Um filme com tantas piadas recicladas da internet e do meio gay que fiquei esperando alguém fazer uma piada sobre como a Tamara parece um pouco a Lana del Rey. Algumas piadas são repetitivas demais, outras realmente funcionam, mas este é um conto de fadas gay que reforça esteriótipos, bate nas mesmas teclas e segue todas as fórmulas de um filme de romance convencional. As tentativas de críticas à hipocrisia do meio gay e do desgate de aplicativos de relacionamento são plausíveis, mas já batidas, soa apenas como um copia e cola do manual das boas práticas institucionalizado pelos próprios gays. No geral, é uma história pouco convincente e voltada para o nicho do nicho, mas diverte momentaneamente.
Conversations With a Killer é um ótimo projeto do Joe Berlinger em parceria com a Netflix, essa dupla vem rendendo ótimos trabalhos. A ideia de montar toda uma estrutura narrativa da linha do tempo de um serial killer com base em depoimentos gravados em fitas de áudio até então sigilosas é impressionante. Desde The Ted Bundy Tapes, quando a Netflix estava se estabelecendo como uma potência na produção de conteúdo true crime de qualidade, algo me dizia que mais cedo ou mais tarde a história do Jeffrey Dahmer seria trazida à tona (considerando que até hoje esse é um dos maiores nomes dentro da criminologia estadunidense), esse momento chegou e coincidentemente foi pelas mãos do Berlinger também. Essa é uma história que sempre traz muito impacto emocional, não importa quantas vezes seja contada, e o Berlinger segue a mesma fórmula das temporadas anteriores: muitas imagens de arquivo, contexto político-social, entrevistas, dramatizações sutis e não invasivas e uma edição bem afiada, eu não esperava menos do cara que fez a trilogia Paradise Lost. Não sei como foram as negociações nos bastidores, mas gostaria de ter visto mais sobre as vítimas e as famílias. Não tem como controlar as emoções após aquele "in memorian" nos segundos finais.
Confesso que não sou muito emotivo, mas não consegui passar incólume ao maravilhoso The Rescue, filme de documentário que acompanha a perigosa missão de resgate dos garotos que ficaram presos numa caverna submersa na Tailândia, em 2018. Eu preciso que este filme seja indicado ao Oscar 2022 de Melhor Documentário. Já é o meu preferido da temporada, por enquanto.
Eu adoro filmes apocalípticos, são tensos e intrigantes, mas sempre distantes da realidade, no entanto, algo em Don’t Look Up me acertou de um jeito diferente. Debaixo do grande exagero caricatural do filme, há muitas camadas políticas e sociais relevantes, urgentes e atuais, diria até que seria quase impossível abordar tantos paralelos com o mundo de hoje sem o humor ácido e absurdo quando pensamos em negacionistas, terraplanistas, engajamentos midiáticos supérfluos, política de alienação e tantos descrentes na ciência e no jornalismo. O mundo caótico criado aqui serve perfeitamente para o Brasil também. A mensagem final fica engasgada na garganta. Valeu a pena a longa espera.
O trabalho de fotografia dispensa comentários, há vários planos abertos que escancaram a magnitude e a beleza das paisagens urbanas de algumas cidades dos Estados Unidos, a prosperidade, a riqueza e o luxo estão presentes e tudo é contraposto às incontáveis fileiras de barracas e moradias improvisadas de pessoas necessitadas que lotam as ruas destes grandes centros urbanos. O filme está aqui para dar voz a estas pessoas invisíveis.
Lindo e tocante, este curta chinês de animação aborda a política injusta de controle de natalidade da China sob o ponto de vista de duas crianças, com um toque de fantasia e folclore local (creio eu). A representatividade da natureza e da vida pacata no interior se faz presente e o trabalho de edição e mixagem de som são extremamente agradáveis. O estilo lúdico e colorido de animação me fez lembrar os curtas sobre lendas indígenas que eu passo para os meus alunos todos os anos.
