'Enquanto envelhecia, eu comecei a olhá-la e pensava com meus botões: ela é de outra época! Ela não estava em desacordo com a época. A época que estava em desacordo com ela. Quando uma pessoa adota seu próprio tempo, espírito, ritmo se vivêssemos em uma ambiente que permite ser exatamente quem somos, sempre estaríamos em acordo conosco. O desafio é: como nos adequarmos ao mundo que nos cerca mas nós... "Temos a permissão de ser exatamente quem somos? Nina Simone teve a permissão de ser exatamente quem era?" Tão frágil quanto forte, tão vulnerável quanto dinâmica, ela era uma realeza africana. Como a realeza pisoteia o barro sem deixar de andar com graça? A maioria das pessoa tem medo de ser tão honesta quanto ela viveu.'
Um filme que conta a história da vida de alguém, neste caso, a de um homem que mudou os rumos da tecnologia no mundo, criou produtos que se tornariam parâmetros para o mercado da informática mundial poderia facilmente cair na falha de enaltecer demais, empoderar excessivamente sem mostrar o lado humano do homem, este sim cheio de problemas com a criação da filha, a forma pouco humana com que via os parceiros de vida e trabalho e a teimosia em aceitar que nem sempre estava certo. Steve não era um Deus, embora achasse. Possuía uma autoconfiança absurda, um grande poder de ver muito além da atualidade que viviam, um visionário, um empreendedor, conhecedor absoluto dos seus produtos. Mas, com certeza, um homem que errou muito na vida, principalmente quando se referia às suas relações com seus próximos. O filme, a meu ver, ao contrário do que alguns dizem, não errou por retratar apenas três grandes importantes momentos da vida de Steve, pois conseguiu focar nesses episódios para demonstrar o quanto sua vida vivia de altos e baixos se utilizando de flashbacks. A montagem e edição são extremamente bem feitas e as atuações e o ritmo dos diálogos prende o espectador. Kate Winslet dando suporte para Fassbender mostra como segurar bem um papel a ponto de em alguns momentos roubar a cena. Merecidas as indicações, um bom filme.
Um bom filme, excelente trilha, perfeita a caracterização de época. Muito boa a atuação do ator coadjuvante que faz Abel, candidato ao Oscar. Um bom filme com a visão americana da história, e, é claro, que em se tratando de um filme sobre a guerra fria, a polarização e o heroísmo americano estariam presentes. Assim como em tantos outros filmes sobre guerras. Enfim, um filme para entreter, talvez nem tanto para se recordar.
Um filme divertido para se assistir numa quarta-feira à noite. Despretensioso, com o carisma e a intensidade de Anne e o talento consagrado de De Niro na sutileza de cada gesto.
Não dava muito por esse filme e não é que ele me arrancou lágrimas. Identificação total entre minha fase adolescente e a de Charlie. Aborda uma gama boa de temas teens como rejeição, sensação de inadequação, sexualidade, medos, bullying, transição, todos elevados à última potência de emoções mas com certa delicadeza, mérito do roteiro. Em muita coisa me fez lembrar de Boyhood, filme que também conta essa fase de transição de uma adolescente se utilizando de realismo e sutileza. E a música do Túnel? David Bowie!!! Ahh, como se encaixa perfeitamente ao filme e à cena final... Já quero assistir mais de uma vez!
Contém spoilers. Você começa a assistir ao filme e se pega tão hipnotizado pela atuação de Al Pacino e pela determinação do seu personagem, Tony Montana, em alcançar o sucesso a qualquer custo que chega mesmo a torcer por uma redenção dele, ainda que ele seja um bandido inescrupuloso, disposto a passar por cima de tudo e todos. Há uns lampejos de humanidade em Tony, quase como se estivesse pondo os pés no chão, como quando se recusa a matar crianças, quando tenta se aproximar da mãe para ajudá-la usando dinheiro do tráfico e, pode-se dizer, até na sua relação de posse com a irmã, camuflada de zelo. E ainda questiona toda a riqueza que seus negócios ilícitos proporcionam: uma vida fútil, de comer, beber, "cheirar" e muito sexo. Seria mais uma vez um quase "pé no chão"? Todo o filme tem uma sequência e um roteiro bem amarrado, que, apesar de estender bastante, cumpre sua missão de contar a história sem exceder nos detalhes ou entediar. Muito ao contrário, prende até o último segundo. Al Pacino, gênio, leva o filme com maestria e nos deixa a sensação de que o sucesso do filme não seria o mesmo se ele não estivesse no papel principal. E não seria mesmo. Para Tony, ele é algo indestrutível a quem apenas o poder perene importa: "The world is yours". Favoritei, claro.
