Amo os irmãos Cohen, e eu apaguei esse filme da memória que eu acabei assistindo pela segunda vez depois de muitos anos. Me pergunto: por quê?
Não é que seja ruim, eu acho que os filmes antigos do Cohen não me agradam tanto. Tem uns que são maravilhosos, tem outros que você esquece. Eu curto o humor desse filme, mas o roteiro é extremamente arrastado e repetitivo, dá sono. Você tem que estar preparado, e eu não estava.
Bom filme pra ficar com puta estresse em relação ao pai da garotinha e o policial. Eu achei que teve muitas lacunas em relação a investigação, porém algumas coisas foram explicadas. Você passa o filme apostando, resolvendo enigmas, o que é ótimo. Gostei do desfecho final, diferente do que estava apostando, mas não tanto. Pra mim já estava certo algumas coisas. Como não vejo mais filmes tão bons quanto esse, então eu dou créditos. Mas se olhar cada ponto do enredo, perde muito. No entanto, devo me contentar né? Acho que é porque eu realmente aprecio filmes de investigação, e fico esperando que sejam quase um Sherlock Holmes.
Eu gostei. Principalmente porque gosto de viagens no tempo. No entanto eu já tinha previsto a maior parte do filme, só o final que não, o que salvou o filme. É previsível, mas o enredo por si só ganha.
Filme com formato teatral que dá gosto de assistir, sabe? Faz muito tempo, segundo a minha opinião, que o cinema não traz filmes tão incríveis quanto esse. Sinto que nos últimos anos é muito difícil ter um filme muito bem produzido em vários sentidos. Merecido Oscar para Anthony Hopkins que me fez chorar no final do filme. Para muitos o filme é confuso, e é exatamente isso que me fascina, pois é totalmente parte do enredo, trama e dificuldade do personagem. O filme te leva a sentir a mesma confusão e emoção.
Um pai que parece uma figura grosseira e teimosa, mas ao mesmo tempo uma figura simpática, cativante ou convincente. Anthony, ironicamente o mesmo nome do ator, nos convence de que é um homem que luta contra o presente e seus próprios sentimentos. O que é vivo pra ele são as coisas das quais ele ama, mas que não fazem mais parte da vida dele: sua casa, sua filha mais nova, e seu relógio que tantas vezes tenta esconder. A realidade dele era totalmente outra, ele só não conseguia. Me lembrou muito o meu avô antes de falecer, e acredito eu que muitos lembraram de alguém.
É um filme sensível demais para se manter fechado e inexpressivo. As vezes não precisa dizer nada, só sentir.
E eu nem terminei o filme. Quando eu terminar eu atualizo esse comentário. Vejo que não foi só eu que penei em assistir e olha que isso nunca aconteceu comigo quando se trata de um filme bem visto pela crítica. Geralmente eu assisto o filme todinho. Mas nem estou com vontade de terminar, sinto vergonha e certa culpa.
Detalhe, eu tô conseguindo assistir em pedaços. Onde que eu fui parar com essa atitude grosseira? Me espanta. Nem sou o tipo de pessoa que não gosta de filmes assim. Mank realmente não me dá nenhum interessante e quando dá, que são míseros, eu fico feliz por estar tentando.
Olha, devo ter assistido outro filme para uma galera ter chamado de "radicalista" e "sonolento".
Pra mim esse filme é, de todas as formas, excelente. Eu nunca imaginei que eu choraria tanto do começo ao fim. Contrária ao que alguns interpretaram, acho que o filme tem um bom movimento, tanto dos personagens (mas que elenco bonito e talentoso! Eu fiquei maravilhada), quanto das cenas, roteiro, trama e produção. Eu não conhecia o trabalho de Shaka, agora me deu mais motivos para acompanhar. Me senti tocada pela história que de fato aconteceu no percurso político e ativista nos EUA. Muito mais que isso, acredito que muitas coisas que se passam na história do mundo se repetem. Não é difícil encontrar mais fatos assim na história quando se trata de questões raciais e política. Essa trama me fez pensar e de certa forma confirmar muitas das coisas que acredito, acompanho e estudo.
Eu achei o peso da trama perfeita, vendo que havia dois protagonistas (não vejo coadjuvante) com diferentes rumos e enfrentamento diante das dificuldades. Realmente o Judas ao lado do Messias, e Judas sabia disso o tempo todo.
Singelo. Não tem como não lembrar da dupla dinâmica: avó e neto. Acho que isso foi o que mais me tocou, mais do que o enredo em si. É uma trama genuína, se tratando de uma família tentando se virar com o pouco que tem para viver em uma terra americana. Ainda por cima ter que lidar com problemas cardíacos do filho e uma avó que não é tipicamente uma avó segundo o garotinho. Com o filme, entendo que mesmo com todos os planejamentos, sonhos, cuidados e dificuldades, sempre o que será de grande valor é aquilo que amamos de verdade. E de alguma forma, encontramos um jeito de começar de novo, mesmo que seja muito pouco ou muito diferente do costume.
Eu não sei explicar este filme. Assisti logo que saiu e não consigo falar sobre ele. Sei que é um filme atípico para muita gente, mas pra mim não, apesar de eu ser ansiosa querendo que o enredo e as imagens sejam um pouco mais movimentadas. Fui fisgada pela trama de uma mulher solitária, vivendo como nômade depois de perder tudo. A empatia foi gerada por identificação. Me vi com um futuro assim, por mais que minhas expectativas e desejos levem para um outro caminho. Parece um desejo latente, aquele que a gente sabe que não teria coragem de realizar então fica só no imaginário. Me vi nela. Confesso que chorei em uma parte, quando todos os nomades estavam falando sobre aposentadoria e o que fazer na meia-idade ou velhice diante de uma fogueira. Procurando encontrar sentido em suas vidas, saindo de um script que a sociedade espera Não sei porque chorei, apenas senti que aquilo era muito verdadeiro pra mim. Como uma jovem boêmia, tudo pra mim fez muito sentido. Me senti calma, leve, contemplativa, sensível, uma acompanhante de uma jornada que talvez eu nunca terei.
Eu amo a atriz Frances, eu gosto da diretora que até então eu não conhecia direito (me chamou muito a atenção), e eu adorei só sentir.
