Criticar a saga soa redundância. Depois de todas as obras literárias lançadas e de duas versões cinematográficas, não há dúvidas que se trata de um novo fenômeno. Afinal, mais de 1 milhão de espectadores nos cinemas brasileiros em apenas 5 dias não é para qualquer produção. Desta forma, não vejo muito sentido em realizar uma resenha de um filme o qual já possui um público fiel e consolidado. Sendo assim, talvez seja cabível apenas um pequeno comentário.
O fato é que Eclipse não é muito diferente dos anteriores. E continua apresentando os mesmos problemas destes. Obviamente, não há muito o que fazer dada a linha narrativa. A trama continua superficial, mantendo o mesmo discurso absurdos - e inserindo outros piores ainda. As atuações, pífias. É impressionante destacar que até a competentíssima Bryce Dallas Howard realiza um trabalho medíocre por falta de orientação. A direção é um pouco mais ágil e, pelo menos tecnicamente, David Slade tenta fugir da obviedade dos anteriores criando algumas sequencias interessantes. Mas é só. Diálogos que beiram o ridículo, momentos e situações constrangedoras que até rendem piadas. Normal, nada que já não tenha presenciado nos outros dois filmes da série.
Entretanto, não adianta criticar. Assistir foi uma opção (ou falta de) minha e não ficarei batendo na mesma tecla. Que o seu público fiel continue encontrando qualidades e apreciando.
Espero que eu ainda encontre alguma explicação plausível para o sucesso desta saga, seja em sua forma cinematográfica ou literária. Lavagem cerebral, talvez?
Talvez, um dos melhores exemplares que aborda muito bem a discussão ufologia x ceticismo. Entretanto, é inegável que o filme não envelheceu bem. Tecnicamente, é ultrapassado e fica bem abaixo de similares antigos e semelhantes. Ainda assim, vale a pena conferir pelo discurso.
Não é desculpa, Alex. "Once" custou apenas U$160000 e tem uma das mais belas trilhas. Compor trilhas sonoras não é tão caro. Ainda mais com a tecnologia de hoje. Além disso, o orçamento de Kick Ass está na casa dos U$50~U$75 milhões. Além disso, na maioria dos casos, é muito mais barato contratar um compositor do que adquirir direitos autorais de uma composição ;)
Entendo a sua opinião, Souza. E até confesso que é este comentário é algo mais pessoal mesmo. Foi como eu disse. Em mim, a utilização da composição de John Murphy me causou uma péssima impressão porque a primeira coisa que me veio na cabeça foi a épica sequencia de Sunshine - Alerta Solar. E logo surgiu o questionamento: homenagem, referência ou limitação? Afinal, como já apontei, é um filme de ficção científica recente e não muito conhecido que possui este excelente de trabalho de desenho de som. É bacana quando você assiste um filme, escuta uma trilha já conhecida e já traça um paralelo (assim como no momento do uso de Ennio Morricone). Mas quando a cena não permite um paralelo, uma proposta, um intuito claro, fica o questionamento e a má impressão. Algo parecido ocorreu com o nacional "Era Uma Vez", do Breno Silveira, que faz uso da trilha sonora de Babel, de Gustavo Santaolalla. Soa como uma colagem sem propósito, que não causa tanto impacto em quem já está familiarizado com as composições.
No mais, foi uma observação mais pessoal mesmo. Afinal, o processo de espectatorialidade é algo pessoal. Isso que me incomoda, com certeza, passará batido para maioria. ;)
Uma coisa é um filme utilizar faixas de trilha sonora como referências cabíveis e homenagens. Outra coisa é limitação criativa e apenas admiração por uma composição musical. Afinal, nada mais adequado do que Tarantino homenagear Os Mercenários em Bastardos Inglórios, já que a própria narrativa permite tal.