É daqueles filmes que você volta para ouvir uma frase específica, tipo: "Sou um prostituto católico, fazendo sexo fora do casamento com meu namorado judeu e negro que trabalha numa clínica de aborto. Saúdo Satanás" E segue-se uma cena perfeito com uma violência amenizada pela trilha sonora sempre pontual, diga- se com ênfase, perfeita. Oxford, no brogue. 😄
Das muitas metáforas e referências de que o filme lança mão, percebi instantaneamente a utilização da alegoria (ou mito) da caverna de Platão quando Caleb se utiliza deste mito para explicar para Ava sobre Mary, uma mulher que entende tudo sobre cores, suas nuances e suas influências psíquicas-neurológicas, mas vivendo em um quarto preto e branco não pode sair e ter realmente a experiência maior e definitiva, a certeza da existência das cores e sua beleza no mundo exterior. Ela se alimenta, assim como os homens presos na caverna se alimentam da expectativa causada pelas sombras do que acontece lá fora; da vontade de um dia sair e ver o mundo que ela só conhece em ilusão, em suposição. Assim também Ava se encontra, com autonomia de pensamentos, sabendo a existência de um mundo a ser explorado, de pessoas que anseia por conhecer, assimilar seus comportamentos, porém sem a possiblidade de fazê-lo, pois esta aprisionada à mercê de seu criador. É um filme que realmente nos põe a questionar sobre a tecnologia e como a IA poderia contribuir com a evolução da humanidade ou ser determinante para a extinção da mesma, dito por Caleb, em tom de profecia, quando cita o inventor da bomba atômica: "eu me torno a morte, a destruidora de mundos". Sem mais, sem entrar em spoilers, filme questionador, com diálogos interessantes sem nos fazer sentir leigos na questão como muitos outros que versam sobre o mesmo tema fizeram/fazem. A atmosfera calma da natureza fora da casa em contraste com o clima sombrio de dentro da casa quebra para um momento de calma e diálogos amenos e pertinentes. E como ajudam a fotografia e os posicionamentos de câmera. Enfim, gostei demais do tanto que me inspirou esse filme, fez pensar que a personagem principal, ainda que seja um autômato-mulher, nos diz muito sobre as condições em que muitas delas vivem em nosso mundo: encarceradas, violentadas, submetidas à vontade de seus "donos", aí mais uma metáfora quase óbvia.
Regina e toda a equipe desse filme merecem as maiores premiações. Ainda não consigo fazer um comentário que não seja este: Lindo, realista, objetivo!!!
Os personagens femininos, na sua mais diversa definição, carregados de uma sensibilidade arredia e empática a um só tempo, a força magnética dessas mulheres em situações de vulnerabilidade seja ela emocional, psíquica, física, faz querer ver esse filme até o fim para aprender mais sobre esse encantador e sofrido universo feminino, nos apresentado por Almodóvar através da vivacidade das cores, a paixão por estar vivo e as atuações fortes quase hipnotizantes. Uma delicia de filme! Almodóvar gênio !
Uma aula do que é fazer cinema. Impossível citar apenas uma cena perfeita desse filme. Contudo, a cena em que Jake se prepara para lutar caminhando até à arena, toda feita em plano-sequência, seguida de outras cenas magníficas como a em que o preparador de Jake joga água sobre o corpo dele no intervalo entre os rounds e os detalhes da água caindo lentamente são de um primor total! Nota 5 estrelas, Favorito. Como não amar a dupla Scorcese - De Niro?
