Depois de ler algumas obras do Murakami, acho que o filme é uma bela interpretação da sua escrita. As 3 horas são necessárias e são bem exploradas. Quando retratam as conversas teatrais, ainda mais quando são tidas em línguas diferentes, é como se alguém lesse poesia para você. Fiquei na pontinha da cadeira enquanto a personagem que usa língua de sinais contava sua história e interpretava a sua personagem. Sem expectativas, eu acreditei na história de cada um, nos seus sofrimentos, no que tinham a dizer e como enxergavam a vida. Cada pessoa teve seu próprio conto e superações diferentes. Além disso, foram várias camadas do olhar cinematográfico. Eles sendo personagens do nosso filme, personagens da sua plateia, pessoas reais e atores. Quantas camadas à serem desvendadas e como isso afeta o processo de cura deles e o nosso relacionamento de espectadores com eles. Particularmente quando dirijo também tenho meu momento privado e pessoal. E ter alguém comigo é quase uma pequena intrusão ao meu mundo. Imagino que quem goste de ler Murakami vai curtir o filme! São sensações muito parecidas :)
Sistema educacional sendo falho desde a idade média. Não tem nada mais sofrido do que assistir essa criança vivendo a vida sem um pingo de suporte. A educação falha quando não é libertadora, e falha quando não permite que esse pinguinho de gente não consiga se enxergar como indivíduo e escrever sua própria história. O final, correndo, com a sensação falsa de liberdade. Sofri do início ao fim, Paulo freire me dê a mão.
Pra mim o filme não é pra ser uma crítica social foda como todo mundo acha, apesar do Korina adorar pesar a mão pra analisar "white trash" É sobre quebra de expectativas e ser campy.
O filme segue uma linha até a saída da Selena. Até ali vamos na ideia dela de que elas estão em perigo mesmo, fantasiaram bastante e se ferraram no final. Depois que ficam as três você já espera a tragédia >que nunca veio mano<. As meninas colocaram o pau na mesa, foi incrível. Elas estavam bem livres pra ir embora quando quisessem, ficou quem quis. Quem imagina que o cara MORRE e duas meninas indo contra uma mansão inteira de gangster com uma máscara rosa com unicórnio? Eu achei tudo de bom. Achei que elas estavam ali só pra mostrar corpinho e no final serem abusadas e na real elas esculacharam todo mundo e depois VOLTARAM PRA CASA BEM PRINCESAS?
As ações da Catherine são erradas e vem de trauma? Sim. Não vamos romantizar esse sofrimento levantado. Mas não consigo desgostar dela. Clarice escreveu: Liberdade é pouco, o que desejo ainda não tem nome. Se eu pudesse morar nas primeiras cenas do filme, lutar boxe, ler livros, assistir peça, corrida, ir a praia com os três,... eu moraria.
Se eu mesma gostaria de assistir os três sem romance andando de bicicleta eternamente, imagine Catherine, em um relacionamento que ela não queria. Uma mudança que ela não desejava. Ela era feliz com ambos, e vice versa. Tentou manter esse ritmo fragmentado e romântico da vida e não conseguiu. Pós guerra, Jules e Jim vivenciaram situações insalubres e medos que os forçaram ao amadurecimento. Catherine tem essa característica de pedir mais e querer algo mais, algo que ela não parece ainda entender. Eu particularmente gosto dessa representação feminina, me lembra os desencantos de Luciola, apesar de desejar um final diferente. Apesar de repudiar suas ações, que vem de traumas e desinformação pessoal, gosto dela, me identifico com suas angustias e questionamentos.
Se fosse no Brasil teriam roubado o dinheirinho e jogado os documentos fora. Depois postavam no face pra pessoa saber em que latão de lixo está. Experiência própria. Cabou o filme.
"“Eu sou um artista!” é uma das últimas frases pronunciadas por ele, espécie de gênio incompreendido da juventude ultraconectada, que se sacrifica em nome de uma verdade moral e estética. Outros toques conservadores aparecem aqui e acolá, como a delegacia de polícia decorada com recortes de jornal anti-Lula, e o fato que nenhuma outra possibilidade de criação artística é proposta além daquela abusiva, moralmente e sexualmente predatória. Os personagens que ferem e manipulam saem ilesos da trama, enquanto a policial federal se limita à inacreditável posição de ouvinte diante das declamações poéticas do protagonista. (Aliás, esta é a cena de interrogatório menos verossímil do audiovisual recente)." http://www.adorocinema.com/filmes/filme-272044/criticas-adorocinema/
Filme bem gaspar noé, o que implica que ficou ruinzinho e forçarão de barra
Comparado aos outros filmes do Tim Burton: uma bosta. Atuações decepcionaram, a menininha não tinha expressão. O dumbo tinha a cara mais apelativa de pobre coitado. Eva Green salvou, toda vez que aparecia meu coração parava um pouco, meu deus que mulher maravilhosa. Enfim, flopou, mas acontece com todo mundo.
