Só valeu porque gostei da personagem que tem uma pegada de "predadora sexual", empoderada sexualmente, com espelho no teto do quarto (<3) etc. De resto, não gostei.
São muitos os momentos em que os personagens usam psicotrópicos com o fim de baixar a guarda da consciência.
Eu que não sou grande fã do terror - porque as imagens sinistras às vezes ficam retidas em mim por mais tempo do que eu gostaria - achei o filme genial. Uma história macabra que se passa completamente à luz do dia, em pleno solstício de verão. Muitos dos personagens principais são antropólogos. Rumam em direção a uma comunidade pequena, com tradições muito rígidas e toda uma cosmogonia peculiar. Em meio a essa coletividade, os indivíduos são muito diminutos, muito pouco diferenciados; a parcela do social constitui a maior parte da identidade. O filme então constrói cenas belíssimas para revelar a força do coletivo. Recomendo :)
Bom filme. Que atuação a da protagonista! Seus silêncios são angustiantes! Ela quase não fala durante todo o filme. A comunicação é feita através das expressões de seu rosto.
Achei lindo! A fotografia com seus precipícios, rochedos e ondas quebrando na praia foi um deleite pros olhos. Gosto das sutilezas dos amores femininos, com atenção aos toques, aos olhares, às respirações ofegantes. Gostei também do silêncio que o filme impõe em muitas cenas, com a ausência de trilha sonora; os passos no piso de madeira ganham um ar mais sombrio, assim como o barulho do fogo crepitando e do pincel esfregando a tela.
Nunca tinha me interessado antes pelo livro, por me parecer "açucarado" demais, mas quis assistir ao filme por conta da Greta e da Saoirse. Adorei a personagem Jo March e a atuação da Saoirse! Me identifiquei com um dilema feminino ainda muito atual: recusar uma trajetória que tenha como ápice o casamento e a criação dos filhos e ao mesmo tempo querer afeto, querer compartilhar a vida com alguém, sem acabar, de alguma forma, enjaulada.
Aproveitando a Netflix, escolhi dar uma outra olhadinha em "Birdman", do Alejandro Iñarritu. E como estava falando do Aronofsky dia desses, lembrei muito de "Cisne Negro" enquanto acompanhava a angústia do personagem de Michael Keaton. A história me remeteu à luta obsessiva por reconhecimento que alguns indivíduos empreendem diante das pressões da vida moderna. Ser “alguém na vida”, ser lembrado, reconhecido, se sentir especial; ser considerado talentoso, original, “acima da média”, é um desejo que persegue a nós todos, em maior ou menor medida. Seja no mundo das artes, dos esportes ou mesmo na academia (sobretudo na academia... rs).
Num mundo em que tanta gente é legal, bonita, interessante, inteligente, ser alguém notável exige um esforço ainda maior. E aí isso me conecta ao sociólogo Georg Simmel, que escreveu, no começo do século anterior, sobre essas necessidades humanas tão elementares, no contexto das grandes metrópoles modernas. Michael Keaton flutuando com seu sobretudo pesado pelas ruas de NY, assediado e estimulado pela voz interna que sempre o acompanha e que lhe afirma: "é aqui que você merece estar, acima de todos eles", é "o indivíduo moderno lutando contra a mediocridade, contra a uniformização subjetiva a que somos todos submetidos pelo corpo social", Simmel parece me sussurrar, também, aos ouvidos, rs.
Me incomoda o uso constante de palavras que costumam denominar a mulher que exerce sua sexualidade livremente (whore, slut, etc). Enfim... O filme é interessante.
havia uma tensão sexual entre ele e a irmã? Algumas cenas me levaram a acreditar nisso, tipo quando ela fica na nua na frente dele sem nenhuma vergonha, e quando, depois que ela o flagra se masturbando, ele vai pra cima dela, numa tentativa de repreendê-la, e acaba ficando pelado. Pensei que o filme iria mostrar uma história de incesto ou que o filme iria mostrar que o incesto já havia acontecido no passado e talvez pudesse ser um dos fatores que havia desencadeado as duas personalidades tão conturbadas.
Os diálogos são muito fracos (parece que apenas 50 palavras são ditas no filme, rs). Mas, o recurso é válido se pretende retratar alguma coisa. Mas apesar de mostrar os horrores de certa realidade, o filme consegue ser MUITO sensual, o que faz com que essa a dureza da realidade seja, em alguns momentos, atenuada para o telespectador
Quando o Boeuf salva a garota de ser estrangulada pelo Chaney dando-lhe uma pedrada. O cara desmaia e os dois voltam suas atenções totalmente para o Cogburn e esquecem do bandido desmaiado, que logo mais irá atacá-los pelas costas...
