A série é um frescor no meio das produções da Netflix. Na realidade é um western, só que passado na época da Grande Depressão no meio-oeste americano. Não é de se estranhar que tenha sido um fracasso nos EUA (apesar das excelentes críticas em outros países e na própria terra do Tio Sam). Os americanos não gostam de falar sobre luta de classes, progressismo e revolução e nem de se ver refletidos em uma produção que retrata um momento sombrio da sua história recente. Uma grande pena ter terminado em suspenso (como é tão normal na Netflix) sem nos presentear com uma segunda temporada.
Que dizer? Perfeição total. Independente de qualquer posicionamento político como alguns querem ver. É o retrato perfeito da estupidez humana. Seja por interesses de poder que a cúpula soviética possuía (e que no Ocidente muda apenas para a ganância e o lucro, também provocando tragédias anunciadas e abafadas como tanto sabemos: basta olhar pouco tempo atrás para Brumadinho), com o auxílio de pessoas mesquinhas como o ser humano sabe tão bem produzir, tipos como Diatlov. Mas o ser humano também é capaz de na tragédia gerar atos de heroísmo impensado e altruísta, com sacrifício da própria vida. Por mim um trabalho único. A ser sempre revisto. Repito: perfeição.
Um dos grandes filmes da era do policial noir. Botar perfeito, assim como o elenco de femmes fatales, porém, Hanks sempre foi um diretor irregular e não consegue imprimir o ritmo necessário. Mas ainda assim muito filme policiai de hoje babando de inveja.
Um dos grandes filmes de Lumet. Em 1976 poderia ter ganho o Oscar de melhor filme (concorreu com o gigantesco Taxi Driver, mas quem acabou levando foi 'Rocky, o Lutador'). É um filme ousado mesmo para a época ao criticar a sociedade americana e sua cultura televisiva, os programas sensacionalistas de auditório, em particular, mas toda a cultura enlatada das grandes emissoras da época, as grandes corporações, o sistema financeiro mundial, o próprio capitalismo (mas também o burlesco extremismo de esquerda americano, nos anos 70 já em pleno declínio). Algumas grandes interpretações, apesar do tom um pouco exagerado que Lumet costuma permitir. Faye Dunaway, em especial, está mais descontrolada que de costume, mais do que o personagem de Finch). Ficou bastante datado, mas é ainda um excelente filme. Destaque para o discurso de Arthur Jenssen (Ned Beatty) que sintetiza o mundo em que ainda hoje vivemos.
Perfeito. Um marco do cinema. Lembra muito o neorrealismo italiano (inclusive no viés social), porém, com um olhar muito mais intimista e lírico. A música de Ravi Shankar é um gigantesco diferencial. Um filme inesquecível.
Uma obra prima. O melhor filme do estilo minimalista de Bresson, mas não um filme simples. A história é contada à perfeição e para aqueles que o acham tedioso, lembremos que é um filme realista, como é dito logo no início, e a vida na prisão é tediosa, o tempo não passa. O tempo e o filme só se aceleram no final, quando a fuga se torna inexorável com a condenação à morte do tenente Fontaine e sua vida que se esgota. Tenso e angustiante. Não é para quem espera um "Fugindo do Inferno" (outra obra-prima). Tudo gira no silêncio da prisão e do personagem (que não pode revelar por barulhos o que está fazendo). Os únicos ruídos são aqueles que revelam o mundo lá fora e a presença dos alemães (que sequer têm rostos). Um prazer revê-lo depois de tantos anos. E o uso do Kyrie Eleison da "Grande Missa" de Mozart nos deixa extasiados.
Magnífico. Só pela cenas das batalhas de Borodino e de Austerlitz já entraria para a história do cinema. Mas é muito mais. Consegue captar muito bem o espírito da obra máxima de Tolstoi. Bondarchuk é um diretor injustamente esquecido.
Que faroeste! Como todo bom spaghetti western é bruto, seco. Infelizmente foi feito para se aproveitar do sucesso da trilogia do dólar de forma apressada e, por isso, com uma história fraca e que bebe, como '' Por um Punhado de Dólares '' na fonte de ''Yojimbo, o Guarda Costas''. Mas nao deixa de ser um clássico. Sempre bom de assistir, tanto que inspirou Tarantino e tantos outros filmes. Sempre um prazer revê-lo.
É uma peça de propaganda. Muito distante do maravilhoso "A Praça Tarhir" que é muito realista. Sem dúvida alguma é de louvar a reação do povo ucraniano ao governo autocrático apoiado pela Rússia que estava no poder à época, o que o documentário não fala é como a manifestação acabou em grande parte controlada por grupos ultranacionalistas de direita. Esses grupos sempre prosperaram na Ucrânia como reação antirussa (vejam o que fizeram na II Guerra ao lado dos nazistas sobre a alegação de estarem combatendo os comunistas e os judeus) e acabaram se apropriando do movimento estudantil inicial. Olha onde tudo foi parar hoje...um comediante de direita conservadora no poder na Ucrânia que se elegeu com o discurso anti-establishment (olha a semelhança com um certo país dos Minions) dominado por esses neonazistas e espremido entre um "czar russo" imperialista moderno e o capitalismo ocidental doido para botar suas garras sobre as riquezas ucranianas (na verdade já pôs, mas quer o bolo todo, sem o empresariado mafioso russo compartilhando o bolo). Vale como retrato do momento, mas com muitas devidas considerações.
