Nascimento: 25 de Maio de 1943 (74 years)
Falecimento: 4 de Setembro de 2017
Cantagalo, Rio de Janeiro - Brasil
Rogéria, nascida Astolfo Barroso Pinto (Cantagalo, 25 de junho de 1943 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2017), foi uma atriz brasileira. Foi maquiadora na extinta TV Rio e vedete. Morou no exterior, apresentando vários shows, e em 1979 recebeu o Troféu Mambembe, pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo.
Rogéria nasceu em Cantagalo, no interior do estado do Rio de Janeiro, a mesma cidade de outra figura célebre - como declarou, “Em Cantagalo, nasceu a maior bicha do Brasil – no caso, eu – e o maior macho do Brasil, Euclides da Cunha”. Desde sua infância tinha consciência da homossexualidade e na adolescência virou transformista e assumiu uma carreira de maquiadora. Antes disso, virou figura assídua no auditório da Rádio Nacional, particularmente nos programas estrelados pela cantora Emilinha Borba e de quem era fã incondicional.
Ao vencer um concurso de fantasias no carnaval de 1964, tentaram renomeá-la de Astolfo, "que fazia demais a ‘linha executivo’", para Rogério, que levou o público a gritos de "Rogéria", inspirando o nome artístico dela.
Em 8 de agosto de 2017, Rogéria se internou no Hospital Unimed Barra, na Zona Oeste do Rio, com um caso de infecção urinária. Faleceu no dia 4 de setembro, depois de uma complicação após uma crise convulsiva. O Hospital Unimed-Rio informou que a causa da morte de Rogéria foi um choque séptico.
Rogéria começou sua carreira como maquiadora da TV Rio, e ao conviver com inúmeros atores célebres teve o que descreveu como equivalente de uma estadia no Actors Studio, sendo estimulada a interpretar. Sua estreia ocorreu em 29 de maio de 1964, em um notório reduto gay de Copacabana, a Galeria Alaska.
Figura frequente no cinema brasileiro, participou também como jurada em vários programas de auditório nas últimas décadas, de Chacrinha a Gilberto Barros e também Luciano Huck.
Rogéria foi coreógrafa da comissão de frente da Escola de Samba São Clemente, representando Maria, a louca, num enredo que tratava dos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. Em sua passagem, foi recebida com carinho pelo público.
Em 2016, lançou sua biografia Rogéria – Uma mulher e mais um pouco, de Marcio Paschoal.