Não é sobre serem lobos. É sobre o amadurecimento dos personagens tentando perpassar suas dificuldades e empecilhos. Se conhecer e compreender os caminhos que devem seguir, e que por mais que doa, saber que não ficarão juntos. O marido diz no início, cuidaremos deles até que cresçam. São humanos ou lobos? São indivíduos com vontade de ser, e se constroem em escolhas no decorrer do filme. Escolhas próprias e tão diferentes. Hana nunca fui dona de seus filhos, ela cuidou deles até que crescessem. E é essa a delicadeza do filme. A beleza de tudo. Sobre cada um ser seu próprio eu, e apenas procurar sua maneira de existir.
Se quisesse mesmo emocionar as pessoas com o filme, pelo menos um melodrama fariam, mas é só frio mesmo, quase um documentário. E isso é a violência. Bom lembrar que as vezes essas situações são retratadas com romantismo nos filmes, e esse aqui só quebra isso. Normalmente queremos mais violência, mais informação, mais romance. Aqui você tem as mortes, e é só isso. Sem glamour cinematográfico, músicas no fundo, cenas lentas, clímax. É o cotidiano morto, acabou
Meu deus do céu, Gaspar Noé. Crie um filme com uma personagem masculina não horrível e abusiva. Dê voz à uma mulher as vezes, socorro. É o pornô disfarçado.
Até a cena do sonho da até pra sentir piedade pelo protagonista, em toda a sua crise existencial, etc. Todos com a mesma voz, com características de bonecos, Lisa aparece meio desengonçada, aparentemente acontece uma conexão profunda, mas foi só um relacionamento experimental mesmo. Daí volta na melancolia que não dá pra fugir dessa apatia. Um fascínio temporário de alguma novidade. Pareceu real um match no tinder, que você conversou muito por uns três dias, mas depois percebe que é só aquilo ali mesmo. No final deu vontade de bater nele com um pedaço de pau.
Michael bem representado em todos os pilares do egocentrismo possíveis. Acomodado, com sentimento de posse das pessoas, complexo de superioridade e inferioridade ao mesmo tempo. Não se vê representado em nada, nem na família, foi seguindo a vida e tratando as pessoas como se fossem coisas. E é isso. Ainda em busca de um filme que não faça relacionamentos afetivos parecerem fardos.
Ao mesmo tempo que o relacionamento era muito bonito e sincero, doía para a plateia ver os baixos deles. A forma como vamos sabendo da vida do Jack, e como vemos seu cotidiano mostra para a plateia que o boy não está bem em nenhuma parte do filme. Por mais que os momentos que ele viva com a Ally sejam bonitos, ele é um grito ambulante por ajuda. A indústria do entretenimento é um meio selvagem que muitas vezes deturpa as pessoas. Massifica e molda produtos compráveis. Não sei qual era a intenção do filme, pois há partes que mostram que Ally não queria mudar sua aparência, pelos traumas passados, manter-se fiel a quem é, etc. Mas para mim ela não mudou nada. Por mais que a aparência dela mude como cor do cabelo, roupas, ou as próprias letras sexualizadas, a pessoa Ally sempre esteve ali. A música tornou-se um produto, e aquilo mexeu com o Jack. Jack é uma personagem muito sensível, suscetível demais aos sentimentos, ao amor e paixão, como se a vida fosse poesia. Ally manteve-se bem firme, como quando Jack pediu quando mostrou o outdoor. Música era a vida, era poesia, ambos eram poesia um para outro, arte e sensibilidade. Era o que Jack queria preservar, mas como é dito no filme, estava doente. É interessante também como ele não pertencia ao meio do entretenimento apesar de muito talentoso. Aquela indústria lhe fazia mal, enquanto Ally parecia contornar bem as situações impostas, Jack sempre parecia muito sozinho no palco. Uma história de vida complicada, uma ascensão na indústria selvagem, abandono das pessoas, vícios. Chorei demais no final, queria espernear, quanto sofrimento. Quando as coisas pareciam que ia dar certo, veio aquele empresário maldito e falou aquele monte de estrume. Por mais compreensão à pessoas como Jack. Por mais Ally's que amem e apoiem.