Um documento histórico impressionante. É história sendo contada enquanto acontece. Revela a perfeição o que foi a Revolução de Lotus no Egito e seus impactos e consequências. Imagens lindas e emocionantes, mas com um fundo de decepção, pois, as coisas mudam só para continuarem como sempre foram. Imperdível.
Esse é um daqueles filmes que entram para a lista dos imperdiveis. Um importante documento histórico e ecológico. É um documentário sobre a podridão do ser humano e de sua pior invenção: o capitalismo com sua busca desenfreada e inescrupulosa pelo lucro. Vale cada segundo que assisti.
Pretensioso, mas não consegue transmitir bem as premissas que são bem interessantes: a sociedade da estética, a manutenção do papel subalterno das mulheres no mercado de trabalho, o capitalismo transformando tudo apenas em mercadoria, a importância fo status social. A realização é fraca e não tem nada a ver com baixo orçamento, mas sim com um certo desleixo.
Damnation (1ª Temporada)
4.0 41A série é um frescor no meio das produções da Netflix. Na realidade é um western, só que passado na época da Grande Depressão no meio-oeste americano. Não é de se estranhar que tenha sido um fracasso nos EUA (apesar das excelentes críticas em outros países e na própria terra do Tio Sam). Os americanos não gostam de falar sobre luta de classes, progressismo e revolução e nem de se ver refletidos em uma produção que retrata um momento sombrio da sua história recente. Uma grande pena ter terminado em suspenso (como é tão normal na Netflix) sem nos presentear com uma segunda temporada.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraQue filme! Foi o melhor de Lumet junto com "Um Dia de Cão". Impossível qualquer amante do cinema deixar de assistir.
Jean de Florette
4.4 51Filme magnífico. Um retrato perfeito da maldade, da cobiça e do egoísmo do ser humano. Atuações maravilhosas. Fotografia perfeita.
Crime em Budapeste
3.3 6 Assista AgoraNão é ruim. Só rotineiro.
Memórias do 11-9
4.5 14 Assista AgoraImpactante e importante.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraQue dizer? Perfeição total. Independente de qualquer posicionamento político como alguns querem ver. É o retrato perfeito da estupidez humana. Seja por interesses de poder que a cúpula soviética possuía (e que no Ocidente muda apenas para a ganância e o lucro, também provocando tragédias anunciadas e abafadas como tanto sabemos: basta olhar pouco tempo atrás para Brumadinho), com o auxílio de pessoas mesquinhas como o ser humano sabe tão bem produzir, tipos como Diatlov. Mas o ser humano também é capaz de na tragédia gerar atos de heroísmo impensado e altruísta, com sacrifício da própria vida. Por mim um trabalho único. A ser sempre revisto. Repito: perfeição.
À Beira do Abismo
3.8 106 Assista AgoraUm dos grandes filmes da era do policial noir. Botar perfeito, assim como o elenco de femmes fatales, porém, Hanks sempre foi um diretor irregular e não consegue imprimir o ritmo necessário. Mas ainda assim muito filme policiai de hoje babando de inveja.
Bosch: O Legado (1ª Temporada)
4.1 14 Assista AgoraChega logo 2° temporada...Grande Titus Welliver. Grande Harry Bosch. Mimi Rogers e Madison Lintz ótimas.
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista AgoraUm dos grandes filmes de Lumet. Em 1976 poderia ter ganho o Oscar de melhor filme (concorreu com o gigantesco Taxi Driver, mas quem acabou levando foi 'Rocky, o Lutador'). É um filme ousado mesmo para a época ao criticar a sociedade americana e sua cultura televisiva, os programas sensacionalistas de auditório, em particular, mas toda a cultura enlatada das grandes emissoras da época, as grandes corporações, o sistema financeiro mundial, o próprio capitalismo (mas também o burlesco extremismo de esquerda americano, nos anos 70 já em pleno declínio). Algumas grandes interpretações, apesar do tom um pouco exagerado que Lumet costuma permitir. Faye Dunaway, em especial, está mais descontrolada que de costume, mais do que o personagem de Finch). Ficou bastante datado, mas é ainda um excelente filme. Destaque para o discurso de Arthur Jenssen (Ned Beatty) que sintetiza o mundo em que ainda hoje vivemos.
A Canção da Estrada
4.4 71 Assista AgoraPerfeito. Um marco do cinema. Lembra muito o neorrealismo italiano (inclusive no viés social), porém, com um olhar muito mais intimista e lírico. A música de Ravi Shankar é um gigantesco diferencial. Um filme inesquecível.
