Personagem desprezível, mas ao mesmo tempo tão real e empática. Me identifiquei demais com a Marvin em muitos momentos. Gosto muito de como a Diablo escreve o vazio existencial tão bem e o Jason Reitman consegue transformá-lo em filme. A temática de que na verdade a própria Marvin (e também Matt, sua irmã Sandra e até mesmo Buddy) são os próprios Young Adults também fica bem clara e de uma maneira muito irônica e reflexiva. Charlize Theron está um espetáculo, repassando com o olhar as emoções da personagem.
Confesso que esperava algo diferente, mas achei um filme excelente, com uma protagonista "auto-antagonista" e diálogos dignos de marca-texto (como disse o Eduardo Benesi aqui embaixo).
O filme é excelente, tem atuações memoráveis (destaco aqui Jennifer Lawrence e Josh Hutcherson - ela melhor que ele, mas os dois muito simpáticos - e Elizabeth Banks e Stanley Tucci, com personagens secundários muito marcantes), uma excelente direção de arte e uma direção ousada, se comparada com outros blockbusters do gênero.
A história é original, engenhosa e cativante e me revolta como existam pessoas que insistem em comparar qualquer produção voltada para adolescentes com Crepúsculo. Jogos Vorazes não tem nenhuma relação com Crepúsculo. Graças a deus. Agora, estou lendo o livro, apenas na metade do primeiro ainda e não vou entrar na questão "livro é melhor que filme" porque eu sei que é impossível comparar as duas coisas, mas é inegável que o roteiro peca ao aproximar o espectador dos personagens.
Katniss é uma personagem difícil, extremamente pragmática, incrédula, tímida e fechada em si mesmo, até um pouco carrancuda. Lendo o livro, podemos ver tudo com seus olhos e, então ter o seu entendimento de mundo e criar uma empatia imensa pela personagem. Mas no filme, essa relação entre personagem e espectador não foi tão bem executada e nos distancia um tanto dos sofrimentos da personagem. O mesmo acontece com Rue, por exemplo.
Mas de todo é um filme muito bom e anseio logo pelos próximos dois.
Que filme é esse? Um dia depois e eu ainda estou digerindo. Não no sentido de ser difícil de entender, mas no sentido de deixar uma marca tão forte em você. Atuações fantásticas do quarteto com destaque para Liz Taylor e Richard Burton. Roteiro e direção acertadíssimos! Afiados, direcionam o ritmo do filme, instigam o espectador e dão todo o material que os atores precisam para estruturas esses dois personagens tão fortes.
E assim, não tem coisa que deixe um filme melhor que cenas que possam viver por conta própria durante a eternidade de tanta vida e singularidade que elas têm. Só esse tem, no mínimo, três. O diálogo de abertura, quase, com Martha comendo o frango e questionando o marido; a que George dança com Honey a música que dá nome ao filme e a que George volta para a sala carregando a arma. Excelente.
Bem melhor do que eu esperava. Tem uma premissa interessante, com todo um fundo de sci-fi e eu amo realidade alternativas por si só. Tem uma ação empolgante, atuações honestas e boa cenografia. Os carros são um espetáculo (e eu acho que deveríamos adotar aquele carro de polícia aqui no Brasil) e se eles quiseram fazer o elenco mais bonito do cinema, eles conseguiram, viu. AHUAHUHAU.
Agora, o melhor mesmo foram as metáforas. Acho que tem vários conflitos sociais muito bacanas que eles transmitiram de uma forma sutil e instigante. Fico bem surpreso que Hollywood bancou um filme com caráter comunista.
O filme é bacana. Tem alguns problemas, como a quantidade exagerada de personagens irrelevantes, as péssimas decisões de roteiro que fizeram parecer que a Marilyn era extremamente chata e incoerente, e não bipolar e complexa e a pouca profundidade nos personagens (exceto Marilyn e Colin). Porém, é um filme gostoso de assistir, o ator do Colin e a Emma Watson são fofos e "fresh" e a Michelle Williams e o Kenneth Branagh dão um show de atuação, mesmo com os diversos problemas de roteiro.
Bem melhor do que eu esperava. Eu não costumo gostar de filmes que tenham esportes na temática, mas esse me entreteu bastante.
Começou bem lento, eu confesso que chequei o relógio algumas vezes, mas a partir do momento que o Bill começa a montar o novo time com o Peter, eu fui completamente envolvido. Achei a atuação do Brad Pitt excelente, sendo a minha favorita dentre os que concorrem ao oscar (ainda não vi George Clooney e Demian Bichir, mas gostei mais do que Jean Dujardin) e o Jonah Hill entrega uma atuação competente, mas bem dentro dos padrões.