Eu adoro o elenco (apesar de gostar muito Chris Rock, acho que não serviu nesse filme), mas que filme ruim. A produção foi muito ruim. De forma muito irônica, o que salva são as maquinarias criativas. A crítica sobre policiais é excelente, porém o enredo é morno, apressado, superficial e obviamente previsível. Quanto ao final, eu só tenho que rir.
Faltou musiquinhas? É, talvez. Foi ruim, não, nem um pouco. Faltou algumas coisas? Acredito que sim. Eu realmente acho, assim como algumas pessoas, que o filme deixou as coisas superficiais na construção dos personagens, é tudo muito ligeiro e batido. Parece que já vimos esse plot em algum lugar sabe?
No entanto, acredito que a força dessa animação seja justamente a mensagem que ela quer passar. Eu amei demais a personagem Raya. Sei que muita gente não gostou, achou ela bondosa e superficial demais, ou que não deveria ser protagonista, discordo totalmente. Muitos enaltecem sua antagonista Namaari porque é mais convincente e firme. Acho balela. Acredito que pela mensagem ser sobre união dos povos para alcançar um bem comum, provavelmente a intenção era dar protagonismo às duas. São duas pessoas completamente diferentes mas com o mesmo propósito. O filme não é pra evidenciar a Raya, e sim a comunhão do grupo no momento mais crítico.
Eu chorei muito no final, a mensagem sobre confiança pegou forte em mim, principalmente no mundo em que vivemos, cada vez mais antagônico e fechado.
A produção do filme é excelente, apesar das cores extremamente contrastadas e brilhantes que deixam uma imagem exagerada e até cansada. Uma estética incrível, fofa, e suficiente.
Obs.: Raya e Namaari são muito lindas. Estou apaixonada.
Oi Deus, sou eu de novo dizendo que sou suspeita a falar sobre animações.
Amo animação e eu não podia deixar passar essa. Como voltei a ilustrar e entrar novamente no mundo da criatividade, animação e arte fui totalmente convencida e fisgada por essa obra de arte. Eu achei que não ia gostar porque acho as cores exageradas demais, o 3D parece saltar, robôs caretas, e exagero de referências e coisas diferentes. Mas me apaixonei, caí numa cilada.
O enredo mexeu demais comigo, foi o ponto mais alto da animação (pelo menos pra mim). É exatamente uma animação para assistir com a família, você grande ou pequeno. Chorei de rir, chorei de chorar mesmo. Fiz várias pessoas assistirem (até a minha avó, coitada), assisti 3 vezes inclusive.
Não sei vocês, mas esse filme é incrível, nem tô falando do enredo sobre robôs tentando destruir uma família, tô falando das coisas simples, do sentimento que é ficar pertinho de quem a gente gosta (independente de como a família é formada e qual família você chama de sua). Se trata principalmente de sonhos, além de querer ser amado e amar fazer algo.
Foi convincente a aflição dentro de uma caixa. Acertou em cheio na agonia, principalmente pra quem é ou é quase claustrofóbico. Atuação foi excelente e o enredo também. Não fiquei tão surpresa no final, queria ter sentido o que a maioria das pessoas sentiram. Eu realmente fiquei intrigada, confesso que fiquei até com raiva da moça, coitada. Por fim, é um ótimo tema e acho que prendeu todos os pontos que o filme quis passar.
Eu sou apaixonada por filme espacial, drama, e efeitos visuais ambientando tudo o que se trata de espaço e nave. Eu gosto de filmes com plot sensível, dramático e até lento. Mas este pegou mal. E não é exatamente o plot e sim os efeitos e o roteiro.
Confesso que estava animada com Toni Collette e Anna Kendrick no elenco. O diretor realmente perdeu a mão nesse filme, tinha tudo para ser poético, dramático e visceral. Mas pecou em várias cenas no espaço quando parecia que eles estavam em chão firme, várias coisas muito sem sentido pensando em física básica. Fiquei bem chateada como foi mal produzido. O roteiro também não ajuda, o plot até que é bom, mas deixa mais perguntas que respostas. Mesmo se foi intenção do diretor, faltou sentido e produção mais convincente.
Com pesar que digo.: "Assista, mas você pode sair chateadissimo pensando que poderia assistir pela terceira vez outro filme espacial".
Um bom filme. Eu sou suspeita a falar porque eu gosto de todo o elenco e eu sou apaixonada por filmes de investigação. Mas essa investigação é diferente, é levada com humor e até uma caretisse. Não é uma situação séria, é irônica. Acredito que muita gente gostou do filme por isso basicamente, assim como eu. Principalmente quando o plot deixa bem claro que uma família milionária pode ser bem estressante, careta e sem noção.
E quem não amou o final não é? Acho que o plot não tem uma reviravolta surpresa. Imagino que a maioria já tenham em mente as pessoas culpadas pelo crime e também já tenham a torcida pra defender uma pessoa ali no meio. O que fica interessante é o desfecho mesmo, quais são as novas informações pro telespectador. E no final é gostinho de: "bem feito, pode ir pastar!"
Tem um plot excelente e um elenco maravilhoso, mas senti falta de algo. Eu confesso que esperava mais do final. Não sei dizer o que, mas achei o final fraco. Apesar disso, eu adorei o filme. É muito difícil encontrar um suspense ou filme de mistério que seja realmente bom.
O ponto alto foi o plot twist na metade do filme chegando pro final. Até porque o filme desde do início deixa bem claro as intenções da mãe, interpretada pela maravilhosa atriz vilanesca Sarah Paulson. Outro ponto extremamente importante é o fato de que a atriz que interpreta a filha é realmente uma pessoa com deficiência. Isso já ganhou muitos pontos. Representatividade e inclusão nos filmes já deveriam ser comuns em pleno século 21. Lembrando que se deve colocar pessoas PCDs reais e não pessoas que interpretariam PCDs. Palmas para quem montou o elenco, inclusive a atriz Kiera Allen foi mavilhosa do início ao fim.