Um Condenado à Morte Escapou
4.4 69Uma obra prima. O melhor filme do estilo minimalista de Bresson, mas não um filme simples. A história é contada à perfeição e para aqueles que o acham tedioso, lembremos que é um filme realista, como é dito logo no início, e a vida na prisão é tediosa, o tempo não passa. O tempo e o filme só se aceleram no final, quando a fuga se torna inexorável com a condenação à morte do tenente Fontaine e sua vida que se esgota. Tenso e angustiante. Não é para quem espera um "Fugindo do Inferno" (outra obra-prima). Tudo gira no silêncio da prisão e do personagem (que não pode revelar por barulhos o que está fazendo). Os únicos ruídos são aqueles que revelam o mundo lá fora e a presença dos alemães (que sequer têm rostos). Um prazer revê-lo depois de tantos anos. E o uso do Kyrie Eleison da "Grande Missa" de Mozart nos deixa extasiados.
Dexter (4ª Temporada)
4.6 1,0K Assista AgoraFantástica temporada! Perfeita.
Montanha II
3.9 14Ótimo filme de guerra. Vale a pena descobrir.
Guerra e Paz
4.4 34Magnífico. Só pela cenas das batalhas de Borodino e de Austerlitz já entraria para a história do cinema. Mas é muito mais. Consegue captar muito bem o espírito da obra máxima de Tolstoi. Bondarchuk é um diretor injustamente esquecido.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraMagnífico!
Instinto Secreto
3.6 445 Assista AgoraAi que saudades de Hannibal Lecter, de Norman Bates...
Django
3.9 202 Assista AgoraQue faroeste! Como todo bom spaghetti western é bruto, seco. Infelizmente foi feito para se aproveitar do sucesso da trilogia do dólar de forma apressada e, por isso, com uma história fraca e que bebe, como '' Por um Punhado de Dólares '' na fonte de ''Yojimbo, o Guarda Costas''. Mas nao deixa de ser um clássico. Sempre bom de assistir, tanto que inspirou Tarantino e tantos outros filmes. Sempre um prazer revê-lo.
Winter on Fire: Ukraine's Fight for Freedom
4.3 184 Assista AgoraÉ uma peça de propaganda. Muito distante do maravilhoso "A Praça Tarhir" que é muito realista. Sem dúvida alguma é de louvar a reação do povo ucraniano ao governo autocrático apoiado pela Rússia que estava no poder à época, o que o documentário não fala é como a manifestação acabou em grande parte controlada por grupos ultranacionalistas de direita. Esses grupos sempre prosperaram na Ucrânia como reação antirussa (vejam o que fizeram na II Guerra ao lado dos nazistas sobre a alegação de estarem combatendo os comunistas e os judeus) e acabaram se apropriando do movimento estudantil inicial. Olha onde tudo foi parar hoje...um comediante de direita conservadora no poder na Ucrânia que se elegeu com o discurso anti-establishment (olha a semelhança com um certo país dos Minions) dominado por esses neonazistas e espremido entre um "czar russo" imperialista moderno e o capitalismo ocidental doido para botar suas garras sobre as riquezas ucranianas (na verdade já pôs, mas quer o bolo todo, sem o empresariado mafioso russo compartilhando o bolo). Vale como retrato do momento, mas com muitas devidas considerações.
A Praça Tahrir
4.4 90Um documento histórico impressionante. É história sendo contada enquanto acontece. Revela a perfeição o que foi a Revolução de Lotus no Egito e seus impactos e consequências. Imagens lindas e emocionantes, mas com um fundo de decepção, pois, as coisas mudam só para continuarem como sempre foram. Imperdível.
Virunga
4.5 71 Assista AgoraEsse é um daqueles filmes que entram para a lista dos imperdiveis. Um importante documento histórico e ecológico. É um documentário sobre a podridão do ser humano e de sua pior invenção: o capitalismo com sua busca desenfreada e inescrupulosa pelo lucro. Vale cada segundo que assisti.
Creep
3.1 505 Assista AgoraComo sempre digo...mais do mesmo. Vale algo pelo Duplass.
Advantageous
3.4 77 Assista AgoraPretensioso, mas não consegue transmitir bem as premissas que são bem interessantes: a sociedade da estética, a manutenção do papel subalterno das mulheres no mercado de trabalho, o capitalismo transformando tudo apenas em mercadoria, a importância fo status social. A realização é fraca e não tem nada a ver com baixo orçamento, mas sim com um certo desleixo.
Punho de Ferro (1ª Temporada)
3.0 499 Assista AgoraFraco. Muito longe de Demolidor e Luke Cage. Vale pela Jessica Henwick como Colleen Wing.
A Lenda do Diamante
1.6 3 Assista AgoraJá vi filmes ruins em minha vida, mas esse fica difícil de superar...