Se há uma receita para criar um excelente filme, “The Holdovers” representa sua perfeita execução. E um dos ingredientes principais é sem dúvida Paul Giamatti, que esbanja seu talento em uma atuação memorável.
Além de ser um filme agradável, engraçado e emocionante, do início ao fim, a parte técnica também é impecável, pois conseguiram reproduzir a ambientação nos anos 70 de forma tão perfeita que parece ter sido gravado usando película daquela época (embora tenha sido gravado digitalmente).
A única coisa que me incomoda nesse filme é que parece ter sido um fracasso comercial nos cinemas. Espero que tenha melhor sorte no streaming, a fim de possibilitar que mais maravilhas como essa possam futuramente existir.
Esse filme seria muito melhor se perdesse uns 30 minutos de duração em sua primeira parte, que retrata os anos 70, pois em quase 1 hora e meia o filme apresenta pouco e flerta com a monotonia. É muito tempo desperdiçado logo no início, em um tempo de duração que equivale a um longa metragem.
Já na segunda parte, que representa os anos 80, finalmente as coisas melhoram (exceto para os personagens), elevando o filme substancialmente, mas não para um patamar que justifique sua atual reputação.
Ainda que seja ambientado dentro da indústria pornográfica, achei um filme um tanto pudico em termos de representação gráfica. Claro que não esperava nada explícito, mas qualquer comédia adolescente dos anos 80 é mais reveladora.
Tenho uma predileção especial por filmes que conseguem engajar o espectador com poucos recursos, principalmente aqueles que utilizam um único cenário como base para o desenrolar da trama. Nesse aspecto, esse filme é muito bem sucedido. E é justamente essa qualidade que parece desagradar grande parte do público que rebaixou a nota do filme para um patamar incompreensível. Muitos parecem decepcionados com a ausência de cenas externas que mostrassem aquilo que se passava por trás dos diálogos por telefone, como se fossem incapazes de utilizar a imaginação para compreender algo sem a necessidade de uma representação visual.
Dito isso, embora seja um filme com vários méritos, acho que ele poderia ser um pouco mais simples, limitando-se ao aspecto principal do enredo, sem a necessidade de introduzir outra camada dramática sobre o personagem principal e usar isso para concluir o filme de uma forma um pouco piegas.
Por ser refratário a teorias da conspiração, principalmente aquelas que já foram amplamente refutadas ao longo de décadas, tive dificuldades de ser cativado por esse filme do Oliver Stone, mas reconheço que tecnicamente é bem feito, com um elenco tão estelar que causa até certo espanto ver tantos atores magníficos em um mesmo filme.
As mais de 3 horas de duração parecem excessivamente longas e a quantidade imensa de informações apresentadas até a primeira metade do filme torna a história de difícil deglutição. A parte final foi um ponto alto, mas é uma obra que, embora tecnicamente possa ter diversos méritos, eu teria dificuldades em recomendar.
Um êxito extraordinário do cinema brasileiro. Traz à luz um fato praticamente esquecido com uma competência técnica impressionante, mantendo o espectador na poltrona do cinema como se estivesse na poltrona daquele Boeing 737 da finada Vasp pilotado pelas habilidosas mãos do comandante Murilo (em ótima interpretação do Danilo Grangheia), que infelizmente não está mais vivo para receber o devido reconhecimento pelo público.
É um dever cívico prestigiar esse excelente filme nos cinemas a fim de nutrir a expectativa que o cinema nacional possa oferecer mais do que aquelas insuportáveis comédias.
A tarefa mais difícil de qualquer filme que ouse adentrar nesse universo mítico é inevitavelmente ser comparado ao maravilhoso clássico de 1971, que até hoje é merecidamente venerado por toda uma geração que teve o prazer de conhecê-lo durante a infância.
Ainda que esteja à sombra do original, “Wonka” é uma obra interessante que oferece duas horas agradáveis de escapismo fantasioso, honrando suas origens e oferecendo entretenimento de boa qualidade.