Excelente documentário de animação que abre espaço para Amin, um homem afegão refugiado, contar sua história de vida e suas lembranças da infância quando fugiu do Afeganistão com sua família. O estilo da animação varia entre uma estética sóbria e fria a um emaranhado de figuras disformes de acordo com a intensidade das lembranças de Amin, a animação também é usada para o sigilo e preservação da identidade original do rapaz. Me lembrou muito um outro excelente documentário, Welcome to Chechnya, que também conta uma história sobre pessoas desesperadas em fuga e que tiveram suas identidades preservadas através de tecnologia deep fake.
Essa história das parentes da Jackie Keneddy é surreal demais, é triste ver a decadência dessas duas mulheres, a mansão em ruínas, a mãe idosa que não tem mais condições de viver ativamente, a filha com notáveis problemas psicológicos característicos de pessoas acumuladoras, o abandono, a solidão, a sujeira, a falta de dignidade, os arrependimentos do passado. É também curiosa a sensação de assistir um documentário que foi lançado há 46 anos sobre pessoas passando por dificuldades e que já não estão mais aqui, é como transcender o espaço e o tempo. Ótimo filme, não deixa de ser uma lição de vida nua e crua. Aliás, o filme só reforça o quanto a Jessica Lange e a Drew Barrymore estavam ótimas na dramatização de 2009.
Que história assustadora! O novo documentário true crime da Netflix conta sobre o recente caso dos 11 membros de uma mesma família encontrados mortos na capital da Índia, Nova Delhi, em 2018, de forma inexplicável e duvidosa. Esta história é como uma mistura do caso francês Dupont de Ligonnès (contado no episódio “House of Terror” da excelente série documental Unsolved Mysteries, da Netflix) com a inesquecível tragédia na longínqua Jonestown, em 1978, e uma pitada adicional de Agatha Christie, sendo esta série um espaço para a reflexão e a reconstituição dos fatos para entendermos o que aconteceu com estas 11 pessoas e qual a verdade por trás do mistério de suas mortes. Perturbador, controverso e polêmico, o doc traz à tona temas como suicídio, fanatismo, saúde mental, fé e submissão. Vale a pena conhecer a história desta família.
Ótima primeira metade, a premissa de entidade perseguidora tinha tudo para dar certo, mas perde força com a trama da seita satânica na segunda metade. Uma pena.
Estava com saudades dessa franquia, adoro os dois primeiros filmes. Neste aqui temos a tecnofobia como um dos fios condutores das histórias, é um tema que eu gosto muito em filmes de terror e que ganhou novos ares com o J-horror entre os anos 90 e 2000, inclusive a estética analógica aqui lembra bastante os filmes japoneses de terror dessa época. Meus segmentos preferidos foram “Storm Drain” e “The Empty Wake”. A Shudder bem que podia fazer uma série dessa franquia.
Temos aqui um filme muito interessante que traz representações, reflexões e simbolismos sobre morte, luto, depressão, negação, misticismos, ceticismos e o pós-vida. A protagonista interpretada pela Rebecca Hall exige muito emocionalmente, e ela entrega tudo, ela põe para fora todas as facetas de uma mulher em crise e em busca de explicações de algo inexplicável. Que saudades de ver a Rebecca em cena! Há uma mistura de horror e thriller aqui que não funciona muito bem, a transição entre ambos os gêneros acontece de forma pouco orgânica, reproduzindo algumas sequencias dissonantes. Em compensação, há muitas virtudes que fazem valer muito a pena o ingresso, o horror aqui mora nos detalhes, nos ruídos, nas sombras, nas palavras, nas ideias, o filme trabalha com a manifestação de uma presença sombria que acontece de forma bastante inventiva e assustadora, aliás, a força motriz de The Night House é algo bem aterrorizante, confesso que fiquei arrepiado quando o filme mostrou todas as suas cartas. Para piorar, eu estava sozinho no cinema, o que deixou a experiência ainda mais intensa. Só de lembrar daqueles minutos finais... Daquela voz... Daquele ser...
