Jogos de Interesses é uma abordagem crítica de como as campanhas políticas são conduzidas nos Estados Unidos e dos dilemas morais envolvidos. O diretor William Guttentag retrata a busca de algumas pessoas por uma realidade melhor quando todo o ambiente político parece corrompido e destinado a empurrar quem está envolvido para os mesmos esquemas. Apesar do tema interessante e bem trabalhado, é um filme morno que, embora bem realizado, não apresenta grandes destaques do elenco à fotografia.
Kung Fu Panda 3 utiliza fórmula simples e conhecida quando se trata de animações. É um filme recheado de frases de efeito interessantes e com senso de humor doce e agradável. Tecnicamente é muito bem realizado. Porém, falta maior aprofundamento no aspecto dramático da história.
“Perseguição” é destaque entre os filmes de terror que apostam no voyeurismo para construir clima tenso e angustiante. O filme inova ao criar a impressão de estarmos vendo imagens filmadas através de uma webcam e propõe reflexão sobre a questão da privacidade e o avanço tecnológico. A partir disso, cria uma ameaça real. Ashley Benson está muito bem, num papel que é o pilar do filme.
Este telefilme exibido ao vivo é um remake alegre e charmoso com proposta diferenciada do clássico dos anos 70. Com ótima trilha sonora e bons atores, o filme cumpre o objetivo de entreter. Julianne Hough está bem no papel principal, mas Vanessa Hudgens se destaca, tanto cantando como atuando. A produção, caprichada em seus cenários e figurinos, proporciona um clima leve e descontraído.
O filme é uma história sensível sobre a fé e o amor de uma mãe na busca pelo filho que lhe foi retirado há 50 anos. Além disso, é uma crítica ao radicalismo que muitas vezes o sentimento religioso pode provocar. Os diálogos carregados de humor inglês amenizam o tom dramático da produção. A protagonista é uma mulher observadora, inteligente e equilibrada, interpretada por Judi Dench numa performance encantadora.
Às vezes cômico, às vezes deprimente, o filme de Scorsese é um retrato cruel do mundo do dinheiro e suas depravações. Sexo, drogas e corrupção são alguns dos resultados dessa busca pela fortuna. O fime é excessivamente longo e às vezes se perde em subtramas. Leonardo DiCaprio, no papel principal, oferece um personagem rico em sentimentos e sensações. Jonah Hill interpreta bem seu personagem tragicômico, mas nada que justifique uma indicação ao Oscar.
A trama de Que Horas Ela Volta? trata de situações rotineiras, mas consegue ser profundamente realista e impactante. Ao abordar nuances do relacionamento humano, focando nas regras tácitas do relacionamento entre patrões e empregados, a cineasta Anna Muylaert revela as máscaras que imperam nessas relações. Assim, tira o espectador de sua zona de conforto e o leva à reflexão. Regina Casé, em performance amplamente premiada mundo afora, está mesmo muito bem, em um papel típico da atriz.
Essa comédia romântica seria bem melhor se passasse por uma edição que reduzisse significativamente seu tempo de exibição. São quase duas horas de ritmo irregular e com final previsível. O que compromete consideravelmente o impacto da obra. O elenco é competente, contando com o carisma dos protagonistas e a veia cômica dos coadjuvantes. São eles quem sustenta o filme, que se perde várias vezes em montagens desnecessárias. Ainda assim, apesar dos esforços dos atores, este está longe de ser um romance tocante ou uma comédia verdadeiramente engraçada. A boa trilha sonora serve para minimizar os momentos redundantes de uma história que tinha potencial para muito mais. “Volverte a Ver” até cumpre seu objetivo de entreter, mas é em muitos momentos cansativo. Ao final, acaba sendo um passatempo inchado e pouco memorável.