O filme retrata com excelência técnica os acontecimentos daquele fatídico dia, abordando com riqueza de detalhes não apenas a tragédia ocorrida dentro do voo United 93, como também a situação caótica no sistema de controle aéreo norte-americano.
Como resultado, o filme emerge o espectador nos eventos daquele dia de tal forma que é como se estivéssemos vivenciando o desenrolar daqueles acontecimentos pela primeira vez, e embora o final seja amplamente conhecido, é justamente conhecer o destino trágico daquelas pessoas que torna o filme tenso e angustiante do início ao fim.
O filme não tem originalidade, mas isso não é necessariamente algo ruim. Não vejo problemas em querer se divertir com mais do mesmo, algo que sempre foi recorrente no gênero de terror, principalmente aqueles da década de 1980, que é onde esse filme busca sua maior inspiração.
E partindo dessa premissa, o filme é bem sólido em sua proposta, oferecendo efeitos visuais convincentes e um roteiro simples que consegue ser bem executado do início ao fim, oferecendo uma experiência satisfatória para aqueles que buscam esse tipo de conteúdo.
Um excelente documentário que relata a fascinante história de Lucille Ball e de seu marido Desi Arnaz, que protagonizaram uma das séries de maior sucesso da televisão norte-americana. O documentário é muito bem produzido e informativo, com depoimentos comoventes, e presta um merecido tributo à extraordinária Lucille Ball.
A primeira coisa que me chamou atenção em Seven foi o seu visual primoroso em estilo soturno que realmente testa a capacidade de reprodução de contraste da sua TV/monitor.
Mas sobre o conteúdo em si, sinto que o filme é um pouco superestimado e sei exatamente o porquê disso. Ele começa muito bem, mas ao longo do tempo vai perdendo ritmo, como se a história ficasse travada. Ocorre que a parte final é tão boa e impactante que, para grande parte do público, a última impressão é a que fica, daí receber notas tão altas.
Um bom filme, sem dúvida, embora sinto que seja superestimado.
O filme recupera com sucesso um gênero de horror juvenil muito presente nos anos 80, mas que infelizmente havia se esvaído nas últimas décadas. Com uma ambientação imersiva, roteiro caprichado e um elenco afinado, o filme se desenrola de forma muito competente fazendo uma ótima mesclagem de terror real com sobrenatural que captura a atenção do início ao memorável final. Imperdível.
Uau. Esse filme definitivamente deveria ser mais apreciado. Não há o que não gostar nele, começando pelo elenco estelar entregando atuações fabulosas (Gene Hackman está incrível).
Não tenho capacidade de analisar certos aspectos técnicos como direção, edição, fotografia, etc., e para falar a verdade nem gostaria de assistir nada com olhar crítico, procurando eventuais erros ou acertos, mas há algo de muito especial nesse filme, seja lá o que for, para conseguir entregar mais de duas horas de puro entretenimento. O filme é muito dinâmico e me deixou hipnotizado o tempo inteiro. A história é instigante e foi desenvolvida de forma sublime.
Evite spoilers. Apenas faça um favor para si e assista. Altamente recomendável.
Sempre adorei o título desse filme em português: “Copycat - A Vida Imita a Morte”, mas infelizmente não posso dizer o mesmo sobre o filme em si.
Não chega a ser ruim. Havia até um razoável potencial para ser bom. Mas infelizmente eu sou incapaz de apreciar uma história que se propõe a ser realista com elementos tão inverossímeis. Eu aceito sem questionamento filmes com criaturas mágicas de outra dimensão ou qualquer outra história fantasiosa, desde que seja essa a proposta, mas nesse caso não consigo tolerar. Talvez seja algo banal, e o problema esteja comigo por não aceitar certas “liberdades criativas”, mas no caso desse filme não foi possível.
