"a loucura é como a gravidade: basta um empurrãozinho".
fiquei absolutamente impressionada em como, numa sessão cheia, as pessoas simplesmente estavam silenciosas e arrebatadas. nem uma tossidinha. o único momento em que ouvi qualquer coisa foram em todas as cenas com o
anão, uma prova de que a gente não aprende mesmo com as coisas que vemos: o cara literalmente disse que único motivo de ele não matar o anão era o fato de ele ter sido decente com ele desde sempre e a gente lá rindo que nem umas hienas. honestamente as piadas com ele eram ótimas.
é violento, visceral, absurdo e incômodo exatamente como o joker tem de ser. fotografia e cenografia estonteantes. trilha sonora inspiradíssima nos filmes do david o. russell, tenho certeza.
a falta de compreensão das pessoas num geral para com ele e a irmã foi terrível de observar. fiquei pensando se foi proposital essa abordagem, até perceber que NINGUÉM sabe como agir numa situação dessa. simplesmente escapa da nossa compreensão.
parece que o filme estava incompleto. ao invés de ser imersivo e íntimo, ficou superficial e absurdo, apenas. ao invés de usar a busca de identidade como uma ponte, usou como separação.
no cinema em que eu fui assistir a primeira vez a imagem estava péssima, escura e desfocada. só de raiva fui de novo em outro cinema e amei demais, meu deus. uma simples homenagem a era de ouro de hollywood, bem filmado, com inúmeras referências aos filmes do sergio leone. me lembrou scorsese e os irmãos coen ao mesmo tempo (principalmente com esse TIME imbatível de estrelas)
basicamente é sobre um macho escroto e control freak se fodendo. mas também sobre as mentiras que sustentam tão precariamente o castelo de cartas do ego: tanto dele, quanto dela. aquela cena dela saindo do banheiro da balada e chamando por ele e ele fingindo que não estava ouvindo, ahh, rapaz, que jogada: o diretor mostra tanto a dependência dela quanto a necessidade dele de se sentir no controle. a morte dele é o único desfecho possível e satisfatório, porém saber que ela teve o filho sem nunca sonhar que ele não poderia ser o pai também. via de mão dupla de mágoa persistente.
nota injusta. pode ficar num marasmo por uns quarenta minutos, mas depois é pou! atrás de pou!
a fotografia é um show a parte, trilha sonora idem. dá um certo incômodo - principalmente porque banalizamos o ato de enxergar como banalizamos tudo nessa vida - e de tão imersivo consegue ser desconfortável, mas é impecável.
aquelas cenas em que ela tentava se enturmar, sorria para as pessoas e era gentil... deus, o que custa ser capaz de prestar atenção? que porra há de errado com esses jovens?
senti também esperança com aquela cena da fogueira. que acerto do bo ao abordá-la de forma tão sensível e ainda por cima cheia de significado. em nenhum momento ela queima a kayla do passado naquela caixa, pelo contrário, queima as barreiras que tinha com o pai dela, que teve, finalmente, a chance de dizer como se sentia em relação ao crescimento dela.
sobre o final: seja sempre estranho e procure alguém que imite rick and morty com você. <3
o excesso de efeitos especiais é algo que sempre me incomodou nos filmes de ação num geral, inclusive nesse, mas por ser robert rodriguez + james cameron a gente releva.
de resto, confesso que assisti três vezes aquela cena da cynthia erivo cantando "you can't hurry love". vai pro top 10 das cenas mais lindas e bem feitas do cinema, com certeza. que preparo, que voz.
xavier dolan vindo sabe-se lá de onde, dakota johnson como sempre me fazendo duvidar da minha orientação sexual e jeff bridges como sempre um atorzão da porra.
mesmíssima fórmula de "encontro de amor" e tão ruim que chega a ser bom, meu deus.
