O filme começa bem e vai ficando desinteressante conforme a história se desenvolve. Um pouco cansado de ver a homossexualidade tratada de maneira negativa, embora o preconceito e a discriminação sejam reais, mas o filme não se aprofunda. Quando jovens os protagonistas são másculos e mais velhos começam a dar pinta - achei esquisita a mudança também.
Excelente filme sobre uma das questões mais midiáticas, polêmicas e discutidas do momento, A Acusação exibe uma história complexa, plural e nada maniqueísta sobre Estupro, com personagens críveis e reais, sem desconsiderar a sociedade francesa e seus privilégios. Uma moça judia acusa um jovem universitário rico, filho de intelectuais, de tê-la estuprado. O filme não aponta culpados, mostra a versão de cada: o espectador que decida por ele. Nem o jovem intelectual é um canalha, nem a moça é uma pobre ingênua. Ambos são pessoas moldadas pelo ambiente em que vivem. Em cartaz na Prime Video, vale muito assistir.
Comédia inteligente e divertida sobre um tema sério tratado com inventidade, Carlinhos e Carlão faz rir e refletir. Luis Lobianco (excelente) interpreta um homofóbico que, de repente, se transforma em um gay afeminado durante a noite e acorda "recuperado" no dia seguinte. De machão infeliz, chato e mal humorado a homossexual colorido, divertido e bem humorado. Dessa maneira, com a transformação, ele enxerga os dois lados da moeda, o que comete preconceito e o que sofre preconceito, tornando-se, aos poucos, uma pessoa melhor e menos intolerante. O filme é uma grata surpresa, apesar da história não fechar com chave de outro: o final poderia ser melhor trabalhado.
Disponível na Amazon Prime, Café com Canela é a estreia de 2 jovens baianos cheios de gás e talento, filmado em Cachoeira, cidade do recôncaco baiano, com pouco recursos e excesso de criativade. Alguns atores são conhecidos, como Babu Santana, excelente no papel de um médico homossexual delicado, longe dos seus habituais papéis de machão. O filme consegue prender a atenção por causa dos personagens, sotaques autênticos, diálogos interessantes e engraçados, locações, apesar do tema difícil (morte, perda, depressão). A direção poderia ser menos inventiva, mais limpa e alguns personagens aparecem e somem, não tem função na narrativa. Mesmo assim vale a pena experimentar Café com Canela.
Mistura de suspense, drama social e político, Holly Spider se inspira na história de um assassino serial ocorrida numa cidade sagrada do Irã para construir uma ficção baseada em fatos reais. O roteirista cria uma personagem jornalista, mulher forte e determinada, para confrontar o machismo, o chauvinismo e a opressão religiosa do país muçulmano xiita, além de confrontar, diretamente, o próprio assassino.
Ele mata prostitutas, vítimas mais vulneráveis de assassinos seriais desde Jack, o estripador, e nesse caso em particular, é apoiado por parte da sociedade iraniana, que clama por sua absolvição. O asssassino justifica seus atos dizendo estar limpando a sociedade de seres corruptos e degenerados. Muita gente da sociedade ocidental teria o mesma reação. Dirigido por Alli Abasi, iraniano radicado na Dinamarca, o filme concorreu à Palma de Ouro e está em cartaz na Prime Video.
Para se entender e apreciar esse filme, é necessário ir até o fim, quando a cena derradeira dá a dimensão do que a diretora Carolina Markowicz, um nome a ser lembrado pelo talento e coragem, quer mostrar ao espectador. Retrato cru e sinistro de uma família do interior de São Paulo, longe da imagem simpática que os filmes costumam mostrar, os personagens de Carvão são frustrados, reprimidos e infelizes. Ao abrigar um chefe de tráfico argentino em troca de dinheiro, a esposa, Maeve Jenkings, estupenda como sempre, marido e filho se vêem num beco sem saída, presos numa rotina chata e obrigados a conviver com um estranho. As cenas são pausadas, a cenografia é autêntica, a chácara onde eles vivem e trabalham são locações reais e o roteiro oferece o mínimo suficiente ao espectador. Talvez a diretora/roteirista tenha criado uma fábula sobre a mesquinhez humana e escolhido justamente uma família de "caipiras", reconhecidos como bons e amistosos, para representar essa fábula.