A mulher vive reclusa num apartamento altamente tecnológico, com direito a ter uma estação de trabalho com três belíssimos monitores CRT da Sony, no qual joga, conversa e até faz vídeo chamadas pela internet. Mas embora esteja extremamente preocupada com a sua segurança após passar por uma experiência traumática, e embora possua os recursos para tanto, não há sequer uma câmera de vídeo em seu apartamento (ou no corredor dele). Isso permite que o serial killer entre no lugar, por duas vezes, de forma despercebida, sequer precisando arrombar a porta, bastando o uso de uma ferramenta. A porta parecia segura e reforçada. Por que nem mesmo havia uma corrente na porta ou uma trava interna que dificultasse a abertura da porta? Poderia haver qualquer coisa que dificultasse ou revelasse uma entrada indevida.
Na segunda invasão do serial killer, havia um guarda protegendo o local. Mas daí o serial killer sabia que acionando o alarme de um carro qualquer na rua atrairia a atenção do policial, que abandonaria o posto e ficaria afastado tentando desligar o alarme pelo tempo suficiente do assassino entrar na casa, aterrorizar a mulher e carregá-la de forma desapercebida para um outro lugar completamente diferente.
Também fiquei incomodado com a morte do policial, que me pareceu um tanto repentina e não causou a comoção que deveria. Nada contra matar personagens, mas nesse caso causou estranheza.
O filme também peca por ser uns 30 minutos mais longo do que deveria. Poderiam ter enxugado muita coisa.
Como havia dito antes, não é um filme ruim, tem algum (modesto) valor de entretenimento (adorei o computador dela), mas eu não recomendaria. Filmes como esse exigem um certo grau de verossimilhança a fim de me prender na história até o final, coisa que não encontrei aqui.
Eu sei que deveria ser mais compreensível com filmes que retratam histórias reais, pois nem sempre a história verdadeira consegue entreter tanto quanto algo completamente fictício. Mas de qualquer maneira achei o filme meio chato, sem clímax, tensão, ou outros elementos que despertassem um interesse maior pela história. Não chega a ser ruim, mas é um filme difícil de recomendar.
São raros os filmes que me fazem sentir profundamente arrependidos pelo tempo desperdiçado. Há muitos filmes ruins que consigo extrair algum valor de entretenimento que justificam a atenção. Infelizmente, esse aqui me proporcionou apenas o mais profundo tédio ao longo de intermináveis 2 horas e 10 minutos.
O filme serve apenas como exemplo de que boas atuações são inúteis se não estiverem a serviço de uma história minimamente interessante.
É uma produção extremamente superestimada, que deveria ser evitada por quem detesta a excessiva intelectualização de qualquer banalidade.
Aprecio a ousadia de querer resgatar uma franquia que parecia esgotada. O uso da metalinguagem e o retorno dos antigos personagens principais, encaixando-os de forma coesa numa trama autorreferencial, é digna de elogios. Poderia ter sido melhor, mas acho que o filme entregou o resultado esperado.
É claro que me incomoda que uma menina magrinha consiga ter uma força descomunal após vestir a roupa do vilão (em situações em que só ela, e não o outro rapaz, poderia estar vestido). Bem como o fato do vilão conseguir percorrer livremente hospitais e outros ambientes sem que uma câmera consiga revelar algo.
Com boa vontade consigo no máximo dar uma nota 7 ao filme. Aprecio o estilo do Tarantino (o roteiro é dele), mas o filme em si é bem mediano, e desperdiça sua única oportunidade de redenção com um final muito ordinário.
Imagino que seja difícil criar filmes baseados em fatos reais porque a realidade dos acontecimentos podem impor certas limitações que talvez impeça que uma história interessante consiga se tornar um bom filme. Não sei se foi o caso do Quiz Show porque não me aprofundei na história original, mas como filme é a mais pura excelência do início ao fim, com um roteiro impecável, ótimas atuações e uma magnífica caracterização de época.
O dilema moral levantado é atual até hoje no ramo do entretenimento, e me deixou bem reflexivo.
Um dos melhores filmes de terror das últimas décadas. Evite ler comentários antes de assistir para não ter spoilers de uma reviravolta absurdamente sensacional, que eleva o filme imediatamente para o status de futuro grande clássico.