Tocante e cativante. Eu não esperava chorar. No final do filme lembrei de pessoas muito queridas que são um Peixe Grande. Lembrei de meu avô que contava inúmeras histórias heroicas. Ele não era um homem simpático, mas suas histórias cativavam e chegavam no ouvido de todos. Ele era determinado, arredio, teimoso, e acreditava nele mesmo. Muita gente o conhecia por ouvir muitas histórias dele.
No momento eu ainda tenho o meu pai vivo, ele não é de muitas histórias como seu pai falecido, mas com certeza é um homem de histórias. E eu fico querendo saber mais e mais, imaginando tudo o que ele já viveu. Ele já me contou algumas e eu acredito todas elas. Tem também o meu sogro, já mais idoso, uma verdadeira figura como Edward Bloom.
Eu sou da imaginação, gosto de ouvir histórias, nada mais gratificante que envolver-se nelas e guarda-las ou repassa-las para a gente se sentir mais vivo. Isso não quer dizer que o mundo real é ruim, quer que podemos viver entre dois modos, assim a vida parece não falecer.
De primeira, eu gostei muito mais do primeiro ato, foi bastante impactante e foi fluido de forma geral. O segundo ato foi bastante oscilado, muitas vezes parado, algumas partes desnecessárias mas acho que isso é característica do Kubrick, eu vejo isso nos filmes dele, mas isso não deixa o filme tão ruim assim. Dá pra relevar quando a gente entende a sintonia, o pensamento e mensagem de Stanley.
Acho que o título faz jus sim a todo o filme, já que o Joker realmente "nasceu para matar", além de ter passado pelo treinamento, para dar paz no desfecho final ele teve que matar (eu gostei dessa cena e um pouco antes quando se encontraram com o atirador eficiente do Vietnã contra uns 6 norte-americanos). Fora a mensagem sobre a dualidade humana. É só olhar para a capa do filme. Pra mim, faz todo o sentido. O seu colega, no primeiro ato também fez jus ao que seu superior pregava constantemente. Lembre-se: os dois eram pessoas que imaginavam o fim de seus atos.
Stanley usa a Guerra do Vietnã muito bem encaixando perfeitamente a desumanidade do exército norte-americano em terra vietnamita (que na verdade foi mostrado desde do primeiro ato). Nenhum dos soldados era tão perverso assim. Mas, se encontrando diante do caos, eram bárbaros.
Eu amei a parte da imprensa querendo mostrar a guerra e entrevistando os soldados que mal sabiam do porquê estavam lá.
Pra mim, desde do início ficou muito clara a ironia, a sátira, e a bizarrice que Stanley quis passar sobre o exército norte-americano. O final deixa isso mais claro ainda.
A história é interessante se for se atentar aos dilemas e mensagem que carrega que está aparente por si só em todo o roteiro. Como sempre, Wes Anderson sempre nos prende na fotografia, paleta de cores e planos diferentes de filmagem que é característica exclusiva de Wes e seu grupos de atores favoritos que o acompanham em vários filmes (eu amo!). Confesso que eu esperava mais, não sei dizer o quê. Sempre vejo os filmes de Wes como obras extremamente estéticas e que tem uma narrativa interessante, no mínimo. Sempre traz um tema importante de forma "leviana", sutil mas ao mesmo tempo caricata de alguma forma. E eu gosto disso, se torna leve e as vezes bizarro ao mesmo tempo nas sutilezas. E esse filme foi exatamente isso, por isso eu gostei, eu esperava amar apenas.
O doc é bom, não sei dizer se ele mais que isso. Eu fiquei bastante feliz em vários momentos do doc, vendo ela cantando quando pequena, aqueles registros antigos de uma criança e adolescente empolgada, cheia de sonhos. Eu não sabia sobre a avó dela por exemplo. Tem várias coisas que me chamaram a atenção no doc.
Eu achei bastante neutro o doc com relação às polêmicas. Impressionante como tem gente que viu o contrário. Essa neutralidade mostra o quanto ainda ela se reserva quanto a isso porque ela já foi bastante apedrejada pela mídia e pessoas um tanto equivocadas. Não sei dizer se faz parte do perfil dela porque não a conheço tanto quanto gostaria, mas acredito que sim.
Quando falam da Taylor em relação às polêmicas sempre penso no quanto ela é marcante e notável, porque ela praticamente só existe e faz boas músicas sobre si mesma. Fico pensando o que em Taylor incomoda tanto nos outros, é curioso. Acho muito sincero muitas das coisas apresentadas, obviamente a gente sabe que tem uma narrativa, um script a seguir, a perspectiva dela mesma...mas isso não é ruim, aliás, todos fariam isso num doc próprio não é mesmo?
Eu assisti por curiosidade e me surpreendi. Na verdade queria saber mais.
Taylor é uma pessoa que se reinventa, não exatamente porque quer como ela mesma reflete sobre o papel da mulher na indústria da música, é uma mulher notável, tem desejos e se expressa maravilhosamente bem e ainda faz com que pessoas a ouçam sem elas entenderem o porquê, entende? Lembro de uma frase de Jake Peralta em Brooklyn 99: "Taylor Swift me faz sentir coisas" (conotando que não entende porque gosta de ouvir). Eu digo o mesmo, as músicas não servem quase em nada na minha vida, mas eu consigo compreender a cantora em todas as linhas, é como se fosse uma conversa honesta.
Cada dia que passa eu ouvindo Taylor Swift mais eu vou notando o quanto essa mulher é talentosíssima. Eu só assumi que amava as músicas dela depois de "Lover". Agora com Folklore e Evermore eu bato palmas em pé. Esse doc só me deixou mais ainda apaixonada. Com certeza não sou uma fã de carteirinha. Mas lembro que acompanhei muito a Taylor na minha adolescência, o álbum "fearless" expressava meus sentimentos da época. Não me arrependo de ter contemplado as músicas em noites de insônia, sabe? Ela me fisgou em Folklore que é o estilo mais folk o que combina comigo.
Agora só quero ler o livro. O filme é gostoso de assistir, por vezes eu ficava confusa sobre qual era exatamente a narrativa do filme, se tinha um objetivo. Por isso ler o livro seria uma benção. Mas foi bom assistir, gostei de muitas partes principalmente quando Jo falava o que sentia e o que queria, o quão ela se sentia estranha. Me identifiquei com algumas coisas das três irmãs, não tem como me identificar só com uma e isso é maravilhoso. É um romance gostosinho, e eu gostei muito da realização de Jo.