Muitos estão falando que este é o documentário definitivo sobre o 11 de setembro e eu não poderia concordar mais. Nunca vi uma abordagem sobre este atentado terrorista tão próxima, real e fidedigna quanto a que é mostrada aqui em "9/11: One Day in America", é como assistir o desastre pelos olhos daquelas pessoas que estavam no olho do furacão. O objetivo aqui é reconstruir aquele dia, hora a hora, minuto a minuto, tijolo por tijolo, seguindo toda trajetória da tragédia e trazendo coletâneas de imagens e filmagens tão ricas, poderosas e emblemáticas que o processo de assisti-las chega a ser vertiginoso. Imagens amadoras, imagens jornalísticas, imagens profissionais das equipes de resgate, imagens de câmeras descartáveis, tudo é usado aqui, é um trabalho extraordinário de pesquisa e montagem feito pela National Geographic e pelo 9/11 Memorial & Museum, espero que esta série seja reconhecida na próxima temporada de premiações. Enfatizo também o valor histórico e simbólico dos segmentos envolvendo as equipes de resgate que foram muito bem acompanhados e registrados, mesmo sob extrema situação de risco. Aqui não se fala em motivo, não se fala em porquês, acho que sequer o nome "Osama Bin Laden" é mencionado, o espaço aqui é todo das vítimas, tanto as que se foram, quanto as que ficaram para contar suas histórias, suas perdas, seus milagres, o fio condutor de todo o documentário é justamente o resgate da experiência em tempo real dos que voltaram e dos que pereceram. Só não dou nota máxima porque senti falta de mais espaço para o desenvolvimento do ataque ao Pentágono e da queda do Voo 93. Ainda assim, este doc superou com folga o Turning Point da Netflix, que também é muito bom e serve como um excelente complemento sobre o contexto político em que o atentado se desenvolveu. Espero que ambos recebam mais reconhecimento porque são produções de valor inestimável.
Ótima série de documentário que mostra o antes, o durante e o depois do atentado terrorista em 11 de setembro de 2001, expondo todo o plano de fundo político que desencadeou este marco histórico e as muitas falhas do governo americano em lidar com a tragédia. Mesmo após 20 anos, esta guerra ainda está longe de acabar. Fiquei impressionado com a riqueza de detalhes e arquivos de imagens que são usados aqui, excelente trabalho de edição, narrativa e organização da linha do tempo. Há muitas questões de são levantadas aqui para reflexão de forma justa, sensata e relevante, não sendo este apenas mais um título que “chove no molhado”.
Ressalto também o trabalho primoroso do episódio “A Place of Danger”, é como acompanhar um filme de terror em tempo real, com filmagens de diversos ângulos e perspectivas daquela manhã de setembro, é uma experiência tão imersiva que chega a ser sufocante e assustadora, é como estar lá.
Em 2020 a Globoplay lançou sua versão da polêmica história do médium João de Deus na excelente docussérie "Em Nome de Deus", poucos meses depois a Netflix traz também sua versão com "João de Deus: Cura e Crime", que não é tão completo e abrangente quanto o da Globoplay, mas traz novos pontos de vista muito válidos desta história horrorosa. Ambos os documentários carecem de um aprofundamento e desenvolvimento do ponto-chave desta história que levou João de Deus chegar onde chegou: a procedência das curas, ou supostas curas, espirituais. A Netflix adota aqui um tom mais poético e íntimo em sua narrativa, algumas tomadas de cena me lembraram de longe (bem de longe) o estilo do diretor documentarista Werner Herzog, em contrapartida, o doc da Globoplay parte de uma abordagem mais jornalística e ambos se complementam muito bem.