Fazia realmente falta um filme do gênero que evitasse aquela premissa preguiçosa de terror fantasmagórico. Aqui há um monstro, como nos melhores filmes de terror antigos, e essa manifestação monstruosa nos deixa extasiados.
Assisti pela primeira vez recentemente esse clássico dos anos 90, e achei que merecia mais do que a atual nota de 6.6 aqui no site (e também no IMDB). O filme é mais suspense investigativo do que terror propriamente dito, proporcionando uma mesclagem bem elaborada de gêneros que entrega uma experiência final bem satisfatória (principalmente em termos de conclusão).
Um clássico noventista extremamente subestimado no melhor estilo daqueles que “não se fazem mais como antigamente”. E de fato parece ser produto de uma era, já que nos últimos 30 anos não houve nada semelhante em termos de estilo. A ambientação é fantástica e o filme se mantém instigante até o final. Mas há alguns problemas incômodos...
A troca de gênero, por exemplo, foi desnecessária, porque tornou a história mais confusa e sem ter qualquer relevância. Além de confundir, cria contradições com o início do filme, em razão da Grace ter memórias de um personagem que depois se revelou não ser ela.
A questão do vilão também é um pouco difícil de absorver se pensar demais.
De qualquer maneira, os eventuais problemas não comprometem tanto o filme, que no final se torna uma experiência bem prazerosa.
Por não se tratar de um documentário, considero a similaridade com os eventos reais pouco relevantes. O filme por si só é tecnicamente impecável e muito bem executado em quase todos os aspectos, deixando o espectador tenso e empolgado com o fascinante desenrolar da história.
Consigo ver o valor nostálgico de quem assistiu na época (embora enganado pelo péssimo título nacional), pois o filme é repleto de cenas marcantes e competente em sua proposta.
Mas confesso que gostei mais da primeira hora do filme, com o Patrick colocando ordem na bagunça, do que o restante final. Talvez tenha se estendido além do necessário. Acredito que teria sido melhor se fosse mais enxuto.
O filme tem diversas cenas de luta, mas a primeira arma de fogo estranhamente só surge perto do final, quando de repente os capangas descobrem a pólvora. Melhor teria sido o filme embarcar na fantasia e ignorar a existência de armas para não lembrar o espectador sobre a curiosa ausência delas durante quase o filme inteiro.
Marshall Teague faz o papel de um antagonista bem intimidador, mas o restante dos vilões, inclusive o principal, são muito caricatos.
Destaque para o ótimo e carismático Sam Eliott no papel de mentor de Patrick Swayze.
No geral, um filme bem razoável que não merecia tanto negativismo da mídia que recebeu em sua época, embora haja motivos para ridicularizá-lo.
Não nesse caso, mas preciso enaltecer que o final realmente é muito bom, pois ao mesmo tempo que os personagens são enganados em brincadeiras aparentemente ingênuas, você, como espectador, não imagina que você seria o maior ludibriado.
Mas isso não isenta o filme de ser um slasher muito ruim, ainda que no final saibamos que ele foi ruim de propósito. Definitivamente poderia ter sido melhor executado e ao mesmo tempo preservar a surpresa.
Apesar de tudo ainda acho que valeu a pena o tempo sentado no sofá em razão do final marcante. Evite spoilers a qualquer custo.
Os Rejeitados
4.0 317Se há uma receita para criar um excelente filme, “The Holdovers” representa sua perfeita execução. E um dos ingredientes principais é sem dúvida Paul Giamatti, que esbanja seu talento em uma atuação memorável.
Além de ser um filme agradável, engraçado e emocionante, do início ao fim, a parte técnica também é impecável, pois conseguiram reproduzir a ambientação nos anos 70 de forma tão perfeita que parece ter sido gravado usando película daquela época (embora tenha sido gravado digitalmente).
A única coisa que me incomoda nesse filme é que parece ter sido um fracasso comercial nos cinemas. Espero que tenha melhor sorte no streaming, a fim de possibilitar que mais maravilhas como essa possam futuramente existir.
