Posso dizer com tranquilidade que Making a Murderer é oficialmente a minha produção original Netflix preferida, lugar antes ocupado pelo filme Roma. Há aqui um nível impressionante de qualidade e excelência no processo de contar uma história, e que história! Isso aqui é um monumento dentro do campo de documentários! A série acompanha o caso criminal extremamente complexo de Steven Avery e Brandan Dassey, acusados injustamente por um homicídio que não cometeram e suas inúmeras tentativas de absolvição. A cobertura da série abrange 13 anos do caso, entre 2005 e 2018, com cenas do tribunal, dramatizações, muitas imagens de arquivo, novas investigações, é um caso criminal inacreditável que foi acompanhado em tempo real, o que me leva a aplaudir a edição da série que realiza um trabalho formidável na composição da linha do tempo, dos fatos e da narrativa num compilado de 20 episódios de 1 hora de duração. Making a Murderer está muito além de qualquer docussérie “true crime” que eu já vi e felizmente é um projeto que ganhou vida graças ao investimento da Netflix. Não é à toa que venceu 4 das 6 indicações ao Emmy Awards.
Acredito que nenhuma história de ficção poderá superar o que aconteceu na cidade de Guaratuba, Paraná, nos anos 90. É curioso pensar sobre as omissões, as coincidências, os silenciamentos, a monstruosidade, a linha do tempo, as conexões entre todas as peças, me sobe um arrepio gelado quando penso na possibilidade da existência de um destino já escrito para cada ser humano. Teria sido este um típico caso de “ironia do destino”?
O documentário conta sobre um caso criminal em que não há consolo, não há respiro, não há esperança, é um mergulho em queda livre num grande e escuro vazio. Eu achava que o caso dos irmãos Naves tinha sido o maior ato de injustiça judicial brasileira, até conhecer a história dos meninos Evandro e Leandro.
Em 1992 os dois garotos entraram para as estatísticas de crianças desaparecidas no Paraná (número que aumentava vertiginosamente) e o dia 15 de fevereiro de 92 foi o marco zero dos eventos cataclísmicos que acarretaram a história mais horripilante e inacreditável do nosso país, envolvendo intolerância religiosa, satanismo, tortura, política, corrupção e violência policial.
Estou completamente destruído com todas as circunstâncias desta história, mas como obra documental, a Globoplay fez mais um excelente trabalho.
Adorei as aventuras do Tanjiro com a Nezuko, o anime tem uma estética bastante agradável e caprichada, e apesar de haver alguns personagens difíceis de aturar (Zenitsu) e muitas passagens melodramáticas demais, é um shonen bem tradicional e divertido. Achei promissor.
Apesar de apostar em algumas reviravoltas mirabolantes e novelescas, Cruella é um filme tão divertido, carismático, irreverente e extravagante que nem vi passar os 134 minutos de duração. A Emma Stone dá conta de reviver uma personagem tão marcante da história do cinema e nos mostra uma progressão convincente da vilania de De Vil. Confesso que eu gostaria de ter visto um pouco mais da Cruella impiedosa e cadavérica que sempre me perturbou na infância, mas foi melhor assim, sem grandes interferências da animação de 61. É visível a inspiração aqui em The Devil Wears Prada e a indicação ao Oscar 2022 de Melhor Figurino já está garantida com louvor, que conjunto de figurino fantástico! É um dos casos em que as roupas contam suas próprias histórias. Eu não poderia deixar de mencionar a canção original composta pela maravilhosa Florence Welch que, apesar de curtinha, encaixa como uma luva para a celebração da vilã. No mais, Cruella vale a conferida porque é um filme que não se limitou em ser apenas um remake caça-níquel de uma animação de sucesso, como alguns títulos antecessores da Disney.
“João de Deus” é um nome que traz consigo um histórico inacreditável de manipulação e controle de massas, seus trabalhos construíram um delírio coletivo e um exército fiel de seguidores muito semelhante ao dos políticos de direita, que aos olhos de seus admiradores são figuras puras, benevolentes, especiais e inquestionáveis. Cuidado com as pessoas intocáveis! Por outro lado, é emocionante e inspirador ver a força de tantas mulheres que foram vítimas de um homem horripilante e conseguiram superar o medo da retaliação física, psicológica (e até divina) ao gritarem o que há muito tempo estava trancafiado. Este documentário me lembrou bastante o excelente The Keepers da Netflix, que aborda os mesmos temas: religião, abusos, homicídios, traumas, corrupção e impunidade. E a luta continua.
