Esse filme surpreende! Ao mesmo tempo em que chega a parecer que o filme é calmo, e anda lentamente, ao final me deixou mais a impressão de que aconteceu tudo muito rápido, com reviravoltas rápidas no final, que inclusive é bem bom. Fora isso, a temática do filme é sensacional ao abordar varias coisas muito interessantes que nos fazem refletir sobre o mundo hoje, como por exemplo, sobre as relações humanas, e as relações humano/máquina. Tem ainda toda a questão da nossa vulnerabilidade em relação à tecnologia, pois (possivelmente) estamos sim sendo monitorados o tempo todo, a partir de ferramentas de buscas, e etc. Esse filme não mostra uma realidade tão distante assim como podemos chegar a pensar, e isso é um tanto assustador, tanto quanto Black Mirror também é.
O filme me surpreendeu, pois ao ver o trailer, você percebe de antemão que a temática possui altas chances de produzir um final bem médio. Mas na verdade eu gostei como eles abordaram o tema, com uma explicação cientifica diferente, apesar de eu achar também que o desfecho foi um tanto rápido. Mas um bom filme.
Um coisa que me incomoda muito em qualquer filme: o fato de ele ser ambientado em certos lugares, e ser indiferente a isso, e todo mundo falar a língua inglesa. Mas que coisa angustiante! Fora isso, eu gostei muito da trama, ela surpreende em diversos momentos! E a atuação de Ben Whishaw foi maravilhosa, muito condizente com os sentimentos que a gente sente que o personagem sente. Ainda, o filme trata de uma coisa tão sensível, tão inocente do ponto de vista do personagem, mas que acaba lidando com tudo isso de forma tão brutal, isso causa bastante estranhamento. Só não me agrada tanto algumas partes no final.
De todos as séries individuais dos heróis da Marvel, essa foi a que menos gostei. Muitas coisas dentro dos episódios eu senti que foram muito arrastadas, e as melhores partes eram aquelas que mostravam mais o jogo psicológico entre Harold e Ward, que eram as partes mais tensas. Fora isso, muitas vezes o protagonista até deixa a gente com raiva, por ser tratado como idiota, e agir como tal, mas sem necessidade. A série que eu mais gosto continua sendo Jessica Jones.
Mulheres maravilhosas! Documentário maravilhoso! Ele renova suas esperanças no mundo, com relação a sempre buscar um mundo mais igual, que é isso que o feminismo tem como pauta desde sempre. Ultimamente, no Brasil e no mundo, temos vistos cada vez mais medidas retrogradas, com relação as pautas feministas em geral, e apesar de se tratar de temas levantados nos anos 60 por essas mulheres, muitos dos assuntos ainda são ate mesmo considerados tabus em muitos lugares no mundo! É um documentário que trata de acontecimentos há anos, e ao mesmo tempo ele é tão atual, mas muito mesmo! Em todos os aspectos, ou quase todos. Que documentários como esse continuem nos trazendo aquela sensação de que "tudo é possível" e de que "podemos mudar o mundo", sempre! Um outro filme que recomendo fortemente, que é sobre o mesmo assunto, mas sobre essa revolução que acontece na Islândia, se chama "A Revolução da Pia da Cozinha".
Achei muito positivo o fato desse filme ter sido "sem limites". Acho que isso deixou tudo mais tão real, sensitivo de verdade, na medida em que tudo se aproxima muito mais dos sentimentos humanos que temos em relação aos personagens e aos conflitos do filme, o que nos faz identificar muito mais com aqueles sentimentos externalizados deles, e a forma como eles lidam com isso, muitas vezes violentamente.