“Os Sete Suspeitos” é um filme engenhoso que prende a atenção ao misturar comédia com suspense policial. Ao mesmo tempo ele satiriza e se inclui nesse último gênero. O roteiro sabe dosar a tensão e as muitas reviravoltas com bastante humor e se revela peça fundamental para o sucesso da obra. A ideia de apresentar finais alternativos, inovadora para a época, colabora para o tom de brincadeira e sátira estabelecido. Todos os desfechos apresentados são muitos bons, divertem e surpreendem, mas aquele que realmente aconteceu é sem dúvida o mais bem bolado. A parte cômica do filme chega a ser quase ingênua, ainda que por vezes tenha tom levemente crítico e malicioso, e consegue fazer rir bastante. O elenco está muito bem afinado com o humor um pouco surreal proposto. O destaque é coletivo e todas as composições beiram à caricatura, o que é perfeitamente adequado ao contexto, mas o intérpretes nunca erram a mão. Assim, os personagens do jogo ganham vida e se tornam indivíduos interessantes de serem acompanhados. A divertida trilha sonora e os cenários fiéis ao jogo em que o filme foi inspirado são pontos fortes. Os fãs do original certamente irão se deliciar ao ver cada elemento de cena sendo respeitado. Já a música instrumental reforça bem o humor peculiar do que está sendo assistido. “Os Sete Suspeitos” é um filme muito divertido e envolvente. Para quem gosta de histórias policiais como as escritas por Agatha Christie, é uma ótima pedida. A única lamentação é que as comédias de mistério tenham praticamente entrado em extinção.
Trata-se de um filme com roteiro bem amarrado e um elenco competente, mas que não consegue abandonar o rótulo de dispensável. A produção carece de mais agilidade e uma originalidade maior com relação à história. Porém, não deixa de ser uma boa opção para quem gosta de longas-metragens sobre máfia. A história se desenvolve sem grandes surpresas, mas consegue manter o interesse dos espectadores. É fácil querer saber o que vai acontecer ao final. Quando o desfecho chega, é exatamente aquilo que esperávamos, mas por ser coerente a previsibilidade acaba sendo perdoada. A fotografia e a trilha sonora com toques latinos se encaixam bem no clima de máfia da produção. Mais uma prova de que “Império” é um filme que se propõe seguir num caminho seguro. É uma pena que o resultado não tenha sido mais que morno.
O que poderia ser um retrato contundente da repressão feminina nos anos 60 acaba se perdendo em caricaturas irreais. O cineasta Tim Burton peca na indefinição entre drama e comédia, perdendo a oportunidade de explorar a densidade do roteiro. Enquanto Amy Adams mantém consistência no papel, Christoph Waltz se perde em alguns momentos diante da condução indecisa do diretor. Um dos destaques do filme é a reconstituição dos anos 60 através dos cenários e figurinos.
O filme é um drama sensível, maduro e equilibrado ao retratar problemas e paixões da adolescência. A direção de Filho e Cris D’Amato consegue extrair naturalidade e eficiência do jovem elenco. Sophia Abrahão surpreende e se destaca com o arco dramático mais maduro e melancólico. Se há um problema, é que a narrativa torna impraticável um aprofundamento maior nas situações. A boa edição e a trilha com músicas de Caetano Veloso são outros pontos fortes.
“Madea’s Witness Protection” é um filme leve e engraçadinho, mas que não chega a provocar gargalhadas. Mesmo com bons atores como Eugene Levy e Denise Richards no elenco, a obra não consegue explorar as ideias interessantes que surgem durante a projeção. São muitas as brincadeiras recheadas de potencial dirigidas pelo também ator Tyler Perry. O problema é que Perry confia demais em seu talento para caracterizações para dar forma a essas ideias e o resultado é um filme morno. Isso não significa que, como ator, Perry não dê conta do recado. Ele dá a vida a três personagens com a mesma marca humorística, mas consegue fazer o público esquecer de que se trata da mesma pessoa. A interpretação como Madea, ao mesmo tempo extrovertida e sem afetações, vai na contramão de outros astros em papéis femininos. É uma pena que a trama e o humor em si não se desenvolvam de maneira a, inclusive, aproveitar melhor o elenco.