Fotografia excelente, figurinos são impecáveis (não é às toa que ganhou Oscar e outros prêmios por isso), atuação de mulheres que eu admiro, e a presença de Louis Garrel foi de tirar o fôlego, não é mesmo?
Terminei o filme chorando. Eu estava sem expectativas, não queria ter pré-concepcão de nada. Só sei dizer que fiquei presa no filme do início ao fim. A saga de Armand Roulin foi assistida ansiosamente por mim. Foi realmente inédito pra mim a narrativa, inclusive adorei, achei ela extremamente significativa pensando nos nossos dias atuais e principalmente na época de Van Gogh. Isso porque as pessoas ainda lutam em seus pensamentos sobre o porquê das pessoas tirarem a vida. Sempre querendo dar respostas aos porquês, não se conformam com a forma que o outro processa a vida. Tudo precisa ser explicado, fazer sentido lógico. Vicent Van Gogh era um homem totalmente diferente, era humano demais, prosaico e visceral, gostava do belo e do que os outros achavam comum demais, não havia sentido lógico. Apenas sentia, Vicent sentia e sentia muito. Ele se entregava às suas emoções e vivia em favor daquilo que tanto almejava e sonhava. Para muitos isso não tem lógica. Extremamente triste como tudo aconteceu, o que ele fez para resolver um problema (que na verdade o cercava por muito tempo) mas ao mesmo tempo compreensível olhando de forma sensível. Como Marguerite falou a Roulin: "...quer saber tanto sobre a morte dele, o que sabe sobre a vida dele?" Eu aprendo demais com Van Gogh, era um artista inigualável, com muito valor, sensível, amável, visceral, delicado, singelo e belo. Não há como explicar como ele era e o que sua vida e arte significam, só há como sentir o que pode ser confuso para muitos e isso é que angustia muita gente que quer respostas e conclusões.
Vicent Van Gogh é muito amado, seria muito extraordinário se ele soubesse disso. Ah, como seria.
Amável filme. Este filme deveria ter uma nota maior por todos os artistas que participaram, pela narrativa, pelas obras de Van Gogh e também pela vida dele.
Um filme lindíssimo, por mais que seja tão simples, ele é extremamente significativo. Me tocou de forma singela e especial. A relação de Totó com Alfredo é bela demais para ser esquecida. E aí permanece um amor, tanto o amor pelo cinema e também este amor que os uniu. O cinema era significativo na época, principalmente para as pessoas da vila, os unia mais do que nunca.
É um filme antigo e um clássico que ganha muitos pontos em vários momentos e também ganha pelo seu contexto e narrativa. Tornatore transforma o simples em belo e tocante.
Sou suspeita a dar avaliação porque eu amo o jeito que a Pixar mexe comigo, sabe? Confesso que eu esperava mais, mas a mensagem me tocou demais por razões subjetivas da minha vida no momento.
Levando em consideração a trama e alguns personagens achei um pouco fraca, mas de forma geral me levou a chorar no final. Não é nada grandioso, mas não posso dizer que é um filme razoável, ele é ótimo. Amei o pano de fundo ser referente à música, ao jazz e relacionando com um homem Afro-Americano (se fosse o contrário seria estranho). Sobre referenciar o Jazz eu achei que seria mais aprofundado isso sabe? Acho que foi o ponto que me decepcionou, esperava ver mais. Mas de qualquer forma conseguiu preencher este espaço com a mensagem do filme.
Eu adorei umas partes bem específicas, como as dimensões, a inspiração, algumas críticas em relação à busca pelo propósito, a obsessão, eu achei excelente.
Um dos filmes japoneses mais dolorosos, delicados e complexo que já vi.
Nota 1: se você não está acostumado a ver filmes japoneses, não comece por este ok? Nós ocidentais temos uma outra perspectiva sobre as relações e emoções (este n tão diferente acredito) em comparação com os orientais. Se você não está acostumado com muito drama, tensão, sentimentos reprimidos...indico se acostumar primeiro com a narrativa dos animes.
Você vai passar raiva, tristeza e dor durante o filme porque o tema bullying percorre todo o filme e é angustiante demais ver a protagonista sofrendo por causa da ignorância dos colegas e ainda se culpando por nada. Tristeza também porque todo mundo está se sentindo culpado ou está aflito, não conseguindo expressar seus sentimentos e aí é o ponto da mensagem e também do título: a voz do silêncio.
O título não faz alusão só ao fato da protagonista ser surda, mas também ao sofrimento de todos os envolvidos no bullying que não conseguiam se expressar, dizer o quanto se sentiam culpados, o quanto se sentiam incapazes de ser/ter amigos ou continuar a vida. E aí entra o tema suicídio tanto para o agressor quanto para a vítima no filme. E aí eu me pergunto: como alguém pode achar que o garoto lá no ensino fundamental não tinha problemas pessoais? Esse pensamento corrói qualquer traço de empatia nas relações, o que se torna difícil em meio a um mundo em que todos vivenciam alguma angústia da qual não consegue dizer por vários motivos e aí entra a depressão, ideação suicida, transtornos...por isso é tão importante falarmos sobre isso, compartilhar sentimentos, sermos sinceros, sermos empáticos e pacientes, principalmente quando se trata de nós mesmos e de amizade.
Quanto a forma da narrativa, roteiro e outros elementos do filme, realmente não foi exemplar porque é realmente longo, algumas cenas incomodam e até podem ser bem equivocadas, outras não precisavam ter mesmo. Mas se tratando do tema, sensibilidade, e mensagem (e até fotografia/arte do filme) é excelente! Não tem como dar uma nota menor que 3,5.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista AgoraAmo os irmãos Cohen, e eu apaguei esse filme da memória que eu acabei assistindo pela segunda vez depois de muitos anos. Me pergunto: por quê?
Não é que seja ruim, eu acho que os filmes antigos do Cohen não me agradam tanto. Tem uns que são maravilhosos, tem outros que você esquece. Eu curto o humor desse filme, mas o roteiro é extremamente arrastado e repetitivo, dá sono. Você tem que estar preparado, e eu não estava.