Filme bem produzido, a fotografia é muito boa, a direção é boa, e o final também não é como gostaríamos, o que é positivo. Mas apesar disso, vejo vários outros pontos negativos nesse filme. Eu acho que vale a pena ressaltar, principalmente, que esse filme pode ser considerado racista, por muitos motivos. Por exemplo, porque não colocar um protagonista negro, já que a maior paixão dele é o próprio jazz (e o qual ele tem uma visão tão purista sobre), que nasceu da cultura afro-americana, e que rodeia toda a vida do personagem, ao invés de colocar essa carinha marcada, bonita e branca de Ryan? Não que eu não goste do ator (fora desse contexto), mas fica claro, que comercialmente, é muito mais interessante que o filme tenha sido feito como foi feito. Fica aqui a reflexão extraída de uma crítica feita por Richard Dyer, acerca dos musicais americanos: "A negritude é contida no musical, guetificada, estereotipada, aprisionada na categoria de “simples entretenimento”. No entanto, a contenção é a antítese do entretenimento que o musical oferece. Começar, de repente, a cantar a plenos pulmões ou dançar quando bem entende, esta é a alegria do musical. É no privilégio dos brancos poderem fazer isso, e no que isso nos diz sobre o sonho branco de estar no mundo, que o musical constrói, de maneira perturbadora, uma visão de raça (DYER, 2002, p. 39)". E fica aqui o link de uma critica na internet que aborda justamente esse assunto: http://revistamoventes.com/2017/01/25/cidade-das-estrelas-brancas-sobre-as-questoes-raciais-em-la-la-land/
A visão que a série nos dá acerca do terrorismo foge um pouco do que a gente esperaria de uma produção sobre o tema vindo dos EUA, e isso é ótimo. Aqui, a gente pode ver pelo menos um pouco que qualquer pessoa pode ser (ou se tornar) um terrorista.
E ainda refletir sobre: "Quem é o vilão da historia? O que é certo e errado? Como ponderar o bem e o mal?", pois ela mostra vários pontos de vista. Isso sem contar na narrativa que me deixou tensa durante a maior parte da temporada!! E ainda não da pra deixar de comentar sobre a Carrie! Que personagem com personalidade mais complexa e forte!! Ela é ótima!
O melhor dessa série é estar o tempo todo de frente com o trauma (vários deles na real, começando desde a infância) da personagem, e ficar imerso em toda a história que ela conta ao longo da temporada, e ao mesmo tempo lidar constantemente com a questão de: "o que é realmente real nisso tudo?", e de não saber exatamente o que aconteceu, ou o que está acontecendo, pelo fato de algumas coisas parecerem bizarras, e outras fazerem total sentido.
Um ótimo filme para expandir nosso conhecimento sobre o movimento feminista pelo mundo. Primeira vez que tinha ouvido falar da Aliança Feminina da Islândia, e fico muito feliz de elas terem conquistado tudo isso. O fim do filme me deixou ainda mais feliz, quando uma das mulheres fala sobre uma obra que retrata Lise Meitner (descobridora da fissão nuclear, e que foi simplesmente ignorada quando Otto Hahn recebeu o prêmio Nobel de Química). Na cena
ela aparece com um secador de cabelo ligado, mirando na obra, enquanto fala sobre Lise, a obra e o feminismo. E então ela nos mostra que a obra se apagava cada vez mais e mais quando ela continuava apontando o secador para ela. O autor da obra criou ali uma metáfora em relação a mulher e o patriarcado.
A mensagem que ela deixa é para que nunca deixemos de falar sobre Lise, e sobre todas as outras mulheres que fazem parte da nossa historia, e que não são reconhecidas (ou são), pois se deixarmos de falar delas, o sopro do patriarcado vai fazer com que a imagem delas seja apagada. É genial.
Filme lindo, com relação as atuações, a fotografia, tudo! E com um desfecho que joga na nossa cara como a homofobia (e todo julgamento pessoal do que você acha que o outro deveria -ou não- ser) mata, ontem e hoje, sendo você herói de guerra ou não.