Até hoje acho essa história surreal demais para ser verdade, mais absurda que muitos roteiros de filmes de terror, ainda mais porque revela uma faceta da Allison Mack jamais antes vista em sua personagem Chloe Sullivan de Smallville, que sempre foi minha série preferida. Como fã, foi um choque muito grande quando estas revelações explodiram na internet. Apesar da história da seita NXIVM já ter sido contada no documentário The Vow da HBO, Seduced traz à tona novos pontos de vista de forma bem mais incisiva, direta e pessoal, dando destaque aos depoimentos de uma das peças-chave deste escândalo: India Oxenberg. Ambas as produções, da HBO e da Starz, se complementam muito bem e são uma boa pedida para quem se interessa por histórias sobre líderes de seitas e seguidores fanáticos.
Cansativo, autorreferencial demais, mal iluminado e mais uma vez todos os personagens deduzindo soluções exatas o tempo inteiro. Filmes/séries de terror atuais que se passam nos anos 70, 80, 90 difícilmente conseguem evocar a alma dos originais sem cair numa romantização nostálgica exagerada e num melodrama fantasioso e forçado. Fear Street 1994 e 1978 fazem parte destes casos, faltou identidade no projeto. Quem sabe 1666 traga mais originalidade.
Mais Que Amigos
3.3 139 Assista AgoraUm filme com tantas piadas recicladas da internet e do meio gay que fiquei esperando alguém fazer uma piada sobre como a Tamara parece um pouco a Lana del Rey. Algumas piadas são repetitivas demais, outras realmente funcionam, mas este é um conto de fadas gay que reforça esteriótipos, bate nas mesmas teclas e segue todas as fórmulas de um filme de romance convencional. As tentativas de críticas à hipocrisia do meio gay e do desgate de aplicativos de relacionamento são plausíveis, mas já batidas, soa apenas como um copia e cola do manual das boas práticas institucionalizado pelos próprios gays. No geral, é uma história pouco convincente e voltada para o nicho do nicho, mas diverte momentaneamente.
Bobby: ain mas vc só gosta de homem padrão
also Bobby: *passa o filme todo correndo atrás de um*
Conversando Com Um Serial Killer: O Canibal de Milwaukee
4.0 64 Assista AgoraConversations With a Killer é um ótimo projeto do Joe Berlinger em parceria com a Netflix, essa dupla vem rendendo ótimos trabalhos. A ideia de montar toda uma estrutura narrativa da linha do tempo de um serial killer com base em depoimentos gravados em fitas de áudio até então sigilosas é impressionante. Desde The Ted Bundy Tapes, quando a Netflix estava se estabelecendo como uma potência na produção de conteúdo true crime de qualidade, algo me dizia que mais cedo ou mais tarde a história do Jeffrey Dahmer seria trazida à tona (considerando que até hoje esse é um dos maiores nomes dentro da criminologia estadunidense), esse momento chegou e coincidentemente foi pelas mãos do Berlinger também. Essa é uma história que sempre traz muito impacto emocional, não importa quantas vezes seja contada, e o Berlinger segue a mesma fórmula das temporadas anteriores: muitas imagens de arquivo, contexto político-social, entrevistas, dramatizações sutis e não invasivas e uma edição bem afiada, eu não esperava menos do cara que fez a trilogia Paradise Lost. Não sei como foram as negociações nos bastidores, mas gostaria de ter visto mais sobre as vítimas e as famílias. Não tem como controlar as emoções após aquele "in memorian" nos segundos finais.
The Rescue
4.2 24 Assista AgoraConfesso que não sou muito emotivo, mas não consegui passar incólume ao maravilhoso The Rescue, filme de documentário que acompanha a perigosa missão de resgate dos garotos que ficaram presos numa caverna submersa na Tailândia, em 2018. Eu preciso que este filme seja indicado ao Oscar 2022 de Melhor Documentário. Já é o meu preferido da temporada, por enquanto.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraEu adoro filmes apocalípticos, são tensos e intrigantes, mas sempre distantes da realidade, no entanto, algo em Don’t Look Up me acertou de um jeito diferente. Debaixo do grande exagero caricatural do filme, há muitas camadas políticas e sociais relevantes, urgentes e atuais, diria até que seria quase impossível abordar tantos paralelos com o mundo de hoje sem o humor ácido e absurdo quando pensamos em negacionistas, terraplanistas, engajamentos midiáticos supérfluos, política de alienação e tantos descrentes na ciência e no jornalismo. O mundo caótico criado aqui serve perfeitamente para o Brasil também. A mensagem final fica engasgada na garganta. Valeu a pena a longa espera.