Você começa a assistir o filme e pode até pensar que se trata de mais um romance açucarado convencional. Engana-se. Aos poucos, percebe como existem relacionamentos que fogem ao tradicional, o que, no filme, é colocado de uma forma surreal, uma metáfora para que diálogos surpreendentes e comuns a todos sejam repassados. Quem não se vê em nenhuma situação ali posta? Então acessamos a internet, conhecemos alguém e ,em pouco tempo, nos vemos entregues a um sentimento arrebatador, que acrescenta, faz reviver. É bonito ver como Theodore se purifica e se redime de culpas e sentimentos negativos, então aprisionados pelo passado, através da experiência de viver um novo amor. Esse é o maior ensinamento que podemos adquirir dos relacionamentos com as pessoas que passam por nossa vida, estar em constante evolução, aprimoramento, assim como dizia Samantha sobre ela mesma e seu transcurso. Um filme tocante, com uma percepção linda do amor e que diz a todos nós. Diálogos maravilhosos, uma trilha sonora sob medidas para verter lágrimas. Final melhor não há.
Apenas isso: "As pessoas estão morrendo assim todos os dias. Todos os que conheço estão morrendo. E penso: se essa guerra um dia acabar, não posso voltar a fazer coisas de crianças."
A proposta do filme é exatamente usar da metáfora da estrada, da viagem, do percurso trilhado, tão comum em filmes como este para desnudar os medos, inseguranças e mistérios dos personagens que, a princípio, nos são desconhecidos na medida em que também avançam na quilometragem percorrida, como se fosse a história da própria vida de cada um: " a vida é como desenhar sem borracha". E é certo que percebemos a evolução dos personagens no desenrolar desse roteiro que, sim, é um pouco clichê, que, sim, lembra muito "Central". João se renova na história de Duda. Percebendo a determinação de um garoto tão novo e entregue a própria sorte, vê o quanto se pune sem necessidade, pois também é digno de buscar a sua redenção, resgatar a sua história, se perdoar, se redimir. Assim o faz. Essa história de amizade que nasce do convívio forçado e que, aos poucos, vai migrando para uma admiração tímida muito me atrai pois revela o lado humano e carente de contato humano que todos temos, ainda que não seja o que queremos no momento. Os elementos de que o diretor lança mão para contar a história são super válidos e se encaixam perfeitamente no contexto do filme, algo um pouco simplista, antiquado, mas que fala diretamente com seu público, um apelo visual e auditivo. Tanto as músicas de Roberto, quanto as frases dos caminhões vêm nos momentos chave do filme, indicativo de que uma lição foi passada e nova fase se iniciará. Enfim, um belo filme. Parabéns ao cinema brasileiro.
Um filme com um roteiro simples, baixo custo de produção, mas uma carta na manga: a irrepreensível atuação de Marion, que consegue passar com precisão milimétrica a angústia vivida pela personagem que encara duas "lutas", uma seguida da outra. Luta-se com ela, sente-se raiva com ela, sente-se raiva dela, compadece-se dela. O filme mais do que mostrar relações de trabalho e de pessoas que esquecem de ver o outro para olhar apenas para o próprio umbigo capitalistas (e qual seria a nossa posição no lugar deles? A própria personagem se questiona), trata daquela questão básica da vida que, às vezes esquecemos, que nem sempre a perda é uma perda. Há perdas que são ganhos. Das derrotas, é sim possível colher bons frutos. E ainda que algo tente nos desvirtuar, nos mantemos na essência inicial e não contradizemos a nossa própria história e percurso. Não atalhar para o caminho mais fácil e sim recomeçar, digno e mais forte!