Nota 10
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraEsse filme seria muito melhor se perdesse uns 30 minutos de duração em sua primeira parte, que retrata os anos 70, pois em quase 1 hora e meia o filme apresenta pouco e flerta com a monotonia. É muito tempo desperdiçado logo no início, em um tempo de duração que equivale a um longa metragem.
Já na segunda parte, que representa os anos 80, finalmente as coisas melhoram (exceto para os personagens), elevando o filme substancialmente, mas não para um patamar que justifique sua atual reputação.
Ainda que seja ambientado dentro da indústria pornográfica, achei um filme um tanto pudico em termos de representação gráfica. Claro que não esperava nada explícito, mas qualquer comédia adolescente dos anos 80 é mais reveladora.
Nota 7
O Culpado
3.0 453 Assista AgoraTenho uma predileção especial por filmes que conseguem engajar o espectador com poucos recursos, principalmente aqueles que utilizam um único cenário como base para o desenrolar da trama. Nesse aspecto, esse filme é muito bem sucedido. E é justamente essa qualidade que parece desagradar grande parte do público que rebaixou a nota do filme para um patamar incompreensível. Muitos parecem decepcionados com a ausência de cenas externas que mostrassem aquilo que se passava por trás dos diálogos por telefone, como se fossem incapazes de utilizar a imaginação para compreender algo sem a necessidade de uma representação visual.
Dito isso, embora seja um filme com vários méritos, acho que ele poderia ser um pouco mais simples, limitando-se ao aspecto principal do enredo, sem a necessidade de introduzir outra camada dramática sobre o personagem principal e usar isso para concluir o filme de uma forma um pouco piegas.
Nota 8
JFK: A Pergunta Que Não Quer Calar
3.9 157 Assista AgoraPor ser refratário a teorias da conspiração, principalmente aquelas que já foram amplamente refutadas ao longo de décadas, tive dificuldades de ser cativado por esse filme do Oliver Stone, mas reconheço que tecnicamente é bem feito, com um elenco tão estelar que causa até certo espanto ver tantos atores magníficos em um mesmo filme.
As mais de 3 horas de duração parecem excessivamente longas e a quantidade imensa de informações apresentadas até a primeira metade do filme torna a história de difícil deglutição. A parte final foi um ponto alto, mas é uma obra que, embora tecnicamente possa ter diversos méritos, eu teria dificuldades em recomendar.
Nota 7
O Sequestro do Voo 375
3.8 191 Assista AgoraUm êxito extraordinário do cinema brasileiro. Traz à luz um fato praticamente esquecido com uma competência técnica impressionante, mantendo o espectador na poltrona do cinema como se estivesse na poltrona daquele Boeing 737 da finada Vasp pilotado pelas habilidosas mãos do comandante Murilo (em ótima interpretação do Danilo Grangheia), que infelizmente não está mais vivo para receber o devido reconhecimento pelo público.
É um dever cívico prestigiar esse excelente filme nos cinemas a fim de nutrir a expectativa que o cinema nacional possa oferecer mais do que aquelas insuportáveis comédias.
Nota 9
Wonka
3.4 387 Assista AgoraA tarefa mais difícil de qualquer filme que ouse adentrar nesse universo mítico é inevitavelmente ser comparado ao maravilhoso clássico de 1971, que até hoje é merecidamente venerado por toda uma geração que teve o prazer de conhecê-lo durante a infância.
Ainda que esteja à sombra do original, “Wonka” é uma obra interessante que oferece duas horas agradáveis de escapismo fantasioso, honrando suas origens e oferecendo entretenimento de boa qualidade.
Nota 7
Vôo United 93
3.4 233 Assista AgoraO filme retrata com excelência técnica os acontecimentos daquele fatídico dia, abordando com riqueza de detalhes não apenas a tragédia ocorrida dentro do voo United 93, como também a situação caótica no sistema de controle aéreo norte-americano.