Onde Eu Moro
3.4 71 Assista AgoraO trabalho de fotografia dispensa comentários, há vários planos abertos que escancaram a magnitude e a beleza das paisagens urbanas de algumas cidades dos Estados Unidos, a prosperidade, a riqueza e o luxo estão presentes e tudo é contraposto às incontáveis fileiras de barracas e moradias improvisadas de pessoas necessitadas que lotam as ruas destes grandes centros urbanos. O filme está aqui para dar voz a estas pessoas invisíveis.
Step Into the River
3.2 3Lindo e tocante, este curta chinês de animação aborda a política injusta de controle de natalidade da China sob o ponto de vista de duas crianças, com um toque de fantasia e folclore local (creio eu). A representatividade da natureza e da vida pacata no interior se faz presente e o trabalho de edição e mixagem de som são extremamente agradáveis. O estilo lúdico e colorido de animação me fez lembrar os curtas sobre lendas indígenas que eu passo para os meus alunos todos os anos.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraEstou completamente apaixonado por TODAS as mulheres desse filme!!!!
All Too Well: The Short Film
4.2 43Supera mulher
Flee: Nenhum Lugar Para Chamar de Lar
4.3 129 Assista AgoraExcelente documentário de animação que abre espaço para Amin, um homem afegão refugiado, contar sua história de vida e suas lembranças da infância quando fugiu do Afeganistão com sua família. O estilo da animação varia entre uma estética sóbria e fria a um emaranhado de figuras disformes de acordo com a intensidade das lembranças de Amin, a animação também é usada para o sigilo e preservação da identidade original do rapaz. Me lembrou muito um outro excelente documentário, Welcome to Chechnya, que também conta uma história sobre pessoas desesperadas em fuga e que tiveram suas identidades preservadas através de tecnologia deep fake.
Grey Gardens
4.3 105Essa história das parentes da Jackie Keneddy é surreal demais, é triste ver a decadência dessas duas mulheres, a mansão em ruínas, a mãe idosa que não tem mais condições de viver ativamente, a filha com notáveis problemas psicológicos característicos de pessoas acumuladoras, o abandono, a solidão, a sujeira, a falta de dignidade, os arrependimentos do passado. É também curiosa a sensação de assistir um documentário que foi lançado há 46 anos sobre pessoas passando por dificuldades e que já não estão mais aqui, é como transcender o espaço e o tempo. Ótimo filme, não deixa de ser uma lição de vida nua e crua. Aliás, o filme só reforça o quanto a Jessica Lange e a Drew Barrymore estavam ótimas na dramatização de 2009.
O Mistério das Mortes de Burari
3.7 44 Assista AgoraQue história assustadora! O novo documentário true crime da Netflix conta sobre o recente caso dos 11 membros de uma mesma família encontrados mortos na capital da Índia, Nova Delhi, em 2018, de forma inexplicável e duvidosa. Esta história é como uma mistura do caso francês Dupont de Ligonnès (contado no episódio “House of Terror” da excelente série documental Unsolved Mysteries, da Netflix) com a inesquecível tragédia na longínqua Jonestown, em 1978, e uma pitada adicional de Agatha Christie, sendo esta série um espaço para a reflexão e a reconstituição dos fatos para entendermos o que aconteceu com estas 11 pessoas e qual a verdade por trás do mistério de suas mortes. Perturbador, controverso e polêmico, o doc traz à tona temas como suicídio, fanatismo, saúde mental, fé e submissão. Vale a pena conhecer a história desta família.