Agora... Se analisarmos o caso de Kick Ass, o que surge é uma interrogação. Por qual motivo utilizar a faixa de uma trilha sonora de um filme de ficção científica? Não há correspondência temática. A composição é crucial para a cena de Sunshine - Alerta Solar. Aliás, o desenho de som da sequencia é feito pela trilha. E, digamos que é um filme recente, não? 2006, se não me engano. Uma coisa é utilizar uma composição ADEQUADA, CLÁSSICA, como homenagem e referência. Outra coisa é usar apenas porque acha "bacaninha" e tentar levar os méritos por tal. Afinal, poucos conhecem Sunshine Alerta Solar e poucos conhecem a trilha de John Murphy. Aí, temos que aguentar comentários como: "Nossa. A Trilha Sonora é incrível. A música que utilizaram na cena do galpão é fenomenal". Méritos pelo trabalho alheio. Eu não aprovo. Homenagem e referência é uma coisa, falta de criatividade é outra. Fica a questão.
Apesar de toda a abordagem estética e visual inventiva, Kick-Ass é o típico exemplar que fica apenas na mediocridade. A opção de tentar desenvolver um multiplotting em um filme de personagem título é sempre um perigo, e aqui atrapalha o envolvimento do espectador com cada personagem. Eu, pelo menos, pouco me envolvi com subtramas.
Queria pontuar, também, o quanto é lamentável sugar faixas da trilha sonora de outras produções. Neste, me causou uma péssima impressão. Uma das sequencias mais bem fotografas é a do galpão, obviamente. Entretanto, o uso da composição de John Murphy reproduzida em "Sunshine - Alerta Solar", prejudica e, justamente, causa esta péssima impressão em quem se atenta a este aspecto técnico. Como se não bastasse, ainda sugaram "In a Heartland", composição também de John Murphy para "Extermínio". Pelo visto, esta nova gerações de diretores apreciam as trilhas sonoras dos filmes do Danny Boyle. Mas, vamos ser criativos e trabalhar em composições novas e que caracterizem o filme como algo único, por favor. Fica aqui a crítica.
A Pixar conseguiu de novo. Um dos melhores e mais completos filmes do ano é uma animação. Nostálgico, singelo e emocionante, Toy Story 3 representa os bastidores da minha infância. Não poderia ser melhor.
De certa forma, acusar Principe da Pérsia de clichê é até redundância, mas Mike Newell extrapola. Se não bastasse os estereótipos narrativos, conferimos também o pior tipo de lugar comum no cinema: os clichês de linguagem. No mais, é excessivamente repetitivo, sendo mais um exemplar do chamado "entretenimento sem cérebro". Você já viu isso antes. Pode ter certeza.
O típico caso de uma ótima ideia não muito bem trabalhada. O diretor tenta, de qualquer maneira, dar profundidade ao seus personagens. Entretanto, o que surge são diálogos medíocres acompanhado de atuações risíveis. Uma pena.
Opa. Pera lá. Brilho de uma Paixão não é uma adaptação de obra literária coisa nenhuma. Jane Campion reuniu os poemas de Keats e as cartas trocadas entre ele e Fanny Brawne e contou com a ajuda de Andrew Mation, que escreveu uma biografia de Keats e foi consultor no roteiro do filme.
Você disse que não gostou porque achou o filme monótono ou, vulgarmente falando, chato. E afirmou que não adianta colocar poesia na boca dos atores.
Detalhe: Jane Campion não colocou poesia na boca de ninguém. Ela desenvolveu diálogos através das poesias e construiu uma linha narrativa. Todo o desenrolar do romance entre Fanny e Keats se dá através das poesias o que, obviamente, culmina no desfecho do filme. E já estudei sobre transposição de mídia. E o que Jane Campion faz não é só transpor, mas sim adequar.
Uma pessoa que se identifica com arte literária, com poesias tem muito mais chance de apreciar a obra. É uma mentira, por acaso?
Afirmo e reafirmo: pesquisem sobre intertextualidade. É óbvio que o filme é arte cinematográfica. Uma arte que pode, muito bem, abordar a intextualidade e falar de outras artes. Cinema não é uma arte quadrada, limitada.