Vocês não ficaram com a sufocante impressão de que a cultura monogâmica oprime e amordaça as pessoas? Sentia quase uma dor física nas cenas em que era explícito que alguém queria muito fazer uma coisa mas não PODIA.
Poucos filmes me fizeram lamentar realmente o fato de terem acabado. Incrível como algumas obras fazem com que o espectador teletransporte-se para o universo criado fazendo que o mesmo sinta um "baque" quando percebe que o filme acabou, que aquilo ali era apenas uma obra de ficção. Fiquei inclusive imaginando o que iria acontecer com a Vera dali em diante.
E pensei na possibilidade de a Vera começar um relacionamento com a Crsitina, já que no começo do filme, percebe-se que o Vicente se interessava por ela, mas não atendia aos gostos da Cristina já que ela era lésbica. Fiquei me perguntando se o Vicente/Vera sentiu algum prazer, alguma atração pelo seu "senhor". E me pergunto como deve ser a mente de alguém que foi transformado como um fantoche por um período de seis anos. Talvez seja natural que, visto que o Vicente/Vera foi exposto àquela contínua relação de submissão, o mesmo possa realmente ter encarnado o papel que lhe era atribuído.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista Agorareassisti hoje no Telecine e meu deus, que filme! que filme!
Crimes do Futuro
3.2 263 Assista AgoraFui a sexta pessoa a deixar a sala do cinema, rsrs.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraCara, como eu consigo dormir depois desse filme?
Instinto Selvagem
3.6 550 Assista AgoraSó valeu porque gostei da personagem que tem uma pegada de "predadora sexual", empoderada sexualmente, com espelho no teto do quarto (<3) etc. De resto, não gostei.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAcho que podemos considerar Midsommar (2019), do Ari Aster, um terror psicodélico.
São muitos os momentos em que os personagens usam psicotrópicos com o fim de baixar a guarda da consciência.
Antologia da Cidade Fantasma
3.1 8Bacurau canadense!
Cicatrizes
3.5 10Bom filme. Que atuação a da protagonista! Seus silêncios são angustiantes! Ela quase não fala durante todo o filme. A comunicação é feita através das expressões de seu rosto.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraAchei lindo! A fotografia com seus precipícios, rochedos e ondas quebrando na praia foi um deleite pros olhos. Gosto das sutilezas dos amores femininos, com atenção aos toques, aos olhares, às respirações ofegantes. Gostei também do silêncio que o filme impõe em muitas cenas, com a ausência de trilha sonora; os passos no piso de madeira ganham um ar mais sombrio, assim como o barulho do fogo crepitando e do pincel esfregando a tela.
A cena final com Vivaldi foi de arrepiar! Li alguém ali embaixo dizendo que a sequência final foi um orgasmo e foi mesmo! haha
Deixei o cinema e vi muita gente chorando, sobretudo casais de mulheres <3
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraNunca tinha me interessado antes pelo livro, por me parecer "açucarado" demais, mas quis assistir ao filme por conta da Greta e da Saoirse. Adorei a personagem Jo March e a atuação da Saoirse! Me identifiquei com um dilema feminino ainda muito atual: recusar uma trajetória que tenha como ápice o casamento e a criação dos filhos e ao mesmo tempo querer afeto, querer compartilhar a vida com alguém, sem acabar, de alguma forma, enjaulada.
Só achei mesmo forçado o romance com o professor no final.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraCaralho, to tonta!
Megarrromântico
3.1 565 Assista AgoraGostosinho <3
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraPercepção de uma cientista social, rs:
Aproveitando a Netflix, escolhi dar uma outra olhadinha em "Birdman", do Alejandro Iñarritu. E como estava falando do Aronofsky dia desses, lembrei muito de "Cisne Negro" enquanto acompanhava a angústia do personagem de Michael Keaton. A história me remeteu à luta obsessiva por reconhecimento que alguns indivíduos empreendem diante das pressões da vida moderna. Ser “alguém na vida”, ser lembrado, reconhecido, se sentir especial; ser considerado talentoso, original, “acima da média”, é um desejo que persegue a nós todos, em maior ou menor medida. Seja no mundo das artes, dos esportes ou mesmo na academia (sobretudo na academia... rs).