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraBom filme pra ficar com puta estresse em relação ao pai da garotinha e o policial. Eu achei que teve muitas lacunas em relação a investigação, porém algumas coisas foram explicadas. Você passa o filme apostando, resolvendo enigmas, o que é ótimo. Gostei do desfecho final, diferente do que estava apostando, mas não tanto. Pra mim já estava certo algumas coisas. Como não vejo mais filmes tão bons quanto esse, então eu dou créditos. Mas se olhar cada ponto do enredo, perde muito. No entanto, devo me contentar né? Acho que é porque eu realmente aprecio filmes de investigação, e fico esperando que sejam quase um Sherlock Holmes.
De qualquer forma, dou minhas 4 estrelas.
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraEu gostei. Principalmente porque gosto de viagens no tempo. No entanto eu já tinha previsto a maior parte do filme, só o final que não, o que salvou o filme. É previsível, mas o enredo por si só ganha.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraFilme com formato teatral que dá gosto de assistir, sabe? Faz muito tempo, segundo a minha opinião, que o cinema não traz filmes tão incríveis quanto esse. Sinto que nos últimos anos é muito difícil ter um filme muito bem produzido em vários sentidos. Merecido Oscar para Anthony Hopkins que me fez chorar no final do filme. Para muitos o filme é confuso, e é exatamente isso que me fascina, pois é totalmente parte do enredo, trama e dificuldade do personagem. O filme te leva a sentir a mesma confusão e emoção.
Um pai que parece uma figura grosseira e teimosa, mas ao mesmo tempo uma figura simpática, cativante ou convincente. Anthony, ironicamente o mesmo nome do ator, nos convence de que é um homem que luta contra o presente e seus próprios sentimentos. O que é vivo pra ele são as coisas das quais ele ama, mas que não fazem mais parte da vida dele: sua casa, sua filha mais nova, e seu relógio que tantas vezes tenta esconder. A realidade dele era totalmente outra, ele só não conseguia. Me lembrou muito o meu avô antes de falecer, e acredito eu que muitos lembraram de alguém.
É um filme sensível demais para se manter fechado e inexpressivo. As vezes não precisa dizer nada, só sentir.
Mank
3.2 462 Assista AgoraE eu nem terminei o filme. Quando eu terminar eu atualizo esse comentário. Vejo que não foi só eu que penei em assistir e olha que isso nunca aconteceu comigo quando se trata de um filme bem visto pela crítica. Geralmente eu assisto o filme todinho. Mas nem estou com vontade de terminar, sinto vergonha e certa culpa.
Detalhe, eu tô conseguindo assistir em pedaços. Onde que eu fui parar com essa atitude grosseira? Me espanta. Nem sou o tipo de pessoa que não gosta de filmes assim. Mank realmente não me dá nenhum interessante e quando dá, que são míseros, eu fico feliz por estar tentando.
Judas e o Messias Negro
4.1 517 Assista AgoraOlha, devo ter assistido outro filme para uma galera ter chamado de "radicalista" e "sonolento".
Pra mim esse filme é, de todas as formas, excelente. Eu nunca imaginei que eu choraria tanto do começo ao fim. Contrária ao que alguns interpretaram, acho que o filme tem um bom movimento, tanto dos personagens (mas que elenco bonito e talentoso! Eu fiquei maravilhada), quanto das cenas, roteiro, trama e produção. Eu não conhecia o trabalho de Shaka, agora me deu mais motivos para acompanhar. Me senti tocada pela história que de fato aconteceu no percurso político e ativista nos EUA. Muito mais que isso, acredito que muitas coisas que se passam na história do mundo se repetem. Não é difícil encontrar mais fatos assim na história quando se trata de questões raciais e política. Essa trama me fez pensar e de certa forma confirmar muitas das coisas que acredito, acompanho e estudo.
Eu achei o peso da trama perfeita, vendo que havia dois protagonistas (não vejo coadjuvante) com diferentes rumos e enfrentamento diante das dificuldades. Realmente o Judas ao lado do Messias, e Judas sabia disso o tempo todo.
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 551 Assista AgoraSingelo. Não tem como não lembrar da dupla dinâmica: avó e neto. Acho que isso foi o que mais me tocou, mais do que o enredo em si. É uma trama genuína, se tratando de uma família tentando se virar com o pouco que tem para viver em uma terra americana. Ainda por cima ter que lidar com problemas cardíacos do filho e uma avó que não é tipicamente uma avó segundo o garotinho. Com o filme, entendo que mesmo com todos os planejamentos, sonhos, cuidados e dificuldades, sempre o que será de grande valor é aquilo que amamos de verdade. E de alguma forma, encontramos um jeito de começar de novo, mesmo que seja muito pouco ou muito diferente do costume.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraEu não sei explicar este filme. Assisti logo que saiu e não consigo falar sobre ele. Sei que é um filme atípico para muita gente, mas pra mim não, apesar de eu ser ansiosa querendo que o enredo e as imagens sejam um pouco mais movimentadas. Fui fisgada pela trama de uma mulher solitária, vivendo como nômade depois de perder tudo. A empatia foi gerada por identificação. Me vi com um futuro assim, por mais que minhas expectativas e desejos levem para um outro caminho. Parece um desejo latente, aquele que a gente sabe que não teria coragem de realizar então fica só no imaginário. Me vi nela. Confesso que chorei em uma parte, quando todos os nomades estavam falando sobre aposentadoria e o que fazer na meia-idade ou velhice diante de uma fogueira. Procurando encontrar sentido em suas vidas, saindo de um script que a sociedade espera
Não sei porque chorei, apenas senti que aquilo era muito verdadeiro pra mim. Como uma jovem boêmia, tudo pra mim fez muito sentido. Me senti calma, leve, contemplativa, sensível, uma acompanhante de uma jornada que talvez eu nunca terei.
Eu amo a atriz Frances, eu gosto da diretora que até então eu não conhecia direito (me chamou muito a atenção), e eu adorei só sentir.