Nada é muito explicito nesse filme com relação às opressões, xenofobia, etc.. Mas apesar de não saber absolutamente nada sobre os personagens (de onde vem, quem são, pra onde vão, porque estão ali), o clima tenso do filme é muito bem construído! Mas também não dá pra negar que eu fiquei um pouco perdida, mas acho que é mais por essa necessidade de saber tudo sobre todo mundo pra conseguir entender, o que no fim eu achei ótimo na verdade, pois isso nos tira completamente daquela posição julgadora em que nos colocamos automaticamente num primeiro momento.
A Groenlândia é um lugar que a gente nunca pensa sobre. Eu mesma não sabia nada sobre eles, e esse longa me despertou um sentimento de felicidade por saber agora o quanto eles podem ser um povo interessantíssimo. Ainda mais por meio de boa música, pois apesar de não entender NADA (além de algumas legendas), pois eles cantam no idioma deles, voce parece sentir toda aquela energia que eles passam em cada som, todo aquele sentimento de revolução, de sentimento de mudança, e é ótimo ver como eles conseguiram chegar (politicamente) a tantas pessoas no seu país por meio da música. Fora que a produção do documentário também é muito boa! É cada imagem que eles mostram!
Durante todo o filme você nunca sabe realmente o que acontece na vida de cada personagem/casal, ou seja, você nunca se sente pronto pra julgar quem está "certo" ou "errado" e o que eles deveriam fazer, ou o que você gostaria que eles fizessem. Acho que o filme toca em vários pequenos temas de forma simples e que você mesmo poderia se colocar naquela situação.
Um filme que te deixa muito tenso durante quase todo o tempo, e cumpre bem seu papel nessa parte de ser um terror psicológico. Você sempre espera que vai acontecer alguma coisa. Mas ai o desfecho é meio "bla"...
Meu episódio favorito dessa segunda temporada é White Bear, pois ele trata de uma linha tenue entre o certo e o errado, e dá umas reviravoltas para mexer com a sua cabeça. Pode ser que você se pegue pensando, logo após os "fatos" serem revelados: "Poxa, ta quase certo isso", mas ai 1 segundo depois você deve se perguntar: "Mas de quais valores estamos falando aqui mesmo? Em que eu estava pensando? Tá tudo errado! Que mundo é esse?". E ai você faz um paralelo e lembra de todas aquelas coisas que você leu "ontem" mesmo naqueles jornais na internet sobre "A sociedade faz justiça com suas próprias mãos e lincha mulher que se parecia com traficante de crianças no bairro tal", ou até mesmo "Menino negro espancado e preso a poste "acusado" de furtos em zona x da cidade", e por ai vai... Uma realidade nada feliz.
Uma das melhores séries que eu já assisti até o momento! Todos deveriam assistir. Cada episódio é como um tapa na cara, e te faz refletir milhões de coisas. Essa primeira temporada nos mostra temas como: como as redes sociais podem ser incontroláveis, mudando até a opinião publica de uma hora para outra fazendo com que todo o cenário mude, e como não sabemos nem como lidar com isso; a nossa visão do mundo das celebridades e até que ponto os nossos ideais revolucionários conseguem sobrepor nossos interesses individuais; e, por fim, como viveríamos num mundo onde todas as suas memórias são todas salvas, e podem ser controladas, assistidas a todo momento. Como eu havia lido em um blog antes de me aventurar nessa série, a tecnologia sempre acaba por vencer realmente em todos os episódios, e isso é ótimo para nos levar a pensar sobre tudo isso que estamos vendo/vivendo, mesmo que em menor escala do que é mostrado na série. O quanto já somos dependentes de toda essa tecnologia, e o quanto ela já afeta a nossa vida de forma positiva ou negativa?
