telespectador sente horror do "monstro" criminoso no desenrolar do filme, mas inevitavelmente baixa a guarda na hora do julgamento público, em que Beckert clama em sua defesa no total desespero - e que atuação do Peter Lorre! Aí entra a dualidade moral e ética do telespectador: "que tipo de justiça um criminoso merece?".
Esses e muito mais elementos serviram de receita para os filmes modernos de drama policial.
I Am Curious (Yellow)
3.7 20Vim pelo Don Draper, que segundo ele, ficou chocado com o filme.
Estou revendo Mad Men e também mais atenta aos detalhes. Especialmente sobre os filmes que moldaram, chocaram e entreteram a década de 60 e são mencionados na série.
Em seguida, ainda sobre Mad Men, a Peggy Olson dá a sua opinião e solta "dirty movie". Não concordo. Não é um filme pornográfico e, apesar das cenas de sexo explícitas para a época, parece representar a liberdade sexual.
É instigante mergulhar na busca de identidade ideológica, política e religiosa da Lena e ainda se deparar com a pura metalinguagem do cinema.
Vou agora mesmo assistir a sequência I am curious — Blue.
Festa de Família
4.2 396 Assista AgoraTinha lido sobre o Movimento Dogma 95 e me interessei sobre o filme que foi estreia no manifesto. E eis uma obra do cinema depurado! Cada vez que uma personagem batia com o garfo no copo de vinho, o discurso fugia do convencional, pois era a hora de se desnudar da hipocrisia.
O estilo de filmagem com câmera digital para dar a sensação de vídeo caseiro e amador, a ausência de trilha sonora e efeitos visuais... fazem o telespectador se sentir por dentro desse redemoinho de emoções.
A Flor do Meu Segredo
3.7 160"Obrigada, Antônio. Me fizestes esquecer Paco. Faz 15 minutos que não penso nele."
ALMODÓVAR, ÉS UM GÊNIO
As Linhas Tortas de Deus
3.5 234 Assista AgoraGostei bastante do filme ter jogado pistas para
nos confundir com aquele final.
Para acreditarmos na sanidade de Alice:
1) ela saber o conteúdo da carta lacrada, comprovando que ela mesma digitou;
2) o marido ter esvaziado a conta bancária e fugido para a Ásia;
3) o Dr. Samuel ter recebido uma quantia maior que o esperado para a internação da Alice e ele ter exagerado no tratamento dela, dando margem a um complô contra a mesma.
E para acreditarmos que o Dr. Samuel tinha razão ao dizer que ela é uma forte manipuladora e que seu consciente cria outra realidade, fazendo-a persuadir todos à sua volta, inclusive profissionais inexperientes (como alerta a carta):
1) ela foi muito incompetente com sua investigação ao revelar desde o princípio sua "missão" em vez de continuar fingindo e investigando;
2) a reação agressiva dela toda vez que era confrontada;
3) o espelho dela quebrado e fragmentado como se fizesse alusão à sua mente cheia de facetas;
4) Alice estremecer e até quebrar a 4ª parede no final com a visita do Dr. Donadio e a fala final dele como se a ela já tivesse feito coisas comprometedoras antes.
Minha conclusão: ela foi sim vítima de um golpe muito bem armado. O marido quis se aproveitar da sua profissão e tramou o plano para ela investigar um caso dentro do sanatório. Aquele final com o Dr. Donadio, que pode ter fingindo ser outra pessoa, não quis dizer nada. Dr. Samuel tentou se isentar de possíveis investigações. Propôs sua demissão, fez aquele discurso cheio de moralidade médica para ficar por cima e trouxe o Donadio na tentativa de desestabilizar Alice.
O Que Eu Fiz Para Merecer Isto?
3.7 126 Assista AgoraDentre todas as personagens na corda bambeando entre a virtude e imoralidade, a que mais me desagradou foi o indigesto dentista.
O Mensageiro do Diabo
4.1 261 Assista AgoraCada vez que o Harry cantarolava aquela música, formava uma cena inesquecível. Filme excelente pra época.