nesse mundo maravilhoso onde você mente num currículo e não sai preso ou processado por falsidade ideológica/conduta desidiosa/má fé - pelo contrário, tá prontinha pra abrir uma empresa DO NADA - é até cômico ver como as pessoas ainda valorizam diplomas (que nada mais é que um pedaço de papel timbrado e com marca d'água - eu tenho dois, por isso digo que não faz PORRA NENHUMA de diferença sobre nada), sendo que a experiencia profissional e pessoal (isto é, a história de vida, o que viu e aprendeu enquanto crescia, as influencias que teve, etc) são também importantes e válidas.
a mensagem que fica nesse filme é que um diploma pode sim abrir portas e privilégios, mas não mede sucesso ou eficiência, uma vez que representa apenas capacidade de cumprir tarefas no prazo necessário, pra receber notas (?) de acordo com seu desempenho.
gargalhei pesado em alguns momentos (principalmente com aquela amiga que xinga bastante. se você não tem uma amiga que xinga horrores a amiga que xinga é você, te garanto) e fiquei sem entender os personagens secundários na empresa de cosméticos, que pareciam estar ali apenas pra preencher a cota de humor do filme.
que cena genial aquela dele carregando o ursinho da girafa pelos corredores do hospital. senti uma onda de tristeza instantânea, mas também esperança.
eu já sabia da história deles por causa do oscar buzz à época de lançamento do filme, mas ainda assim não segurei o choro ao ver as fotos do(s) casamento(s).
as cores são lindas e significativas, é como receber um abraço quentinho ou sentar próximo a uma lareira. é engraçadíssimo também, tem o melhor tipo de humor: sarcástico, inteligente, faceiro. não sei o porquê de ter demorado tanto para ver.
inicialmente fiquei puta porque o woody deixou a bonnie e o restante da "turma" para ser um brinquedo "perdido" depois percebi como esses criadores da pixar são geniais ao conseguirem abordar, no mesmo filme: 1. o medo de se perder, mas também o alívio de se encontrar. 2. a importância de crescer, cultivando seu coração uno e imaculado, pra receber o que for da vida, seja bom ou ruim. 3. as expectativas que nem sempre são correspondidas.
e mais, não fez a betty perder toda a liberdade que ela conquistou, que ela ficou confortável tendo, para fazê-la seguir o woody cegamente, perdendo toda a essência da relação deles. essa parte foi genial; ao deixar a bonnie e seguir a betty, não apenas o woody se encontrou como percebeu as possibilidades maravilhosas que a vida nos proporciona. basta abrir os olhos. basta prestar atenção.
eu e minha irmã nos desfizemos em lágrimas no cinema, mas as outras pessoas estavam de boas. será que eu sou chorona? não é possível que ninguém tenha derramado nem que seja uma lágrima com esse filme.
às vezes tenho vontade de esquecer que assisti esse filme, só pra depois ter a surpresa de descobri-lo e sentir a mesma coisa que senti quando assisti a primeira vez
tive milhares de plot twists mentais enquanto assistia, sinal de que não sai do senso comum e não inova; que filmes assim estão batidos e que nem toda fórmula "casamento grego" funciona.
filmes "coming of age" precisam ser de gente branca entediada?
é legalzinho. apesar de respeitar o Liam James desde The Killing e amar Toni Collette desde sempre não rolou. Steve Carell está INSUPORTÁVEL nesse filme, prova de que ele é mesmo um bom ator. eu tinha vontade de socar uma parede toda vez que ele falava "buddy".
enfim, deixa a gente mais melancólico que esperançoso esse filme. é tipo assistir uma vez pra nunca mais.
alex lawther é o único ator da nossa geração que poderia interpretar billy bloom e pela primeira vez está sem essa cara de "soltei um pum no almoço de domingo". ♥
de como as cenas de sexo exploravam a boca escancarada dos atores homens ao invés do corpo da atriz - geralmente mais velhos que a protagonista - a fim de demonstrar o frenesi de um orgasmo masculino - o que, nesses homens, contexto e filme, ficou apenas cômico e nojento.