Não achei que o fato de eu não entender baseball complicou no meu entendimento do filme, pelo contrário, pude assistir sem me preocupar com os detalhes técnicos do jogo, ficando assim surpreso com cada decisão e consequências. Adorei a edição do filme e também o roteiro, que passa uma mensagem bonita sem se tornar apelativo, com ótimos diálogos e condução narrativa (destaque para a letra da música da filha dele).
Gente, pelo jeito sou só eu, mas não achei um filme lento, confuso ou "para poucos". Ele é complexo e engenhoso, bem verdade, e também não usa aqueles artifícios comuns em filmes policiais de explicar o culpado e o crime diversas vezes de uma maneira exageradamente didática. Porém, ao mesmo tempo, ele é cheio de ação, com eventos importantes e animados acontecendo no decorrer da história, sem deixar o ritmo cair em nenhum momento.
Entendo que os flashbacks nem sempre óbvios possam confundir o espectador, assim como o grande número de personagens na trama, todos importantes, mas o filme segue uma linha cronológica comum, deixando claro as etapas da descoberta do caso e no fim quem é o espião e porque.
Bom, de um jeito ou de outro. Eu amei tudo sobre esse filme. O visual sombrio, a caracterização e produção dos anos 60/70, as atuações excelente dos atores principais e, principalmente, a história que foi pensada detalhe por detalhe, sem deixar cair a peteca em nenhum momento, sem furos na história. Uma trama policial de exímia qualidade.
Aliás, só um comentário não relacionado com a história, mas eu amo que nos filmes ingleses, para personagens serem gays, esse aspecto não tem que ser algo que mude a história. O personagem não tem que sofrer por ser gay, ou fazer comédia para ser gay como acontece aqui ou nos Estados Unidos. Ah, adorei tbm a pichação na parede quase no final. "The future is female." Great.
Um excelente filme com excelentes atuações e roteiro inspirador. Eu já acho fascinante poder conhecer uma cultura por dentro, um filme feito por iranianos para iranianos, ele não se preocupa em "mostrar o Irã", ele só é o Irã. Acho muito interessante poder se aprofundar nesse universo sem aqueles estigmas sobre a vida em países muçulmanos que carregamos no mundo ocidental. Ainda poder fazer isso com uma história interessante e cativante foi uma ótima experiência.
Destaco a sequência inicial, com a atuação do casal e a inteligente decisão de direção, que pra mim é uma das cenas mais criativas que vi no cinema; e a final, com uma belíssima atuação da Sarina Farhadi e a sensibilidade durante a sequência de créditos. O filme é angustiante, os personagens são bem humanos, muitíssimo bem construídos, com bagagem, com qualidades e defeitos, eu pelo menos achei impossível simpatizar ou antipatizar completamente com qualquer um deles. Termeh é minha favorita, junto com Somayeh, claro, que é super fofa.
O meu único problema com o filme, é que eu esperava que ele focasse mais na separação em si. Eu entendo que os acontecimentos no decorrer do filme tenham origem do processo de separação e consequências no mesmo, mas pareceu para mim que o filme foi sobre o caso e a separação ficou em plano de fundo. Não teria problema, porque eu amei a história que se desenrola, mas fiquei na expectativa.
Um filme excelente, que não só merece, mas precisa ser visto.
Muito bacana. O nome é um espetáculo a parte. Beginners, iniciantes. Diz tudo. Os três ali não sabem como lidar com sentimentos, de maneiras diferentes, é verdade, mas ainda estão engatinhado nos relacionamentos.
Christopher Plummer, Ewan McGregor e Mélanie Laurent estão excelentes, os personagens são muito reais e é difícil não se identificar com um deles, mesmo que em condições diferentes. O romance entre Oliver e Anna é cativante e a vitalidade de Hal também. Os paralelos são muito bonitos e eu adoro filmes com personagens que tem aquele certo vazio bem construído. Me identifico.
Melhor do que eu esperava. Não é nada sensacional, mas em questão de comédias românticas é acima da média. Tem um roteiro cheio de referências, rápido, atual. É claro que os clichês estão lá (eu realmente não tenho problemas com eles), mas dá pra ver que a equipe tentou trazer algo novo. Além do que, o Justin Timberlake e a Mila Kunis tão com uma química incrível. Afiadíssimos. Bem melhor que o Sexo Sem Compromisso com a Natalie Portman e o Ashton Kutcher que tem o mesmo tema e estreou poucos meses antes.