O desejo desesperado de salvar a vida de um parente amado, ignorando os impactos negativos provocados em todos os envolvidos, é o tema principal deste belo drama. O filme mostra que mais importante que o câncer é o amor que une essa família. Com narrativa não linear, o filme poderia ter sido mais curto, pois às vezes tem ritmo lento. O elenco mostra-se impecável, principalmente nos momentos mais emocionantes da produção, com destaque para Cameron Diaz em um de seus raros papéis sérios. As belas fotografia e trilha sonora, principalmente nas cenas da praia, seguem o rumo tocante do roteiro.
Um filme capaz de arrancar risadas esporádicas, mas que, embora comece bem, acaba se perdendo completamente ao longo da projeção. De interessante, há apenas a crítica inteligente, embora debochada e estereotipada, da relação entre os estadunidenses e os povos do Oriente Médio. Em vários momentos, o filme ultrapassa os limites do besteirol e se revela de mau gosto.
Com uma história simples e em alguns pontos previsível, o filme se aprofunda nas diferentes reações humanas diante das situações apresentadas. Kate Bosworth se destaca ao representar uma personagem feminista, inteligente e culta.
O filme é uma comédia romântica com estrutura tradicional para o gênero, mas tem piadas e diálogos mais apimentados do que de costume. O diretor Robert Luketic soube misturar o tom açucarado comum em produção do tipo com um humor baseado em sexo e palavrões. A combinação, por mais improvável que possa parecer, acaba funcionando e resulta num bom passatempo. A obra defende que relacionamentos vão além da atração física, desmistificando estereótipos associados a homens e mulheres. É interessante presenciar o filme contradizendo aquele padrão sexista que ditou as regras de sua própria história. Claro que é previsível e isso pode desagradar a quem não gosta do gênero. Katherine Heigl e Gerard Butler mostram talento ao dar vida a um divertido casal estilo gato-e-rato. A química entre os dois é primordial para o sucesso da produção e se revela um ponto forte. Além disso, tendo o filme um tom mais de comédia do que é usual no gênero, ambos os intérpretes protagonizam, juntos ou separados, momentos realmente divertidos que beneficiam o resultado final. A trilha sonora e a fotografia, ainda que com opções manjadas, facilitam o clima alegre e o bom ritmo do filme. “A Verdade Nua e Crua” não quer reinventar a roda, mas é bem feito e consegue entreter. Uma opção agradável para quem gosta do estilo.
Plasticamente impecável, com fantástica recriação de época, "Valmont" já seria um filme envolvente se analisarmos apenas os cenários e figurinos. O texto, com boas doses de sensualidade e sarcasmo, se mantém primoroso. Annette Benning se destaca com a protagonista perversa. Segura, ela não se importa em mexer com sentimentos dos outros e, dentro da própria crueldade, exibe equilíbrio que a faz ter o controle dos jogos de intrigas que cria ao longo da trama. Colin Firth está bem, mas às vezes escorrega ao pesar a mão num tom romantizado que, em alguns momentos de excesso, tiram um pouco da consistência do personagem.
A primeira pergunta que vem à cabeça depois da subida dos créditos de “A Última Casa da Rua” é como um filme tão ruim conseguiu ter uma atriz de renome como Jennifer Lawrence no papel principal. Com pouco mais de vinte anos de idade, a jovem intérprete se firmou como o grande nome da nova geração de atores. Ela tem até um Oscar de melhor atriz na estante, fruto de sua interpretação em “O Lado Bom da Vida”. Seus filmes costumam ser aquele raro exemplo de obras que agradam à crítica na mesma proporção em que faturam nas bilheterias. É até natural que alguém que produz tanto tenha algumas manchas em seu currículo, podendo ser inclusive daquelas bem difíceis de serem esquecidas. Mas o fato é que a presença de Lawrence é o único elemento que eleva “A Última Casa da Rua” a um patamar um pouco superior ao de muitos suspenses de baixo escalão lançados direto em DVD. O cineasta Mark Tonderai se esforça em alguns pontos na tentativa de tornar esse suspense algo no mínimo interessante, mas carece de uma mão mais firme na direção. O roteiro escrito por David Loucka a partir do argumento de Jonathan Mostow é daqueles em que não faltam reviravoltas. Mas o resultado final descamba para um filme mais preocupado em ser chocante e surpreendente do que em envolver os espectadores em um clima de mistério. A consequência disso é que tudo soa morno e gratuito. “A Última Casa da Rua” não foge do convencional sequer na trilha sonora ou fotografia.