Como resultado, o filme emerge o espectador nos eventos daquele dia de tal forma que é como se estivéssemos vivenciando o desenrolar daqueles acontecimentos pela primeira vez, e embora o final seja amplamente conhecido, é justamente conhecer o destino trágico daquelas pessoas que torna o filme tenso e angustiante do início ao fim.
Nota 8
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 815 Assista AgoraO filme não tem originalidade, mas isso não é necessariamente algo ruim. Não vejo problemas em querer se divertir com mais do mesmo, algo que sempre foi recorrente no gênero de terror, principalmente aqueles da década de 1980, que é onde esse filme busca sua maior inspiração.
E partindo dessa premissa, o filme é bem sólido em sua proposta, oferecendo efeitos visuais convincentes e um roteiro simples que consegue ser bem executado do início ao fim, oferecendo uma experiência satisfatória para aqueles que buscam esse tipo de conteúdo.
Nota 7
Lucy e Desi
4.0 5 Assista AgoraUm excelente documentário que relata a fascinante história de Lucille Ball e de seu marido Desi Arnaz, que protagonizaram uma das séries de maior sucesso da televisão norte-americana. O documentário é muito bem produzido e informativo, com depoimentos comoventes, e presta um merecido tributo à extraordinária Lucille Ball.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraA primeira coisa que me chamou atenção em Seven foi o seu visual primoroso em estilo soturno que realmente testa a capacidade de reprodução de contraste da sua TV/monitor.
Mas sobre o conteúdo em si, sinto que o filme é um pouco superestimado e sei exatamente o porquê disso. Ele começa muito bem, mas ao longo do tempo vai perdendo ritmo, como se a história ficasse travada. Ocorre que a parte final é tão boa e impactante que, para grande parte do público, a última impressão é a que fica, daí receber notas tão altas.
Um bom filme, sem dúvida, embora sinto que seja superestimado.
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraO filme recupera com sucesso um gênero de horror juvenil muito presente nos anos 80, mas que infelizmente havia se esvaído nas últimas décadas. Com uma ambientação imersiva, roteiro caprichado e um elenco afinado, o filme se desenrola de forma muito competente fazendo uma ótima mesclagem de terror real com sobrenatural que captura a atenção do início ao memorável final. Imperdível.
O Júri
3.8 251Uau. Esse filme definitivamente deveria ser mais apreciado. Não há o que não gostar nele, começando pelo elenco estelar entregando atuações fabulosas (Gene Hackman está incrível).
Não tenho capacidade de analisar certos aspectos técnicos como direção, edição, fotografia, etc., e para falar a verdade nem gostaria de assistir nada com olhar crítico, procurando eventuais erros ou acertos, mas há algo de muito especial nesse filme, seja lá o que for, para conseguir entregar mais de duas horas de puro entretenimento. O filme é muito dinâmico e me deixou hipnotizado o tempo inteiro. A história é instigante e foi desenvolvida de forma sublime.
Evite spoilers. Apenas faça um favor para si e assista. Altamente recomendável.
Copycat: A Vida Imita a Morte
3.5 167 Assista AgoraSempre adorei o título desse filme em português: “Copycat - A Vida Imita a Morte”, mas infelizmente não posso dizer o mesmo sobre o filme em si.
Não chega a ser ruim. Havia até um razoável potencial para ser bom. Mas infelizmente eu sou incapaz de apreciar uma história que se propõe a ser realista com elementos tão inverossímeis. Eu aceito sem questionamento filmes com criaturas mágicas de outra dimensão ou qualquer outra história fantasiosa, desde que seja essa a proposta, mas nesse caso não consigo tolerar. Talvez seja algo banal, e o problema esteja comigo por não aceitar certas “liberdades criativas”, mas no caso desse filme não foi possível.