Para mim, Brilho de uma Paixão é um ode a um poeta e a arte manuscrita - literária e poética. E como falar de John Keats sem abordar a sua essência que é, justamente, a poesia? Complicado.
Acho mais coerente afirmar que achou o filme monótono e não se identificou com o caráter literário do que construir um discurso afirmando que cinema é uma coisa, poesia e outra e blá blá blá. E ainda não li argumentos concretos sobre o motivo do filme "naufragar".
O cinema é uma arte, assim como várias outras, a qual é marcada por licença poética. Entretanto, o que temos aqui é uma atrocidade histórica. É uma ofensa para qualquer admirador de mitologia grega e da versão original de 1981. Se a intenção era realizar algo exclusivamente voltado ao entretenimento, que abandonassem a pretensão de imprimir realidade história.
Nada funciona. Sam Worthington no piloto automático, totalmente apático. Percebe-se que até Ralph Fiennes e Liam Neeson estavam constrangidos. Embaraçoso demais. Os efeitos visuais são medíocres - o que me faz preferir, de longe, o amador stop motion da versão original - e o 3D soa como propaganda enganosa.
Arg. Para mim, um dos candidatos a pior filme do ano. Malditos sejam o diretor, os produtores, o roteirista e toda equipe por ter se envolvido nesta atrocidade.
Que Atom Egoyan é um grande diretor não é uma novidade. E, mais uma vez, seu talento é comprovado neste drama sobre obsessão e, é claro, sexo. A premissa esquemática é elevada a outro patamar graças o desenvolvimento dos personagens, a abordagem estética e as atuações. Temos aqui, mais uma vez, um exemplar que se dedica exclusivamente aos personagens. É curioso como tudo flui com verossimilhança e com naturalidade. As interpretações de Julianne Moore e Amanda Seyfried são impressionantes. Aliás, ambas demonstram uma química incrível em tela, o que culmina em uma ousada e muito bem fotografada cena de sexo. Destaque para a direção, que evita planos óbvios, explora muito bem o corpo e rosto de cada ator e ainda propõe interpretações bem interessantes ao abusar de espelhos, reflexos e vidros. É um estilo único e característico do diretor. São tantos os planos inesquecíveis, que seria difícil enumerá-los nesta resenha. No mais, é uma produção que exige sensibilidade do espectador, algo raro no cinema contemporâneo. A única ressalva fica por conta do desfecho. Não é satisfatório e soa apenas adequado. O que surpreende, já que há, aqui, um abandono da ousadia. Mas, nada que prejudique a obra como um todo.
Quando o gênero vampiresco já aparentava mostrar absurda saturação, surge um exemplar que busca, ao menos, buscar originalidade. E consegue. Em meio a clichês, os irmãos Spierig conseguem desenvolver uma trama política criativa, original e bastante interessante. Um filme que aborda uma antiga lenda e confere uma nova e bacana roupagem. Vale a pena conferir.
A Saga Crepúsculo: Eclipse
2.7 2,5K Assista AgoraCriticar a saga soa redundância. Depois de todas as obras literárias lançadas e de duas versões cinematográficas, não há dúvidas que se trata de um novo fenômeno. Afinal, mais de 1 milhão de espectadores nos cinemas brasileiros em apenas 5 dias não é para qualquer produção. Desta forma, não vejo muito sentido em realizar uma resenha de um filme o qual já possui um público fiel e consolidado. Sendo assim, talvez seja cabível apenas um pequeno comentário.
O fato é que Eclipse não é muito diferente dos anteriores. E continua apresentando os mesmos problemas destes. Obviamente, não há muito o que fazer dada a linha narrativa. A trama continua superficial, mantendo o mesmo discurso absurdos - e inserindo outros piores ainda. As atuações, pífias. É impressionante destacar que até a competentíssima Bryce Dallas Howard realiza um trabalho medíocre por falta de orientação. A direção é um pouco mais ágil e, pelo menos tecnicamente, David Slade tenta fugir da obviedade dos anteriores criando algumas sequencias interessantes. Mas é só. Diálogos que beiram o ridículo, momentos e situações constrangedoras que até rendem piadas. Normal, nada que já não tenha presenciado nos outros dois filmes da série.