filme dificílimo de assistir de você for bi: ora tu deseja a virginie, ora tu deseja o rupert, ora tu deseja a amiga francesa gatíssima.
provavelmente nunca ri tanto com uma cena inicial de um filme adolescente.
mas alguma coisa me incomodou, não sei se foi a total falta de percepção sobre si mesma da protagonista e sua exagerada dramaticidade ou essa mãe terrorista ou esse irmão narcisista ou essa amiga passiva. o bom é que eu dei altas gargalhadas. um filme necessário para a nossa juventude que parece sentir as mesmas coisas que a Nadine, e também não sabem definir.
"you know, ever since we were little, i would get this feeling like... like i'm floating outside of my body, looking down at myself... and i hate what i see... how i'm acting, the way i sound. and i don't know how to change it. and i'm so scared... that the feeling is never gonna go away...".
palavras não descrevem a perfeição que é esse filme. simples, bem desenvolvido, devidamente emotivo.
para além de qualquer coisa sobre os plot twists, fiquei o tempo todo lembrando de um episódio de black mirror enquanto assistia, cuja premissa é a mesma.
gostei muito. fala sobre o amor de um pai por seu filho: algo inimaginável, poderoso e perceptível. o direito que temos a verdade, a enterrar nossos mortos - uma percepção adquirida há séculos, que não precisou de instruções ou recomendações; puro e simples instinto - e também, uma mensagem eficiente sobre como ninguém está acima de ninguém, que o dinheiro pode comprar tudo e todos, mas nunca será capaz de comprar a verdade.
recomendo fortemente. um filme que não precisou de toneladas de efeitos especiais para prender a atenção do espectador, apenas um excelente roteiro, ótimos atores e uma boa direção.
a nota baixa do filme só pode ser explicada pela falta de interesse do público em arte ou, também, do desconhecimento referente a atual cena artística de Los Angeles. o filme aborda isso de forma espetacular e fiquei impressionada em como ninguém procurou fazer as conexões necessárias pra entender a narrativa. existe algo além da mão do artista percorrendo a tela em relação a uma pintura e é disso, essencialmente, que se trata esse filme que se vende como horror com pitadas de gore.
tem cenas memoráveis e que explicam o filme por inteiro: - o rapaz que morre ao acender um cigarro com uma pintura (de tinta óleo, dã) no colo: os macacos representam o fato de ele ter dito a Josephina que ele não era um homem das cavernas. como ele está fazendo algo errado, há também olhos em segundo plano. uma referência ao mundo da arte, onde tem sempre alguém olhando. - o representante daquele pintor sóbrio não-tão-sóbrio que olha um lixo no chão e automaticamente acha que se tratava da arte nova do artista; basicamente é como todo mundo vê a arte atualmente, seu valor relegado ao lixo, a criação como um fardo e o novo inexplorado e considerado ingênuo. - aquela curadora da obra "Esfera" que morreu daquela forma. a pessoa está morta mas acham que ela fazia parte da obra, devido a sua posição e cores. que mordaz. - o crítico preso a crítica. os microfones representam a voz que é dada ao crítico, coisa que não acontece com o criador da obra, que quase sempre é obrigado a engolir a crítica em silêncio. o fato de ele ouvir as vozes sem ter experienciado a exposição e sair correndo ao primeiro som das baleias (que parecem almas atormentadas) deixa isso claro. morre pela mão de uma de suas criticas, com o grito preso na garganta. literalmente. - josephina perguntando qual é o propósito da arte se ninguém pode vê-la? depois é transformada em uma obra de arte viva, misturada às cores. - a dona da Haze que, também transformada em quadro, morre pelo seu último sopro de originalidade: a banda Velvet Buzzsaw. - piers na praia, longe de toda poluição de LA e seus vícios, deixando pra trás o seu antigo eu e criando: desenhos sóbrios de seus estilos anteriores e a água da praia levando embora sua criação assim que ela surge.
um filme incrível que aborda o perigo que é monetizar o sofrimento humano, que muitas vezes acha seu escape na arte.