Uma comédia ao estilo besteirol despretensiosa, mas bastante divertida. O sexo, e as situações embaraçosas que ele pode criar, é o principal elemento do filme. O elenco, tanto o principal quanto o coadjuvante, é hábil na tentativa de gerar gargalhadas. Sem excessos, o filme se destina e cumpre o objetivo de fazer rir.
É um filme fascinante, uma homenagem aos delírios da mágica ilusionista. O roteiro envolvente convida o espectador a descobertas surpreendentes. A trama simples, mas bem desenvolvida, é a garantia do bom entretenimento. Os shows de mágica e os segredos por trás dos truques são o ponto alto do filme. A sintonia entre os quatro cavaleiros (Isla Fisher, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson e Dave Franco) leva o espectador a torcer por eles e recebe um contraponto dos competentes Morgan Freeman e Michael Caine. Mark Ruffalo e Melanie Laurent também estão bem como os agentes do FBI. A trilha sonora e a iluminação transformam o filme num grande espetáculo.
O filme trata do conflito entre os sentimentos nobres e as trapaças para a sobrevivência num mundo caótico. Assim, o que é real e o que é ilusão acabam se confundindo na cabeça dos protagonistas, mas não há dúvidas quanto aos sentimentos de amizade e amor. Todo o elenco mostra-se afinado com a proposta, mas Jennifer Lawrence se destaca por conseguir valorizar sua personagem ironicamente instável ao longo do filme. Sucessos dos anos 70 na trilha sonora dão um charme especial à competente reconstituição de época. Mas o filme, principalmente no início, poderia ter tido um ritmo mais ágil.
Uma história extremamente original, com desfecho surpreendente e muito melhor do que aquele que era esperado. O final faz todo o sentido e ainda emociona. O roteiro que não se cansa de brincar com as expectativas do público é o grande diferencial do filme. A atuação de Isla Fisher é importante para a compreensão da história e ela se sai admiravelmente bem. Abigail Breslin consegue cativar o público em pequenas aparições e tem papel importante na conclusão do filme. Ryan Reynolds conduz a história com eficiência, apesar de em alguns momentos ser ofuscado por Breslin. Os poucos lampejos de humor são inteligentes, principalmente quando mostram a curiosidade gerada nas crianças pela aula de educação sexual.
Uma continuação totalmente desnecessária, muito inferior a todos os outros e completamente sem graça. As piadas são bobas e não conseguem despertar o riso em nenhum momento. O roteiro não tem material suficiente para gerar um longa e acaba cansando, apesar da curta duração. Ashley Tisdale está péssima e não tem a naturalidade que tornava engraçada Anna Faris, antiga protagonista da franquia. A trilha sonora quase inexistente deixa tudo ainda mais chato. O roteiro não consegue extrair graça nem da presença curiosa de Lindsay Lohan e Charlie Sheen numa ponta.
Jogos de Interesses
2.3 11 Assista AgoraJogos de Interesses é uma abordagem crítica de como as campanhas políticas são conduzidas nos Estados Unidos e dos dilemas morais envolvidos. O diretor William Guttentag retrata a busca de algumas pessoas por uma realidade melhor quando todo o ambiente político parece corrompido e destinado a empurrar quem está envolvido para os mesmos esquemas. Apesar do tema interessante e bem trabalhado, é um filme morno que, embora bem realizado, não apresenta grandes destaques do elenco à fotografia.