Entretanto, não adianta criticar. Assistir foi uma opção (ou falta de) minha e não ficarei batendo na mesma tecla. Que o seu público fiel continue encontrando qualidades e apreciando.
A Saga Crepúsculo: Lua Nova
2.6 2,6K Assista AgoraEspero que eu ainda encontre alguma explicação plausível para o sucesso desta saga, seja em sua forma cinematográfica ou literária. Lavagem cerebral, talvez?
Intrusos
3.6 56Talvez, um dos melhores exemplares que aborda muito bem a discussão ufologia x ceticismo. Entretanto, é inegável que o filme não envelheceu bem. Tecnicamente, é ultrapassado e fica bem abaixo de similares antigos e semelhantes. Ainda assim, vale a pena conferir pelo discurso.
Kick-Ass: Quebrando Tudo
3.9 2,8K Assista AgoraNão é desculpa, Alex. "Once" custou apenas U$160000 e tem uma das mais belas trilhas. Compor trilhas sonoras não é tão caro. Ainda mais com a tecnologia de hoje. Além disso, o orçamento de Kick Ass está na casa dos U$50~U$75 milhões. Além disso, na maioria dos casos, é muito mais barato contratar um compositor do que adquirir direitos autorais de uma composição ;)
Kick-Ass: Quebrando Tudo
3.9 2,8K Assista AgoraEntendo a sua opinião, Souza. E até confesso que é este comentário é algo mais pessoal mesmo. Foi como eu disse. Em mim, a utilização da composição de John Murphy me causou uma péssima impressão porque a primeira coisa que me veio na cabeça foi a épica sequencia de Sunshine - Alerta Solar. E logo surgiu o questionamento: homenagem, referência ou limitação? Afinal, como já apontei, é um filme de ficção científica recente e não muito conhecido que possui este excelente de trabalho de desenho de som. É bacana quando você assiste um filme, escuta uma trilha já conhecida e já traça um paralelo (assim como no momento do uso de Ennio Morricone). Mas quando a cena não permite um paralelo, uma proposta, um intuito claro, fica o questionamento e a má impressão. Algo parecido ocorreu com o nacional "Era Uma Vez", do Breno Silveira, que faz uso da trilha sonora de Babel, de Gustavo Santaolalla. Soa como uma colagem sem propósito, que não causa tanto impacto em quem já está familiarizado com as composições.
No mais, foi uma observação mais pessoal mesmo. Afinal, o processo de espectatorialidade é algo pessoal. Isso que me incomoda, com certeza, passará batido para maioria. ;)
Kick-Ass: Quebrando Tudo
3.9 2,8K Assista AgoraUma coisa é um filme utilizar faixas de trilha sonora como referências cabíveis e homenagens. Outra coisa é limitação criativa e apenas admiração por uma composição musical. Afinal, nada mais adequado do que Tarantino homenagear Os Mercenários em Bastardos Inglórios, já que a própria narrativa permite tal.
Agora... Se analisarmos o caso de Kick Ass, o que surge é uma interrogação. Por qual motivo utilizar a faixa de uma trilha sonora de um filme de ficção científica? Não há correspondência temática. A composição é crucial para a cena de Sunshine - Alerta Solar. Aliás, o desenho de som da sequencia é feito pela trilha. E, digamos que é um filme recente, não? 2006, se não me engano. Uma coisa é utilizar uma composição ADEQUADA, CLÁSSICA, como homenagem e referência. Outra coisa é usar apenas porque acha "bacaninha" e tentar levar os méritos por tal. Afinal, poucos conhecem Sunshine Alerta Solar e poucos conhecem a trilha de John Murphy. Aí, temos que aguentar comentários como: "Nossa. A Trilha Sonora é incrível. A música que utilizaram na cena do galpão é fenomenal". Méritos pelo trabalho alheio. Eu não aprovo. Homenagem e referência é uma coisa, falta de criatividade é outra. Fica a questão.