Fora de Série
3.9 491 Assista Agoraolivia wilde, eu te amarei PRO RESTO DA MINHA VIDA pela criação da personagem gigi nesse filme.
um besteirol pras mina. um "lady bird" misturado com "super bad". maravilhoso, apenas.
Coringa
4.4 4,1K Assista Agoraproibido para menores de 16 anos e fãs da marvel. de resto, tá liberado galera.
Coringa
4.4 4,1K Assista Agora"a loucura é como a gravidade: basta um empurrãozinho".
fiquei absolutamente impressionada em como, numa sessão cheia, as pessoas simplesmente estavam silenciosas e arrebatadas. nem uma tossidinha. o único momento em que ouvi qualquer coisa foram em todas as cenas com o
anão, uma prova de que a gente não aprende mesmo com as coisas que vemos: o cara literalmente disse que único motivo de ele não matar o anão era o fato de ele ter sido decente com ele desde sempre e a gente lá rindo que nem umas hienas. honestamente as piadas com ele eram ótimas.
é violento, visceral, absurdo e incômodo exatamente como o joker tem de ser. fotografia e cenografia estonteantes. trilha sonora inspiradíssima nos filmes do david o. russell, tenho certeza.
uma verdadeira obra de arte.
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista Agoraachei meio pombo.
a falta de compreensão das pessoas num geral para com ele e a irmã foi terrível de observar. fiquei pensando se foi proposital essa abordagem, até perceber que NINGUÉM sabe como agir numa situação dessa. simplesmente escapa da nossa compreensão.
parece que o filme estava incompleto. ao invés de ser imersivo e íntimo, ficou superficial e absurdo, apenas. ao invés de usar a busca de identidade como uma ponte, usou como separação.
errou a mão, anna. :(
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista Agorano cinema em que eu fui assistir a primeira vez a imagem estava péssima, escura e desfocada. só de raiva fui de novo em outro cinema e amei demais, meu deus. uma simples homenagem a era de ouro de hollywood, bem filmado, com inúmeras referências aos filmes do sergio leone. me lembrou scorsese e os irmãos coen ao mesmo tempo (principalmente com esse TIME imbatível de estrelas)
e tenho nem o que falar de brad pitt doidão no ácido.
e mais, um bang-bang italiano dirigido por Antonio Margheriti? essa foi pros fortes entenderem! hahahahah
aquela cena da margot robbie no cinema é a coisa mais linda que já vi o tarantino fazer num filme. lirismo puro.
Por Trás dos Seus Olhos
2.9 130basicamente é sobre um macho escroto e control freak se fodendo. mas também sobre as mentiras que sustentam tão precariamente o castelo de cartas do ego: tanto dele, quanto dela. aquela cena dela saindo do banheiro da balada e chamando por ele e ele fingindo que não estava ouvindo, ahh, rapaz, que jogada: o diretor mostra tanto a dependência dela quanto a necessidade dele de se sentir no controle. a morte dele é o único desfecho possível e satisfatório, porém saber que ela teve o filho sem nunca sonhar que ele não poderia ser o pai também. via de mão dupla de mágoa persistente.
nota injusta. pode ficar num marasmo por uns quarenta minutos, mas depois é pou! atrás de pou!
a fotografia é um show a parte, trilha sonora idem. dá um certo incômodo - principalmente porque banalizamos o ato de enxergar como banalizamos tudo nessa vida - e de tão imersivo consegue ser desconfortável, mas é impecável.
blake tá sensacional, que mulher, meu deus.