Kung Fu Panda 3
3.6 309 Assista AgoraKung Fu Panda 3 utiliza fórmula simples e conhecida quando se trata de animações. É um filme recheado de frases de efeito interessantes e com senso de humor doce e agradável. Tecnicamente é muito bem realizado. Porém, falta maior aprofundamento no aspecto dramático da história.
Perseguição
2.3 206 Assista Agora“Perseguição” é destaque entre os filmes de terror que apostam no voyeurismo para construir clima tenso e angustiante. O filme inova ao criar a impressão de estarmos vendo imagens filmadas através de uma webcam e propõe reflexão sobre a questão da privacidade e o avanço tecnológico. A partir disso, cria uma ameaça real. Ashley Benson está muito bem, num papel que é o pilar do filme.
Grease: Ao Vivo
4.0 75 Assista AgoraEste telefilme exibido ao vivo é um remake alegre e charmoso com proposta diferenciada do clássico dos anos 70. Com ótima trilha sonora e bons atores, o filme cumpre o objetivo de entreter. Julianne Hough está bem no papel principal, mas Vanessa Hudgens se destaca, tanto cantando como atuando. A produção, caprichada em seus cenários e figurinos, proporciona um clima leve e descontraído.
Philomena
4.0 925 Assista AgoraO filme é uma história sensível sobre a fé e o amor de uma mãe na busca pelo filho que lhe foi retirado há 50 anos. Além disso, é uma crítica ao radicalismo que muitas vezes o sentimento religioso pode provocar. Os diálogos carregados de humor inglês amenizam o tom dramático da produção. A protagonista é uma mulher observadora, inteligente e equilibrada, interpretada por Judi Dench numa performance encantadora.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraÀs vezes cômico, às vezes deprimente, o filme de Scorsese é um retrato cruel do mundo do dinheiro e suas depravações. Sexo, drogas e corrupção são alguns dos resultados dessa busca pela fortuna. O fime é excessivamente longo e às vezes se perde em subtramas. Leonardo DiCaprio, no papel principal, oferece um personagem rico em sentimentos e sensações. Jonah Hill interpreta bem seu personagem tragicômico, mas nada que justifique uma indicação ao Oscar.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraA trama de Que Horas Ela Volta? trata de situações rotineiras, mas consegue ser profundamente realista e impactante. Ao abordar nuances do relacionamento humano, focando nas regras tácitas do relacionamento entre patrões e empregados, a cineasta Anna Muylaert revela as máscaras que imperam nessas relações. Assim, tira o espectador de sua zona de conforto e o leva à reflexão. Regina Casé, em performance amplamente premiada mundo afora, está mesmo muito bem, em um papel típico da atriz.
Volverte a Ver
3.2 45Essa comédia romântica seria bem melhor se passasse por uma edição que reduzisse significativamente seu tempo de exibição. São quase duas horas de ritmo irregular e com final previsível. O que compromete consideravelmente o impacto da obra. O elenco é competente, contando com o carisma dos protagonistas e a veia cômica dos coadjuvantes. São eles quem sustenta o filme, que se perde várias vezes em montagens desnecessárias. Ainda assim, apesar dos esforços dos atores, este está longe de ser um romance tocante ou uma comédia verdadeiramente engraçada. A boa trilha sonora serve para minimizar os momentos redundantes de uma história que tinha potencial para muito mais. “Volverte a Ver” até cumpre seu objetivo de entreter, mas é em muitos momentos cansativo. Ao final, acaba sendo um passatempo inchado e pouco memorável.