Durante a maior parte do filme eu estava pensando se eles realmente iriam somente mostrar o lado dos protagonistas, americanos/brancos, sendo atacados pelas pessoas locais, o que me deixou um pouco incomodada. Mas ele consegue "salvar" isso um pouco, quando
Pierce Brosnan discursa sobre o trabalho dele para os EUA, e diz que o que ele (e consequentemente os EUA) fazem é errado, e a guerra foram eles que começaram, pois haviam interesses naquele local, e que aquelas pessoas atacando os americanos são apenas o povo tentando proteger suas vidas, famílias, filhos, assim como eles naquele momento (não dizendo que seja correto eles estarem tentando matar os americanos ali, isso já é um outra grande discussão).
Tirando essa parte do filme, de resto há partes realmente forçadas (com já foi dito em comentários abaixo), mas sim, dá para sentir o desespero durante todo o longa, e isso consegue te prender ali.
Não me considero uma fã dos quadrinhos da Marvel, então fui ler sobre a série antes de assistir, e realmente ela tava dentro das expectativas. Como muitas críticas disseram, é um máximo como ela aborda o tema do abuso (psicológico/físico), que é um tema que vem tomando mais cena atualmente na sociedade, e como isso influencia a forma de viver de Jessica Jones. Acho até que a inclusão de algumas coisas dentro da serie, que não existem nos quadrinhos, deixa ela ainda mais próxima da nossa "realidade", como por exemplo a questão do estupro, em que no quadrinho nunca é mencionado (ela apenas imploraria por sexo a Kilgrave, mas isso nunca chega a acontecer), mas que na serie fica claro que isso aconteceu. É ótimo ver a abordagem (mesmo que singela) de temas como aborto também.
Um filme que prende a atenção do inicio ao fim, principalmente porque você tenta ir juntando as peças aos poucos. Como já disseram por aqui, ele não é exatamente auto-explicativo, mas isso que é massa.
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Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0KEsse filme surpreende! Ao mesmo tempo em que chega a parecer que o filme é calmo, e anda lentamente, ao final me deixou mais a impressão de que aconteceu tudo muito rápido, com reviravoltas rápidas no final, que inclusive é bem bom. Fora isso, a temática do filme é sensacional ao abordar varias coisas muito interessantes que nos fazem refletir sobre o mundo hoje, como por exemplo, sobre as relações humanas, e as relações humano/máquina. Tem ainda toda a questão da nossa vulnerabilidade em relação à tecnologia, pois (possivelmente) estamos sim sendo monitorados o tempo todo, a partir de ferramentas de buscas, e etc. Esse filme não mostra uma realidade tão distante assim como podemos chegar a pensar, e isso é um tanto assustador, tanto quanto Black Mirror também é.
Spectral
3.2 247O filme me surpreendeu, pois ao ver o trailer, você percebe de antemão que a temática possui altas chances de produzir um final bem médio. Mas na verdade eu gostei como eles abordaram o tema, com uma explicação cientifica diferente, apesar de eu achar também que o desfecho foi um tanto rápido. Mas um bom filme.
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2KUm coisa que me incomoda muito em qualquer filme: o fato de ele ser ambientado em certos lugares, e ser indiferente a isso, e todo mundo falar a língua inglesa. Mas que coisa angustiante! Fora isso, eu gostei muito da trama, ela surpreende em diversos momentos! E a atuação de Ben Whishaw foi maravilhosa, muito condizente com os sentimentos que a gente sente que o personagem sente. Ainda, o filme trata de uma coisa tão sensível, tão inocente do ponto de vista do personagem, mas que acaba lidando com tudo isso de forma tão brutal, isso causa bastante estranhamento.
Só não me agrada tanto algumas partes no final.
Punho de Ferro (1ª Temporada)
3.0 498De todos as séries individuais dos heróis da Marvel, essa foi a que menos gostei. Muitas coisas dentro dos episódios eu senti que foram muito arrastadas, e as melhores partes eram aquelas que mostravam mais o jogo psicológico entre Harold e Ward, que eram as partes mais tensas. Fora isso, muitas vezes o protagonista até deixa a gente com raiva, por ser tratado como idiota, e agir como tal, mas sem necessidade.