Oitava Série
3.8 336 Assista Agorasenti um incômodo persistente com esse filme. em absoluto nenhum momento da minha vida pretendo assisti-lo novamente.
aquelas cenas em que ela tentava se enturmar, sorria para as pessoas e era gentil... deus, o que custa ser capaz de prestar atenção? que porra há de errado com esses jovens?
senti também esperança com aquela cena da fogueira. que acerto do bo ao abordá-la de forma tão sensível e ainda por cima cheia de significado. em nenhum momento ela queima a kayla do passado naquela caixa, pelo contrário, queima as barreiras que tinha com o pai dela, que teve, finalmente, a chance de dizer como se sentia em relação ao crescimento dela.
sobre o final: seja sempre estranho e procure alguém que imite rick and morty com você. <3
Alita: Anjo de Combate
3.6 813 Assista Agorao ódio é poderoso, mas o amor é muito mais.
o excesso de efeitos especiais é algo que sempre me incomodou nos filmes de ação num geral, inclusive nesse, mas por ser robert rodriguez + james cameron a gente releva.
vale todinho pelos minutos finais. <3
Maus Momentos no Hotel Royale
3.6 339 Assista Agorapoderia ter vinte minutos a menos e eu continuaria achando uma imitação de eli roth + tarantino + robert rodriguez.
de resto, confesso que assisti três vezes aquela cena da cynthia erivo cantando "you can't hurry love". vai pro top 10 das cenas mais lindas e bem feitas do cinema, com certeza. que preparo, que voz.
xavier dolan vindo sabe-se lá de onde, dakota johnson como sempre me fazendo duvidar da minha orientação sexual e jeff bridges como sempre um atorzão da porra.
Uma Nova Chance
3.1 164 Assista Agoramesmíssima fórmula de "encontro de amor" e tão ruim que chega a ser bom, meu deus.
nesse mundo maravilhoso onde você mente num currículo e não sai preso ou processado por falsidade ideológica/conduta desidiosa/má fé - pelo contrário, tá prontinha pra abrir uma empresa DO NADA - é até cômico ver como as pessoas ainda valorizam diplomas (que nada mais é que um pedaço de papel timbrado e com marca d'água - eu tenho dois, por isso digo que não faz PORRA NENHUMA de diferença sobre nada), sendo que a experiencia profissional e pessoal (isto é, a história de vida, o que viu e aprendeu enquanto crescia, as influencias que teve, etc) são também importantes e válidas.
a mensagem que fica nesse filme é que um diploma pode sim abrir portas e privilégios, mas não mede sucesso ou eficiência, uma vez que representa apenas capacidade de cumprir tarefas no prazo necessário, pra receber notas (?) de acordo com seu desempenho.
gargalhei pesado em alguns momentos (principalmente com aquela amiga que xinga bastante. se você não tem uma amiga que xinga horrores a amiga que xinga é você, te garanto) e fiquei sem entender os personagens secundários na empresa de cosméticos, que pareciam estar ali apenas pra preencher a cota de humor do filme.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista Agoraque cena genial aquela dele carregando o ursinho da girafa pelos corredores do hospital. senti uma onda de tristeza instantânea, mas também esperança.
eu já sabia da história deles por causa do oscar buzz à época de lançamento do filme, mas ainda assim não segurei o choro ao ver as fotos do(s) casamento(s).
as cores são lindas e significativas, é como receber um abraço quentinho ou sentar próximo a uma lareira. é engraçadíssimo também, tem o melhor tipo de humor: sarcástico, inteligente, faceiro. não sei o porquê de ter demorado tanto para ver.
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista Agorainicialmente fiquei puta porque o woody deixou a bonnie e o restante da "turma" para ser um brinquedo "perdido" depois percebi como esses criadores da pixar são geniais ao conseguirem abordar, no mesmo filme:
1. o medo de se perder, mas também o alívio de se encontrar.
2. a importância de crescer, cultivando seu coração uno e imaculado, pra receber o que for da vida, seja bom ou ruim.
