Yurick Lacerda

Um dos filmes mais incríveis que já vi.

Sinceramente, quando penso que já assisti tudo, Ryan Murphy me faz chorar muito e refletir muito sobre passado, presente e futuro, meu e de toda a sociedade. Acabo de ver THE NORMAL HEART, pela fantástica HBO e estou ainda mexido.

Uma geração inteira sucumbiu pelo preconceito, pela indiferença, pela maldade e falta de amor do ser humano. Desde a epidemia americana, trágico início de tudo em 1981, mais de 36 milhões de pessoas já morreram em decorrência da AIDS, que naquela época era batizada de "câncer gay". Ao ver a luta da Drª. Emma, interpretada por Julia Roberts e do escritor, amante e ativista Ned Weeks, belamente vivido por Mark Ruffalo que juntos fundam uma ONG e enfrentam duramente o Governo do País e da cidade de Nova Iorque, me dói o coração perceber que essa indiferença matou milhares de homens apenas por serem gays.

Isso não fica atrás do holocausto de Hitler que matou milhões por serem judeus, ou das guerras religiosas que exterminam entre si seres humanos por serem cristãos ou não cristãos. O filme retrata um genocídio "silencioso".

É, a ainda hoje reinante falta de amor. O preconceito, mesmo que de forma velada ou não tão intensa, ainda reina em muitos corações. Muitas pessoas sofrem em vida apenas pelo fato de serem homens e amarem outros homens, de serem mulheres e amarem outras mulheres.

Apenas sei que RECOMENDO DEMAIS a todos vocês. Assistam, sintam o filme e a linda atuação de Matt Bomer, como Felix Turner, que surpreende num papel que demandou grande esforço físico e numa atuação comovente e que deve, obrigatoriamente render-lhe o Oscar. Ainda tem Jim Parsons, Taylor Kitsch e tantos outros que encantam e tocam.

ASSISTAM. Nada mais!

De uma poética sutilmente bela. Amei do início ao fim.