A série que eu mais gosto continua sendo Jessica Jones.
She’s Beautiful When She’s Angry
4.6 152Mulheres maravilhosas! Documentário maravilhoso! Ele renova suas esperanças no mundo, com relação a sempre buscar um mundo mais igual, que é isso que o feminismo tem como pauta desde sempre. Ultimamente, no Brasil e no mundo, temos vistos cada vez mais medidas retrogradas, com relação as pautas feministas em geral, e apesar de se tratar de temas levantados nos anos 60 por essas mulheres, muitos dos assuntos ainda são ate mesmo considerados tabus em muitos lugares no mundo! É um documentário que trata de acontecimentos há anos, e ao mesmo tempo ele é tão atual, mas muito mesmo! Em todos os aspectos, ou quase todos. Que documentários como esse continuem nos trazendo aquela sensação de que "tudo é possível" e de que "podemos mudar o mundo", sempre!
Um outro filme que recomendo fortemente, que é sobre o mesmo assunto, mas sobre essa revolução que acontece na Islândia, se chama "A Revolução da Pia da Cozinha".
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraAchei muito positivo o fato desse filme ter sido "sem limites". Acho que isso deixou tudo mais tão real, sensitivo de verdade, na medida em que tudo se aproxima muito mais dos sentimentos humanos que temos em relação aos personagens e aos conflitos do filme, o que nos faz identificar muito mais com aqueles sentimentos externalizados deles, e a forma como eles lidam com isso, muitas vezes violentamente.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4KO filme é ótimo, ainda mais com essa atuação maravilhosa de Eddie Redmayne. Mas um ponto negativo (pra mim) é que ele foi muito romantizado.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6KFilme bem produzido, a fotografia é muito boa, a direção é boa, e o final também não é como gostaríamos, o que é positivo.
Mas apesar disso, vejo vários outros pontos negativos nesse filme. Eu acho que vale a pena ressaltar, principalmente, que esse filme pode ser considerado racista, por muitos motivos. Por exemplo, porque não colocar um protagonista negro, já que a maior paixão dele é o próprio jazz (e o qual ele tem uma visão tão purista sobre), que nasceu da cultura afro-americana, e que rodeia toda a vida do personagem, ao invés de colocar essa carinha marcada, bonita e branca de Ryan? Não que eu não goste do ator (fora desse contexto), mas fica claro, que comercialmente, é muito mais interessante que o filme tenha sido feito como foi feito.
Fica aqui a reflexão extraída de uma crítica feita por Richard Dyer, acerca dos musicais americanos: "A negritude é contida no musical, guetificada, estereotipada, aprisionada na categoria de “simples entretenimento”. No entanto, a contenção é a antítese do entretenimento que o musical oferece. Começar, de repente, a cantar a plenos pulmões ou dançar quando bem entende, esta é a alegria do musical. É no privilégio dos brancos poderem fazer isso, e no que isso nos diz sobre o sonho branco de estar no mundo, que o musical constrói, de maneira perturbadora, uma visão de raça (DYER, 2002, p. 39)".
E fica aqui o link de uma critica na internet que aborda justamente esse assunto: http://revistamoventes.com/2017/01/25/cidade-das-estrelas-brancas-sobre-as-questoes-raciais-em-la-la-land/
Homeland: Segurança Nacional (1ª Temporada)
4.4 535A visão que a série nos dá acerca do terrorismo foge um pouco do que a gente esperaria de uma produção sobre o tema vindo dos EUA, e isso é ótimo. Aqui, a gente pode ver pelo menos um pouco que qualquer pessoa pode ser (ou se tornar) um terrorista.
Até mesmo um herói de guerra.
Isso sem contar na narrativa que me deixou tensa durante a maior parte da temporada!! E ainda não da pra deixar de comentar sobre a Carrie! Que personagem com personalidade mais complexa e forte!! Ela é ótima!
