Carolina Machado

Já vivi o tema alcoolismo em casa e esse filme me fez lembrar de tudo que passamos como família e toda a tragédia envolvida pra quem vê, assim como a ilusão de quem está entorpecido.

Adaptações de A Man Called Ove me tocam muito, por ser meu livro favorito. Fiquei feliz com uma adaptação que espalhe ainda mais o livro para as pessoas, assim como o escritor.
Confesso que não tive muitas expectativas. A primeira adaptação não me tocou tanto como no livro, pois muitas coisas não tinham o "feeling" que eu senti lendo. Porém, nessa foi diferente. Me emocionei demais, os personagens realmente pegaram a essencia do que senti absorvendo cada palavra do livro. As mudanças não influenciaram tanto na mensagem e desfecho da história e achei até que vieram a calhar por ser uma adaptação estado-unidense e até para manter a discussão com coisas atuais nos EUA.

Ove/Otto me lembra meu avô, por isso comprei o livro pela sinopse sem esperar muito. Me surpreendi do começo ao fim, sendo bem mais do que eu esperava. Sinto que as pessoas que não leram o livro, podem ter esse certo sentimento vendo esse filme também e fico feliz com isso.
Eu realmente tenho muito pouco a criticar dessa adaptação, pois me transportou para 3 anos atrás, quando li o livro pela primeira vez. E é a principal coisa que almejo com adaptações para tela.

Eu realmente sou muito crítica com tudo que vejo, sou bem chata mesmo, pouca coisa me agrada 100% HAHAHA mas esse tenho que dar o braço a torcer que foi uma experiência incrível. Para mim que leu o livro e para minha avó também, que não leu.
Recomendo, principalmente num diazinho de chuva tomando um cafézinho na cama cheia de coberta :)

Como fã do Deadpool, achei que poderiam ter explorado melhor o lado tragicômico do personagem com as boxes, foi a única coisa que senti falta, mas como entreterimento é muito satisfatório.

Ryan nasceu pra fazer o Deadpool inclusive! As piadas que cortam a quinta parede são realmente direto dos quadrinhos.