Tem toda a escatologia sem graça e o overdo da comédia típicos do Adam Sandler, mas diferentemente da maioria dos outros não fica SÓ na escatologia e na comédia exagerada que ao invés de fazer rir, só gera constrangimento. Na verdade, eu ri bem mais que esperava. E a Jennifer Aniston é muito linda, não tem como não gostar dela.
Um ótimo filme! Super irreverente e criativo em todos os aspectos. Desde a construção não linear até a os simbolismos espalhados pelo filme e a trilha sonora sutilmente irônica. É um terror psicológico na essência. Poucas vezes eu me coloquei tanto no lugar do protagonista como me coloquei no lugar da Eva. Não sou pai e não sei como lidaria, mas consegui sentir o desespero dela sentado do meu lado no cinema de tão palpável.
A Tilda Swinton tá maravilhosa, da apatia ao desespero à angustia com breves momentos de felicidade ou calma. Um absurdo a deixarem de fora das premiações. Os atores do Kevin também são bons e a Celia é fofíssima!
Atuação de Tilda Swinton e filme muito subestimados, mas de qualidade extrema.
Tecnicamente impecável. Linda fotografia, muitíssimo bem produzido, decisões singulares e muito espertas de direção, afinal é o Martin Scorsese. Mas o filme é sem graça. A história mostra pouca evolução e os personagens, embora tenham carisma (claro que boa parte devido aos ótimos atores, principalmente o garotinho que faz o Hugo, a Chloe Moretz e o Ben Kingsley) não têm profundidade.
É bonita a homenagem ao cinema, mas já vi ser feita de forma mais eficiente em outros filmes (para ficar na categoria indicados ao Oscar, o próprio O Artista tem mais sucesso nesse quesito). Ótima direção, péssimo roteiro (por ser baseado em livro, tenho impressão que a culpa nem é tanto do roteirista, mas da ideia de basear um filme nessa premissa por si só).
Ok, acho que esse filme tem que ser analisado sob duas óticas: a de cinema e a social.
O filme tem armadilhas de choro fácil, mas isso não diminui a qualidade da condução do roteiro e a relevância da temática nos dias de hoje (Acho engraçado o povo ressaltando aqui como os EUA ou o Mississippi são preconceituosos e esquecem do Brasil atual). As atuações são excelentes, principalmente de Viola Davis e Octavia Spencer. É daqueles filmes tradicionais e trabalhados em cima de gerar emoção, porém bem feitos, como Titanic por exemplo. Você ri, chora, reflete. E nisso, ele cumpre seu papel social muito bem.
Quanto às acusações de racismo, eu fui assistir ao filme já atento a isso, por ter lido sobre anteriormente. Quando terminei, cheguei à conclusão que a Skeeter tinha sido somente o meio para que as empregadas pudessem expor sua realidade, e não a "white chick que salvou o mundo". Me incomodou que ela que recebesse todos os louros do sucesso do livro, enquanto as empregadas continuassem naquela situação desprezível. Mas seria bem irreal se não fosse assim o final.
Agora, depois de refletir um pouco, notei que, apesar da Aibleen e da Minny não serem mal desenvolvidas e estarem sempre em destaque nas histórias, elas ficaram em destaques como spectro das outras histórias. Nós sabemos muito mais sobre como a Elizabeth não sabia cuidar dos filhos e como a Celia tinha dificuldades de gravidar e como ela tinha roubado o marido da Hilly do que descobrindo sobre a morte do filho da Aibleen ou a violência doméstica sofrida pela Minny que fica totalmente em terceiro plano - O tal do Leroy nem aparece!
Acho que foi uma solução mais fácil para a desigualdade racial colocar as empregadas como heroínas e salvadoras (ou seja, Helpers) dos problemas das brancas (Minny ajuda Celia, Aibleen cuida das crianças da Elizabeth, Mammy criou Skeeter, etc...) do que realmente protagonistas de suas próprias vidas. Não acho que foi intencional, assim como é a maior parte dos preconceitos raciais atuais, e inclusive acredito que o autor do livro e roteiro tenha acreditado que isso seria uma coisa positiva.
O filme é muito bom, emociona, diverte, entretém e serve para criar reflexão em pessoas brancas sobre o preconceito que elas sentem até hoje, mas ironicamente, denota um eco de preconceito na sua própria realização.
