Pra mim que sou apaixonado por arte e especialmente o cinema, e difícil me ver nesta situação, mas super consigo entender o magnetismo que segurou Yacine frente a Ladrões de Bicicletas (especialmente por ser um dos meus favoritos), ou qualquer um dos vários filmes que poderiam estar na seleção deste cineclube, inclusive 12 Homens e uma Sentença. Muito bonitinho ver a militância da personagem no final, super me identifico pela paixão ao cinema. Lindinho demais.
Melhor filme do MFFF 2021, pena que estava fora de competição. Amo esse tipo de documentário construído com uma narração sobre arquivos de memórias. Vídeos, fotos, lembranças e histórias se juntam para rememorar a história de avó e neto. A luta da avó contra a sociedade patriarcal e sua vida surpreendente. E a luta do neto contra os preconceitos perpetrados em sua própria mente por uma criação quadrada (me identifico demais com isso, por ter sido criado em um lar cristão) e contra a sociedade homofóbica. É incrível a forma como a vida de Stéphane o levou de volta a momentos tão marcantes: a tenista, a presidente e a parada gay, arrepiante refletir sobre estes pontos. Sempre interessante refletir sobre o quanto a avó era evoluída, mas também sobre o quanto sempre temos a evoluir, e só pessoas de espírito muito grande conseguem se tornar melhores na vida o quanto ela conseguiu. Depois dos 80 (?) anos aceitar/normalizar a homossexualidade do neto e aprender a pintar? Essa mulher é uma entidade. E Stéphane até como modo de se retratar consigo próprio se tornou uma força contra a homofobia em seu país e no mundo. Filme delicioso de se assistir, terminei com um sorriso frouxo, de orelha a orelha. Um achado!
Ótima premissa e ótima narrativa de retorno ao ponto de encontro. Bacana o formato de contar a história de cada uma das personagens por vez e os pontos de intersecções entre elas. Cada uma com seus problemas, inquietações, desejos, particularidades e sentimentos. São personagens legais de se apegar e se envolver, pessoas palpáveis, de fácil identificação. A história suscita discussões sobre os mais diversos assuntos sociais e sexuais, e tem uma conclusão de sugestão um tanto quanto romântica. Um bom filme.
Felicidade tem uma narrativa um pouco dispersa mas também bastante inventiva. Com um roteiro que brinca de forma muito inteligente com o espectador, seus joguinhos de histórias e lembranças são muito bons e tem um quê de metalinguagem. O trio de protagonistas é excelente, com destaque pra atriz mirim. Um filme que trata de relações sociais, familiares e dores humanas.
Uau. Uma bela mistura de linguagens que resulta num produto de narrativa dispersa e que é uma surra de cinema. Que câmera, que fotografia! Tem ficção, documentário e linguagem de clip, tudo junto de forma muito harmônica. Cavalo traz um discurso poderoso de arte, cultura, música, religião, ancestralidade, negritude. Desperta no espectador uma emoção genuína e uma ligação mágica, o filme tem quase uma hora e meia mas que passa com uma velocidade impressionante, deixa uma sensação forte de que poderia durar mais, ao passo que finaliza belamente sua exposição. Coisa linda!
Um filme sobre amizade e relacionamentos ao passo que narra um rito de passagem. A construção da ligação entre Mikuan e Shaniss é muito forte e bem feita, faz o espectador comprar bem todas aquelas situações e desequilíbrios. O filme segue seu caminho, mas surgem alguns momentos um pouco problemáticos, como o
, faltou construção narrativa. Depois a história retoma a força e tem uma conclusão de tirar o fôlego, que textos lindos, e que justificas fodas pros caminhos que são reservados a cada uma delas. Muito bonito, um achado!
Quarto filme que vejo do My French Film Festival e o melhor até aqui. Esse ano a seleção não parece estar muito boa, talvez um reflexo da produção menor em função da pandemia. Mas enfim, este é um filme muito bom, surpreendente. Gostei da premissa, da construção, achei que tem momentos bem inteligentes e que respeita o espectador. Mathis é um protagonista maravilhoso e o garoto que o interpreta é um baita de um ator, difícil acreditar que seja seu filme de estreia. Infelizmente a história se perde um pouco no 3°/4° do filme, mas o final retoma a potência e acaba muito bem. Um verdadeiro achado.
Eita, esse filme foi minha introdução a Daniel Nolasco, não o conhecia mas já é possível perceber o quanto ele é sui generis frente ao cinema do centro do país. Nunca assisti a Boi Neon mas botei na cabeça que esse filme se parece muito esteticamente com ele, talvez por causa do neon presente em Vento Seco, rs, que coisa mais óbvia. O roteiro nervoso do filme se contrapõe ao modo sereno com o qual a história é conduzida, e as cenas e situações se desenrolam. Gosto muito de várias escolhas narrativas e visuais, como os letterings em tela, é sempre um modo muito simples e bacana de utilizar um recurso de fato cinematográfico. Curto o estilo e fico curioso em explorar mais o diretor, espero que em breve.
