A virada do ano é muito esperada por todo o mundo com renovação dos votos de esperança e paz mundial. Pensando nisso, o veterano diretor estadunidense Garry Marshall (Idas e Vindas do Amor) resolveu colocar na tela, o réveillon mais famoso de todos: NY.
Marshall juntou-se à roteirista Katherine Fugate (Um Príncipe em Minha Vida), uma antiga companheira de negócios, e juntos traçaram a trama do longa. Na verdade amontoaram um bocado de atores consagrados e bateram tudo no liquidificador. No final das contas, temos argumentos frouxos e sub-histórias sem graça e previsíveis.
O elenco tem nomes como Michelle Pfeiffer (Revelação), Zac Efron (High School Musical 3 - Ano de Formatura), Robert De Niro (As Duas Faces da Lei), Halle Berry (Mulher-Gato), Cary Elwes (Jogos Mortais), Barbara Marshall (Noiva em Fuga), Jessica Biel (O Vidente), dentre outros.
Mas assim como o restante do projeto, o elenco não se sai bem. Isso devido ao pouco espaço que cada ator tem. Uma lástima, já que - repito - grandes nomes estão neste filme, que não passou de um entretenimento de baixa qualidade.
Ambientado na Grécia antiga, Imortais é mais um longa que narra uma história da mitologia grega. Desta vez o centro dos holofotes do diretor indiano Tarsem Singh (A Cela) é Teseu, um camponês que ficou famoso por ter aniquilado Minotauro em um labirinto, como reza a lenda.
Vivido pelo ator Henry Cavill (Tristão e Isolda), Teseu mostra a que veio em um papel carismático e satisfatório. Assim como a atuação de Cavill, que em 2012 será o novo Super-Homem. Mickey Rourke (O Lutador) interpreta o Rei Hyperion e também está muito bem. O restante do elenco também agrada, mas é desfavorecido pelo roteiro, que inclusive é o único contra deste épico.
A produção e pós-produção seguem uma linha quase perfeita. Os efeitos audiovisuais são excelentes e garantes um entretenimento tridimensional excepcional. Auxiliados também pelo belíssimo figurino, maquiagem e trilha sonora.
Voltando ao roteiro, assinado pelos inexperientes Charley Parlapanides e Vlas Parlapanides, mostra total falta de "maldade" na trama. O ponto principal da história de Teseu é a batalha com Minotauro no labirinto e por mais que este não seja o foco da estória, a dupla podia ao menos ter caprichado melhor nos argumentos deste e do restante da película.
Muitos nós acabam desatados e a sensação ao sair do cinema é que não vimos a história de Teseu (nem como coadjuvante), mas sim um desfile de corpos sarados, sangue voando e algo entre 300 e Fúria de Titãs, mas muito inferior a estes. Imortais tinha tudo pra ser o grande filme de 2011, mas acabou decepcionando devido à busca da perfeição. Ainda assim é um show plástico em 3D.
Já assistiu Se Eu Fosse Você?, filme brasileiro com Tony Ramos e Glória Pires que eles trocam de corpo após dizerem uma frase ao mesmo tempo? Pois é, Eu Queria Ter a Sua Vida é assim, só que ao invés de um casal, são dois homens. Achei que seria interessante vê-los, já que isso é uma das poucas diferenças entre os dois filmes. Engano meu...
Ryan Reynolds (A Proposta) vive Mitc, um solteirão que curte a vida sem muito compromisso. E Jason Bateman (Amor Sem Escalas) é Dave, casado, pai de filhos pequenos e um futuro profissional promissor. Os dois são amigos e depois de urinarem (isso mesmo! Urinarem) em uma fonte em local público e dizerem uma frase ao mesmo tempo, trocam de corpos.
O filme se arrasta assim até o final. São sequências com diálogos forçados e situações totalmente desnecessárias. A atuação, diga-se de passagem, é esdrúxula. Os efeitos visuais são fracos e a produção, como um todo, não sai da mediania. Resumindo: a direção de David Dobkin (Penetras Bons de Bico) ficou a desejar. E muito!
São cerca de 112 minutos de tédio ao ver um filme presunçoso e previsível ao extremo. Será que não existem novas ideias por aí? O que é bom deve ser copiado sim (não plagiado), mas para fazer algo melhor. O que infelizmente não aconteceu neste caso. Pior filme do ano até aqui.
Assim como em O Menino Maluquinho, Ziraldo cria uma atmosfera mágica e nostálgica. Uma Professora Muito Maluquinha é o longa-metragem que sucede Menino Maluquinho (1994) e Menino Maluquinho 2 (1999). Cada filme com com um diretor diferente, mas todos baseados na obra de Ziraldo.
Gravado quase que totalmente na cidade mineira de São João Del Rei, Uma Professora Muito Maluquinha conta a história de uma professora de 18 anos, que volta à cidade para dar aula em uma escola primária. Muito bonita, simpática e com métodos não tradicionais de ensino, ela causa euforia entre os alunos, as outras professoras, os moradores da cidade e principalmente dos rapazes, que ficam encantados com a jovem professora.
Paola Oliveira estrela o filme na pele de Catharina, a professora. Além dela, estão no elenco Chico Anysio (Monsenhor Aristides), Joaquim Lopes (Padre Beto), Suely Franco (Tia Cida), Ricardo Pereira (Rodolfo Valentino), Max Fercondini (Mário), Cadu Favero (Carlito) e Rodrigo Pandolfo (Pedro Poeta). Ziraldo ainda faz uma pequena ponta como Seu Floriano, responsável pelo cinema da cidade.