O filme é maçante, com tantos detalhes e pormenores na história que, ao invés de torná-la mais atraente, na verdade acabam dispersando a atenção do espectador, prolongando eventos que não precisavam ser prolongados.
A premissa do filme é interessantíssima, mas se perde no decorrer da história. Não sei o quanto da culpa é do livro que originou o filme e quanto é falha do roteiro. Achei o personagem principal patético, não consegui desenvolver a menor empatia por ele ou pela história como um todo. Tive apenas um pouco de pena com a situação envolvendo a Helen Dorse, mas nada realmente cativante. A única personagem que realmente se destaca, com uma atuação excelente da Janet McTeer, é o Mr. Page.
Eu adoro a Glenn Close e acho ela uma atriz excelente, com um poder cênico fantástico, mas esperava mais dela nesse filme. Achei que ela played safe e não se destacou, desculpa quem a considerou perfeita. Não digo que ela está mal, pelo contrário, continua muito boa, mas nada que chame a atenção ou sequer comparável com outros trabalhos.
Um ótimo suspense. Original, enredo bem amarrado, cheio de momentos de expectativa e protagonistas que geram grande empatia. Fiquei curioso pra ver o original sueco e também ler o livro (que já estava na minha lista de quero ler faz tempo).
Nossa, quem falou que o roteiro é fraquíssimo? Pelo amor de deus... O roteiro é uma das melhores coisas desse filme. Sutil, tenso, diálogos com timing perfeito, cheio de auto-referências. Nossa, esse filme se tornou o maior expoente da dramédia pra mim. O roteiro, combinado com a direção do Polanski e a atuação dos 4, que são sempre fantásticos, fez tudo funcionar como engrenagem. Humor negro sensacional.
No final, parece que o filme te atinge tão forte quanto o Melancholia atingiu a terra. É um filme pesado, altamente reflexivo e perturbador. O primeiro ato perturba a mente e o segundo o coração. Achei interessante o paralelo com a melancolia da Justine atingindo-a e, consequentemente, a festa na primeira parte com o planeta na segunda.
A fotografia é linda, assim como os efeitos especiais e as tomadas de câmera. A Charlotte entrega outra atuação fenomenal, e a Kirsten me surpreendeu com um trabalho bem introspectivo e condizente.
Achei a segunda parte perfeita, mas a primeira se prolonga demais e fica um pouco confusa de entender as motivações dos personagens, além de todo o machismo latente do Von Trier que me incomoda demais.
Que filme perturbador e genial. Todos os pormenores psicológicos de cada personagem retratado. As nuances que o Almodóvar sempre traz nos roteiros dele, aqui não são só algo que melhora a história. Eles SÃO a história.
Que roteiro trabalhado, atuações cheias de sutileza. Elena Anaya tá fantástica! Puta, eu não esperava nada parecido e, nossa, me deixou de queixo caído. Dá vontade de ter visto junto do Almodóvar e da equipe só pra poder dar um beijo em cada um deles por esse filme.
Ficção científica bem trabalhada sempre me prende na tela e me deixa pensando horas depois que o filme termina. Gostei muito. Não que o filme demandasse muito, mas o Jake, a Vera e a Michelle dão uma atuação boa. Toda a explicação para a situação dele e o invento científico é convincente e abre vários debates sobre realidade paralela que deixam o filme mais interessante e relevante. Eu achei o final um pouco confuso,
Meu deus, que filme fantástico. As irmãs Hudson são trabalhadas com maestria primeiro pelos roteiristas que deram backgrounds fantásticos e diálogos perfeitamente encaixados com as personalidades das personagens e depois por Bette Davis e Joan Crawford. Duas das melhores atuações que eu já vi em todos os tempos.
Baby Jane é, sem dúvida, uma das piores (e, por isso mesmo, melhores) vilãs do cinema. Um filme tenso já desde a cena de abertura. É bem diferente do que eu esperava, mas tão bom quanto. Mal terminei e já quero rever.
Jovens Adultos
3.0 874 Assista AgoraPersonagem desprezível, mas ao mesmo tempo tão real e empática. Me identifiquei demais com a Marvin em muitos momentos. Gosto muito de como a Diablo escreve o vazio existencial tão bem e o Jason Reitman consegue transformá-lo em filme. A temática de que na verdade a própria Marvin (e também Matt, sua irmã Sandra e até mesmo Buddy) são os próprios Young Adults também fica bem clara e de uma maneira muito irônica e reflexiva. Charlize Theron está um espetáculo, repassando com o olhar as emoções da personagem.