Espiral: O Legado de Jogos Mortais
2.2 527 Assista AgoraEu adoro o elenco (apesar de gostar muito Chris Rock, acho que não serviu nesse filme), mas que filme ruim. A produção foi muito ruim. De forma muito irônica, o que salva são as maquinarias criativas. A crítica sobre policiais é excelente, porém o enredo é morno, apressado, superficial e obviamente previsível. Quanto ao final, eu só tenho que rir.
Raya e o Último Dragão
4.0 646 Assista AgoraFaltou musiquinhas? É, talvez. Foi ruim, não, nem um pouco. Faltou algumas coisas? Acredito que sim. Eu realmente acho, assim como algumas pessoas, que o filme deixou as coisas superficiais na construção dos personagens, é tudo muito ligeiro e batido. Parece que já vimos esse plot em algum lugar sabe?
No entanto, acredito que a força dessa animação seja justamente a mensagem que ela quer passar. Eu amei demais a personagem Raya. Sei que muita gente não gostou, achou ela bondosa e superficial demais, ou que não deveria ser protagonista, discordo totalmente. Muitos enaltecem sua antagonista Namaari porque é mais convincente e firme. Acho balela. Acredito que pela mensagem ser sobre união dos povos para alcançar um bem comum, provavelmente a intenção era dar protagonismo às duas. São duas pessoas completamente diferentes mas com o mesmo propósito. O filme não é pra evidenciar a Raya, e sim a comunhão do grupo no momento mais crítico.
Eu chorei muito no final, a mensagem sobre confiança pegou forte em mim, principalmente no mundo em que vivemos, cada vez mais antagônico e fechado.
A produção do filme é excelente, apesar das cores extremamente contrastadas e brilhantes que deixam uma imagem exagerada e até cansada. Uma estética incrível, fofa, e suficiente.
Obs.: Raya e Namaari são muito lindas. Estou apaixonada.
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
4.0 494Oi Deus, sou eu de novo dizendo que sou suspeita a falar sobre animações.
Amo animação e eu não podia deixar passar essa. Como voltei a ilustrar e entrar novamente no mundo da criatividade, animação e arte fui totalmente convencida e fisgada por essa obra de arte. Eu achei que não ia gostar porque acho as cores exageradas demais, o 3D parece saltar, robôs caretas, e exagero de referências e coisas diferentes. Mas me apaixonei, caí numa cilada.
O enredo mexeu demais comigo, foi o ponto mais alto da animação (pelo menos pra mim). É exatamente uma animação para assistir com a família, você grande ou pequeno. Chorei de rir, chorei de chorar mesmo. Fiz várias pessoas assistirem (até a minha avó, coitada), assisti 3 vezes inclusive.
Não sei vocês, mas esse filme é incrível, nem tô falando do enredo sobre robôs tentando destruir uma família, tô falando das coisas simples, do sentimento que é ficar pertinho de quem a gente gosta (independente de como a família é formada e qual família você chama de sua). Se trata principalmente de sonhos, além de querer ser amado e amar fazer algo.
Oxigênio
3.4 498 Assista AgoraFoi convincente a aflição dentro de uma caixa. Acertou em cheio na agonia, principalmente pra quem é ou é quase claustrofóbico. Atuação foi excelente e o enredo também. Não fiquei tão surpresa no final, queria ter sentido o que a maioria das pessoas sentiram. Eu realmente fiquei intrigada, confesso que fiquei até com raiva da moça, coitada. Por fim, é um ótimo tema e acho que prendeu todos os pontos que o filme quis passar.
Passageiro Acidental
2.7 277Eu sou apaixonada por filme espacial, drama, e efeitos visuais ambientando tudo o que se trata de espaço e nave. Eu gosto de filmes com plot sensível, dramático e até lento. Mas este pegou mal. E não é exatamente o plot e sim os efeitos e o roteiro.
Confesso que estava animada com Toni Collette e Anna Kendrick no elenco. O diretor realmente perdeu a mão nesse filme, tinha tudo para ser poético, dramático e visceral. Mas pecou em várias cenas no espaço quando parecia que eles estavam em chão firme, várias coisas muito sem sentido pensando em física básica. Fiquei bem chateada como foi mal produzido. O roteiro também não ajuda, o plot até que é bom, mas deixa mais perguntas que respostas. Mesmo se foi intenção do diretor, faltou sentido e produção mais convincente.
Com pesar que digo.: "Assista, mas você pode sair chateadissimo pensando que poderia assistir pela terceira vez outro filme espacial".
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraUm bom filme. Eu sou suspeita a falar porque eu gosto de todo o elenco e eu sou apaixonada por filmes de investigação. Mas essa investigação é diferente, é levada com humor e até uma caretisse. Não é uma situação séria, é irônica. Acredito que muita gente gostou do filme por isso basicamente, assim como eu. Principalmente quando o plot deixa bem claro que uma família milionária pode ser bem estressante, careta e sem noção.
E quem não amou o final não é? Acho que o plot não tem uma reviravolta surpresa. Imagino que a maioria já tenham em mente as pessoas culpadas pelo crime e também já tenham a torcida pra defender uma pessoa ali no meio. O que fica interessante é o desfecho mesmo, quais são as novas informações pro telespectador. E no final é gostinho de: "bem feito, pode ir pastar!"
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraTem um plot excelente e um elenco maravilhoso, mas senti falta de algo. Eu confesso que esperava mais do final. Não sei dizer o que, mas achei o final fraco. Apesar disso, eu adorei o filme. É muito difícil encontrar um suspense ou filme de mistério que seja realmente bom.
O ponto alto foi o plot twist na metade do filme chegando pro final. Até porque o filme desde do início deixa bem claro as intenções da mãe, interpretada pela maravilhosa atriz vilanesca Sarah Paulson. Outro ponto extremamente importante é o fato de que a atriz que interpreta a filha é realmente uma pessoa com deficiência. Isso já ganhou muitos pontos. Representatividade e inclusão nos filmes já deveriam ser comuns em pleno século 21. Lembrando que se deve colocar pessoas PCDs reais e não pessoas que interpretariam PCDs. Palmas para quem montou o elenco, inclusive a atriz Kiera Allen foi mavilhosa do início ao fim.
