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Últimas opiniões enviadas

  • Tyler Durden

    A franquia ''Jogos Mortais'' é muito amada por boa parte dos fãs de torture-porn, mas muita gente também diz que o único da franquia que prestou foi o primeiro. Já eu, fico no meio do muro, achando a franquia, como um todo, inconsistente; digo isso tendo gostado consideravelmente do primeiro e do segundo, e também tendo achado o terceiro e o sexto um entretenimento bacana. Logo, sim, acredito que a franquia precisava de uma revitalizada.

    A direção fica por conta do já conhecido Darren Lynn Bousman, que dirigiu anteriormente o segundo, terceiro e quarto capítulo da franquia. Se a proposta era trazer uma revitalizada para a franquia, mais voltada para o mistério, não faz sentido terem colocado o filme sob comando de Darren, afinal sua visão para esse projeto não agrega nada de novo, apostando muito no que já havia sido feito anteriormente, como a clássica acelerada de câmera nas cenas das armadilhas. O diretor não parece muito interessado em contar essa história de forma diferente de outros da franquia, ou até diferente de outros thrillers policiais dos anos 2000, a trama flui de maneira trivial.

    Mas o maior problema do filme não está por conta de sua direção, e sim por conta do roteiro escrito por Josh Stolberg e Pete Goldfinger... que roteiro ruim! Fica claro que a obra se leva a sério demais em alguns momentos, e a sério de menos em outros. A inspiração no clássico ''Seven'' é óbvia, porém o roteiro simplesmente não consegue trabalhar bem os seus tons distintos, seja suspense, terror ou até comédia. A maneira como a revelação final é entregue de bandeja em uma das cenas chega a ser um insulto a quem está assistindo, preguiçoso e previsível ao extremo. Os diálogos hora são até divertidos de se acompanhar, hora são de dar vergonha alheia. O roteiro até procura fazer um comentário sobre corrupção policial em certos momentos, mas tal comentário em sua maior parte soa como algo superficial que já foi trabalhado de forma mais relevante em outros filmes.

    A trama é contada através do protagonista interpretado por Chris Rock, que está interpretando um personagem sério aqui, algo inédito para mim, e afirmo com toda a certeza que simplesmente não funciona. Ele tenta, isso não posso tirar dele, ele até tenta ser levado a sério, no entanto, suas expressões faciais não transmitem nenhuma credibilidade, soando totalmente robótico e durante todo o filme parecendo estar se sentindo preso, desconfortável ao interpretar um papel dramático, tanto que as cenas que mais funcionam dele são as que ele está falando algo mais engraçado ou descompromissado. Sobre o resto do elenco, Max Minghella é até carismático em boa parte do tempo. Marisol Nichols é funcional, apesar de ter uma personagem já vista trilhões de vezes em outros filmes. E Samuel L. Jackson está ali para dizer ''motherfucker'' -algo que ele faz muito bem- e fazer papel de esquentadinho.

    O ritmo do filme é até fluído, isso graças à sua duração que não é extensa e à sua edição, fatores que fazem o longa passar rápido. As armadilhas não são as melhores, nem as mais criativas, mas quando estão em cena conseguem transmitir um senso de dor e ansiedade, através do famigerado gore, que tanto tornou a franquia mundialmente conhecida. É empolgante ver o tema original tocando novamente, até porque em termos musicais é uma faixa assustadoramente deliciosa, mas de resto a trilha sonora original não tem nada que se destaque muito, apesar da seleção musical de raps ter sido interessante.

    Em suma, ''Espiral: O Legado de Jogos Mortais'' vem com uma ideia interessante, de transformar a franquia em algo mais voltado para o suspense, mas essa ideia não é bem trabalhada, o roteiro é desleixado, a reviravolta é previsível, a direção é marcada por sua falta de inspiração e a atuação de seu protagonista chega a ser triste, pelos motivos errados. Apesar de ter algumas armadilhas bem feitas, o longa não justifica sua existência, fazendo-o ser mais um exemplar qualquer de uma franquia que já se desgastou, o coloco lado a lado com ''Jogos Mortais: O Final'' como os piores ''Jogos Mortais'''.

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  • Tyler Durden

    O gênero terror muitas vezes é utilizado para passar mensagens relevantes e críticas sociais, e isso vem cada vez ganhando mais força, graças a diretores como Jordan Peele, que tem muito talento para conseguir trabalhar os artifícios mais clássicos deste gênero juntamente da mensagem que procura transmitir ao público. E eu só tenho a agradecer, pois para mim, estes são os melhores filmes para se assistir.

    É o filme de estreia do diretor Remi Weekes, o que é quase imperceptível, porque o diretor tem total controle da obra que está conduzindo, sabendo trabalhar bem a história triste que os personagens carregam, o drama que eles enfrentam, em contraste com as cenas mais assustadoras, e que deixam o espectador completamente apreensivo e tenso enquanto as assiste. Ao meu ver, talvez os espíritos pudessem aparecer um pouco menos, gerando assim uma curiosidade maior por parte do público, e fazer nossa imaginação trabalhar mais, mas não chega a incomodar ou atrapalhar o conjunto da obra como um todo.

    O roteiro, também escrito por Remi, é muito inteligente ao abordar temas importantes, juntamente à cultura do casal protagonista e os costumes que eles tiveram que deixar para trás para poder se adaptar a este novo país. A questão da imigração, e as dificuldades que os imigrantes enfrentam, são muito cruas e reais, além do roteiro ter uma mensagem forte sobre o racismo e a ignorância das pessoas em relação a culturas de países estrangeiros. O trauma que os personagens enfrentam, a agonia e desespero de ter uma casa que pode ser tirada de você a qualquer momento, o terror de viver em um país que é totalmente desacolhedor, estas coisas são ainda mais assustadoras do que os fantasmas que os assombram. É um roteiro sagaz, que usa o terror como pano de fundo para poder contar uma história aterradora sobre imigração, além de possuir um final com reviravoltas e quebras de expectativas funcionais e interessantes.