Podia ser descrito como aquela parte do amor no juramento dos noivos que diz: "...te prometo ser fiel, amar e respeitar, na ********** e na tristeza, na ************e na doença, por todos os dias da nossa vida, até que a morte... " chegue, enfim. Filme perturbador e belo, que nos faz ver que a velhice está ali, ao dobra a esquina, no final de um belo instante fugaz, e que ter alguém por perto não é garantia de segurança, mas é melhor do que estar só. A pergunta respondida pelo filme é se o amor é capaz de suportar uma terrível doença degenerativa, em que ao doente se impõe o definhamento gradativo dia após dia e a quem cuida resta o tormento de ver a pessoa que se ama se transformar em um desconhecido. Um filme que é um tapa na cara, um tapa de amor ( que me fez chorar), dizendo ao pé do ouvido: pega lá seu tênis e sai para correr, respirar ar puro, vai se movimentar, locomover, gastar a energia que a juventude tem, porque, a menos que a morte lhe venha de súbito, a velhice lhe é certa; com ela, as mazelas do corpo. A pontinha de angústia é o receio de não ter o amor por perto.
As atuações dos dois atores, Meryl Streep e Tommy Lee Jones são algo magistral: aula de como atuar. Meryl Streep, a melhor atriz de todos os tempos com toda certeza.
Um filme que vai além do sexo explícito, escrachado , escancarado... Aliás, esse tema acaba ficando como pano de fundo para dimensionar a crise e os problemas vividos pelos personagens, um deles atormentado por seus fantasmas de infância e a educação de rígidos valores morais que recebeu, outro pela sensação de não-existência no mundo e sua incapacidade de confrontar a si mesmo e outro ainda pela culpa inata que carrega por, supostamente, não merecer as chances que a vida lhe deu e não ter o direito de amar de igual para igual, na medida em que se vê apenas como um corpo físico: objeto desprovido de humanidade. Um filme que nos torna cúmplices dos dramas dos personagens, pois sofremos com eles quando não alcançam a satisfação no amor e no sexo, opostos àqueles que expressam seu amor na libido, das mais variadas formas, sem censura, sem bloqueios, pelo menos assim aparentando; afinal, nesse mundinho de "desajustados" (shortbus), há sempre lugar para mais um.
Filme muito bom, as sensações todas se misturando, do paladar, do olfato (quem não teve a sensação de estar sentido o cheiro dos temperos), da visão, que às vezes dá asco pela proposital falta de higiene de algumas cenas. As passagens do filme em câmera lenta, focalizando o ato da preparação dos alimentos, exatamente como uma arte em sua elaboração, acompanhada de uma música que embala, como em um concerto. Penso que o diretor foi feliz por conseguir mostrar em várias situações do filme a utilização daquela velha máxima: "foi pego pelo estômago". Um filme muito bem produzido com um tema que poderia não dar em nada ou passar despercebido, mas que consegue capturar a atenção do espectador e levar a um desfecho interessante.
O filme tem uma caracterização de época perfeita, detalhe importante, pois faz uma escalada cronológica de vinte anos passando pelo mesmo dia: 15 de julho. Figurino, trilha sonora, utensílios e acessórios, costumes da época dos anos 80 e 90, tudo muito bem reproduzido. Belas paisagens e cenários.
No filme, chama atenção a inversão de situação de vida dos personagens com o desenrolar da história, mas ambos sempre caminhando no mesmo sentido, o dá descoberta da verdade que os persegue ano a ano: de que enfim ficariam juntos. A vida nos dá várias chances de ser feliz e essa felicidade pode estar mais perto do que se imagina. É preciso descobrir o que ou quem nos faz feliz, antes que seja tarde ou sobre pouco tempo para vivermos essa felicidade.
Sobre Anne Hathaway, simplesmente sou fã, sempre se sai muito bem nesse tipo de filme, a exemplo de "Amor e Outras Drogas".
What Happened, Miss Simone?