O Mensageiro do Último Dia
2.6 163 Assista AgoraÓtima primeira metade, a premissa de entidade perseguidora tinha tudo para dar certo, mas perde força com a trama da seita satânica na segunda metade. Uma pena.
V/H/S/94
2.8 144 Assista AgoraEstava com saudades dessa franquia, adoro os dois primeiros filmes. Neste aqui temos a tecnofobia como um dos fios condutores das histórias, é um tema que eu gosto muito em filmes de terror e que ganhou novos ares com o J-horror entre os anos 90 e 2000, inclusive a estética analógica aqui lembra bastante os filmes japoneses de terror dessa época. Meus segmentos preferidos foram “Storm Drain” e “The Empty Wake”. A Shudder bem que podia fazer uma série dessa franquia.
A Casa Sombria
3.3 394 Assista AgoraTemos aqui um filme muito interessante que traz representações, reflexões e simbolismos sobre morte, luto, depressão, negação, misticismos, ceticismos e o pós-vida. A protagonista interpretada pela Rebecca Hall exige muito emocionalmente, e ela entrega tudo, ela põe para fora todas as facetas de uma mulher em crise e em busca de explicações de algo inexplicável. Que saudades de ver a Rebecca em cena! Há uma mistura de horror e thriller aqui que não funciona muito bem, a transição entre ambos os gêneros acontece de forma pouco orgânica, reproduzindo algumas sequencias dissonantes. Em compensação, há muitas virtudes que fazem valer muito a pena o ingresso, o horror aqui mora nos detalhes, nos ruídos, nas sombras, nas palavras, nas ideias, o filme trabalha com a manifestação de uma presença sombria que acontece de forma bastante inventiva e assustadora, aliás, a força motriz de The Night House é algo bem aterrorizante, confesso que fiquei arrepiado quando o filme mostrou todas as suas cartas. Para piorar, eu estava sozinho no cinema, o que deixou a experiência ainda mais intensa. Só de lembrar daqueles minutos finais... Daquela voz... Daquele ser...
Memórias do 11-9
4.5 14 Assista AgoraMuitos estão falando que este é o documentário definitivo sobre o 11 de setembro e eu não poderia concordar mais. Nunca vi uma abordagem sobre este atentado terrorista tão próxima, real e fidedigna quanto a que é mostrada aqui em "9/11: One Day in America", é como assistir o desastre pelos olhos daquelas pessoas que estavam no olho do furacão. O objetivo aqui é reconstruir aquele dia, hora a hora, minuto a minuto, tijolo por tijolo, seguindo toda trajetória da tragédia e trazendo coletâneas de imagens e filmagens tão ricas, poderosas e emblemáticas que o processo de assisti-las chega a ser vertiginoso. Imagens amadoras, imagens jornalísticas, imagens profissionais das equipes de resgate, imagens de câmeras descartáveis, tudo é usado aqui, é um trabalho extraordinário de pesquisa e montagem feito pela National Geographic e pelo 9/11 Memorial & Museum, espero que esta série seja reconhecida na próxima temporada de premiações. Enfatizo também o valor histórico e simbólico dos segmentos envolvendo as equipes de resgate que foram muito bem acompanhados e registrados, mesmo sob extrema situação de risco. Aqui não se fala em motivo, não se fala em porquês, acho que sequer o nome "Osama Bin Laden" é mencionado, o espaço aqui é todo das vítimas, tanto as que se foram, quanto as que ficaram para contar suas histórias, suas perdas, seus milagres, o fio condutor de todo o documentário é justamente o resgate da experiência em tempo real dos que voltaram e dos que pereceram. Só não dou nota máxima porque senti falta de mais espaço para o desenvolvimento do ataque ao Pentágono e da queda do Voo 93. Ainda assim, este doc superou com folga o Turning Point da Netflix, que também é muito bom e serve como um excelente complemento sobre o contexto político em que o atentado se desenvolveu. Espero que ambos recebam mais reconhecimento porque são produções de valor inestimável.