    O elenco trabalha muito bem e transmite todas as emoções necessárias para com seus personagens. Sope Dirisu está tentando ao máximo se adaptar, possuindo um medo genuíno em seu olhar, nós podemos enxergar o quão foi difícil viver em seu país de origem e que ele está disposto a fazer qualquer coisa para não voltar para lá. Wunmi Mosaku está excelente, carregando muita tristeza, muito amor por sua cultura e possuindo uma dificuldade enorme ao tentar se ambientar ao novo país que vive. Matt Smith aparece em poucas cenas, servindo como uma ferramenta para dificultar ainda mais a permanência do casal neste país, e ele faz bem este papel.

    A parte técnica também é ótima, a fotografia é muito alaranjada em vários momentos, escurecida em outros, além dos enquadramentos e o design de produção conseguindo capturar a sujeira, a bagunça e degradação do lugar que os personagens são obrigados a morar. A trilha sonora utiliza de elementos culturais para compor as cenas, e que funciona e enaltece ainda mais os acontecimentos e psique do casal.

    Há vários momentos importantes e que te fazem pensar nesta obra, tais como a cena em que Bol está numa loja de roupas e só há figuras de pessoas brancas na parede, além dos vizinhos se portarem de maneira condenativa e que deixa claro o desprezo que possuem por gente que não são de seu país. A forma como os personagens constantemente tentam dizer que o casal é privilegiado por estarem naquele país, e ainda possuem uma casa maior do que a deles, diz muito sobre a sociedade e como muitas pessoas pensam. A relevância de tais atos, em apoio às cenas de terror, funcionam muito para definir a vida difícil que os protagonistas enfrentam.

    Em resumo, "O Que Ficou Para Trás" é uma obra que choca muito pela forma como aborda temas importantes, como racismo e imigração. E isto, junto das cenas mais fantasiosas e assustadoras, funciona muito e só ajuda a transformar o filme no melhor terror do ano até agora.

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  • Tyler Durden

    Gosto, consideravelmente, dos filmes da produtora Blumhouse, então quando vi a notícia do projeto de parceria entre a Amazon e a Blumhouse, onde seriam lançados vários filmes de terror no mês de outubro, me empolguei com a ideia. "Black Box", juntamente com "The Lie", foi adicionado hoje ao catálogo.

    A direção fica por conta de Emmanuel Osei-Kuffour, e, sinceramente, achei a sua direção um pouco morna e sem emoção. Ele não faz nada muito diferente aqui, enquadramentos sem muito propósito, cenas de terror sem muita sutileza; é o primeiro longa-metragem do diretor, e infelizmente não gostei muito de sua condução do filme, parece algo muito automático e sem vida, todas as cenas onde precisa-se de um certo apelo emocional para funcionarem, não funcionam. No entanto, a "criatura" interpretada por Troy James, um contorcionista bem famoso, gera uma sensação bem desconfortável de se assistir.

    O roteiro, também escrito por ele, já é um pouco mais interessante, explorando crise de identidade, pessoas que não sabem lidar com a perda e a má utilização da tecnologia. O primeiro ato do filme, foi o que mais me deixou fixado na tela, pois o espectador se sente desorientado, tal qual o protagonista, sem saber bem o que aconteceu no passado dele e o que significam as memórias acessadas através do aparelho. Mas, quando o filme começa a explicar o que aconteceu, eu achei a explicação da perda de memória do protagonista um pouco previsível, mas até gostei da razão principal daquilo acontecer. Em geral, é um roteiro que poderia facilmente ser um episódio de Black Mirror, mas infelizmente este aqui não gera o impacto e a intensidade da série, fazendo-o servir apenas como uma boa peça de entretenimento para os fãs de terror e sci-fi.

    O elenco está bem, em geral. Mamoudou Athie não entrega uma excelente performance, cheia de camadas e mais, mas consegue fazer criarmos empatia para com o seu personagem e gerar uma curiosidade sobre o que pode ter acontecido com ele. Amanda Christine está muito bem, interpretando a filha de Nolan, a preocupação e o amor que ela sente por seu pai são transmitidos de forma genuína. Tosin Morohunfola e Phylicia Rashad interpretam personagens que são um pouco unidimensionais, mas os atores fazem o possível e estão operantes.

    Tecnicamente, o filme não chama muito a atenção. A montagem dele é fluida, fazendo a trama não ser muito difícil de acompanhar. A fotografia não tem nada demais, e a trilha sonora parece algo reciclado de outros 1000 longa-metragens do gênero do terror, é algo absurdamente genérico.

    Mas, como um todo, "Black Box" gera um interesse por sua trama que se sustenta por boa parte do filme, tem um roteiro com potencial para ótimas ideias, mas acaba muitas vezes caindo no genérico, e não tendo coragem e nem impacto o suficiente para fazê-lo ser uma obra memorável. Dado isso, o filme acaba sendo uma boa pedida para entretenimento durante uma tarde de domingo, nada mais que isso.

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  • Jon
    Jon

    Muito obrigado pelas as indicações vou assistir todas.

  • Jon
    Jon

    Seja bem vindo !
    Tem algum filme ou serie para indicar ?

  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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