4.4 401 Assista Agora'Enquanto envelhecia, eu comecei a olhá-la e pensava com meus botões: ela é de outra época! Ela não estava em desacordo com a época. A época que estava em desacordo com ela. Quando uma pessoa adota seu próprio tempo, espírito, ritmo se vivêssemos em uma ambiente que permite ser exatamente quem somos, sempre estaríamos em acordo conosco. O desafio é: como nos adequarmos ao mundo que nos cerca mas nós... "Temos a permissão de ser exatamente quem somos? Nina Simone teve a permissão de ser exatamente quem era?" Tão frágil quanto forte, tão vulnerável quanto dinâmica, ela era uma realeza africana. Como a realeza pisoteia o barro sem deixar de andar com graça? A maioria das pessoa tem medo de ser tão honesta quanto ela viveu.'
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraUm filme que conta a história da vida de alguém, neste caso, a de um homem que mudou os rumos da tecnologia no mundo, criou produtos que se tornariam parâmetros para o mercado da informática mundial poderia facilmente cair na falha de enaltecer demais, empoderar excessivamente sem mostrar o lado humano do homem, este sim cheio de problemas com a criação da filha, a forma pouco humana com que via os parceiros de vida e trabalho e a teimosia em aceitar que nem sempre estava certo. Steve não era um Deus, embora achasse. Possuía uma autoconfiança absurda, um grande poder de ver muito além da atualidade que viviam, um visionário, um empreendedor, conhecedor absoluto dos seus produtos. Mas, com certeza, um homem que errou muito na vida, principalmente quando se referia às suas relações com seus próximos. O filme, a meu ver, ao contrário do que alguns dizem, não errou por retratar apenas três grandes importantes momentos da vida de Steve, pois conseguiu focar nesses episódios para demonstrar o quanto sua vida vivia de altos e baixos se utilizando de flashbacks. A montagem e edição são extremamente bem feitas e as atuações e o ritmo dos diálogos prende o espectador. Kate Winslet dando suporte para Fassbender mostra como segurar bem um papel a ponto de em alguns momentos roubar a cena. Merecidas as indicações, um bom filme.
Ponte dos Espiões
3.7 694Um bom filme, excelente trilha, perfeita a caracterização de época. Muito boa a atuação do ator coadjuvante que faz Abel, candidato ao Oscar. Um bom filme com a visão americana da história, e, é claro, que em se tratando de um filme sobre a guerra fria, a polarização e o heroísmo americano estariam presentes. Assim como em tantos outros filmes sobre guerras. Enfim, um filme para entreter, talvez nem tanto para se recordar.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraQue sutileza e cuidado com a produção do filme todo! E como não se apaixonar por Cate Blanchet, hipnotizantes a cada cena...
Um Senhor Estagiário
3.9 1,2K Assista AgoraUm filme divertido para se assistir numa quarta-feira à noite. Despretensioso, com o carisma e a intensidade de Anne e o talento consagrado de De Niro na sutileza de cada gesto.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraNão dava muito por esse filme e não é que ele me arrancou lágrimas. Identificação total entre minha fase adolescente e a de Charlie. Aborda uma gama boa de temas teens como rejeição, sensação de inadequação, sexualidade, medos, bullying, transição, todos elevados à última potência de emoções mas com certa delicadeza, mérito do roteiro. Em muita coisa me fez lembrar de Boyhood, filme que também conta essa fase de transição de uma adolescente se utilizando de realismo e sutileza.
E a música do Túnel? David Bowie!!! Ahh, como se encaixa perfeitamente ao filme e à cena final... Já quero assistir mais de uma vez!
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraContém spoilers.
Você começa a assistir ao filme e se pega tão hipnotizado pela atuação de Al Pacino e pela determinação do seu personagem, Tony Montana, em alcançar o sucesso a qualquer custo que chega mesmo a torcer por uma redenção dele, ainda que ele seja um bandido inescrupuloso, disposto a passar por cima de tudo e todos. Há uns lampejos de humanidade em Tony, quase como se estivesse pondo os pés no chão, como quando se recusa a matar crianças, quando tenta se aproximar da mãe para ajudá-la usando dinheiro do tráfico e, pode-se dizer, até na sua relação de posse com a irmã, camuflada de zelo. E ainda questiona toda a riqueza que seus negócios ilícitos proporcionam: uma vida fútil, de comer, beber, "cheirar" e muito sexo. Seria mais uma vez um quase "pé no chão"?