Kick-Ass: Quebrando Tudo
3.9 2,8K Assista AgoraApesar de toda a abordagem estética e visual inventiva, Kick-Ass é o típico exemplar que fica apenas na mediocridade. A opção de tentar desenvolver um multiplotting em um filme de personagem título é sempre um perigo, e aqui atrapalha o envolvimento do espectador com cada personagem. Eu, pelo menos, pouco me envolvi com subtramas.
Queria pontuar, também, o quanto é lamentável sugar faixas da trilha sonora de outras produções. Neste, me causou uma péssima impressão. Uma das sequencias mais bem fotografas é a do galpão, obviamente. Entretanto, o uso da composição de John Murphy reproduzida em "Sunshine - Alerta Solar", prejudica e, justamente, causa esta péssima impressão em quem se atenta a este aspecto técnico. Como se não bastasse, ainda sugaram "In a Heartland", composição também de John Murphy para "Extermínio". Pelo visto, esta nova gerações de diretores apreciam as trilhas sonoras dos filmes do Danny Boyle. Mas, vamos ser criativos e trabalhar em composições novas e que caracterizem o filme como algo único, por favor. Fica aqui a crítica.
Um Lugar Qualquer
3.3 810 Assista AgoraOps. Tinha colocado o link errado do trailer. Este é o certo: http://www.youtube.com/watch?v=vvSspY7WU10
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraA Pixar conseguiu de novo. Um dos melhores e mais completos filmes do ano é uma animação. Nostálgico, singelo e emocionante, Toy Story 3 representa os bastidores da minha infância. Não poderia ser melhor.
Esquadrão Classe A
3.6 959 Assista AgoraSe esforça para ser original e inventivo, mas acaba sendo apenas mais um filme de ação.
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
3.3 2,0K Assista AgoraDe certa forma, acusar Principe da Pérsia de clichê é até redundância, mas Mike Newell extrapola. Se não bastasse os estereótipos narrativos, conferimos também o pior tipo de lugar comum no cinema: os clichês de linguagem. No mais, é excessivamente repetitivo, sendo mais um exemplar do chamado "entretenimento sem cérebro". Você já viu isso antes. Pode ter certeza.
A Estrada
3.6 1,3K Assista AgoraFinalmente, uma produção apocalíptica interessante, inteligente e perturbadora.
Pânico na Neve
2.7 978 Assista AgoraO típico caso de uma ótima ideia não muito bem trabalhada. O diretor tenta, de qualquer maneira, dar profundidade ao seus personagens. Entretanto, o que surge são diálogos medíocres acompanhado de atuações risíveis. Uma pena.
Brilho de uma Paixão
3.7 383 Assista AgoraOpa. Pera lá.
Brilho de uma Paixão não é uma adaptação de obra literária coisa nenhuma. Jane Campion reuniu os poemas de Keats e as cartas trocadas entre ele e Fanny Brawne e contou com a ajuda de Andrew Mation, que escreveu uma biografia de Keats e foi consultor no roteiro do filme.
Você disse que não gostou porque achou o filme monótono ou, vulgarmente falando, chato. E afirmou que não adianta colocar poesia na boca dos atores.
Detalhe: Jane Campion não colocou poesia na boca de ninguém. Ela desenvolveu diálogos através das poesias e construiu uma linha narrativa. Todo o desenrolar do romance entre Fanny e Keats se dá através das poesias o que, obviamente, culmina no desfecho do filme. E já estudei sobre transposição de mídia. E o que Jane Campion faz não é só transpor, mas sim adequar.
Uma pessoa que se identifica com arte literária, com poesias tem muito mais chance de apreciar a obra. É uma mentira, por acaso?
Afirmo e reafirmo: pesquisem sobre intertextualidade. É óbvio que o filme é arte cinematográfica. Uma arte que pode, muito bem, abordar a intextualidade e falar de outras artes. Cinema não é uma arte quadrada, limitada.