Talvez o filme mais comentado do ano e favorito ao Oscar, TETLAMT é um OVNI cinematográfico. Mistura de comédia, drama, artes marciais, ficção científica, multiverso e uma infinidade de referências, os diretores criaram um samba do "criolo doido", para usar um termo polêmico e politicamente incorreto. O diferencial desse filme é a construção dos personagens, tipos autênticos, reais e carismáticos, que conquistam o espectador, porque a história em si não faz muito sentido e não é original. Original é a edição, a mistura de gêneros e as tiradas visuais. A rapidez da edição muitas vezes exaustiva, própria para a nova geração acostumada com cenas picotadas, é cansativa, dá sono (rsss). De qualquer maneira, vale muito assistir. Com certeza não é o melhor filme do ano, mas é um bom filme.
Filme ganhador da Palma de Ouro em Cannes, tenta desvelar, pela sátira política e social, os piores instintos humanos nos momentos de necessidade. Vivemos em um mundo capitalista cujo Deus é o dinheiro e nós súditos nos sujeitamos ao poder do vil metal. O filme de Ruber Östlund constrói o filme em cima da dualidade entre quem esbanja dinheiro e quem trabalha servindo ricos e poderosos, mas faz uma construção artificial, nem sempre convincente. Apesar disso, achei o filme bem interessante, lembra uma peça de teatro.
Cochilei 2 vezes e entrei no metaverso...rsss Gostei dos personagens e de algumas cenas inventivas (o diálogo da pedra foi a melhor), do filme como um todo nem tanto - as cenas de luta, embora muito bem coreografadas, acrescentam pouco ao filme, tornam-se cansativas.
Costumamos tecer elogios aos países europeus por suas leis avançadas no campo dos costumes, mas esquecemos que essa mudança é muito recente e não alcança os países do leste europeu. Não sabia que só em 1969 o parágrafo 175 do código alemão que criminalizava atos homossexuais foi abolido e, até então, muitos homossexuais foram encarcerados. O filme alemão Great Freedom conta a história de um deles. Não sei se o personagem é baseado em uma pessoa real, mas o retrato que diretor e roteirista faz dele é bem convincente e nos faz sentir empatia por seu sofrimento, dor e também amor e alegria. Como se passa na prisão a maior parte do tempo, o filme é claustrófico e nem sempre fácil de assistir. Apesar disso, cada minuto de suas 2 horas de duração são valiosos ao nos mostrar, sem sentimentalismo, como os seres humanos se adaptam a diferentes condições, alguns mais do que os outros, e como o sistema é construído para nos oprimir. Passado o nazismo, os libertadores tornaram-se tão nazistas quanto os próprios nazistas.
Este é um dos filmes mais problemáticos que vi nos últimos anos, do tipo que não deveria ser feitio. Uma imitação mal feita de Jordan Peele sem o talento do próprio.
Em cartaz os cinemas, Perlimps é o novo trabalho do realizador de O Menino E o Mundo, desenho animado indicado ao Oscar. Aqui ele faz um trabalho menos ambicioso, com diálogos em português (em O Menino e o Mundo os diálogos eram numa língua inventada) e mais acessível. Vale muito assistir o filme pelo visual colorido, detalhista, artesanal, embora o "fiapo" de história também seja intrigante. Para mim ficou a dúvida de que crianças apreciariam o filme porque ele não se define entre ser infantil ou adulto e o tema não seja tão claro aos pequeninos. Apreciar Perlimps é apreciar um artista visionário, extremamente talentoso e que, ao conseguir criar suas obras em um ambiente cinematográfico tão complicado de trabalhar como o Brasil, consegue tirar leite de pedra.