A mulher vive reclusa num apartamento altamente tecnológico, com direito a ter uma estação de trabalho com três belíssimos monitores CRT da Sony, no qual joga, conversa e até faz vídeo chamadas pela internet. Mas embora esteja extremamente preocupada com a sua segurança após passar por uma experiência traumática, e embora possua os recursos para tanto, não há sequer uma câmera de vídeo em seu apartamento (ou no corredor dele). Isso permite que o serial killer entre no lugar, por duas vezes, de forma despercebida, sequer precisando arrombar a porta, bastando o uso de uma ferramenta. A porta parecia segura e reforçada. Por que nem mesmo havia uma corrente na porta ou uma trava interna que dificultasse a abertura da porta? Poderia haver qualquer coisa que dificultasse ou revelasse uma entrada indevida.
Na segunda invasão do serial killer, havia um guarda protegendo o local. Mas daí o serial killer sabia que acionando o alarme de um carro qualquer na rua atrairia a atenção do policial, que abandonaria o posto e ficaria afastado tentando desligar o alarme pelo tempo suficiente do assassino entrar na casa, aterrorizar a mulher e carregá-la de forma desapercebida para um outro lugar completamente diferente.
Também fiquei incomodado com a morte do policial, que me pareceu um tanto repentina e não causou a comoção que deveria. Nada contra matar personagens, mas nesse caso causou estranheza.
O filme também peca por ser uns 30 minutos mais longo do que deveria. Poderiam ter enxugado muita coisa.
Como havia dito antes, não é um filme ruim, tem algum (modesto) valor de entretenimento (adorei o computador dela), mas eu não recomendaria. Filmes como esse exigem um certo grau de verossimilhança a fim de me prender na história até o final, coisa que não encontrei aqui.
O Reverso da Fortuna
3.5 53 Assista AgoraEu sei que deveria ser mais compreensível com filmes que retratam histórias reais, pois nem sempre a história verdadeira consegue entreter tanto quanto algo completamente fictício. Mas de qualquer maneira achei o filme meio chato, sem clímax, tensão, ou outros elementos que despertassem um interesse maior pela história. Não chega a ser ruim, mas é um filme difícil de recomendar.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraSão raros os filmes que me fazem sentir profundamente arrependidos pelo tempo desperdiçado. Há muitos filmes ruins que consigo extrair algum valor de entretenimento que justificam a atenção. Infelizmente, esse aqui me proporcionou apenas o mais profundo tédio ao longo de intermináveis 2 horas e 10 minutos.
O filme serve apenas como exemplo de que boas atuações são inúteis se não estiverem a serviço de uma história minimamente interessante.
É uma produção extremamente superestimada, que deveria ser evitada por quem detesta a excessiva intelectualização de qualquer banalidade.
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraAprecio a ousadia de querer resgatar uma franquia que parecia esgotada. O uso da metalinguagem e o retorno dos antigos personagens principais, encaixando-os de forma coesa numa trama autorreferencial, é digna de elogios. Poderia ter sido melhor, mas acho que o filme entregou o resultado esperado.
É claro que me incomoda que uma menina magrinha consiga ter uma força descomunal após vestir a roupa do vilão (em situações em que só ela, e não o outro rapaz, poderia estar vestido). Bem como o fato do vilão conseguir percorrer livremente hospitais e outros ambientes sem que uma câmera consiga revelar algo.
Amor à Queima-Roupa
3.9 362 Assista AgoraCom boa vontade consigo no máximo dar uma nota 7 ao filme. Aprecio o estilo do Tarantino (o roteiro é dele), mas o filme em si é bem mediano, e desperdiça sua única oportunidade de redenção com um final muito ordinário.
Quiz Show: A Verdade dos Bastidores
3.6 91 Assista AgoraImagino que seja difícil criar filmes baseados em fatos reais porque a realidade dos acontecimentos podem impor certas limitações que talvez impeça que uma história interessante consiga se tornar um bom filme. Não sei se foi o caso do Quiz Show porque não me aprofundei na história original, mas como filme é a mais pura excelência do início ao fim, com um roteiro impecável, ótimas atuações e uma magnífica caracterização de época.