Confesso que esperava algo diferente, mas achei um filme excelente, com uma protagonista "auto-antagonista" e diálogos dignos de marca-texto (como disse o Eduardo Benesi aqui embaixo).
O Suspeito Mora Ao Lado
2.6 131Terrível.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraO filme é excelente, tem atuações memoráveis (destaco aqui Jennifer Lawrence e Josh Hutcherson - ela melhor que ele, mas os dois muito simpáticos - e Elizabeth Banks e Stanley Tucci, com personagens secundários muito marcantes), uma excelente direção de arte e uma direção ousada, se comparada com outros blockbusters do gênero.
A história é original, engenhosa e cativante e me revolta como existam pessoas que insistem em comparar qualquer produção voltada para adolescentes com Crepúsculo. Jogos Vorazes não tem nenhuma relação com Crepúsculo. Graças a deus. Agora, estou lendo o livro, apenas na metade do primeiro ainda e não vou entrar na questão "livro é melhor que filme" porque eu sei que é impossível comparar as duas coisas, mas é inegável que o roteiro peca ao aproximar o espectador dos personagens.
Katniss é uma personagem difícil, extremamente pragmática, incrédula, tímida e fechada em si mesmo, até um pouco carrancuda. Lendo o livro, podemos ver tudo com seus olhos e, então ter o seu entendimento de mundo e criar uma empatia imensa pela personagem. Mas no filme, essa relação entre personagem e espectador não foi tão bem executada e nos distancia um tanto dos sofrimentos da personagem. O mesmo acontece com Rue, por exemplo.
Mas de todo é um filme muito bom e anseio logo pelos próximos dois.
Salmo 21
1.9 116 Assista AgoraUma estrela pelo discurso do final que é altamente relevante.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraQue filme é esse? Um dia depois e eu ainda estou digerindo. Não no sentido de ser difícil de entender, mas no sentido de deixar uma marca tão forte em você. Atuações fantásticas do quarteto com destaque para Liz Taylor e Richard Burton. Roteiro e direção acertadíssimos! Afiados, direcionam o ritmo do filme, instigam o espectador e dão todo o material que os atores precisam para estruturas esses dois personagens tão fortes.
E assim, não tem coisa que deixe um filme melhor que cenas que possam viver por conta própria durante a eternidade de tanta vida e singularidade que elas têm. Só esse tem, no mínimo, três. O diálogo de abertura, quase, com Martha comendo o frango e questionando o marido; a que George dança com Honey a música que dá nome ao filme e a que George volta para a sala carregando a arma. Excelente.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraBem melhor do que eu esperava. Tem uma premissa interessante, com todo um fundo de sci-fi e eu amo realidade alternativas por si só. Tem uma ação empolgante, atuações honestas e boa cenografia. Os carros são um espetáculo (e eu acho que deveríamos adotar aquele carro de polícia aqui no Brasil) e se eles quiseram fazer o elenco mais bonito do cinema, eles conseguiram, viu. AHUAHUHAU.
Agora, o melhor mesmo foram as metáforas. Acho que tem vários conflitos sociais muito bacanas que eles transmitiram de uma forma sutil e instigante. Fico bem surpreso que Hollywood bancou um filme com caráter comunista.
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraNovembro de 2012 nos EUA e junho de 2013 aqui? Sério isso?
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraO filme é bacana. Tem alguns problemas, como a quantidade exagerada de personagens irrelevantes, as péssimas decisões de roteiro que fizeram parecer que a Marilyn era extremamente chata e incoerente, e não bipolar e complexa e a pouca profundidade nos personagens (exceto Marilyn e Colin). Porém, é um filme gostoso de assistir, o ator do Colin e a Emma Watson são fofos e "fresh" e a Michelle Williams e o Kenneth Branagh dão um show de atuação, mesmo com os diversos problemas de roteiro.
O Homem que Mudou o Jogo
3.7 931 Assista AgoraBem melhor do que eu esperava. Eu não costumo gostar de filmes que tenham esportes na temática, mas esse me entreteu bastante.
Começou bem lento, eu confesso que chequei o relógio algumas vezes, mas a partir do momento que o Bill começa a montar o novo time com o Peter, eu fui completamente envolvido. Achei a atuação do Brad Pitt excelente, sendo a minha favorita dentre os que concorrem ao oscar (ainda não vi George Clooney e Demian Bichir, mas gostei mais do que Jean Dujardin) e o Jonah Hill entrega uma atuação competente, mas bem dentro dos padrões.