Gostei muito do trabalho de Alê Abreu, artista extremamente talentoso e que procura fugir dos clichês do gênero. Seu traço é pessoal, seus interesses são outros que não só entretenimento. Ele fala do embate entre a natureza e o ser humano de maneira sensível. O foco do desenho é no visual e não concordo que o roteito seja ruim, pelo contrário. Claro que poderia ser mais desenvolvido, mas entrega um produto de qualidade, bem acima da média.
Muito ruim, um dos piores filmes bem produzidos que vi na Netflix, do tipo as aparências enganam. Nada faz sentido, tudo é artificialmente construído, até as reviravoltas.
Estou na metade do filme e não consigo continuar assistindo. Por que gastar milhões em um filme desses com tanta gente talentosa com algo a dizer? Muitos diretores norte-americanos, depois que alcançam certo sucesso, desperdiçam seu talento mirando o próprio ego qusndo poderiam falar de questões sérias e importantes
Novo filme de Steven Spielberg não é um thriller, uma aventura ou ficção científica, é um drama autobiográfico. A história se concentra na infância e adolescência do mais celebrado dos diretores de Hollywood que resolveu, no ocaso da vida, falar sobre sua família. Não sei se tudo o que está na tela aconteceu de verdade, mas expor sua própria vida íntima é uma coisa complicada e egocêntrica. Como filme The Falbemans é careta, previsível e familiar, não traz nada de novo, embora seja obra de alguém de raro talento. Acabou de ganhar o Globo de Ouro e é favorito ao Oscar.
Filme do famoso e celebrado diretor mexicano, Alejandro G. Inarritu volta a seu país depois de um longo hiato para realizar seu filme mais pessoal. Com um investimento milionário da Netflix, livre para fazer o que quer, o diretor mistura realidade e fantasia, delírio e questionamento. O personagem principal serve de alter ego do diretor, como se ele quisesse transportar para a tela o que viveu e questionar se tudo valeu mesmo a pena. Assim como Alejandro, Silverio é um profissional bem sucedido, premiado, cuja carreira se consolidou nos Estados Unidos, e sempre retorna ao México para cultivar suas raízes e ser homenageado. Embora interessante e muito bem realizado, achei o filme irregular: o diretor não consegue atingir totalmente seus objetivos, algumas cenas causam estranhamento. Está longe de ser um Amarcord ou um 8 e 1/2, se compararmos com o mestre Fellini. É mais uma extravagância de um diretor poderoso e talentoso patrocinada pela Netflix.
Baseado na obra do escritor britânico D. H. Lawrence e dirigido pela cineasta francesa Laure de Clermont-Tonnerre, essa adaptação consegue manter a qualidade da obra literária trazendo o erotismo e a liberdade sexual do nosso tempo. Imagino que em 1928, ano do lançamento do livro, seu conteúdo tenha chocado a conservadora e tradicional sociedade inglesa da época, pois o livro, além de falar de sexualidade e amor, faz uma crítica contundente à divisão de classes e à hipocrisia inglesa. O filme é extremamente bem realizado, envolvente, bem dirigido. Vê-se o grande investimento na produção visual, reconstituição de época, cenários. Algumas cenas de sexo são mais longas do que deveriam, mas nada que estrague o prazer de assistir um casal ardente. A cena final é tocante: o amor vale mais do que os interesses. A direção de uma mulher faz diferença, o ponto de vista é outro.
Levo Você Comigo
3.5 17 Assista AgoraO filme começa bem e vai ficando desinteressante conforme a história se desenvolve. Um pouco cansado de ver a homossexualidade tratada de maneira negativa, embora o preconceito e a discriminação sejam reais, mas o filme não se aprofunda. Quando jovens os protagonistas são másculos e mais velhos começam a dar pinta - achei esquisita a mudança também.