The OA (Parte 1)
4.1 981O melhor dessa série é estar o tempo todo de frente com o trauma (vários deles na real, começando desde a infância) da personagem, e ficar imerso em toda a história que ela conta ao longo da temporada, e ao mesmo tempo lidar constantemente com a questão de: "o que é realmente real nisso tudo?", e de não saber exatamente o que aconteceu, ou o que está acontecendo, pelo fato de algumas coisas parecerem bizarras, e outras fazerem total sentido.
Revolução da Pia da Cozinha
4.0 1Um ótimo filme para expandir nosso conhecimento sobre o movimento feminista pelo mundo. Primeira vez que tinha ouvido falar da Aliança Feminina da Islândia, e fico muito feliz de elas terem conquistado tudo isso. O fim do filme me deixou ainda mais feliz, quando uma das mulheres fala sobre uma obra que retrata Lise Meitner (descobridora da fissão nuclear, e que foi simplesmente ignorada quando Otto Hahn recebeu o prêmio Nobel de Química). Na cena
ela aparece com um secador de cabelo ligado, mirando na obra, enquanto fala sobre Lise, a obra e o feminismo. E então ela nos mostra que a obra se apagava cada vez mais e mais quando ela continuava apontando o secador para ela. O autor da obra criou ali uma metáfora em relação a mulher e o patriarcado.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0KFilme lindo, com relação as atuações, a fotografia, tudo! E com um desfecho que joga na nossa cara como a homofobia (e todo julgamento pessoal do que você acha que o outro deveria -ou não- ser) mata, ontem e hoje, sendo você herói de guerra ou não.
Irmãos
4.3 2A fotografia do filme é incrível!
Pessoas Brancas
2.9 2Nada é muito explicito nesse filme com relação às opressões, xenofobia, etc.. Mas apesar de não saber absolutamente nada sobre os personagens (de onde vem, quem são, pra onde vão, porque estão ali), o clima tenso do filme é muito bem construído! Mas também não dá pra negar que eu fiquei um pouco perdida, mas acho que é mais por essa necessidade de saber tudo sobre todo mundo pra conseguir entender, o que no fim eu achei ótimo na verdade, pois isso nos tira completamente daquela posição julgadora em que nos colocamos automaticamente num primeiro momento.
Sumé - O Som De Uma Revolução
4.1 1A Groenlândia é um lugar que a gente nunca pensa sobre. Eu mesma não sabia nada sobre eles, e esse longa me despertou um sentimento de felicidade por saber agora o quanto eles podem ser um povo interessantíssimo. Ainda mais por meio de boa música, pois apesar de não entender NADA (além de algumas legendas), pois eles cantam no idioma deles, voce parece sentir toda aquela energia que eles passam em cada som, todo aquele sentimento de revolução, de sentimento de mudança, e é ótimo ver como eles conseguiram chegar (politicamente) a tantas pessoas no seu país por meio da música. Fora que a produção do documentário também é muito boa! É cada imagem que eles mostram!
No Final das Contas
3.2 3Durante todo o filme você nunca sabe realmente o que acontece na vida de cada personagem/casal, ou seja, você nunca se sente pronto pra julgar quem está "certo" ou "errado" e o que eles deveriam fazer, ou o que você gostaria que eles fizessem. Acho que o filme toca em vários pequenos temas de forma simples e que você mesmo poderia se colocar naquela situação.
Serenity: A Luta pelo Amanhã
3.4 200Os efeitos especiais são mais ou menos e, falando como quem não assistiu a série, o filme deixa muitas perguntas no ar.
O Babadook
3.5 2,0KUm filme que te deixa muito tenso durante quase todo o tempo, e cumpre bem seu papel nessa parte de ser um terror psicológico. Você sempre espera que vai acontecer alguma coisa. Mas ai o desfecho é meio "bla"...