Poxa, curti pra caramba o filme. Ele é como uma ópera, um espetáculo, uma performance. Tem uma narrativa bacaninha mas o que importa mesmo são os discursos, as músicas e a beleza plástica. Curti pra caramba, e ter quatro diretoras explica o motivo da narrativa descentralizada, mas não me foi incômodo.
Poxa, a Larissa Nepomuceno é boa demais heim?! Ótimos assuntos e narrativas muito bem construídas. Esse filme aqui é duro e forte demais, a Megg tem uma fala muito dolorida. Mas também é reconfortante e esperançoso. A vontade de lutar por um lugar melhor nunca deve acabar!
Poxa, que filme do caralho. Destruidor. Gostaria de entender melhor sobre o conteúdo, se é uma história real, qual a origem das imagens, e o gênero. De todo modo é uma produção poderosíssima.
Narrativa curiosa, interessante e com uma apresentação estética interessante. Muito bacana as intersecções entre as imagens do livro e o corpo do narrador/diretor. Uma ideia simples mas útil.
Filme muito necessário que suscita algumas reflexões sobre as quais provavelmente muitos de nós nunca havíamos pensado. Gostei da narrativa, montagem, boa direção e um trio de personagens excelentes. É triste perceber mais esse dificuldade que as mulheres enfrentam, mas confortante saber que sempre existirão mecanismos de defesa e proteção. Força!
Me lembrou muito a estilística de O Menino do Dente de Ouro, um filme simples, despretensioso, com um bom elenco infantil, gostoso de assistir e uma mensagem interessante no final. Muito bacaninha.
Família Nuclear
3.4 6Romance e relações familiares na praia, encerrado com Dorival Caymmi. Bonitinho demais.
Silêncio
3.7 4Sempre existe um caminho de cura.
Intervalo
3.9 3Pra mim que sou apaixonado por arte e especialmente o cinema, e difícil me ver nesta situação, mas super consigo entender o magnetismo que segurou Yacine frente a Ladrões de Bicicletas (especialmente por ser um dos meus favoritos), ou qualquer um dos vários filmes que poderiam estar na seleção deste cineclube, inclusive 12 Homens e uma Sentença. Muito bonitinho ver a militância da personagem no final, super me identifico pela paixão ao cinema. Lindinho demais.
Maestro
3.7 7Tinha que ser da mesma galera de Garden Party né?! Bom demais!
Belezas
3.5 4Drags e fraternidade no interior da França. Merecia mais duração.
Lugares Vazios
3.5 3Pós arrebatamento em uma cidade verdadeiramente cristã rs.
Cães
3.7 2Foda a narrativa sem verbalizações que o filme opta por seguir, e no final, com poucas palavras, milita pela causa migratória. Uma paulada.
Madame
3.9 5 Assista AgoraMelhor filme do MFFF 2021, pena que estava fora de competição. Amo esse tipo de documentário construído com uma narração sobre arquivos de memórias. Vídeos, fotos, lembranças e histórias se juntam para rememorar a história de avó e neto. A luta da avó contra a sociedade patriarcal e sua vida surpreendente. E a luta do neto contra os preconceitos perpetrados em sua própria mente por uma criação quadrada (me identifico demais com isso, por ter sido criado em um lar cristão) e contra a sociedade homofóbica. É incrível a forma como a vida de Stéphane o levou de volta a momentos tão marcantes: a tenista, a presidente e a parada gay, arrepiante refletir sobre estes pontos. Sempre interessante refletir sobre o quanto a avó era evoluída, mas também sobre o quanto sempre temos a evoluir, e só pessoas de espírito muito grande conseguem se tornar melhores na vida o quanto ela conseguiu. Depois dos 80 (?) anos aceitar/normalizar a homossexualidade do neto e aprender a pintar? Essa mulher é uma entidade. E Stéphane até como modo de se retratar consigo próprio se tornou uma força contra a homofobia em seu país e no mundo. Filme delicioso de se assistir, terminei com um sorriso frouxo, de orelha a orelha. Um achado!
Donas de Alegria
3.3 9Ótima premissa e ótima narrativa de retorno ao ponto de encontro. Bacana o formato de contar a história de cada uma das personagens por vez e os pontos de intersecções entre elas. Cada uma com seus problemas, inquietações, desejos, particularidades e sentimentos. São personagens legais de se apegar e se envolver, pessoas palpáveis, de fácil identificação. A história suscita discussões sobre os mais diversos assuntos sociais e sexuais, e tem uma conclusão de sugestão um tanto quanto romântica. Um bom filme.