Não achei que o fato de eu não entender baseball complicou no meu entendimento do filme, pelo contrário, pude assistir sem me preocupar com os detalhes técnicos do jogo, ficando assim surpreso com cada decisão e consequências. Adorei a edição do filme e também o roteiro, que passa uma mensagem bonita sem se tornar apelativo, com ótimos diálogos e condução narrativa (destaque para a letra da música da filha dele).
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista AgoraGente, pelo jeito sou só eu, mas não achei um filme lento, confuso ou "para poucos". Ele é complexo e engenhoso, bem verdade, e também não usa aqueles artifícios comuns em filmes policiais de explicar o culpado e o crime diversas vezes de uma maneira exageradamente didática. Porém, ao mesmo tempo, ele é cheio de ação, com eventos importantes e animados acontecendo no decorrer da história, sem deixar o ritmo cair em nenhum momento.
Entendo que os flashbacks nem sempre óbvios possam confundir o espectador, assim como o grande número de personagens na trama, todos importantes, mas o filme segue uma linha cronológica comum, deixando claro as etapas da descoberta do caso e no fim quem é o espião e porque.
Bom, de um jeito ou de outro. Eu amei tudo sobre esse filme. O visual sombrio, a caracterização e produção dos anos 60/70, as atuações excelente dos atores principais e, principalmente, a história que foi pensada detalhe por detalhe, sem deixar cair a peteca em nenhum momento, sem furos na história. Uma trama policial de exímia qualidade.
Aliás, só um comentário não relacionado com a história, mas eu amo que nos filmes ingleses, para personagens serem gays, esse aspecto não tem que ser algo que mude a história. O personagem não tem que sofrer por ser gay, ou fazer comédia para ser gay como acontece aqui ou nos Estados Unidos. Ah, adorei tbm a pichação na parede quase no final. "The future is female." Great.
A Separação
4.2 725Um excelente filme com excelentes atuações e roteiro inspirador. Eu já acho fascinante poder conhecer uma cultura por dentro, um filme feito por iranianos para iranianos, ele não se preocupa em "mostrar o Irã", ele só é o Irã. Acho muito interessante poder se aprofundar nesse universo sem aqueles estigmas sobre a vida em países muçulmanos que carregamos no mundo ocidental. Ainda poder fazer isso com uma história interessante e cativante foi uma ótima experiência.
Destaco a sequência inicial, com a atuação do casal e a inteligente decisão de direção, que pra mim é uma das cenas mais criativas que vi no cinema; e a final, com uma belíssima atuação da Sarina Farhadi e a sensibilidade durante a sequência de créditos. O filme é angustiante, os personagens são bem humanos, muitíssimo bem construídos, com bagagem, com qualidades e defeitos, eu pelo menos achei impossível simpatizar ou antipatizar completamente com qualquer um deles. Termeh é minha favorita, junto com Somayeh, claro, que é super fofa.
O meu único problema com o filme, é que eu esperava que ele focasse mais na separação em si. Eu entendo que os acontecimentos no decorrer do filme tenham origem do processo de separação e consequências no mesmo, mas pareceu para mim que o filme foi sobre o caso e a separação ficou em plano de fundo. Não teria problema, porque eu amei a história que se desenrola, mas fiquei na expectativa.
Um filme excelente, que não só merece, mas precisa ser visto.
Toda Forma de Amor
4.0 1,0K Assista AgoraMuito bacana. O nome é um espetáculo a parte. Beginners, iniciantes. Diz tudo. Os três ali não sabem como lidar com sentimentos, de maneiras diferentes, é verdade, mas ainda estão engatinhado nos relacionamentos.
Christopher Plummer, Ewan McGregor e Mélanie Laurent estão excelentes, os personagens são muito reais e é difícil não se identificar com um deles, mesmo que em condições diferentes. O romance entre Oliver e Anna é cativante e a vitalidade de Hal também. Os paralelos são muito bonitos e eu adoro filmes com personagens que tem aquele certo vazio bem construído. Me identifico.
Amizade Colorida
3.5 3,0K Assista AgoraMelhor do que eu esperava. Não é nada sensacional, mas em questão de comédias românticas é acima da média. Tem um roteiro cheio de referências, rápido, atual. É claro que os clichês estão lá (eu realmente não tenho problemas com eles), mas dá pra ver que a equipe tentou trazer algo novo. Além do que, o Justin Timberlake e a Mila Kunis tão com uma química incrível. Afiadíssimos. Bem melhor que o Sexo Sem Compromisso com a Natalie Portman e o Ashton Kutcher que tem o mesmo tema e estreou poucos meses antes.