Os 7 Suspeitos
3.8 355 Assista Agora“Os Sete Suspeitos” é um filme engenhoso que prende a atenção ao misturar comédia com suspense policial. Ao mesmo tempo ele satiriza e se inclui nesse último gênero. O roteiro sabe dosar a tensão e as muitas reviravoltas com bastante humor e se revela peça fundamental para o sucesso da obra. A ideia de apresentar finais alternativos, inovadora para a época, colabora para o tom de brincadeira e sátira estabelecido. Todos os desfechos apresentados são muitos bons, divertem e surpreendem, mas aquele que realmente aconteceu é sem dúvida o mais bem bolado. A parte cômica do filme chega a ser quase ingênua, ainda que por vezes tenha tom levemente crítico e malicioso, e consegue fazer rir bastante. O elenco está muito bem afinado com o humor um pouco surreal proposto. O destaque é coletivo e todas as composições beiram à caricatura, o que é perfeitamente adequado ao contexto, mas o intérpretes nunca erram a mão. Assim, os personagens do jogo ganham vida e se tornam indivíduos interessantes de serem acompanhados. A divertida trilha sonora e os cenários fiéis ao jogo em que o filme foi inspirado são pontos fortes. Os fãs do original certamente irão se deliciar ao ver cada elemento de cena sendo respeitado. Já a música instrumental reforça bem o humor peculiar do que está sendo assistido. “Os Sete Suspeitos” é um filme muito divertido e envolvente. Para quem gosta de histórias policiais como as escritas por Agatha Christie, é uma ótima pedida. A única lamentação é que as comédias de mistério tenham praticamente entrado em extinção.
Império - Dois Mundos Colidem
3.0 9Trata-se de um filme com roteiro bem amarrado e um elenco competente, mas que não consegue abandonar o rótulo de dispensável. A produção carece de mais agilidade e uma originalidade maior com relação à história. Porém, não deixa de ser uma boa opção para quem gosta de longas-metragens sobre máfia. A história se desenvolve sem grandes surpresas, mas consegue manter o interesse dos espectadores. É fácil querer saber o que vai acontecer ao final. Quando o desfecho chega, é exatamente aquilo que esperávamos, mas por ser coerente a previsibilidade acaba sendo perdoada. A fotografia e a trilha sonora com toques latinos se encaixam bem no clima de máfia da produção. Mais uma prova de que “Império” é um filme que se propõe seguir num caminho seguro. É uma pena que o resultado não tenha sido mais que morno.
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisO que poderia ser um retrato contundente da repressão feminina nos anos 60 acaba se perdendo em caricaturas irreais. O cineasta Tim Burton peca na indefinição entre drama e comédia, perdendo a oportunidade de explorar a densidade do roteiro. Enquanto Amy Adams mantém consistência no papel, Christoph Waltz se perde em alguns momentos diante da condução indecisa do diretor. Um dos destaques do filme é a reconstituição dos anos 60 através dos cenários e figurinos.
Confissões de Adolescente
3.3 652O filme é um drama sensível, maduro e equilibrado ao retratar problemas e paixões da adolescência. A direção de Filho e Cris D’Amato consegue extrair naturalidade e eficiência do jovem elenco. Sophia Abrahão surpreende e se destaca com o arco dramático mais maduro e melancólico. Se há um problema, é que a narrativa torna impraticável um aprofundamento maior nas situações. A boa edição e a trilha com músicas de Caetano Veloso são outros pontos fortes.
As Testemunhas de Madea
2.7 9 Assista Agora“Madea’s Witness Protection” é um filme leve e engraçadinho, mas que não chega a provocar gargalhadas. Mesmo com bons atores como Eugene Levy e Denise Richards no elenco, a obra não consegue explorar as ideias interessantes que surgem durante a projeção. São muitas as brincadeiras recheadas de potencial dirigidas pelo também ator Tyler Perry. O problema é que Perry confia demais em seu talento para caracterizações para dar forma a essas ideias e o resultado é um filme morno. Isso não significa que, como ator, Perry não dê conta do recado. Ele dá a vida a três personagens com a mesma marca humorística, mas consegue fazer o público esquecer de que se trata da mesma pessoa. A interpretação como Madea, ao mesmo tempo extrovertida e sem afetações, vai na contramão de outros astros em papéis femininos. É uma pena que a trama e o humor em si não se desenvolvam de maneira a, inclusive, aproveitar melhor o elenco.