Todo o filme tem uma sequência e um roteiro bem amarrado, que, apesar de estender bastante, cumpre sua missão de contar a história sem exceder nos detalhes ou entediar. Muito ao contrário, prende até o último segundo. Al Pacino, gênio, leva o filme com maestria e nos deixa a sensação de que o sucesso do filme não seria o mesmo se ele não estivesse no papel principal. E não seria mesmo. Para Tony, ele é algo indestrutível a quem apenas o poder perene importa: "The world is yours".
Favoritei, claro.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraÉ daqueles filmes que você volta para ouvir uma frase específica, tipo:
"Sou um prostituto católico, fazendo sexo fora do casamento com meu namorado judeu e negro que trabalha numa clínica de aborto. Saúdo Satanás"
E segue-se uma cena perfeito com uma violência amenizada pela trilha sonora sempre pontual, diga- se com ênfase, perfeita.
Oxford, no brogue. 😄
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraSensacional do início ao fim! Ansioso pelo próximo...
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraDas muitas metáforas e referências de que o filme lança mão, percebi instantaneamente a utilização da alegoria (ou mito) da caverna de Platão quando Caleb se utiliza deste mito para explicar para Ava sobre Mary, uma mulher que entende tudo sobre cores, suas nuances e suas influências psíquicas-neurológicas, mas vivendo em um quarto preto e branco não pode sair e ter realmente a experiência maior e definitiva, a certeza da existência das cores e sua beleza no mundo exterior. Ela se alimenta, assim como os homens presos na caverna se alimentam da expectativa causada pelas sombras do que acontece lá fora; da vontade de um dia sair e ver o mundo que ela só conhece em ilusão, em suposição. Assim também Ava se encontra, com autonomia de pensamentos, sabendo a existência de um mundo a ser explorado, de pessoas que anseia por conhecer, assimilar seus comportamentos, porém sem a possiblidade de fazê-lo, pois esta aprisionada à mercê de seu criador.
É um filme que realmente nos põe a questionar sobre a tecnologia e como a IA poderia contribuir com a evolução da humanidade ou ser determinante para a extinção da mesma, dito por Caleb, em tom de profecia, quando cita o inventor da bomba atômica: "eu me torno a morte, a destruidora de mundos".
Sem mais, sem entrar em spoilers, filme questionador, com diálogos interessantes sem nos fazer sentir leigos na questão como muitos outros que versam sobre o mesmo tema fizeram/fazem. A atmosfera calma da natureza fora da casa em contraste com o clima sombrio de dentro da casa quebra para um momento de calma e diálogos amenos e pertinentes. E como ajudam a fotografia e os posicionamentos de câmera. Enfim, gostei demais do tanto que me inspirou esse filme, fez pensar que a personagem principal, ainda que seja um autômato-mulher, nos diz muito sobre as condições em que muitas delas vivem em nosso mundo: encarceradas, violentadas, submetidas à vontade de seus "donos", aí mais uma metáfora quase óbvia.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraRegina e toda a equipe desse filme merecem as maiores premiações. Ainda não consigo fazer um comentário que não seja este: Lindo, realista, objetivo!!!
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraOs personagens femininos, na sua mais diversa definição, carregados de uma sensibilidade arredia e empática a um só tempo, a força magnética dessas mulheres em situações de vulnerabilidade seja ela emocional, psíquica, física, faz querer ver esse filme até o fim para aprender mais sobre esse encantador e sofrido universo feminino, nos apresentado por Almodóvar através da vivacidade das cores, a paixão por estar vivo e as atuações fortes quase hipnotizantes. Uma delicia de filme! Almodóvar gênio !
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraUma aula do que é fazer cinema. Impossível citar apenas uma cena perfeita desse filme. Contudo, a cena em que Jake se prepara para lutar caminhando até à arena, toda feita em plano-sequência, seguida de outras cenas magníficas como a em que o preparador de Jake joga água sobre o corpo dele no intervalo entre os rounds e os detalhes da água caindo lentamente são de um primor total! Nota 5 estrelas, Favorito. Como não amar a dupla Scorcese - De Niro?