Apesar de eu ter sentido que o filme toma um direcionamento didático escolar bem tradicional e dentro de uma zona de conforto sobre o bullying, há vários pontos que valem a reflexão e a dupla de protagonistas está excelente. Para o debate em salas de aula é ótimo, para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro nem tanto.
E bora zerar mais um doc true crime da Netflix!! Fico na torcida para que a Netflix faça uma série documental sobre Columbine, Utoya, Chernobyl, Panamá, 11 de setembro, Charles Manson, John Wayne Gacy, Jeffrey Dahmer, além de mais casos brasileiros e mais outros casos polêmicos pelo mundo, daquele jeito especial que só a Netflix sabe fazer, cheio de imagens e vídeos de arquivo, tomadas aéreas com drones, mapas, entrevistas e dramatizações não invasivas.
Nada poderia me preparar para o que “Welcome to Chechnya” tem a mostrar. Nada. Aqui o diretor David France, documentarista de pautas LGBT, entrega seu melhor trabalho até agora, acompanhando os ativistas clandestinos que atuam no resgate de gays e lésbicas dos massacres da Chechênia e do governo ditatorial da Rússia. É um grande filme, tanto pela coragem de denunciar essa barbárie, quanto pelas características audiovisuais que compõe todo o longa, usando de efeitos visuais como ferramenta narrativa. Uma grande pena não ter sido indicado a Melhor Documentário no Oscar 2021, poderia ter entrado tranquilamente no lugar de Time.
Dos 10 curtas live-action pré-selecionados ao Oscar 2021, talvez este seja o mais inferior, mas no bom sentido, porque é um bom curta. É bem intencionado e também é o mais brando e agradável de assistir dentre os 10, que são uma porrada atrás da outra. Aliás, fotografia belíssima! Meu sonho morar na Noruega.
Eu poderia assistir a Tilda Swinton conversando no telefone o dia inteiro. Aqui, ela interpreta uma mulher desnorteada após o término de um relacionamento de 4 anos. Há uma longa sequência em que ela conversa com seu ex-amor ao telefone e descarrega toda a frustração, melancolia e incompreensão por ter sido rejeitada, é um show de interpretação. E todo este conflito amoroso conduzido pela ótica melodramática em cores vibrantes que Almodóvar faz como ninguém.
A história de George Floyd se repete aqui num ciclo interminável de racismo e violência policial, num curta que apresenta um personagem que vivencia diversas variantes do mesmo dia, porém, seu destino é sempre o mesmo. Inspirado na premissa de “Groundhog Day”, Two Distant Strangers é dedicado a todos os jovens negros que pereceram nas mãos de policiais assassinos e viraram estatística de um sistema injusto e sanguinário.
Dentre todos os 10 curtas-metragens de documentário pré-selecionados para o Oscar 2021, este é o mais difícil de assistir. Retrata a situação assustadora de desnutrição infantil no Iêmen. As filmagens cruas não poupam o público de acompanhar crianças morrendo em leitos de hospital, mães desoladas e desesperadas e toda a situação de pobreza, abandono e destruição do país causada pela guerra. Tão doloroso quanto The Cave e For Sama, indicados do ano passado.
Há um paradoxo interessante aqui: o que seria do colossal sem o minúsculo? Este curta me lembrou Roma, no sentido de haver um controle impressionante sobre a ambientação, a riqueza de detalhes que cobre todos os espaços e a coreografia perfeita entre figurantes e objetos cênicos. Alfonso Cuarón entregou isso com pessoas reais e agora Erick Oh entrega isso com uma animação espantosa.
Genius Loci acompanha uma personagem e sua caminhada para dentro do caos. O curta transborda em estilo e primor estético, há uma ambientação urbana e surrealista que lembra O Menino e o Mundo, o trabalho de som é impecável e o roteiro abre margem para diferentes interpretações. Valeu a indicação ao Oscar, eu ainda torço pela vitória de “If Anything Happens, I Love You”, mas reconheço que este é o indicado mais exótico e original dentre os 5.