Uma Prova de Amor
4.2 2,9K Assista AgoraO desejo desesperado de salvar a vida de um parente amado, ignorando os impactos negativos provocados em todos os envolvidos, é o tema principal deste belo drama. O filme mostra que mais importante que o câncer é o amor que une essa família. Com narrativa não linear, o filme poderia ter sido mais curto, pois às vezes tem ritmo lento. O elenco mostra-se impecável, principalmente nos momentos mais emocionantes da produção, com destaque para Cameron Diaz em um de seus raros papéis sérios. As belas fotografia e trilha sonora, principalmente nas cenas da praia, seguem o rumo tocante do roteiro.
Zohan: O Agente Bom de Corte
2.5 957 Assista AgoraUm filme capaz de arrancar risadas esporádicas, mas que, embora comece bem, acaba se perdendo completamente ao longo da projeção. De interessante, há apenas a crítica inteligente, embora debochada e estereotipada, da relação entre os estadunidenses e os povos do Oriente Médio. Em vários momentos, o filme ultrapassa os limites do besteirol e se revela de mau gosto.
A V!da Acontece
3.1 106 Assista AgoraCom uma história simples e em alguns pontos previsível, o filme se aprofunda nas diferentes reações humanas diante das situações apresentadas. Kate Bosworth se destaca ao representar uma personagem feminista, inteligente e culta.
A Verdade Nua e Crua
3.5 2,1K Assista AgoraO filme é uma comédia romântica com estrutura tradicional para o gênero, mas tem piadas e diálogos mais apimentados do que de costume. O diretor Robert Luketic soube misturar o tom açucarado comum em produção do tipo com um humor baseado em sexo e palavrões. A combinação, por mais improvável que possa parecer, acaba funcionando e resulta num bom passatempo. A obra defende que relacionamentos vão além da atração física, desmistificando estereótipos associados a homens e mulheres. É interessante presenciar o filme contradizendo aquele padrão sexista que ditou as regras de sua própria história. Claro que é previsível e isso pode desagradar a quem não gosta do gênero. Katherine Heigl e Gerard Butler mostram talento ao dar vida a um divertido casal estilo gato-e-rato. A química entre os dois é primordial para o sucesso da produção e se revela um ponto forte. Além disso, tendo o filme um tom mais de comédia do que é usual no gênero, ambos os intérpretes protagonizam, juntos ou separados, momentos realmente divertidos que beneficiam o resultado final. A trilha sonora e a fotografia, ainda que com opções manjadas, facilitam o clima alegre e o bom ritmo do filme. “A Verdade Nua e Crua” não quer reinventar a roda, mas é bem feito e consegue entreter. Uma opção agradável para quem gosta do estilo.
Valmont: Uma História de Seduções
3.3 44 Assista AgoraPlasticamente impecável, com fantástica recriação de época, "Valmont" já seria um filme envolvente se analisarmos apenas os cenários e figurinos. O texto, com boas doses de sensualidade e sarcasmo, se mantém primoroso. Annette Benning se destaca com a protagonista perversa. Segura, ela não se importa em mexer com sentimentos dos outros e, dentro da própria crueldade, exibe equilíbrio que a faz ter o controle dos jogos de intrigas que cria ao longo da trama. Colin Firth está bem, mas às vezes escorrega ao pesar a mão num tom romantizado que, em alguns momentos de excesso, tiram um pouco da consistência do personagem.
