Rodolffo Garcia

O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger) foi mais uma prova de que minha opinião geralmente contradiz a "opinião em massa". O filme de fato, é um dos melhores e mais completos dos últimos tempos. Estou fascinado com a perfeição de cada detalhe e chocado com a resposta do publico. Depp não atua assim desde On Stranger Tides, Armie Hammer abriu a boca de muita gente, inclusive a minha, Helena Bonham Carter, como sempre, tem perfeita participação marcante, Ruth Wilson se abate dentre os personagens.
O filme que ficou extremamente caro pra Disney e é considerado um imenso fracasso (devido a pouca demanda nas bilheterias) possui esplendido roteiro e direção e puxa, que trilha sonora foi aquela?
Os efeitos visuais são sem duvidas os melhores do ano até agora e eu torço para que os prêmios que virão compensem o prejuízo dessa incrível franquia.

Que Jogos Vorazes foi uma grande merda mal feita – Talvez por pouca renda ou produção iniciante – Não é novidade para ninguém que acompanha a saga desde o inicio, mas Em Chamas chegou e chegou de fato ateando fogo em tudo.
O filme só não é perfeito porque Meryl Streep não está no elenco, mas puxa... O que foi aquilo? A trilogia de livros escritos pela autora Suzane Collins podem ser avaliados como algo bem mediano. A história é boa, diferente, inovadora e fantástica, porém é contada de uma forma bem fraca, e talvez esse seja um dos N motivos que fizeram que o impossível acontecesse: Jogos Vorazes: Em Chamas, o filme, superou pelo menos duas vezes o livro.
A adaptação, em relação de livro para filme, é extremamente fiel e essa fidelidade é surpreendente, em Em Chamas a coisa vai de falas dos personagens até mínimos detalhes como o toque dos dedos de algum, mas quem espera algo idêntico vai se desapontar. O roteiro, para a minha felicidade, valorizou muito a história, respeitando o livro – Aos extremos – Mas dando ao telespectador uma visão ampla de tudo que acontecia por todas as faces da trama o fazendo entender o que não se entenderia se o cinematográfico fosse como na literatura.
Os detalhes fizeram do longa algo fantástico. Acho que nunca vou esquecer a cena de Katniss subindo para a arena, os efeitos, movimentos de câmera, detalhes de rosto e expressões quase me levaram a um orgasmo de doze horas. E todos esses mínimos traços também me fazem querer lamber o diretor Francis Lawrence. Ok, confesso que quando o anunciaram fiquei um pouco preocupado em como faria o trabalho, porque o mesmo aceitou o cargo – Após uma desistência – E teve de começar a exercê-lo dias depois, mas aqui está eu levando chutes e pontapés na cara, porque acho sinceramente que é a melhor direção do ano.
Aposto que as duas horas e trinta minutos de cenas emocionantes não deixaram ninguém tirar o celular do bolso para ver as horas e muito menos imaginar o que acontecia fora do cinema, você estava apenas ali, com Katniss Everdeen e Jennifer Lawrence que merecia outro Oscar e afana na face de qualquer um que é sim a melhor atriz dessa geração. Em comparação com a maquinal atuação do primeiro filme, Lawrence evidentemente está dentro da personagem e transmitiu, não apenas aos fãs da versão literária – Que já conhecem a cabeça de Katniss – Tudo o que a personagem pensava e sentia em seus momentos de duvida, fúria e adrenalina. Não vou dizer que Elizabeth Banks foi uma revelação porque ela já é uma incrível atriz e neste apenas teve mais espaço para mostrar isso, no entanto este cargo fica, sem duvidas, com Jena Malone, que fez em poucas cenas o que Sam Claflin não fez nas várias que ele teve. Woody Harrelson e Philip Seymour Hoffman, que seguraram as atuações no primeiro filme, continuam “os fodões” na continuação.
O único ponto negativo, em minha primeira vista, foi a distribuição de tempo no decorrer da história... Conforme o filme vai pegando seus noventa minutos tudo vai se apressando e acontecendo rápido demais.
Mas eu estou lambendo sim, não só a Katniss, mas toda a produção do filme que me encheu de euforia no cinema. Mais uma vez palmas para Jennifer e Francis Lawrence por esse “filmaço” I-M-P-E-C-Á-V-E-L e... Que venha “A Esperança – Parte 1”.

Enfim um filme brasileiro que saia do comum e já padronizado "jeito de se fazer comédia". Só eu acho que já faz um tempo que os filmes nacionais cômicos se espelham em “Se eu fosse você” e, ou “De Pernas pro Ar”? Ok, Ok, os filmes são ótimos, hilários e se tornaram grandes sucessos, mas cadê a originalidade?
Por mais que nos últimos tempos os filmes nacionais tenham melhorado muito e toda a técnica esteja apontada para uma estrada de maiores e futuros grandes sucessos, quando se trata de comédia... Praticamente tudo o que assistimos temos a impressão de que já foi visto, né?
E se pararmos para pensar, nós sentimos isso porque de fato aquilo já foi feito. Que seja pela moral no final do filme, por um “draminha” de alguém estar trabalhando demais, pelo protagonista ser um publicitário, empresário ou até pelos cenários... Até os cenários parecem iguais.
Mas, nem tudo está perdido e vejo uma luz no fim do túnel, por que... Meus caros, eis que surge Minha Mãe é Uma Peça.
O filme ignora todos os padrões e surpreende com a dose certa de sentimentalismo e comédia natural... Comédia natural mesmo, por que me desculpem, mas vocês já assistiram “Até que a Sorte os Separe”?
Em Minha Mãe é uma Peça nada é forçado ou pesado demais. Naturalidade resume o filme esplendidamente bem atuado pelo comediante mestre e máster do momento Paulo Gustavo, e além do mesmo, grande elenco introduz qualidade a obra como Ingrid Guimarães, Herson Capri, Alexandra Richter, Suely Franco, Samantha Schmütz, Malu Valle e Mônica Martelli, além disso aposto em Rodrigo Pandolfo como um grande ator da nova geração.
Minha Mãe é uma Peça é para se assistir sozinho, com os amigos ou com a família toda, e sem duvidas é o tipo de peça que lhe faz pensar sobre algumas coisas da vida depois de assistido, o que é raro atualmente.
HIPER-RECOMENDO o melhor filme de comédia brasileiro que já tive o imenso prazer de assistir.