Felicidade
3.5 10Felicidade tem uma narrativa um pouco dispersa mas também bastante inventiva. Com um roteiro que brinca de forma muito inteligente com o espectador, seus joguinhos de histórias e lembranças são muito bons e tem um quê de metalinguagem. O trio de protagonistas é excelente, com destaque pra atriz mirim. Um filme que trata de relações sociais, familiares e dores humanas.
A Tradicional Família Brasileira - KATU
4.1 2Poxa, que produção verdadeira, bonita. Pela defesa dos povos indígenas!
Cavalo
3.8 7Uau. Uma bela mistura de linguagens que resulta num produto de narrativa dispersa e que é uma surra de cinema. Que câmera, que fotografia! Tem ficção, documentário e linguagem de clip, tudo junto de forma muito harmônica. Cavalo traz um discurso poderoso de arte, cultura, música, religião, ancestralidade, negritude. Desperta no espectador uma emoção genuína e uma ligação mágica, o filme tem quase uma hora e meia mas que passa com uma velocidade impressionante, deixa uma sensação forte de que poderia durar mais, ao passo que finaliza belamente sua exposição. Coisa linda!
Kuessipan
3.9 3Um filme sobre amizade e relacionamentos ao passo que narra um rito de passagem. A construção da ligação entre Mikuan e Shaniss é muito forte e bem feita, faz o espectador comprar bem todas aquelas situações e desequilíbrios. O filme segue seu caminho, mas surgem alguns momentos um pouco problemáticos, como o
falecimento do irmão
Faço de Mim o Que Quero
3.5 16Gostei de Sapato 36 do diretor e me interessei por ver este.
Crianças
3.1 5Quarto filme que vejo do My French Film Festival e o melhor até aqui. Esse ano a seleção não parece estar muito boa, talvez um reflexo da produção menor em função da pandemia. Mas enfim, este é um filme muito bom, surpreendente. Gostei da premissa, da construção, achei que tem momentos bem inteligentes e que respeita o espectador. Mathis é um protagonista maravilhoso e o garoto que o interpreta é um baita de um ator, difícil acreditar que seja seu filme de estreia. Infelizmente a história se perde um pouco no 3°/4° do filme, mas o final retoma a potência e acaba muito bem. Um verdadeiro achado.
Vento Seco
3.2 89Eita, esse filme foi minha introdução a Daniel Nolasco, não o conhecia mas já é possível perceber o quanto ele é sui generis frente ao cinema do centro do país. Nunca assisti a Boi Neon mas botei na cabeça que esse filme se parece muito esteticamente com ele, talvez por causa do neon presente em Vento Seco, rs, que coisa mais óbvia. O roteiro nervoso do filme se contrapõe ao modo sereno com o qual a história é conduzida, e as cenas e situações se desenrolam. Gosto muito de várias escolhas narrativas e visuais, como os letterings em tela, é sempre um modo muito simples e bacana de utilizar um recurso de fato cinematográfico. Curto o estilo e fico curioso em explorar mais o diretor, espero que em breve.
Perifericu
4.0 3Poxa, curti pra caramba o filme. Ele é como uma ópera, um espetáculo, uma performance. Tem uma narrativa bacaninha mas o que importa mesmo são os discursos, as músicas e a beleza plástica. Curti pra caramba, e ter quatro diretoras explica o motivo da narrativa descentralizada, mas não me foi incômodo.
Ingrid
3.8 2Corpo e reconhecimento.
Megg – A Margem Que Migra Para o Centro
4.3 2Poxa, a Larissa Nepomuceno é boa demais heim?! Ótimos assuntos e narrativas muito bem construídas. Esse filme aqui é duro e forte demais, a Megg tem uma fala muito dolorida. Mas também é reconfortante e esperançoso. A vontade de lutar por um lugar melhor nunca deve acabar!
Bicha-Bomba
3.5 5Poxa, que filme do caralho. Destruidor. Gostaria de entender melhor sobre o conteúdo, se é uma história real, qual a origem das imagens, e o gênero. De todo modo é uma produção poderosíssima.
Pornô Anos 80
2.8 3Narrativa curiosa, interessante e com uma apresentação estética interessante. Muito bacana as intersecções entre as imagens do livro e o corpo do narrador/diretor. Uma ideia simples mas útil.
Antes do Azul
2.5 1Doideira, fiquei meio perdido.
Seremos Ouvidas
4.6 2Filme muito necessário que suscita algumas reflexões sobre as quais provavelmente muitos de nós nunca havíamos pensado. Gostei da narrativa, montagem, boa direção e um trio de personagens excelentes. É triste perceber mais esse dificuldade que as mulheres enfrentam, mas confortante saber que sempre existirão mecanismos de defesa e proteção. Força!
O menino e o ovo
3.0 1Me lembrou muito a estilística de O Menino do Dente de Ouro, um filme simples, despretensioso, com um bom elenco infantil, gostoso de assistir e uma mensagem interessante no final. Muito bacaninha.