Curta-metragem filmado em um ótimo plano-sequência que conta uma história sobre um dilema ético e moral entre dois personagens, se passa num cenário urbano noturno muito bem fotografado, as interpretações estão no ponto e há uma crescente tensão nos 10 minutos finais que quase chega a parecer um curta de thriller. Mas acho que a cereja do bolo aqui é uma contradição bastante sutil envolvendo um valor de 250 em dinheiro que foi mencionado em duas ocasiões, é um impacto.
Ótimo curta sobre a resistência do povo de Hong Kong contra as leis desumanas da China. Falta no brasileiro toda essa persistência, resiliência e audácia para bater de frente contra as forças políticas e armadas, e a determinação no enfrentamento contra leis e figuras políticas injustas. Me lembrou o excelente documentário ucraniano da Netflix “Winter On Fire”.
Mais uma história sobre as cicatrizes deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Aqui, Colette, uma senhora de 90 anos, decide homenagear seu irmão mais velho visitando o campo de concentração nazista em que ele foi executado em 1945. A premissa é ótima, além da inevitável melancolia, também há um senso de saudades e de preservação da memória muito forte na narrativa. Única ressalva: o curta tem apenas 25 minutos e esta é uma história que pedia um pouco mais.
Pessoas chateadas com um documentário sobre o caso Elisa Lam e o Hotel Cecil porque ele fala bastante sobre o caso Elisa Lam e o Hotel Cecil 🤣🤣 Só pode ser piada
Como Se Tornar um Tirano
3.9 57 Assista AgoraO manual da tirania sendo seguido â risca no Brasil.
Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime
3.4 387Já tava na hora da Netflix fazer mais um doc true crime Brasil, espero que seja do mesmo nível de Bandidos na TV.
Making a Murderer (2ª Temporada)
4.1 71Posso dizer com tranquilidade que Making a Murderer é oficialmente a minha produção original Netflix preferida, lugar antes ocupado pelo filme Roma. Há aqui um nível impressionante de qualidade e excelência no processo de contar uma história, e que história! Isso aqui é um monumento dentro do campo de documentários! A série acompanha o caso criminal extremamente complexo de Steven Avery e Brandan Dassey, acusados injustamente por um homicídio que não cometeram e suas inúmeras tentativas de absolvição. A cobertura da série abrange 13 anos do caso, entre 2005 e 2018, com cenas do tribunal, dramatizações, muitas imagens de arquivo, novas investigações, é um caso criminal inacreditável que foi acompanhado em tempo real, o que me leva a aplaudir a edição da série que realiza um trabalho formidável na composição da linha do tempo, dos fatos e da narrativa num compilado de 20 episódios de 1 hora de duração. Making a Murderer está muito além de qualquer docussérie “true crime” que eu já vi e felizmente é um projeto que ganhou vida graças ao investimento da Netflix. Não é à toa que venceu 4 das 6 indicações ao Emmy Awards.
Making a Murderer (2ª Temporada)
4.1 71Kathleen Zellner é a melhor personagem de uma série de TV e ninguém vai me convencer do contrário.
O Caso Evandro
4.5 249Acredito que nenhuma história de ficção poderá superar o que aconteceu na cidade de Guaratuba, Paraná, nos anos 90. É curioso pensar sobre as omissões, as coincidências, os silenciamentos, a monstruosidade, a linha do tempo, as conexões entre todas as peças, me sobe um arrepio gelado quando penso na possibilidade da existência de um destino já escrito para cada ser humano. Teria sido este um típico caso de “ironia do destino”?
O documentário conta sobre um caso criminal em que não há consolo, não há respiro, não há esperança, é um mergulho em queda livre num grande e escuro vazio. Eu achava que o caso dos irmãos Naves tinha sido o maior ato de injustiça judicial brasileira, até conhecer a história dos meninos Evandro e Leandro.
Em 1992 os dois garotos entraram para as estatísticas de crianças desaparecidas no Paraná (número que aumentava vertiginosamente) e o dia 15 de fevereiro de 92 foi o marco zero dos eventos cataclísmicos que acarretaram a história mais horripilante e inacreditável do nosso país, envolvendo intolerância religiosa, satanismo, tortura, política, corrupção e violência policial.
Estou completamente destruído com todas as circunstâncias desta história, mas como obra documental, a Globoplay fez mais um excelente trabalho.
Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba (1ª Temporada)
4.4 252 Assista AgoraAdorei as aventuras do Tanjiro com a Nezuko, o anime tem uma estética bastante agradável e caprichada, e apesar de haver alguns personagens difíceis de aturar (Zenitsu) e muitas passagens melodramáticas demais, é um shonen bem tradicional e divertido. Achei promissor.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraApesar de apostar em algumas reviravoltas mirabolantes e novelescas, Cruella é um filme tão divertido, carismático, irreverente e extravagante que nem vi passar os 134 minutos de duração. A Emma Stone dá conta de reviver uma personagem tão marcante da história do cinema e nos mostra uma progressão convincente da vilania de De Vil. Confesso que eu gostaria de ter visto um pouco mais da Cruella impiedosa e cadavérica que sempre me perturbou na infância, mas foi melhor assim, sem grandes interferências da animação de 61. É visível a inspiração aqui em The Devil Wears Prada e a indicação ao Oscar 2022 de Melhor Figurino já está garantida com louvor, que conjunto de figurino fantástico! É um dos casos em que as roupas contam suas próprias histórias. Eu não poderia deixar de mencionar a canção original composta pela maravilhosa Florence Welch que, apesar de curtinha, encaixa como uma luva para a celebração da vilã. No mais, Cruella vale a conferida porque é um filme que não se limitou em ser apenas um remake caça-níquel de uma animação de sucesso, como alguns títulos antecessores da Disney.
Em Nome de Deus
4.3 115“João de Deus” é um nome que traz consigo um histórico inacreditável de manipulação e controle de massas, seus trabalhos construíram um delírio coletivo e um exército fiel de seguidores muito semelhante ao dos políticos de direita, que aos olhos de seus admiradores são figuras puras, benevolentes, especiais e inquestionáveis. Cuidado com as pessoas intocáveis! Por outro lado, é emocionante e inspirador ver a força de tantas mulheres que foram vítimas de um homem horripilante e conseguiram superar o medo da retaliação física, psicológica (e até divina) ao gritarem o que há muito tempo estava trancafiado. Este documentário me lembrou bastante o excelente The Keepers da Netflix, que aborda os mesmos temas: religião, abusos, homicídios, traumas, corrupção e impunidade. E a luta continua.
Dias Melhores
3.9 139 Assista AgoraApesar de eu ter sentido que o filme toma um direcionamento didático escolar bem tradicional e dentro de uma zona de conforto sobre o bullying, há vários pontos que valem a reflexão e a dupla de protagonistas está excelente. Para o debate em salas de aula é ótimo, para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro nem tanto.
Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração
3.6 44E bora zerar mais um doc true crime da Netflix!!
Fico na torcida para que a Netflix faça uma série documental sobre Columbine, Utoya, Chernobyl, Panamá, 11 de setembro, Charles Manson, John Wayne Gacy, Jeffrey Dahmer, além de mais casos brasileiros e mais outros casos polêmicos pelo mundo, daquele jeito especial que só a Netflix sabe fazer, cheio de imagens e vídeos de arquivo, tomadas aéreas com drones, mapas, entrevistas e dramatizações não invasivas.
Me and My Moulton
3.3 7 Assista AgoraEu adorei
Bem-Vindo à Chechênia
4.2 27 Assista AgoraNada poderia me preparar para o que “Welcome to Chechnya” tem a mostrar. Nada. Aqui o diretor David France, documentarista de pautas LGBT, entrega seu melhor trabalho até agora, acompanhando os ativistas clandestinos que atuam no resgate de gays e lésbicas dos massacres da Chechênia e do governo ditatorial da Rússia. É um grande filme, tanto pela coragem de denunciar essa barbárie, quanto pelas características audiovisuais que compõe todo o longa, usando de efeitos visuais como ferramenta narrativa. Uma grande pena não ter sido indicado a Melhor Documentário no Oscar 2021, poderia ter entrado tranquilamente no lugar de Time.
The Kicksled Choir
2.8 1Dos 10 curtas live-action pré-selecionados ao Oscar 2021, talvez este seja o mais inferior, mas no bom sentido, porque é um bom curta. É bem intencionado e também é o mais brando e agradável de assistir dentre os 10, que são uma porrada atrás da outra. Aliás, fotografia belíssima! Meu sonho morar na Noruega.