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista AgoraTocante e cativante. Eu não esperava chorar. No final do filme lembrei de pessoas muito queridas que são um Peixe Grande. Lembrei de meu avô que contava inúmeras histórias heroicas. Ele não era um homem simpático, mas suas histórias cativavam e chegavam no ouvido de todos. Ele era determinado, arredio, teimoso, e acreditava nele mesmo. Muita gente o conhecia por ouvir muitas histórias dele.
No momento eu ainda tenho o meu pai vivo, ele não é de muitas histórias como seu pai falecido, mas com certeza é um homem de histórias. E eu fico querendo saber mais e mais, imaginando tudo o que ele já viveu. Ele já me contou algumas e eu acredito todas elas. Tem também o meu sogro, já mais idoso, uma verdadeira figura como Edward Bloom.
Eu sou da imaginação, gosto de ouvir histórias, nada mais gratificante que envolver-se nelas e guarda-las ou repassa-las para a gente se sentir mais vivo. Isso não quer dizer que o mundo real é ruim, quer que podemos viver entre dois modos, assim a vida parece não falecer.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraUm ótimo filme de Stanley Kubrick!
De primeira, eu gostei muito mais do primeiro ato, foi bastante impactante e foi fluido de forma geral. O segundo ato foi bastante oscilado, muitas vezes parado, algumas partes desnecessárias mas acho que isso é característica do Kubrick, eu vejo isso nos filmes dele, mas isso não deixa o filme tão ruim assim. Dá pra relevar quando a gente entende a sintonia, o pensamento e mensagem de Stanley.
Acho que o título faz jus sim a todo o filme, já que o Joker realmente "nasceu para matar", além de ter passado pelo treinamento, para dar paz no desfecho final ele teve que matar (eu gostei dessa cena e um pouco antes quando se encontraram com o atirador eficiente do Vietnã contra uns 6 norte-americanos). Fora a mensagem sobre a dualidade humana. É só olhar para a capa do filme. Pra mim, faz todo o sentido. O seu colega, no primeiro ato também fez jus ao que seu superior pregava constantemente. Lembre-se: os dois eram pessoas que imaginavam o fim de seus atos.
Stanley usa a Guerra do Vietnã muito bem encaixando perfeitamente a desumanidade do exército norte-americano em terra vietnamita (que na verdade foi mostrado desde do primeiro ato). Nenhum dos soldados era tão perverso assim. Mas, se encontrando diante do caos, eram bárbaros.
Eu amei a parte da imprensa querendo mostrar a guerra e entrevistando os soldados que mal sabiam do porquê estavam lá.
Pra mim, desde do início ficou muito clara a ironia, a sátira, e a bizarrice que Stanley quis passar sobre o exército norte-americano. O final deixa isso mais claro ainda.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraA história é interessante se for se atentar aos dilemas e mensagem que carrega que está aparente por si só em todo o roteiro. Como sempre, Wes Anderson sempre nos prende na fotografia, paleta de cores e planos diferentes de filmagem que é característica exclusiva de Wes e seu grupos de atores favoritos que o acompanham em vários filmes (eu amo!). Confesso que eu esperava mais, não sei dizer o quê. Sempre vejo os filmes de Wes como obras extremamente estéticas e que tem uma narrativa interessante, no mínimo. Sempre traz um tema importante de forma "leviana", sutil mas ao mesmo tempo caricata de alguma forma. E eu gosto disso, se torna leve e as vezes bizarro ao mesmo tempo nas sutilezas. E esse filme foi exatamente isso, por isso eu gostei, eu esperava amar apenas.
Taylor Swift: Miss Americana
4.0 215 Assista AgoraO doc é bom, não sei dizer se ele mais que isso. Eu fiquei bastante feliz em vários momentos do doc, vendo ela cantando quando pequena, aqueles registros antigos de uma criança e adolescente empolgada, cheia de sonhos. Eu não sabia sobre a avó dela por exemplo. Tem várias coisas que me chamaram a atenção no doc.
Eu achei bastante neutro o doc com relação às polêmicas. Impressionante como tem gente que viu o contrário. Essa neutralidade mostra o quanto ainda ela se reserva quanto a isso porque ela já foi bastante apedrejada pela mídia e pessoas um tanto equivocadas. Não sei dizer se faz parte do perfil dela porque não a conheço tanto quanto gostaria, mas acredito que sim.
Quando falam da Taylor em relação às polêmicas sempre penso no quanto ela é marcante e notável, porque ela praticamente só existe e faz boas músicas sobre si mesma. Fico pensando o que em Taylor incomoda tanto nos outros, é curioso. Acho muito sincero muitas das coisas apresentadas, obviamente a gente sabe que tem uma narrativa, um script a seguir, a perspectiva dela mesma...mas isso não é ruim, aliás, todos fariam isso num doc próprio não é mesmo?
Eu assisti por curiosidade e me surpreendi. Na verdade queria saber mais.
Taylor é uma pessoa que se reinventa, não exatamente porque quer como ela mesma reflete sobre o papel da mulher na indústria da música, é uma mulher notável, tem desejos e se expressa maravilhosamente bem e ainda faz com que pessoas a ouçam sem elas entenderem o porquê, entende? Lembro de uma frase de Jake Peralta em Brooklyn 99: "Taylor Swift me faz sentir coisas" (conotando que não entende porque gosta de ouvir). Eu digo o mesmo, as músicas não servem quase em nada na minha vida, mas eu consigo compreender a cantora em todas as linhas, é como se fosse uma conversa honesta.
Cada dia que passa eu ouvindo Taylor Swift mais eu vou notando o quanto essa mulher é talentosíssima. Eu só assumi que amava as músicas dela depois de "Lover". Agora com Folklore e Evermore eu bato palmas em pé. Esse doc só me deixou mais ainda apaixonada. Com certeza não sou uma fã de carteirinha. Mas lembro que acompanhei muito a Taylor na minha adolescência, o álbum "fearless" expressava meus sentimentos da época. Não me arrependo de ter contemplado as músicas em noites de insônia, sabe? Ela me fisgou em Folklore que é o estilo mais folk o que combina comigo.