Ponto de Virada: 11/9 e a Guerra contra o Terror
4.3 38 Assista AgoraÓtima série de documentário que mostra o antes, o durante e o depois do atentado terrorista em 11 de setembro de 2001, expondo todo o plano de fundo político que desencadeou este marco histórico e as muitas falhas do governo americano em lidar com a tragédia. Mesmo após 20 anos, esta guerra ainda está longe de acabar. Fiquei impressionado com a riqueza de detalhes e arquivos de imagens que são usados aqui, excelente trabalho de edição, narrativa e organização da linha do tempo. Há muitas questões de são levantadas aqui para reflexão de forma justa, sensata e relevante, não sendo este apenas mais um título que “chove no molhado”.
Ressalto também o trabalho primoroso do episódio “A Place of Danger”, é como acompanhar um filme de terror em tempo real, com filmagens de diversos ângulos e perspectivas daquela manhã de setembro, é uma experiência tão imersiva que chega a ser sufocante e assustadora, é como estar lá.
João de Deus: Cura e Crime
3.6 95Em 2020 a Globoplay lançou sua versão da polêmica história do médium João de Deus na excelente docussérie "Em Nome de Deus", poucos meses depois a Netflix traz também sua versão com "João de Deus: Cura e Crime", que não é tão completo e abrangente quanto o da Globoplay, mas traz novos pontos de vista muito válidos desta história horrorosa. Ambos os documentários carecem de um aprofundamento e desenvolvimento do ponto-chave desta história que levou João de Deus chegar onde chegou: a procedência das curas, ou supostas curas, espirituais. A Netflix adota aqui um tom mais poético e íntimo em sua narrativa, algumas tomadas de cena me lembraram de longe (bem de longe) o estilo do diretor documentarista Werner Herzog, em contrapartida, o doc da Globoplay parte de uma abordagem mais jornalística e ambos se complementam muito bem.
Arquivos de um Serial Killer
3.2 39 Assista AgoraUma história que tinha potencial para mais, é notável que muitas informações ficaram de fora.
Você Tem Belas Escadarias, Sabia?
3.6 10A Isabelle Adjani fazendo uma ponta de 2 segundos num curta de 3 minutos, só pagando de gatinha na escada, e eu amei assim mesmo!
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4.3 15 Assista AgoraA juíza soltando a carta dele na mesa como se fosse lixo, foi tudo pra mim.
Seduced: Inside The NXIVM Cult
4.1 26 Assista AgoraAté hoje acho essa história surreal demais para ser verdade, mais absurda que muitos roteiros de filmes de terror, ainda mais porque revela uma faceta da Allison Mack jamais antes vista em sua personagem Chloe Sullivan de Smallville, que sempre foi minha série preferida. Como fã, foi um choque muito grande quando estas revelações explodiram na internet. Apesar da história da seita NXIVM já ter sido contada no documentário The Vow da HBO, Seduced traz à tona novos pontos de vista de forma bem mais incisiva, direta e pessoal, dando destaque aos depoimentos de uma das peças-chave deste escândalo: India Oxenberg. Ambas as produções, da HBO e da Starz, se complementam muito bem e são uma boa pedida para quem se interessa por histórias sobre líderes de seitas e seguidores fanáticos.
Rua do Medo: 1978 - Parte 2
3.5 549 Assista AgoraCansativo, autorreferencial demais, mal iluminado e mais uma vez todos os personagens deduzindo soluções exatas o tempo inteiro. Filmes/séries de terror atuais que se passam nos anos 70, 80, 90 difícilmente conseguem evocar a alma dos originais sem cair numa romantização nostálgica exagerada e num melodrama fantasioso e forçado. Fear Street 1994 e 1978 fazem parte destes casos, faltou identidade no projeto. Quem sabe 1666 traga mais originalidade.
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraOnde tem Florence Pugh tem TALENTO