Yu apareceu e dali comecei a chorar e não parei mesmo. Não entendi o porque e fiquei (e ainda estou) pensando sobre isso. Estamos vivos e vamos levar em consideração que estamos em busca de sermos felizes. A felicidade de Rudi era Trudi. A felicidade de Trudi eram os filhos e seus gostos que, para Rudi, eram "feios". Tanto que escondeu isso dentro da casa deles. Quando Rudi perde Trudi, ele percebe que a felicidade dele sumiu. Onde está Trudi? Do que Trudi gosta? Por que ela gosta? Se esse conjunto é Trudi e não há mais Trudi corpórea, Rudi foi obrigado a procurar nuances de Trudi no mundo (que são artísticas e sensíveis), as sombras delas, que é o que Yu fala para ele. Yu aparece e é quando ele se reconecta com alguma coisa. A relação com os filhos já está desgastada e parece sem retorno, Yu é a nova conexão sincera, e a chance de descobrir sua esposa. Assim parece que o luto e a solidão densa do início do filme diminuem. Mas só parece mesmo.
Uma forma bem interessante de representar o mundo e as relações esquisitas deles. Primeiro que ele subdivide todo mundo em dois grandes grupos: Os casais e os solteiros. E os dois grupos se odeiam bastante, não tem meio termo. O filme corta todas as nuances de sentimentos e emoções, eles só conversam sobre fatos físicos. A única coisa que pode acontecer é o romance, e ele acontece independente de gostos, personalidade, hobbies. Você se apaixona por traços em comuns que, sinceramente, são irrelevantes para uma relação acontecer e "dar certo". E eles tem de estar lá. Mesmo que você já esteja apaixonado pela pessoa, as pessoas entendem que é impossível sem esse. Tanto que no final do filme tem a cena do David prestes a se cegar pelo amor dele.
No caso do filme, acho que isso pode se dar como metáfora para diversas ocasiões diferentes. Esse traço em comum pode ser como uma necessidade real para nós, que não conseguimos forçar relacionamentos entre pessoas muito discrepantes. Isso seria viver dentro de uma mentira? As pessoas deveriam se moldar a outras pessoas, tentar se encaixar em trejeitos que não te pertencem? Há um equilíbrio para isso? Nunca vão existir pessoas iguais. Relacionamentos são dar e receber, são combates contra si mesmo? Aprendemos sempre a conviver com as diferenças, a lidar com as divergências. Qual o limiar dentro do relacionamento?
Dá pra ficar aqui escrevendo uma enchente de ideias diferentes. Tem problematização e filosofia pro resto da vida, mas fica aí um comentário escrito às pressas.
Travis e Jane eram a dor e alegria um do outro. Um era o peso no ombro do outro e, ao mesmo tempo, eram a personificação da única felicidade. Paradoxal, não? E ao se separarem, Travis percebeu que estava insustentável ficar sem esse peso (a relação abusiva que ele construiu). Tão insustentável que bloqueou o fardo que o atormentava, e andou sem rumo, sem saber onde ia.
Deixa o telespectador querendo que a família se una de novo. Fique bem juntinha. Mas sabemos que não é possível, Travis sabe que não é possível. Jane entende que ele vai embora, porque eles estão fadados a se auto destruírem juntos. E a felicidade se transforma em fardo, de 2 pessoas que amam e se intoxicam de forma quase equivalente. Nenhum casal do filme fica junto, nem Jane e Travis, nem Walt e Anne, que usam de Hunter para ficarem juntos, pois não se amam. É um filme sobre solidão, e maneiras de aceita-la, ou não.
O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface
2.2 697 Assista AgoraInimigos do bom cinema
Drive My Car
3.8 382 Assista AgoraDepois de ler algumas obras do Murakami, acho que o filme é uma bela interpretação da sua escrita. As 3 horas são necessárias e são bem exploradas. Quando retratam as conversas teatrais, ainda mais quando são tidas em línguas diferentes, é como se alguém lesse poesia para você. Fiquei na pontinha da cadeira enquanto a personagem que usa língua de sinais contava sua história e interpretava a sua personagem.
Sem expectativas, eu acreditei na história de cada um, nos seus sofrimentos, no que tinham a dizer e como enxergavam a vida. Cada pessoa teve seu próprio conto e superações diferentes.