A Voz Humana
3.9 72 Assista AgoraEu poderia assistir a Tilda Swinton conversando no telefone o dia inteiro. Aqui, ela interpreta uma mulher desnorteada após o término de um relacionamento de 4 anos. Há uma longa sequência em que ela conversa com seu ex-amor ao telefone e descarrega toda a frustração, melancolia e incompreensão por ter sido rejeitada, é um show de interpretação. E todo este conflito amoroso conduzido pela ótica melodramática em cores vibrantes que Almodóvar faz como ninguém.
Dois Estranhos
4.2 292 Assista AgoraA história de George Floyd se repete aqui num ciclo interminável de racismo e violência policial, num curta que apresenta um personagem que vivencia diversas variantes do mesmo dia, porém, seu destino é sempre o mesmo. Inspirado na premissa de “Groundhog Day”, Two Distant Strangers é dedicado a todos os jovens negros que pereceram nas mãos de policiais assassinos e viraram estatística de um sistema injusto e sanguinário.
Hunger Ward
3.8 37Dentre todos os 10 curtas-metragens de documentário pré-selecionados para o Oscar 2021, este é o mais difícil de assistir. Retrata a situação assustadora de desnutrição infantil no Iêmen. As filmagens cruas não poupam o público de acompanhar crianças morrendo em leitos de hospital, mães desoladas e desesperadas e toda a situação de pobreza, abandono e destruição do país causada pela guerra. Tão doloroso quanto The Cave e For Sama, indicados do ano passado.
Opera
3.8 55Há um paradoxo interessante aqui: o que seria do colossal sem o minúsculo? Este curta me lembrou Roma, no sentido de haver um controle impressionante sobre a ambientação, a riqueza de detalhes que cobre todos os espaços e a coreografia perfeita entre figurantes e objetos cênicos. Alfonso Cuarón entregou isso com pessoas reais e agora Erick Oh entrega isso com uma animação espantosa.
Genius Loci
3.1 55Genius Loci acompanha uma personagem e sua caminhada para dentro do caos. O curta transborda em estilo e primor estético, há uma ambientação urbana e surrealista que lembra O Menino e o Mundo, o trabalho de som é impecável e o roteiro abre margem para diferentes interpretações. Valeu a indicação ao Oscar, eu ainda torço pela vitória de “If Anything Happens, I Love You”, mas reconheço que este é o indicado mais exótico e original dentre os 5.
White Eye
4.0 49Curta-metragem filmado em um ótimo plano-sequência que conta uma história sobre um dilema ético e moral entre dois personagens, se passa num cenário urbano noturno muito bem fotografado, as interpretações estão no ponto e há uma crescente tensão nos 10 minutos finais que quase chega a parecer um curta de thriller. Mas acho que a cereja do bolo aqui é uma contradição bastante sutil envolvendo um valor de 250 em dinheiro que foi mencionado em duas ocasiões, é um impacto.
Do Not Split
3.6 36Ótimo curta sobre a resistência do povo de Hong Kong contra as leis desumanas da China. Falta no brasileiro toda essa persistência, resiliência e audácia para bater de frente contra as forças políticas e armadas, e a determinação no enfrentamento contra leis e figuras políticas injustas. Me lembrou o excelente documentário ucraniano da Netflix “Winter On Fire”.
Colette
3.7 34Mais uma história sobre as cicatrizes deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Aqui, Colette, uma senhora de 90 anos, decide homenagear seu irmão mais velho visitando o campo de concentração nazista em que ele foi executado em 1945. A premissa é ótima, além da inevitável melancolia, também há um senso de saudades e de preservação da memória muito forte na narrativa. Única ressalva: o curta tem apenas 25 minutos e esta é uma história que pedia um pouco mais.
O Caracol e a Baleia
3.5 5A história é doce e sensível, o visual é de um colorido muito vivo e a trilha sonora é maravilhosa! Espero que consiga uma indicação ao Oscar!
Cena do Crime: Mistério e Morte no Hotel Cecil
3.4 260 Assista AgoraPessoas chateadas com um documentário sobre o caso Elisa Lam e o Hotel Cecil porque ele fala bastante sobre o caso Elisa Lam e o Hotel Cecil 🤣🤣 Só pode ser piada
To: Gerard
3.8 6História doce e sensível sobre o poder da inspiração e da difusão de conhecimentos. Professores vão se identificar muito.