3. as expectativas que nem sempre são correspondidas.
e mais, não fez a betty perder toda a liberdade que ela conquistou, que ela ficou confortável tendo, para fazê-la seguir o woody cegamente, perdendo toda a essência da relação deles. essa parte foi genial; ao deixar a bonnie e seguir a betty, não apenas o woody se encontrou como percebeu as possibilidades maravilhosas que a vida nos proporciona. basta abrir os olhos. basta prestar atenção.
eu e minha irmã nos desfizemos em lágrimas no cinema, mas as outras pessoas estavam de boas. será que eu sou chorona? não é possível que ninguém tenha derramado nem que seja uma lágrima com esse filme.
Elena
4.2 1,3K Assista Agoraàs vezes tenho vontade de esquecer que assisti esse filme, só pra depois ter a surpresa de descobri-lo e sentir a mesma coisa que senti quando assisti a primeira vez
Sete Dias Sem Fim
3.4 265 Assista Agorative milhares de plot twists mentais enquanto assistia, sinal de que não sai do senso comum e não inova; que filmes assim estão batidos e que nem toda fórmula "casamento grego" funciona.
dei algumas risadas forçadas, mas thank u next
O Verão da Minha Vida
3.7 591 Assista Agorafilmes "coming of age" precisam ser de gente branca entediada?
é legalzinho. apesar de respeitar o Liam James desde The Killing e amar Toni Collette desde sempre não rolou. Steve Carell está INSUPORTÁVEL nesse filme, prova de que ele é mesmo um bom ator. eu tinha vontade de socar uma parede toda vez que ele falava "buddy".
enfim, deixa a gente mais melancólico que esperançoso esse filme. é tipo assistir uma vez pra nunca mais.
Freak Show
3.7 46tenho certeza que vou amar esse filme pra sempre.
alex lawther é o único ator da nossa geração que poderia interpretar billy bloom e pela primeira vez está sem essa cara de "soltei um pum no almoço de domingo". ♥
O Segredo de Davi
3.0 161 Assista Agoranão é um filme para todo mundo.
prende muito, utiliza artifícios do horror clássico e apresenta os traumas do protagonista com a devida dissociação por causa do tema pesado.
Nicolas Prattes tá INCRÍVEL, tenho certeza que ele se inspirou no Jake Gyllenhaal em "O Homem Duplicado" porque tá idêntico
, principalmente no final, em que, ao invés de aranhas, há uma espécie de lama cobrindo tudo. Villeneuve ficaria orgulhoso.
queria que ele não tivesse se safado de tudo, apesar das suspeitas da delegada. mas sinceramente foi bom ver aquele otário do Tomás se fodendo.
Sex Doll
2.6 5um pouco amador e mal editado, mas gostei, por exemplo
de como as cenas de sexo exploravam a boca escancarada dos atores homens ao invés do corpo da atriz - geralmente mais velhos que a protagonista - a fim de demonstrar o frenesi de um orgasmo masculino - o que, nesses homens, contexto e filme, ficou apenas cômico e nojento.
filme dificílimo de assistir de você for bi: ora tu deseja a virginie, ora tu deseja o rupert, ora tu deseja a amiga francesa gatíssima.
o final é fofinho. <3
À Beira Mar
3.1 222 Assista Agoraachei um porre deprimente, mas também visualmente bonito.
só consigo pensar em uma palavra para descrever esse filme: conflitante.
Quase 18
3.7 604 Assista Agoraprovavelmente nunca ri tanto com uma cena inicial de um filme adolescente.
mas alguma coisa me incomodou, não sei se foi a total falta de percepção sobre si mesma da protagonista e sua exagerada dramaticidade ou essa mãe terrorista ou esse irmão narcisista ou essa amiga passiva. o bom é que eu dei altas gargalhadas. um filme necessário para a nossa juventude que parece sentir as mesmas coisas que a Nadine, e também não sabem definir.
"you know, ever since we were little, i would get this feeling like... like i'm floating outside of my body, looking down at myself... and i hate what i see... how i'm acting, the way i sound. and i don't know how to change it. and i'm so scared... that the feeling is never gonna go away...".