Além disso, foram várias camadas do olhar cinematográfico. Eles sendo personagens do nosso filme, personagens da sua plateia, pessoas reais e atores. Quantas camadas à serem desvendadas e como isso afeta o processo de cura deles e o nosso relacionamento de espectadores com eles.
Particularmente quando dirijo também tenho meu momento privado e pessoal. E ter alguém comigo é quase uma pequena intrusão ao meu mundo.
Imagino que quem goste de ler Murakami vai curtir o filme! São sensações muito parecidas :)
Os Incompreendidos
4.4 645Sistema educacional sendo falho desde a idade média. Não tem nada mais sofrido do que assistir essa criança vivendo a vida sem um pingo de suporte. A educação falha quando não é libertadora, e falha quando não permite que esse pinguinho de gente não consiga se enxergar como indivíduo e escrever sua própria história. O final, correndo, com a sensação falsa de liberdade. Sofri do início ao fim, Paulo freire me dê a mão.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraPra mim o filme não é pra ser uma crítica social foda como todo mundo acha, apesar do Korina adorar pesar a mão pra analisar "white trash" É sobre quebra de expectativas e ser campy.
O filme segue uma linha até a saída da Selena. Até ali vamos na ideia dela de que elas estão em perigo mesmo, fantasiaram bastante e se ferraram no final. Depois que ficam as três você já espera a tragédia >que nunca veio mano<. As meninas colocaram o pau na mesa, foi incrível. Elas estavam bem livres pra ir embora quando quisessem, ficou quem quis. Quem imagina que o cara MORRE e duas meninas indo contra uma mansão inteira de gangster com uma máscara rosa com unicórnio? Eu achei tudo de bom. Achei que elas estavam ali só pra mostrar corpinho e no final serem abusadas e na real elas esculacharam todo mundo e depois VOLTARAM PRA CASA BEM PRINCESAS?
Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois
4.1 335 Assista AgoraAs ações da Catherine são erradas e vem de trauma? Sim. Não vamos romantizar esse sofrimento levantado. Mas não consigo desgostar dela. Clarice escreveu: Liberdade é pouco, o que desejo ainda não tem nome. Se eu pudesse morar nas primeiras cenas do filme, lutar boxe, ler livros, assistir peça, corrida, ir a praia com os três,... eu moraria.
Se eu mesma gostaria de assistir os três sem romance andando de bicicleta eternamente, imagine Catherine, em um relacionamento que ela não queria. Uma mudança que ela não desejava. Ela era feliz com ambos, e vice versa. Tentou manter esse ritmo fragmentado e romântico da vida e não conseguiu. Pós guerra, Jules e Jim vivenciaram situações insalubres e medos que os forçaram ao amadurecimento. Catherine tem essa característica de pedir mais e querer algo mais, algo que ela não parece ainda entender. Eu particularmente gosto dessa representação feminina, me lembra os desencantos de Luciola, apesar de desejar um final diferente. Apesar de repudiar suas ações, que vem de traumas e desinformação pessoal, gosto dela, me identifico com suas angustias e questionamentos.
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraSe fosse no Brasil teriam roubado o dinheirinho e jogado os documentos fora. Depois postavam no face pra pessoa saber em que latão de lixo está. Experiência própria. Cabou o filme.
A Quarta Parede
2.9 5"“Eu sou um artista!” é uma das últimas frases pronunciadas por ele, espécie de gênio incompreendido da juventude ultraconectada, que se sacrifica em nome de uma verdade moral e estética. Outros toques conservadores aparecem aqui e acolá, como a delegacia de polícia decorada com recortes de jornal anti-Lula, e o fato que nenhuma outra possibilidade de criação artística é proposta além daquela abusiva, moralmente e sexualmente predatória. Os personagens que ferem e manipulam saem ilesos da trama, enquanto a policial federal se limita à inacreditável posição de ouvinte diante das declamações poéticas do protagonista. (Aliás, esta é a cena de interrogatório menos verossímil do audiovisual recente)."
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-272044/criticas-adorocinema/
Filme bem gaspar noé, o que implica que ficou ruinzinho e forçarão de barra
Dumbo
3.4 610 Assista AgoraComparado aos outros filmes do Tim Burton: uma bosta. Atuações decepcionaram, a menininha não tinha expressão. O dumbo tinha a cara mais apelativa de pobre coitado. Eva Green salvou, toda vez que aparecia meu coração parava um pouco, meu deus que mulher maravilhosa. Enfim, flopou, mas acontece com todo mundo.