Para mim, Brilho de uma Paixão é um ode a um poeta e a arte manuscrita - literária e poética. E como falar de John Keats sem abordar a sua essência que é, justamente, a poesia? Complicado.
Acho mais coerente afirmar que achou o filme monótono e não se identificou com o caráter literário do que construir um discurso afirmando que cinema é uma coisa, poesia e outra e blá blá blá. E ainda não li argumentos concretos sobre o motivo do filme "naufragar".
Fúria de Titãs
3.0 2,2K Assista AgoraO cinema é uma arte, assim como várias outras, a qual é marcada por licença poética. Entretanto, o que temos aqui é uma atrocidade histórica. É uma ofensa para qualquer admirador de mitologia grega e da versão original de 1981. Se a intenção era realizar algo exclusivamente voltado ao entretenimento, que abandonassem a pretensão de imprimir realidade história.
Nada funciona. Sam Worthington no piloto automático, totalmente apático. Percebe-se que até Ralph Fiennes e Liam Neeson estavam constrangidos. Embaraçoso demais. Os efeitos visuais são medíocres - o que me faz preferir, de longe, o amador stop motion da versão original - e o 3D soa como propaganda enganosa.
Arg. Para mim, um dos candidatos a pior filme do ano. Malditos sejam o diretor, os produtores, o roteirista e toda equipe por ter se envolvido nesta atrocidade.
Sex Drive: Rumo ao Sexo
2.9 560 Assista AgoraComédia divertida que resgata elementos de Road Trip e Porky's.
Brilho de uma Paixão
3.7 383 Assista AgoraPesquisem sobre intertextualidade.
A Epidemia
3.1 713 Assista AgoraFinalmente, surge um remake que faz jus ao original. Funciona mais como homenagem, mas é tenso, tem boas sacadas e muito bem realizado.
O Preço da Traição
3.3 1,1K Assista AgoraQue Atom Egoyan é um grande diretor não é uma novidade. E, mais uma vez, seu talento é comprovado neste drama sobre obsessão e, é claro, sexo. A premissa esquemática é elevada a outro patamar graças o desenvolvimento dos personagens, a abordagem estética e as atuações. Temos aqui, mais uma vez, um exemplar que se dedica exclusivamente aos personagens. É curioso como tudo flui com verossimilhança e com naturalidade. As interpretações de Julianne Moore e Amanda Seyfried são impressionantes. Aliás, ambas demonstram uma química incrível em tela, o que culmina em uma ousada e muito bem fotografada cena de sexo. Destaque para a direção, que evita planos óbvios, explora muito bem o corpo e rosto de cada ator e ainda propõe interpretações bem interessantes ao abusar de espelhos, reflexos e vidros. É um estilo único e característico do diretor. São tantos os planos inesquecíveis, que seria difícil enumerá-los nesta resenha. No mais, é uma produção que exige sensibilidade do espectador, algo raro no cinema contemporâneo. A única ressalva fica por conta do desfecho. Não é satisfatório e soa apenas adequado. O que surpreende, já que há, aqui, um abandono da ousadia. Mas, nada que prejudique a obra como um todo.
Anjo Maldito
1.4 179Me assusta ao ver que ainda fazem questão de gastar milhões com isto daqui.
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista AgoraÉ tenso, surpreendente, inteligente e intrigante. Mas, acima de tudo, também se revela repetitivo e cansativo, como consequência da própria temática.
2019: O Ano da Extinção
3.0 808Quando o gênero vampiresco já aparentava mostrar absurda saturação, surge um exemplar que busca, ao menos, buscar originalidade. E consegue. Em meio a clichês, os irmãos Spierig conseguem desenvolver uma trama política criativa, original e bastante interessante. Um filme que aborda uma antiga lenda e confere uma nova e bacana roupagem. Vale a pena conferir.
Sob o Sol da Toscana
3.7 476 Assista AgoraComédia romântica que se sustenta graças às belas paisagens e a atuação de Diane Lane.
Ela e os Caras
3.1 413 Assista AgoraVocê já viu esse filme antes.