A Acusação
3.9 14Excelente filme sobre uma das questões mais midiáticas, polêmicas e discutidas do momento, A Acusação exibe uma história complexa, plural e nada maniqueísta sobre Estupro, com personagens críveis e reais, sem desconsiderar a sociedade francesa e seus privilégios. Uma moça judia acusa um jovem universitário rico, filho de intelectuais, de tê-la estuprado. O filme não aponta culpados, mostra a versão de cada: o espectador que decida por ele. Nem o jovem intelectual é um canalha, nem a moça é uma pobre ingênua. Ambos são pessoas moldadas pelo ambiente em que vivem. Em cartaz na Prime Video, vale muito assistir.
Carlinhos & Carlão
3.4 94 Assista AgoraComédia inteligente e divertida sobre um tema sério tratado com inventidade, Carlinhos e Carlão faz rir e refletir. Luis Lobianco (excelente) interpreta um homofóbico que, de repente, se transforma em um gay afeminado durante a noite e acorda "recuperado" no dia seguinte. De machão infeliz, chato e mal humorado a homossexual colorido, divertido e bem humorado. Dessa maneira, com a transformação, ele enxerga os dois lados da moeda, o que comete preconceito e o que sofre preconceito, tornando-se, aos poucos, uma pessoa melhor e menos intolerante. O filme é uma grata surpresa, apesar da história não fechar com chave de outro: o final poderia ser melhor trabalhado.
Carlinhos & Carlão
3.4 94 Assista AgoraEstá na Prime Video.
Carlinhos & Carlão
3.4 94 Assista AgoraMelhor do que imaginava. Excelentes atores e com números musicais divertidos, uma comédia acima da média.
Café com Canela
4.1 164Disponível na Amazon Prime, Café com Canela é a estreia de 2 jovens baianos cheios de gás e talento, filmado em Cachoeira, cidade do recôncaco baiano, com pouco recursos e excesso de criativade. Alguns atores são conhecidos, como Babu Santana, excelente no papel de um médico homossexual delicado, longe dos seus habituais papéis de machão. O filme consegue prender a atenção por causa dos personagens, sotaques autênticos, diálogos interessantes e engraçados, locações, apesar do tema difícil (morte, perda, depressão). A direção poderia ser menos inventiva, mais limpa e alguns personagens aparecem e somem, não tem função na narrativa. Mesmo assim vale a pena experimentar Café com Canela.
Holy Spider
4.0 129 Assista AgoraMistura de suspense, drama social e político, Holly Spider se inspira na história de um assassino serial ocorrida numa cidade sagrada do Irã para construir uma ficção baseada em fatos reais. O roteirista cria uma personagem jornalista, mulher forte e determinada, para confrontar o machismo, o chauvinismo e a opressão religiosa do país muçulmano xiita, além de confrontar, diretamente, o próprio assassino.
Ele mata prostitutas, vítimas mais vulneráveis de assassinos seriais desde Jack, o estripador, e nesse caso em particular, é apoiado por parte da sociedade iraniana, que clama por sua absolvição. O asssassino justifica seus atos dizendo estar limpando a sociedade de seres corruptos e degenerados. Muita gente da sociedade ocidental teria o mesma reação. Dirigido por Alli Abasi, iraniano radicado na Dinamarca, o filme concorreu à Palma de Ouro e está em cartaz na Prime Video.
O Rio do Desejo
3.4 45Quero muito ver!!