Música, Amigos e Festa
3.3 256 Assista Agoraeu vi zero talentos na musica do cole
Crianças Lobo
4.4 339Não é sobre serem lobos. É sobre o amadurecimento dos personagens tentando perpassar suas dificuldades e empecilhos. Se conhecer e compreender os caminhos que devem seguir, e que por mais que doa, saber que não ficarão juntos. O marido diz no início, cuidaremos deles até que cresçam. São humanos ou lobos? São indivíduos com vontade de ser, e se constroem em escolhas no decorrer do filme. Escolhas próprias e tão diferentes. Hana nunca fui dona de seus filhos, ela cuidou deles até que crescessem. E é essa a delicadeza do filme. A beleza de tudo. Sobre cada um ser seu próprio eu, e apenas procurar sua maneira de existir.
Vice
3.5 488 Assista AgoraTentativa de Grande Aposta 2. Falhou.
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraSe quisesse mesmo emocionar as pessoas com o filme, pelo menos um melodrama fariam, mas é só frio mesmo, quase um documentário. E isso é a violência. Bom lembrar que as vezes essas situações são retratadas com romantismo nos filmes, e esse aqui só quebra isso. Normalmente queremos mais violência, mais informação, mais romance. Aqui você tem as mortes, e é só isso. Sem glamour cinematográfico, músicas no fundo, cenas lentas, clímax. É o cotidiano morto, acabou
Love
3.5 882 Assista AgoraMeu deus do céu, Gaspar Noé. Crie um filme com uma personagem masculina não horrível e abusiva. Dê voz à uma mulher as vezes, socorro. É o pornô disfarçado.
O Plano Imperfeito
3.4 419 Assista AgoraProblemático, chato e com uns homens bem bostas.
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraAté a cena do sonho da até pra sentir piedade pelo protagonista, em toda a sua crise existencial, etc. Todos com a mesma voz, com características de bonecos, Lisa aparece meio desengonçada, aparentemente acontece uma conexão profunda, mas foi só um relacionamento experimental mesmo. Daí volta na melancolia que não dá pra fugir dessa apatia. Um fascínio temporário de alguma novidade. Pareceu real um match no tinder, que você conversou muito por uns três dias, mas depois percebe que é só aquilo ali mesmo. No final deu vontade de bater nele com um pedaço de pau.
Michael bem representado em todos os pilares do egocentrismo possíveis. Acomodado, com sentimento de posse das pessoas, complexo de superioridade e inferioridade ao mesmo tempo. Não se vê representado em nada, nem na família, foi seguindo a vida e tratando as pessoas como se fossem coisas. E é isso.
Ainda em busca de um filme que não faça relacionamentos afetivos parecerem fardos.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista Agoranão entendi o conceito e nem o porquê de ter uma nota tão alta
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraNão assisti os anteriores, mas que delicadeza. As interpretações foram muito bem feitas.
Ao mesmo tempo que o relacionamento era muito bonito e sincero, doía para a plateia ver os baixos deles. A forma como vamos sabendo da vida do Jack, e como vemos seu cotidiano mostra para a plateia que o boy não está bem em nenhuma parte do filme. Por mais que os momentos que ele viva com a Ally sejam bonitos, ele é um grito ambulante por ajuda.
A indústria do entretenimento é um meio selvagem que muitas vezes deturpa as pessoas. Massifica e molda produtos compráveis. Não sei qual era a intenção do filme, pois há partes que mostram que Ally não queria mudar sua aparência, pelos traumas passados, manter-se fiel a quem é, etc. Mas para mim ela não mudou nada. Por mais que a aparência dela mude como cor do cabelo, roupas, ou as próprias letras sexualizadas, a pessoa Ally sempre esteve ali. A música tornou-se um produto, e aquilo mexeu com o Jack. Jack é uma personagem muito sensível, suscetível demais aos sentimentos, ao amor e paixão, como se a vida fosse poesia. Ally manteve-se bem firme, como quando Jack pediu quando mostrou o outdoor. Música era a vida, era poesia, ambos eram poesia um para outro, arte e sensibilidade. Era o que Jack queria preservar, mas como é dito no filme, estava doente.
É interessante também como ele não pertencia ao meio do entretenimento apesar de muito talentoso. Aquela indústria lhe fazia mal, enquanto Ally parecia contornar bem as situações impostas, Jack sempre parecia muito sozinho no palco.