A Última Casa da Rua
3.0 1,6K Assista AgoraA primeira pergunta que vem à cabeça depois da subida dos créditos de “A Última Casa da Rua” é como um filme tão ruim conseguiu ter uma atriz de renome como Jennifer Lawrence no papel principal. Com pouco mais de vinte anos de idade, a jovem intérprete se firmou como o grande nome da nova geração de atores. Ela tem até um Oscar de melhor atriz na estante, fruto de sua interpretação em “O Lado Bom da Vida”. Seus filmes costumam ser aquele raro exemplo de obras que agradam à crítica na mesma proporção em que faturam nas bilheterias. É até natural que alguém que produz tanto tenha algumas manchas em seu currículo, podendo ser inclusive daquelas bem difíceis de serem esquecidas. Mas o fato é que a presença de Lawrence é o único elemento que eleva “A Última Casa da Rua” a um patamar um pouco superior ao de muitos suspenses de baixo escalão lançados direto em DVD. O cineasta Mark Tonderai se esforça em alguns pontos na tentativa de tornar esse suspense algo no mínimo interessante, mas carece de uma mão mais firme na direção. O roteiro escrito por David Loucka a partir do argumento de Jonathan Mostow é daqueles em que não faltam reviravoltas. Mas o resultado final descamba para um filme mais preocupado em ser chocante e surpreendente do que em envolver os espectadores em um clima de mistério. A consequência disso é que tudo soa morno e gratuito. “A Última Casa da Rua” não foge do convencional sequer na trilha sonora ou fotografia.
Tudo Para Ficar Com Ele
3.0 685 Assista AgoraUma comédia ao estilo besteirol despretensiosa, mas bastante divertida. O sexo, e as situações embaraçosas que ele pode criar, é o principal elemento do filme. O elenco, tanto o principal quanto o coadjuvante, é hábil na tentativa de gerar gargalhadas. Sem excessos, o filme se destina e cumpre o objetivo de fazer rir.
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraÉ um filme fascinante, uma homenagem aos delírios da mágica ilusionista. O roteiro envolvente convida o espectador a descobertas surpreendentes. A trama simples, mas bem desenvolvida, é a garantia do bom entretenimento. Os shows de mágica e os segredos por trás dos truques são o ponto alto do filme. A sintonia entre os quatro cavaleiros (Isla Fisher, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson e Dave Franco) leva o espectador a torcer por eles e recebe um contraponto dos competentes Morgan Freeman e Michael Caine. Mark Ruffalo e Melanie Laurent também estão bem como os agentes do FBI. A trilha sonora e a iluminação transformam o filme num grande espetáculo.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraO filme trata do conflito entre os sentimentos nobres e as trapaças para a sobrevivência num mundo caótico. Assim, o que é real e o que é ilusão acabam se confundindo na cabeça dos protagonistas, mas não há dúvidas quanto aos sentimentos de amizade e amor. Todo o elenco mostra-se afinado com a proposta, mas Jennifer Lawrence se destaca por conseguir valorizar sua personagem ironicamente instável ao longo do filme. Sucessos dos anos 70 na trilha sonora dão um charme especial à competente reconstituição de época. Mas o filme, principalmente no início, poderia ter tido um ritmo mais ágil.
Três Vezes Amor
3.6 710 Assista AgoraUma história extremamente original, com desfecho surpreendente e muito melhor do que aquele que era esperado. O final faz todo o sentido e ainda emociona. O roteiro que não se cansa de brincar com as expectativas do público é o grande diferencial do filme. A atuação de Isla Fisher é importante para a compreensão da história e ela se sai admiravelmente bem. Abigail Breslin consegue cativar o público em pequenas aparições e tem papel importante na conclusão do filme. Ryan Reynolds conduz a história com eficiência, apesar de em alguns momentos ser ofuscado por Breslin. Os poucos lampejos de humor são inteligentes, principalmente quando mostram a curiosidade gerada nas crianças pela aula de educação sexual.
Todo Mundo em Pânico 5
1.9 1,6KUma continuação totalmente desnecessária, muito inferior a todos os outros e completamente sem graça. As piadas são bobas e não conseguem despertar o riso em nenhum momento. O roteiro não tem material suficiente para gerar um longa e acaba cansando, apesar da curta duração. Ashley Tisdale está péssima e não tem a naturalidade que tornava engraçada Anna Faris, antiga protagonista da franquia. A trilha sonora quase inexistente deixa tudo ainda mais chato. O roteiro não consegue extrair graça nem da presença curiosa de Lindsay Lohan e Charlie Sheen numa ponta.