Durante a Tormenta
4.0 900 Assista Agoraesse filme é o amor da minha vida, tenho certeza.
que prazer rever Ana Wagener e Belén Rueda! só faltou o José Coronado pra fechar. <3
O Corpo
4.1 1,0Kjosé coronado está, essencialmente, no mesmo personagem seu em "contratiempo" o que eu achei ótimo, pois ele é um puta atorzão da porra.
só quero entender o porquê de sentir uma satisfação dificílima de ignorar no final desses filmes.
"a vingança de quem deve é pagar" diz o provérbio, mas eu trocaria por "a retribuição de quem deve é pagar".
Um Contratempo
4.2 2,0Kpalavras não descrevem a perfeição que é esse filme. simples, bem desenvolvido, devidamente emotivo.
para além de qualquer coisa sobre os plot twists, fiquei o tempo todo lembrando de um episódio de black mirror enquanto assistia, cuja premissa é a mesma.
gostei muito. fala sobre o amor de um pai por seu filho: algo inimaginável, poderoso e perceptível. o direito que temos a verdade, a enterrar nossos mortos - uma percepção adquirida há séculos, que não precisou de instruções ou recomendações; puro e simples instinto - e também, uma mensagem eficiente sobre como ninguém está acima de ninguém, que o dinheiro pode comprar tudo e todos, mas nunca será capaz de comprar a verdade.
recomendo fortemente. um filme que não precisou de toneladas de efeitos especiais para prender a atenção do espectador, apenas um excelente roteiro, ótimos atores e uma boa direção.
Toda Arte é Perigosa
2.6 496 Assista Agoraa nota baixa do filme só pode ser explicada pela falta de interesse do público em arte ou, também, do desconhecimento referente a atual cena artística de Los Angeles. o filme aborda isso de forma espetacular e fiquei impressionada em como ninguém procurou fazer as conexões necessárias pra entender a narrativa.
existe algo além da mão do artista percorrendo a tela em relação a uma pintura e é disso, essencialmente, que se trata esse filme que se vende como horror com pitadas de gore.
tem cenas memoráveis e que explicam o filme por inteiro:
- o rapaz que morre ao acender um cigarro com uma pintura (de tinta óleo, dã) no colo: os macacos representam o fato de ele ter dito a Josephina que ele não era um homem das cavernas. como ele está fazendo algo errado, há também olhos em segundo plano. uma referência ao mundo da arte, onde tem sempre alguém olhando.
- o representante daquele pintor sóbrio não-tão-sóbrio que olha um lixo no chão e automaticamente acha que se tratava da arte nova do artista; basicamente é como todo mundo vê a arte atualmente, seu valor relegado ao lixo, a criação como um fardo e o novo inexplorado e considerado ingênuo.
- aquela curadora da obra "Esfera" que morreu daquela forma. a pessoa está morta mas acham que ela fazia parte da obra, devido a sua posição e cores. que mordaz.
- o crítico preso a crítica. os microfones representam a voz que é dada ao crítico, coisa que não acontece com o criador da obra, que quase sempre é obrigado a engolir a crítica em silêncio. o fato de ele ouvir as vozes sem ter experienciado a exposição e sair correndo ao primeiro som das baleias (que parecem almas atormentadas) deixa isso claro. morre pela mão de uma de suas criticas, com o grito preso na garganta. literalmente.
- josephina perguntando qual é o propósito da arte se ninguém pode vê-la? depois é transformada em uma obra de arte viva, misturada às cores.
- a dona da Haze que, também transformada em quadro, morre pelo seu último sopro de originalidade: a banda Velvet Buzzsaw.
- piers na praia, longe de toda poluição de LA e seus vícios, deixando pra trás o seu antigo eu e criando: desenhos sóbrios de seus estilos anteriores e a água da praia levando embora sua criação assim que ela surge.
um filme incrível que aborda o perigo que é monetizar o sofrimento humano, que muitas vezes acha seu escape na arte.
amei real.