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraVocê começa a assistir o filme e pode até pensar que se trata de mais um romance açucarado convencional. Engana-se. Aos poucos, percebe como existem relacionamentos que fogem ao tradicional, o que, no filme, é colocado de uma forma surreal, uma metáfora para que diálogos surpreendentes e comuns a todos sejam repassados. Quem não se vê em nenhuma situação ali posta?
Então acessamos a internet, conhecemos alguém e ,em pouco tempo, nos vemos entregues a um sentimento arrebatador, que acrescenta, faz reviver. É bonito ver como Theodore se purifica e se redime de culpas e sentimentos negativos, então aprisionados pelo passado, através da experiência de viver um novo amor. Esse é o maior ensinamento que podemos adquirir dos relacionamentos com as pessoas que passam por nossa vida, estar em constante evolução, aprimoramento, assim como dizia Samantha sobre ela mesma e seu transcurso.
Um filme tocante, com uma percepção linda do amor e que diz a todos nós. Diálogos maravilhosos, uma trilha sonora sob medidas para verter lágrimas. Final melhor não há.
Beasts of No Nation
4.3 831 Assista AgoraApenas isso:
"As pessoas estão morrendo assim todos os dias. Todos os que conheço estão morrendo. E penso: se essa guerra um dia acabar, não posso voltar a fazer coisas de crianças."
À Beira do Caminho
3.8 310A proposta do filme é exatamente usar da metáfora da estrada, da viagem, do percurso trilhado, tão comum em filmes como este para desnudar os medos, inseguranças e mistérios dos personagens que, a princípio, nos são desconhecidos na medida em que também avançam na quilometragem percorrida, como se fosse a história da própria vida de cada um: " a vida é como desenhar sem borracha". E é certo que percebemos a evolução dos personagens no desenrolar desse roteiro que, sim, é um pouco clichê, que, sim, lembra muito "Central". João se renova na história de Duda. Percebendo a determinação de um garoto tão novo e entregue a própria sorte, vê o quanto se pune sem necessidade, pois também é digno de buscar a sua redenção, resgatar a sua história, se perdoar, se redimir. Assim o faz.
Essa história de amizade que nasce do convívio forçado e que, aos poucos, vai migrando para uma admiração tímida muito me atrai pois revela o lado humano e carente de contato humano que todos temos, ainda que não seja o que queremos no momento.
Os elementos de que o diretor lança mão para contar a história são super válidos e se encaixam perfeitamente no contexto do filme, algo um pouco simplista, antiquado, mas que fala diretamente com seu público, um apelo visual e auditivo. Tanto as músicas de Roberto, quanto as frases dos caminhões vêm nos momentos chave do filme, indicativo de que uma lição foi passada e nova fase se iniciará.
Enfim, um belo filme. Parabéns ao cinema brasileiro.
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542Um filme com um roteiro simples, baixo custo de produção, mas uma carta na manga: a irrepreensível atuação de Marion, que consegue passar com precisão milimétrica a angústia vivida pela personagem que encara duas "lutas", uma seguida da outra. Luta-se com ela, sente-se raiva com ela, sente-se raiva dela, compadece-se dela. O filme mais do que mostrar relações de trabalho e de pessoas que esquecem de ver o outro para olhar apenas para o próprio umbigo capitalistas (e qual seria a nossa posição no lugar deles? A própria personagem se questiona), trata daquela questão básica da vida que, às vezes esquecemos, que nem sempre a perda é uma perda. Há perdas que são ganhos. Das derrotas, é sim possível colher bons frutos. E ainda que algo tente nos desvirtuar, nos mantemos na essência inicial e não contradizemos a nossa própria história e percurso. Não atalhar para o caminho mais fácil e sim recomeçar, digno e mais forte!