Carvão
3.9 95 Assista AgoraPara se entender e apreciar esse filme, é necessário ir até o fim, quando a cena derradeira dá a dimensão do que a diretora Carolina Markowicz, um nome a ser lembrado pelo talento e coragem, quer mostrar ao espectador. Retrato cru e sinistro de uma família do interior de São Paulo, longe da imagem simpática que os filmes costumam mostrar, os personagens de Carvão são frustrados, reprimidos e infelizes. Ao abrigar um chefe de tráfico argentino em troca de dinheiro, a esposa, Maeve Jenkings, estupenda como sempre, marido e filho se vêem num beco sem saída, presos numa rotina chata e obrigados a conviver com um estranho. As cenas são pausadas, a cenografia é autêntica, a chácara onde eles vivem e trabalham são locações reais e o roteiro oferece o mínimo suficiente ao espectador. Talvez a diretora/roteirista tenha criado uma fábula sobre a mesquinhez humana e escolhido justamente uma família de "caipiras", reconhecidos como bons e amistosos, para representar essa fábula.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraTalvez o filme mais comentado do ano e favorito ao Oscar, TETLAMT é um OVNI cinematográfico. Mistura de comédia, drama, artes marciais, ficção científica, multiverso e uma infinidade de referências, os diretores criaram um samba do "criolo doido", para usar um termo polêmico e politicamente incorreto. O diferencial desse filme é a construção dos personagens, tipos autênticos, reais e carismáticos, que conquistam o espectador, porque a história em si não faz muito sentido e não é original. Original é a edição, a mistura de gêneros e as tiradas visuais. A rapidez da edição muitas vezes exaustiva, própria para a nova geração acostumada com cenas picotadas, é cansativa, dá sono (rsss). De qualquer maneira, vale muito assistir. Com certeza não é o melhor filme do ano, mas é um bom filme.
Triângulo da Tristeza
3.6 733 Assista AgoraFilme ganhador da Palma de Ouro em Cannes, tenta desvelar, pela sátira política e social, os piores instintos humanos nos momentos de necessidade. Vivemos em um mundo capitalista cujo Deus é o dinheiro e nós súditos nos sujeitamos ao poder do vil metal. O filme de Ruber Östlund constrói o filme em cima da dualidade entre quem esbanja dinheiro e quem trabalha servindo ricos e poderosos, mas faz uma construção artificial, nem sempre convincente. Apesar disso, achei o filme bem interessante, lembra uma peça de teatro.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraCochilei 2 vezes e entrei no metaverso...rsss Gostei dos personagens e de algumas cenas inventivas (o diálogo da pedra foi a melhor), do filme como um todo nem tanto - as cenas de luta, embora muito bem coreografadas, acrescentam pouco ao filme, tornam-se cansativas.
Great Freedom
4.0 57 Assista AgoraCostumamos tecer elogios aos países europeus por suas leis avançadas no campo dos costumes, mas esquecemos que essa mudança é muito recente e não alcança os países do leste europeu. Não sabia que só em 1969 o parágrafo 175 do código alemão que criminalizava atos homossexuais foi abolido e, até então, muitos homossexuais foram encarcerados. O filme alemão Great Freedom conta a história de um deles. Não sei se o personagem é baseado em uma pessoa real, mas o retrato que diretor e roteirista faz dele é bem convincente e nos faz sentir empatia por seu sofrimento, dor e também amor e alegria. Como se passa na prisão a maior parte do tempo, o filme é claustrófico e nem sempre fácil de assistir. Apesar disso, cada minuto de suas 2 horas de duração são valiosos ao nos mostrar, sem sentimentalismo, como os seres humanos se adaptam a diferentes condições, alguns mais do que os outros, e como o sistema é construído para nos oprimir. Passado o nazismo, os libertadores tornaram-se tão nazistas quanto os próprios nazistas.
Excluídos
2.6 170 Assista AgoraEste é um dos filmes mais problemáticos que vi nos últimos anos, do tipo que não deveria ser feitio. Uma imitação mal feita de Jordan Peele sem o talento do próprio.
Perlimps
3.0 13Em cartaz os cinemas, Perlimps é o novo trabalho do realizador de O Menino E o Mundo, desenho animado indicado ao Oscar. Aqui ele faz um trabalho menos ambicioso, com diálogos em português (em O Menino e o Mundo os diálogos eram numa língua inventada) e mais acessível. Vale muito assistir o filme pelo visual colorido, detalhista, artesanal, embora o "fiapo" de história também seja intrigante. Para mim ficou a dúvida de que crianças apreciariam o filme porque ele não se define entre ser infantil ou adulto e o tema não seja tão claro aos pequeninos. Apreciar Perlimps é apreciar um artista visionário, extremamente talentoso e que, ao conseguir criar suas obras em um ambiente cinematográfico tão complicado de trabalhar como o Brasil, consegue tirar leite de pedra.