Esposa de Mentirinha
3.4 2,4K Assista AgoraTem toda a escatologia sem graça e o overdo da comédia típicos do Adam Sandler, mas diferentemente da maioria dos outros não fica SÓ na escatologia e na comédia exagerada que ao invés de fazer rir, só gera constrangimento. Na verdade, eu ri bem mais que esperava. E a Jennifer Aniston é muito linda, não tem como não gostar dela.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraUm ótimo filme! Super irreverente e criativo em todos os aspectos. Desde a construção não linear até a os simbolismos espalhados pelo filme e a trilha sonora sutilmente irônica. É um terror psicológico na essência. Poucas vezes eu me coloquei tanto no lugar do protagonista como me coloquei no lugar da Eva. Não sou pai e não sei como lidaria, mas consegui sentir o desespero dela sentado do meu lado no cinema de tão palpável.
A Tilda Swinton tá maravilhosa, da apatia ao desespero à angustia com breves momentos de felicidade ou calma. Um absurdo a deixarem de fora das premiações. Os atores do Kevin também são bons e a Celia é fofíssima!
Atuação de Tilda Swinton e filme muito subestimados, mas de qualidade extrema.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraTecnicamente impecável. Linda fotografia, muitíssimo bem produzido, decisões singulares e muito espertas de direção, afinal é o Martin Scorsese. Mas o filme é sem graça. A história mostra pouca evolução e os personagens, embora tenham carisma (claro que boa parte devido aos ótimos atores, principalmente o garotinho que faz o Hugo, a Chloe Moretz e o Ben Kingsley) não têm profundidade.
É bonita a homenagem ao cinema, mas já vi ser feita de forma mais eficiente em outros filmes (para ficar na categoria indicados ao Oscar, o próprio O Artista tem mais sucesso nesse quesito). Ótima direção, péssimo roteiro (por ser baseado em livro, tenho impressão que a culpa nem é tanto do roteirista, mas da ideia de basear um filme nessa premissa por si só).
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraOk, acho que esse filme tem que ser analisado sob duas óticas: a de cinema e a social.
O filme tem armadilhas de choro fácil, mas isso não diminui a qualidade da condução do roteiro e a relevância da temática nos dias de hoje (Acho engraçado o povo ressaltando aqui como os EUA ou o Mississippi são preconceituosos e esquecem do Brasil atual). As atuações são excelentes, principalmente de Viola Davis e Octavia Spencer. É daqueles filmes tradicionais e trabalhados em cima de gerar emoção, porém bem feitos, como Titanic por exemplo. Você ri, chora, reflete. E nisso, ele cumpre seu papel social muito bem.
Quanto às acusações de racismo, eu fui assistir ao filme já atento a isso, por ter lido sobre anteriormente. Quando terminei, cheguei à conclusão que a Skeeter tinha sido somente o meio para que as empregadas pudessem expor sua realidade, e não a "white chick que salvou o mundo". Me incomodou que ela que recebesse todos os louros do sucesso do livro, enquanto as empregadas continuassem naquela situação desprezível. Mas seria bem irreal se não fosse assim o final.
Agora, depois de refletir um pouco, notei que, apesar da Aibleen e da Minny não serem mal desenvolvidas e estarem sempre em destaque nas histórias, elas ficaram em destaques como spectro das outras histórias. Nós sabemos muito mais sobre como a Elizabeth não sabia cuidar dos filhos e como a Celia tinha dificuldades de gravidar e como ela tinha roubado o marido da Hilly do que descobrindo sobre a morte do filho da Aibleen ou a violência doméstica sofrida pela Minny que fica totalmente em terceiro plano - O tal do Leroy nem aparece!
Acho que foi uma solução mais fácil para a desigualdade racial colocar as empregadas como heroínas e salvadoras (ou seja, Helpers) dos problemas das brancas (Minny ajuda Celia, Aibleen cuida das crianças da Elizabeth, Mammy criou Skeeter, etc...) do que realmente protagonistas de suas próprias vidas. Não acho que foi intencional, assim como é a maior parte dos preconceitos raciais atuais, e inclusive acredito que o autor do livro e roteiro tenha acreditado que isso seria uma coisa positiva.