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraChorei com o "sumiço" do amiguinho imaginário... 😢
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraPodia ser descrito como aquela parte do amor no juramento dos noivos que diz: "...te prometo ser fiel, amar e respeitar, na ********** e na tristeza, na ************e na doença, por todos os dias da nossa vida, até que a morte... " chegue, enfim. Filme perturbador e belo, que nos faz ver que a velhice está ali, ao dobra a esquina, no final de um belo instante fugaz, e que ter alguém por perto não é garantia de segurança, mas é melhor do que estar só. A pergunta respondida pelo filme é se o amor é capaz de suportar uma terrível doença degenerativa, em que ao doente se impõe o definhamento gradativo dia após dia e a quem cuida resta o tormento de ver a pessoa que se ama se transformar em um desconhecido. Um filme que é um tapa na cara, um tapa de amor ( que me fez chorar), dizendo ao pé do ouvido: pega lá seu tênis e sai para correr, respirar ar puro, vai se movimentar, locomover, gastar a energia que a juventude tem, porque, a menos que a morte lhe venha de súbito, a velhice lhe é certa; com ela, as mazelas do corpo. A pontinha de angústia é o receio de não ter o amor por perto.
Um Divã Para Dois
3.5 755 Assista AgoraAs atuações dos dois atores, Meryl Streep e Tommy Lee Jones são algo magistral: aula de como atuar. Meryl Streep, a melhor atriz de todos os tempos com toda certeza.
O Vencedor
4.0 1,3K Assista AgoraO que é o Christian Bale??? O Camaleão...
Shortbus
3.7 548Um filme que vai além do sexo explícito, escrachado , escancarado... Aliás, esse tema acaba ficando como pano de fundo para dimensionar a crise e os problemas vividos pelos personagens, um deles atormentado por seus fantasmas de infância e a educação de rígidos valores morais que recebeu, outro pela sensação de não-existência no mundo e sua incapacidade de confrontar a si mesmo e outro ainda pela culpa inata que carrega por, supostamente, não merecer as chances que a vida lhe deu e não ter o direito de amar de igual para igual, na medida em que se vê apenas como um corpo físico: objeto desprovido de humanidade. Um filme que nos torna cúmplices dos dramas dos personagens, pois sofremos com eles quando não alcançam a satisfação no amor e no sexo, opostos àqueles que expressam seu amor na libido, das mais variadas formas, sem censura, sem bloqueios, pelo menos assim aparentando; afinal, nesse mundinho de "desajustados" (shortbus), há sempre lugar para mais um.
Estômago
4.2 1,6K Assista AgoraFilme muito bom, as sensações todas se misturando, do paladar, do olfato (quem não teve a sensação de estar sentido o cheiro dos temperos), da visão, que às vezes dá asco pela proposital falta de higiene de algumas cenas. As passagens do filme em câmera lenta, focalizando o ato da preparação dos alimentos, exatamente como uma arte em sua elaboração, acompanhada de uma música que embala, como em um concerto.
Penso que o diretor foi feliz por conseguir mostrar em várias situações do filme a utilização daquela velha máxima: "foi pego pelo estômago". Um filme muito bem produzido com um tema que poderia não dar em nada ou passar despercebido, mas que consegue capturar a atenção do espectador e levar a um desfecho interessante.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraO filme tem uma caracterização de época perfeita, detalhe importante, pois faz uma escalada cronológica de vinte anos passando pelo mesmo dia: 15 de julho. Figurino, trilha sonora, utensílios e acessórios, costumes da época dos anos 80 e 90, tudo muito bem reproduzido. Belas paisagens e cenários.
No filme, chama atenção a inversão de situação de vida dos personagens com o desenrolar da história, mas ambos sempre caminhando no mesmo sentido, o dá descoberta da verdade que os persegue ano a ano: de que enfim ficariam juntos. A vida nos dá várias chances de ser feliz e essa felicidade pode estar mais perto do que se imagina. É preciso descobrir o que ou quem nos faz feliz, antes que seja tarde ou sobre pouco tempo para vivermos essa felicidade.
Sobre Anne Hathaway, simplesmente sou fã, sempre se sai muito bem nesse tipo de filme, a exemplo de "Amor e Outras Drogas".