Obs.: Costumadamente não leio comentários.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraAgora só quero ler o livro. O filme é gostoso de assistir, por vezes eu ficava confusa sobre qual era exatamente a narrativa do filme, se tinha um objetivo. Por isso ler o livro seria uma benção. Mas foi bom assistir, gostei de muitas partes principalmente quando Jo falava o que sentia e o que queria, o quão ela se sentia estranha. Me identifiquei com algumas coisas das três irmãs, não tem como me identificar só com uma e isso é maravilhoso. É um romance gostosinho, e eu gostei muito da realização de Jo.
Fotografia excelente, figurinos são impecáveis (não é às toa que ganhou Oscar e outros prêmios por isso), atuação de mulheres que eu admiro, e a presença de Louis Garrel foi de tirar o fôlego, não é mesmo?
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraTerminei o filme chorando. Eu estava sem expectativas, não queria ter pré-concepcão de nada. Só sei dizer que fiquei presa no filme do início ao fim. A saga de Armand Roulin foi assistida ansiosamente por mim. Foi realmente inédito pra mim a narrativa, inclusive adorei, achei ela extremamente significativa pensando nos nossos dias atuais e principalmente na época de Van Gogh. Isso porque as pessoas ainda lutam em seus pensamentos sobre o porquê das pessoas tirarem a vida. Sempre querendo dar respostas aos porquês, não se conformam com a forma que o outro processa a vida. Tudo precisa ser explicado, fazer sentido lógico. Vicent Van Gogh era um homem totalmente diferente, era humano demais, prosaico e visceral, gostava do belo e do que os outros achavam comum demais, não havia sentido lógico. Apenas sentia, Vicent sentia e sentia muito. Ele se entregava às suas emoções e vivia em favor daquilo que tanto almejava e sonhava. Para muitos isso não tem lógica. Extremamente triste como tudo aconteceu, o que ele fez para resolver um problema (que na verdade o cercava por muito tempo) mas ao mesmo tempo compreensível olhando de forma sensível. Como Marguerite falou a Roulin: "...quer saber tanto sobre a morte dele, o que sabe sobre a vida dele?" Eu aprendo demais com Van Gogh, era um artista inigualável, com muito valor, sensível, amável, visceral, delicado, singelo e belo. Não há como explicar como ele era e o que sua vida e arte significam, só há como sentir o que pode ser confuso para muitos e isso é que angustia muita gente que quer respostas e conclusões.
Vicent Van Gogh é muito amado, seria muito extraordinário se ele soubesse disso. Ah, como seria.
Amável filme. Este filme deveria ter uma nota maior por todos os artistas que participaram, pela narrativa, pelas obras de Van Gogh e também pela vida dele.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraUm filme lindíssimo, por mais que seja tão simples, ele é extremamente significativo. Me tocou de forma singela e especial. A relação de Totó com Alfredo é bela demais para ser esquecida. E aí permanece um amor, tanto o amor pelo cinema e também este amor que os uniu. O cinema era significativo na época, principalmente para as pessoas da vila, os unia mais do que nunca.
É um filme antigo e um clássico que ganha muitos pontos em vários momentos e também ganha pelo seu contexto e narrativa. Tornatore transforma o simples em belo e tocante.
Soul
4.3 1,4KSou suspeita a dar avaliação porque eu amo o jeito que a Pixar mexe comigo, sabe? Confesso que eu esperava mais, mas a mensagem me tocou demais por razões subjetivas da minha vida no momento.
Levando em consideração a trama e alguns personagens achei um pouco fraca, mas de forma geral me levou a chorar no final. Não é nada grandioso, mas não posso dizer que é um filme razoável, ele é ótimo. Amei o pano de fundo ser referente à música, ao jazz e relacionando com um homem Afro-Americano (se fosse o contrário seria estranho). Sobre referenciar o Jazz eu achei que seria mais aprofundado isso sabe? Acho que foi o ponto que me decepcionou, esperava ver mais. Mas de qualquer forma conseguiu preencher este espaço com a mensagem do filme.
Eu adorei umas partes bem específicas, como as dimensões, a inspiração, algumas críticas em relação à busca pelo propósito, a obsessão, eu achei excelente.
A Voz do Silêncio
4.3 355Um dos filmes japoneses mais dolorosos, delicados e complexo que já vi.
Nota 1: se você não está acostumado a ver filmes japoneses, não comece por este ok? Nós ocidentais temos uma outra perspectiva sobre as relações e emoções (este n tão diferente acredito) em comparação com os orientais. Se você não está acostumado com muito drama, tensão, sentimentos reprimidos...indico se acostumar primeiro com a narrativa dos animes.
Você vai passar raiva, tristeza e dor durante o filme porque o tema bullying percorre todo o filme e é angustiante demais ver a protagonista sofrendo por causa da ignorância dos colegas e ainda se culpando por nada. Tristeza também porque todo mundo está se sentindo culpado ou está aflito, não conseguindo expressar seus sentimentos e aí é o ponto da mensagem e também do título: a voz do silêncio.
O título não faz alusão só ao fato da protagonista ser surda, mas também ao sofrimento de todos os envolvidos no bullying que não conseguiam se expressar, dizer o quanto se sentiam culpados, o quanto se sentiam incapazes de ser/ter amigos ou continuar a vida. E aí entra o tema suicídio tanto para o agressor quanto para a vítima no filme. E aí eu me pergunto: como alguém pode achar que o garoto lá no ensino fundamental não tinha problemas pessoais? Esse pensamento corrói qualquer traço de empatia nas relações, o que se torna difícil em meio a um mundo em que todos vivenciam alguma angústia da qual não consegue dizer por vários motivos e aí entra a depressão, ideação suicida, transtornos...por isso é tão importante falarmos sobre isso, compartilhar sentimentos, sermos sinceros, sermos empáticos e pacientes, principalmente quando se trata de nós mesmos e de amizade.
Quanto a forma da narrativa, roteiro e outros elementos do filme, realmente não foi exemplar porque é realmente longo, algumas cenas incomodam e até podem ser bem equivocadas, outras não precisavam ter mesmo. Mas se tratando do tema, sensibilidade, e mensagem (e até fotografia/arte do filme) é excelente! Não tem como dar uma nota menor que 3,5.