Num mundo em que tanta gente é legal, bonita, interessante, inteligente, ser alguém notável exige um esforço ainda maior. E aí isso me conecta ao sociólogo Georg Simmel, que escreveu, no começo do século anterior, sobre essas necessidades humanas tão elementares, no contexto das grandes metrópoles modernas. Michael Keaton flutuando com seu sobretudo pesado pelas ruas de NY, assediado e estimulado pela voz interna que sempre o acompanha e que lhe afirma: "é aqui que você merece estar, acima de todos eles", é "o indivíduo moderno lutando contra a mediocridade, contra a uniformização subjetiva a que somos todos submetidos pelo corpo social", Simmel parece me sussurrar, também, aos ouvidos, rs.
Enfim, recomendo muito :)
Em Nome de Deus
4.1 254 Assista AgoraPraticamente um campo de concentração...
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraAs trajetórias individuais vistas através de uma lente de aumento. Cada indivíduo traz consigo um percurso único.
A História de Adèle H.
3.9 129Nossa, me sinto triste e angustiada depois desse filme! Muito bom.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraMe incomoda o uso constante de palavras que costumam denominar a mulher que exerce sua sexualidade livremente (whore, slut, etc). Enfim... O filme é interessante.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraSerá que é muita piração minha ou
havia uma tensão sexual entre ele e a irmã? Algumas cenas me levaram a acreditar nisso, tipo quando ela fica na nua na frente dele sem nenhuma vergonha, e quando, depois que ela o flagra se masturbando, ele vai pra cima dela, numa tentativa de repreendê-la, e acaba ficando pelado. Pensei que o filme iria mostrar uma história de incesto ou que o filme iria mostrar que o incesto já havia acontecido no passado e talvez pudesse ser um dos fatores que havia desencadeado as duas personalidades tão conturbadas.
Cidade Baixa
3.4 356 Assista AgoraOs diálogos são muito fracos (parece que apenas 50 palavras são ditas no filme, rs). Mas, o recurso é válido se pretende retratar alguma coisa. Mas apesar de mostrar os horrores de certa realidade, o filme consegue ser MUITO sensual, o que faz com que essa a dureza da realidade seja, em alguns momentos, atenuada para o telespectador
(por mais que eu estremeça com a maneira como os dois a tratam em algumas falas e até quando ameaçam bater).
Muito Além do Cidadão Kane
4.1 344 Assista AgoraDeu saudade do Lula de antes de 2002.
Bravura Indômita
3.9 1,4K Assista AgoraÉ um bom filme, mas um pouco previsível demais em algumas cenas. Exemplo:
Quando o Boeuf salva a garota de ser estrangulada pelo Chaney dando-lhe uma pedrada. O cara desmaia e os dois voltam suas atenções totalmente para o Cogburn e esquecem do bandido desmaiado, que logo mais irá atacá-los pelas costas...
O Império dos Sentidos
3.3 304 Assista AgoraSenti angústia, muita angústia. Não via a hora do filme acabar... Que sofreguidão, nossa!
O Céu Que Nos Protege
3.7 85Há muitos spoilers nesta sinopse. Como é possível mudá-la?
Apenas uma Noite
3.5 787 Assista AgoraVocês não ficaram com a sufocante impressão de que a cultura monogâmica oprime e amordaça as pessoas? Sentia quase uma dor física nas cenas em que era explícito que alguém queria muito fazer uma coisa mas não PODIA.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraPoucos filmes me fizeram lamentar realmente o fato de terem acabado. Incrível como algumas obras fazem com que o espectador teletransporte-se para o universo criado fazendo que o mesmo sinta um "baque" quando percebe que o filme acabou, que aquilo ali era apenas uma obra de ficção. Fiquei inclusive imaginando o que iria acontecer com a Vera dali em diante.
E pensei na possibilidade de a Vera começar um relacionamento com a Crsitina, já que no começo do filme, percebe-se que o Vicente se interessava por ela, mas não atendia aos gostos da Cristina já que ela era lésbica. Fiquei me perguntando se o Vicente/Vera sentiu algum prazer, alguma atração pelo seu "senhor". E me pergunto como deve ser a mente de alguém que foi transformado como um fantoche por um período de seis anos. Talvez seja natural que, visto que o Vicente/Vera foi exposto àquela contínua relação de submissão, o mesmo possa realmente ter encarnado o papel que lhe era atribuído.