Uma história de vida complicada, uma ascensão na indústria selvagem, abandono das pessoas, vícios. Chorei demais no final, queria espernear, quanto sofrimento. Quando as coisas pareciam que ia dar certo, veio aquele empresário maldito e falou aquele monte de estrume. Por mais compreensão à pessoas como Jack. Por mais Ally's que amem e apoiem.
Por mais Shangela e Willam nos filmes <3
Felicidade
4.1 378tentou fazer uma crítica social fod* porém flopou porque forçou o conceito além da conta. Maçante
Para Todos os Garotos que Já Amei
3.7 1,2KQue coisinha mais fofa e cuticuti
Hanami: Cerejeiras em Flor
4.4 291Yu apareceu e dali comecei a chorar e não parei mesmo. Não entendi o porque e fiquei (e ainda estou) pensando sobre isso. Estamos vivos e vamos levar em consideração que estamos em busca de sermos felizes. A felicidade de Rudi era Trudi. A felicidade de Trudi eram os filhos e seus gostos que, para Rudi, eram "feios". Tanto que escondeu isso dentro da casa deles. Quando Rudi perde Trudi, ele percebe que a felicidade dele sumiu. Onde está Trudi? Do que Trudi gosta? Por que ela gosta? Se esse conjunto é Trudi e não há mais Trudi corpórea, Rudi foi obrigado a procurar nuances de Trudi no mundo (que são artísticas e sensíveis), as sombras delas, que é o que Yu fala para ele.
Yu aparece e é quando ele se reconecta com alguma coisa. A relação com os filhos já está desgastada e parece sem retorno, Yu é a nova conexão sincera, e a chance de descobrir sua esposa. Assim parece que o luto e a solidão densa do início do filme diminuem. Mas só parece mesmo.
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraUma forma bem interessante de representar o mundo e as relações esquisitas deles. Primeiro que ele subdivide todo mundo em dois grandes grupos: Os casais e os solteiros. E os dois grupos se odeiam bastante, não tem meio termo. O filme corta todas as nuances de sentimentos e emoções, eles só conversam sobre fatos físicos. A única coisa que pode acontecer é o romance, e ele acontece independente de gostos, personalidade, hobbies. Você se apaixona por traços em comuns que, sinceramente, são irrelevantes para uma relação acontecer e "dar certo". E eles tem de estar lá. Mesmo que você já esteja apaixonado pela pessoa, as pessoas entendem que é impossível sem esse. Tanto que no final do filme tem a cena do David prestes a se cegar pelo amor dele.
No caso do filme, acho que isso pode se dar como metáfora para diversas ocasiões diferentes. Esse traço em comum pode ser como uma necessidade real para nós, que não conseguimos forçar relacionamentos entre pessoas muito discrepantes. Isso seria viver dentro de uma mentira? As pessoas deveriam se moldar a outras pessoas, tentar se encaixar em trejeitos que não te pertencem? Há um equilíbrio para isso? Nunca vão existir pessoas iguais. Relacionamentos são dar e receber, são combates contra si mesmo? Aprendemos sempre a conviver com as diferenças, a lidar com as divergências. Qual o limiar dentro do relacionamento?
Dá pra ficar aqui escrevendo uma enchente de ideias diferentes. Tem problematização e filosofia pro resto da vida, mas fica aí um comentário escrito às pressas.
Paris, Texas
4.3 696 Assista AgoraTravis e Jane eram a dor e alegria um do outro. Um era o peso no ombro do outro e, ao mesmo tempo, eram a personificação da única felicidade. Paradoxal, não? E ao se separarem, Travis percebeu que estava insustentável ficar sem esse peso (a relação abusiva que ele construiu). Tão insustentável que bloqueou o fardo que o atormentava, e andou sem rumo, sem saber onde ia.
Deixa o telespectador querendo que a família se una de novo. Fique bem juntinha. Mas sabemos que não é possível, Travis sabe que não é possível. Jane entende que ele vai embora, porque eles estão fadados a se auto destruírem juntos. E a felicidade se transforma em fardo, de 2 pessoas que amam e se intoxicam de forma quase equivalente. Nenhum casal do filme fica junto, nem Jane e Travis, nem Walt e Anne, que usam de Hunter para ficarem juntos, pois não se amam. É um filme sobre solidão, e maneiras de aceita-la, ou não.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraLembra bastante a Insustentável Leveza do Ser e seus relacionamentos existencialistas.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraUm filme que retrata pessoas ordinárias conscientes sobre serem ordinárias. Daí elas se apaixonam. Basicamente todos nós.