O filme é muito bom, emociona, diverte, entretém e serve para criar reflexão em pessoas brancas sobre o preconceito que elas sentem até hoje, mas ironicamente, denota um eco de preconceito na sua própria realização.
Albert Nobbs
3.6 576 Assista AgoraO filme é maçante, com tantos detalhes e pormenores na história que, ao invés de torná-la mais atraente, na verdade acabam dispersando a atenção do espectador, prolongando eventos que não precisavam ser prolongados.
A premissa do filme é interessantíssima, mas se perde no decorrer da história. Não sei o quanto da culpa é do livro que originou o filme e quanto é falha do roteiro. Achei o personagem principal patético, não consegui desenvolver a menor empatia por ele ou pela história como um todo. Tive apenas um pouco de pena com a situação envolvendo a Helen Dorse, mas nada realmente cativante. A única personagem que realmente se destaca, com uma atuação excelente da Janet McTeer, é o Mr. Page.
Eu adoro a Glenn Close e acho ela uma atriz excelente, com um poder cênico fantástico, mas esperava mais dela nesse filme. Achei que ela played safe e não se destacou, desculpa quem a considerou perfeita. Não digo que ela está mal, pelo contrário, continua muito boa, mas nada que chame a atenção ou sequer comparável com outros trabalhos.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraUm ótimo suspense. Original, enredo bem amarrado, cheio de momentos de expectativa e protagonistas que geram grande empatia. Fiquei curioso pra ver o original sueco e também ler o livro (que já estava na minha lista de quero ler faz tempo).
Deus da Carnificina
3.8 1,4KNossa, quem falou que o roteiro é fraquíssimo? Pelo amor de deus... O roteiro é uma das melhores coisas desse filme. Sutil, tenso, diálogos com timing perfeito, cheio de auto-referências. Nossa, esse filme se tornou o maior expoente da dramédia pra mim. O roteiro, combinado com a direção do Polanski e a atuação dos 4, que são sempre fantásticos, fez tudo funcionar como engrenagem. Humor negro sensacional.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraNo final, parece que o filme te atinge tão forte quanto o Melancholia atingiu a terra. É um filme pesado, altamente reflexivo e perturbador. O primeiro ato perturba a mente e o segundo o coração. Achei interessante o paralelo com a melancolia da Justine atingindo-a e, consequentemente, a festa na primeira parte com o planeta na segunda.
A fotografia é linda, assim como os efeitos especiais e as tomadas de câmera. A Charlotte entrega outra atuação fenomenal, e a Kirsten me surpreendeu com um trabalho bem introspectivo e condizente.
Achei a segunda parte perfeita, mas a primeira se prolonga demais e fica um pouco confusa de entender as motivações dos personagens, além de todo o machismo latente do Von Trier que me incomoda demais.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraQue filme perturbador e genial. Todos os pormenores psicológicos de cada personagem retratado. As nuances que o Almodóvar sempre traz nos roteiros dele, aqui não são só algo que melhora a história. Eles SÃO a história.
Que roteiro trabalhado, atuações cheias de sutileza. Elena Anaya tá fantástica! Puta, eu não esperava nada parecido e, nossa, me deixou de queixo caído. Dá vontade de ter visto junto do Almodóvar e da equipe só pra poder dar um beijo em cada um deles por esse filme.
Contra o Tempo
3.8 2,0K Assista AgoraFicção científica bem trabalhada sempre me prende na tela e me deixa pensando horas depois que o filme termina. Gostei muito. Não que o filme demandasse muito, mas o Jake, a Vera e a Michelle dão uma atuação boa. Toda a explicação para a situação dele e o invento científico é convincente e abre vários debates sobre realidade paralela que deixam o filme mais interessante e relevante. Eu achei o final um pouco confuso,
Tipo, como que a mensagem que a Goodwin recebe do capitão no mundo alternativo interferiria no futuro dele ali?
mas ok.
Uma boa diversão.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 829 Assista AgoraMeu deus, que filme fantástico. As irmãs Hudson são trabalhadas com maestria primeiro pelos roteiristas que deram backgrounds fantásticos e diálogos perfeitamente encaixados com as personalidades das personagens e depois por Bette Davis e Joan Crawford. Duas das melhores atuações que eu já vi em todos os tempos.
Baby Jane é, sem dúvida, uma das piores (e, por isso mesmo, melhores) vilãs do cinema. Um filme tenso já desde a cena de abertura. É bem diferente do que eu esperava, mas tão bom quanto. Mal terminei e já quero rever.