O dilema moral levantado é atual até hoje no ramo do entretenimento, e me deixou bem reflexivo.
Maligno
3.3 1,2KUm dos melhores filmes de terror das últimas décadas. Evite ler comentários antes de assistir para não ter spoilers de uma reviravolta absurdamente sensacional, que eleva o filme imediatamente para o status de futuro grande clássico.
Fazia realmente falta um filme do gênero que evitasse aquela premissa preguiçosa de terror fantasmagórico. Aqui há um monstro, como nos melhores filmes de terror antigos, e essa manifestação monstruosa nos deixa extasiados.
O Mistério de Candyman
3.3 407 Assista AgoraAssisti pela primeira vez recentemente esse clássico dos anos 90, e achei que merecia mais do que a atual nota de 6.6 aqui no site (e também no IMDB). O filme é mais suspense investigativo do que terror propriamente dito, proporcionando uma mesclagem bem elaborada de gêneros que entrega uma experiência final bem satisfatória (principalmente em termos de conclusão).
Voltar a Morrer
3.6 90 Assista AgoraUm clássico noventista extremamente subestimado no melhor estilo daqueles que “não se fazem mais como antigamente”. E de fato parece ser produto de uma era, já que nos últimos 30 anos não houve nada semelhante em termos de estilo. A ambientação é fantástica e o filme se mantém instigante até o final. Mas há alguns problemas incômodos...
A troca de gênero, por exemplo, foi desnecessária, porque tornou a história mais confusa e sem ter qualquer relevância. Além de confundir, cria contradições com o início do filme, em razão da Grace ter memórias de um personagem que depois se revelou não ser ela.
A questão do vilão também é um pouco difícil de absorver se pensar demais.
De qualquer maneira, os eventuais problemas não comprometem tanto o filme, que no final se torna uma experiência bem prazerosa.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraPor não se tratar de um documentário, considero a similaridade com os eventos reais pouco relevantes. O filme por si só é tecnicamente impecável e muito bem executado em quase todos os aspectos, deixando o espectador tenso e empolgado com o fascinante desenrolar da história.
Nota 8.5
Matador de Aluguel
3.3 155 Assista AgoraConsigo ver o valor nostálgico de quem assistiu na época (embora enganado pelo péssimo título nacional), pois o filme é repleto de cenas marcantes e competente em sua proposta.
Mas confesso que gostei mais da primeira hora do filme, com o Patrick colocando ordem na bagunça, do que o restante final. Talvez tenha se estendido além do necessário. Acredito que teria sido melhor se fosse mais enxuto.
O filme tem diversas cenas de luta, mas a primeira arma de fogo estranhamente só surge perto do final, quando de repente os capangas descobrem a pólvora. Melhor teria sido o filme embarcar na fantasia e ignorar a existência de armas para não lembrar o espectador sobre a curiosa ausência delas durante quase o filme inteiro.
Marshall Teague faz o papel de um antagonista bem intimidador, mas o restante dos vilões, inclusive o principal, são muito caricatos.
Destaque para o ótimo e carismático Sam Eliott no papel de mentor de Patrick Swayze.
No geral, um filme bem razoável que não merecia tanto negativismo da mídia que recebeu em sua época, embora haja motivos para ridicularizá-lo.
ainda estou digerindo a cena que ele arranca a garganta do outro cara
A Noite das Brincadeiras Mortais
3.2 184Um bom final consegue salvar um filme ruim?
Não nesse caso, mas preciso enaltecer que o final realmente é muito bom, pois ao mesmo tempo que os personagens são enganados em brincadeiras aparentemente ingênuas, você, como espectador, não imagina que você seria o maior ludibriado.
Mas isso não isenta o filme de ser um slasher muito ruim, ainda que no final saibamos que ele foi ruim de propósito. Definitivamente poderia ter sido melhor executado e ao mesmo tempo preservar a surpresa.
Apesar de tudo ainda acho que valeu a pena o tempo sentado no sofá em razão do final marcante. Evite spoilers a qualquer custo.