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753Meu episódio favorito dessa segunda temporada é White Bear, pois ele trata de uma linha tenue entre o certo e o errado, e dá umas reviravoltas para mexer com a sua cabeça.
Pode ser que você se pegue pensando, logo após os "fatos" serem revelados: "Poxa, ta quase certo isso", mas ai 1 segundo depois você deve se perguntar: "Mas de quais valores estamos falando aqui mesmo? Em que eu estava pensando? Tá tudo errado! Que mundo é esse?". E ai você faz um paralelo e lembra de todas aquelas coisas que você leu "ontem" mesmo naqueles jornais na internet sobre "A sociedade faz justiça com suas próprias mãos e lincha mulher que se parecia com traficante de crianças no bairro tal", ou até mesmo "Menino negro espancado e preso a poste "acusado" de furtos em zona x da cidade", e por ai vai... Uma realidade nada feliz.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3KUma das melhores séries que eu já assisti até o momento! Todos deveriam assistir. Cada episódio é como um tapa na cara, e te faz refletir milhões de coisas.
Essa primeira temporada nos mostra temas como: como as redes sociais podem ser incontroláveis, mudando até a opinião publica de uma hora para outra fazendo com que todo o cenário mude, e como não sabemos nem como lidar com isso; a nossa visão do mundo das celebridades e até que ponto os nossos ideais revolucionários conseguem sobrepor nossos interesses individuais; e, por fim, como viveríamos num mundo onde todas as suas memórias são todas salvas, e podem ser controladas, assistidas a todo momento.
Como eu havia lido em um blog antes de me aventurar nessa série, a tecnologia sempre acaba por vencer realmente em todos os episódios, e isso é ótimo para nos levar a pensar sobre tudo isso que estamos vendo/vivendo, mesmo que em menor escala do que é mostrado na série. O quanto já somos dependentes de toda essa tecnologia, e o quanto ela já afeta a nossa vida de forma positiva ou negativa?
Horas de Desespero
3.5 466Durante a maior parte do filme eu estava pensando se eles realmente iriam somente mostrar o lado dos protagonistas, americanos/brancos, sendo atacados pelas pessoas locais, o que me deixou um pouco incomodada. Mas ele consegue "salvar" isso um pouco, quando
Pierce Brosnan discursa sobre o trabalho dele para os EUA, e diz que o que ele (e consequentemente os EUA) fazem é errado, e a guerra foram eles que começaram, pois haviam interesses naquele local, e que aquelas pessoas atacando os americanos são apenas o povo tentando proteger suas vidas, famílias, filhos, assim como eles naquele momento (não dizendo que seja correto eles estarem tentando matar os americanos ali, isso já é um outra grande discussão).
Tirando essa parte do filme, de resto há partes realmente forçadas (com já foi dito em comentários abaixo), mas sim, dá para sentir o desespero durante todo o longa, e isso consegue te prender ali.
Jessica Jones (1ª Temporada)
4.1 1,1KNão me considero uma fã dos quadrinhos da Marvel, então fui ler sobre a série antes de assistir, e realmente ela tava dentro das expectativas. Como muitas críticas disseram, é um máximo como ela aborda o tema do abuso (psicológico/físico), que é um tema que vem tomando mais cena atualmente na sociedade, e como isso influencia a forma de viver de Jessica Jones. Acho até que a inclusão de algumas coisas dentro da serie, que não existem nos quadrinhos, deixa ela ainda mais próxima da nossa "realidade", como por exemplo a questão do estupro, em que no quadrinho nunca é mencionado (ela apenas imploraria por sexo a Kilgrave, mas isso nunca chega a acontecer), mas que na serie fica claro que isso aconteceu. É ótimo ver a abordagem (mesmo que singela) de temas como aborto também.
Cores do Destino
3.5 196Um filme que prende a atenção do inicio ao fim, principalmente porque você tenta ir juntando as peças aos poucos. Como já disseram por aqui, ele não é exatamente auto-explicativo, mas isso que é massa.