Perlimps
3.0 13Gostei muito do trabalho de Alê Abreu, artista extremamente talentoso e que procura fugir dos clichês do gênero. Seu traço é pessoal, seus interesses são outros que não só entretenimento. Ele fala do embate entre a natureza e o ser humano de maneira sensível. O foco do desenho é no visual e não concordo que o roteito seja ruim, pelo contrário. Claro que poderia ser mais desenvolvido, mas entrega um produto de qualidade, bem acima da média.
Perlimps
3.0 13Estreia dia 9/2
Herança
2.6 133 Assista AgoraMuito ruim, um dos piores filmes bem produzidos que vi na Netflix, do tipo as aparências enganam. Nada faz sentido, tudo é artificialmente construído, até as reviravoltas.
Ruído Branco
2.7 205Estou na metade do filme e não consigo continuar assistindo. Por que gastar milhões em um filme desses com tanta gente talentosa com algo a dizer? Muitos diretores norte-americanos, depois que alcançam certo sucesso, desperdiçam seu talento mirando o próprio ego qusndo poderiam falar de questões sérias e importantes
Os Fabelmans
4.0 389Novo filme de Steven Spielberg não é um thriller, uma aventura ou ficção científica, é um drama autobiográfico. A história se concentra na infância e adolescência do mais celebrado dos diretores de Hollywood que resolveu, no ocaso da vida, falar sobre sua família. Não sei se tudo o que está na tela aconteceu de verdade, mas expor sua própria vida íntima é uma coisa complicada e egocêntrica. Como filme The Falbemans é careta, previsível e familiar, não traz nada de novo, embora seja obra de alguém de raro talento. Acabou de ganhar o Globo de Ouro e é favorito ao Oscar.
Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades
3.3 84Filme do famoso e celebrado diretor mexicano, Alejandro G. Inarritu volta a seu país depois de um longo hiato para realizar seu filme mais pessoal. Com um investimento milionário da Netflix, livre para fazer o que quer, o diretor mistura realidade e fantasia, delírio e questionamento. O personagem principal serve de alter ego do diretor, como se ele quisesse transportar para a tela o que viveu e questionar se tudo valeu mesmo a pena. Assim como Alejandro, Silverio é um profissional bem sucedido, premiado, cuja carreira se consolidou nos Estados Unidos, e sempre retorna ao México para cultivar suas raízes e ser homenageado. Embora interessante e muito bem realizado, achei o filme irregular: o diretor não consegue atingir totalmente seus objetivos, algumas cenas causam estranhamento. Está longe de ser um Amarcord ou um 8 e 1/2, se compararmos com o mestre Fellini. É mais uma extravagância de um diretor poderoso e talentoso patrocinada pela Netflix.
O Amante de Lady Chatterley
3.4 156 Assista AgoraBaseado na obra do escritor britânico D. H. Lawrence e dirigido pela cineasta francesa Laure de Clermont-Tonnerre, essa adaptação consegue manter a qualidade da obra literária trazendo o erotismo e a liberdade sexual do nosso tempo. Imagino que em 1928, ano do lançamento do livro, seu conteúdo tenha chocado a conservadora e tradicional sociedade inglesa da época, pois o livro, além de falar de sexualidade e amor, faz uma crítica contundente à divisão de classes e à hipocrisia inglesa. O filme é extremamente bem realizado, envolvente, bem dirigido. Vê-se o grande investimento na produção visual, reconstituição de época, cenários. Algumas cenas de sexo são mais longas do que deveriam, mas nada que estrague o prazer de assistir um casal ardente. A cena final é tocante: o amor vale mais do que os interesses. A direção de uma mulher faz diferença, o ponto de vista é outro.
Paloma
3.9 59Quero muito ver!
O Enfermeiro da Noite
3.4 402 Assista AgoraPoderia ser muito melhor!!