A maioria das cenas foram rodadas na cidade mineira de São João Del Rei Com canções belas, figurino e produção em harmonia com as cenas e atuações satisfatórias, Uma Professora Muito Maluquinha acaba sendo, no mínimo, atraente. A direção de André Pinto (estreante e sobrinho de Ziraldo) e César Rodrigues (High School Musical: O Desafio) não me agradou. Achei muitas cenas com um ar de displicência por parte da direção. Poucas locações e muitas repetições de sequências.
No contexto geral, Uma Professora Muito Maluquinha tem mais pontos positivos que negativos. Um filme aconchegante e que vale a pena ver e rever. Paola Oliveira está muito bem e consegue expor, em uma personagem única, um ar de sensualidade e inocência. Ziraldo tem que continuar a fazer obras primas como esta por muito tempo.
Produção nacional, que traz Wagner Moura (Tropa de Elite) interpretando o protagonista Zero, e Alinne Moraes (Os Normais 2) como a mocinha Helena Hope. Atuações estas que não comprometem o filme. Pelo contrário, são benéficas. Os efeitos visuais também me surpreenderam positivamente.
A questão é a direção e roteiro de Cláudio Torres (A Mulher Invisível). Cláudio executou um filme cheio de lenga lenga, tendo como base uma trama chata, previsível e arrogante. Por que é preciso mostrar mil vezes a mesma sequência a partir de pontos de vista diferentes, mas que não são distintos? Ou seja, a mesma história sendo desmembrada n vezes, Chamando o espectador de burro. Só pode!
Cláudio Torres não tem um filme bom em seu currículo. Claro que esta é a minha opinião. A lista é composta por longas como A Mulher do Meu Amigo (2008), A Mulher Invisível (2008), Redentor (2004) e Traição (1998).
Já estou me cansando e ao mesmo tempo dando razão àqueles que dizem que filme nacional só tem duas opções: ou é Selton Mello ou é Wagner Moura. E acabo concordando com isso também!
O Homem do Futuro é, de longe, o pior filme que assisti em 2011 até aqui. Uma lástima pra imagem cinematográfica canarinha.
Ninguém melhor que Marcus Nispel, diretor de O Massacre da Serra Elétrica (2003) e Sexta-Feira 13 (2009), para dirigir o carnificina pura Conan - O Bárbaro. O filme resume-se em sangue, mutilações e efeitos visuais - este último, por sinal, é positivo.
Outros pontos fortes do longa são: trilha sonora, maquiagem e figurino. Além das locações. O filme foi inteiramente rodado em terras búlgaras. Assisti à versão 3D, que de tridimensional não tem nada. Portanto fica o aviso.
O roteiro foi adaptado por Thomas Dean Donnelly (Sahara), Joshua Oppenheimer (O Som do Trovão) e Sean Hood (Halloween: Ressurreição), com base no personagem criado por Robert E. Howard e no filme original de 1982, no qual Arnold Schwarzenegger era o protagonista.
A história narra uma saga de um herói totalmente plástico e bem ao estilo hardcore. Olhares e penteado sem mudança durante as duas horas de duração do filme. Erros de continuidade e noção de tempo e espaço são outros erros graves neste projeto. Uma bomba. Infelizmente Conan - O Bárbaro ficou abaixo da expectativa e é forte candidato a vários prêmios Framboesa. Além de ter criado o mito “Conan Schwarzenegger”.
O primeiro filme da franquia Planeta dos Macacos foi lançado em 1968. Anos após anos tornou-se um dos clássicos mais respeitados do cinema mundial. Em 2011, o diretor Rupert Wyatt resolveu lançar seguir a moda e lançou Planeta dos Macacos - A Origem.
Estrelado pelo recém indicado ao Oscar de Melhor Ator, James Franco (217 Horas), A Origem tenta explicar como teria surgido a fictícia espécie de "chipanzés-humanóides". E consegue cumprir a sua proposta com muita eficiência e surpreende positivamente, tamanha qualidade do roteiro, produção, maquiagem e efeitos visuais. Além da harmonia do elenco, entre outros.
Um filme que chegou sem muita pretensão e sem muita divulgação, mas que tem muitos pontos positivos e uma naturalidade marcante. Um dos melhores que assisti na telona em 2011 até o momento.
Capitão América tem a proposta de contar o surgimento do herói. De uma maneira mais humanizada, o diretor Joe Johnston (Jumanji), mostrou a que veio e fez deste, na minha opinião o melhor filme da saga que resultará em Os Vingadores.
Diferentemente dos outros filmes como Thor, em Capitão América - O Primeiro Vingador, Samuel L. Jackson (Star Wars) aparece antes dos créditos finais.
Mas vamos lá! O elenco encaixou-se perfeitamente à trama e o mocinho Chris Evans (Quarteto Fantástico) está satisfatoriamente bem. Mas o destaque ficou mesmo com Hugo Weaving (Matrix), numa atuação marcante.
Um ponto forte neste longa são os efeitos especiais e os figurinos. Até me lembrou bastante O Curioso Caso de Benjamin Button. Mais pelos efeitos visuais no físico do protagonista e a ambientação da história.
Capitão América - O Primeiro Vingador surpreendeu positivamente e é um dos melhores filmes de entretenimento em 2011.
Lima Duarte forçado ao extremo falando palavrões o tempo inteiro. A velha fórmula de sexo, ação, palavras e ao invés de drogas, dinheiro.
Um roteiro lotado de clichês e diálogos esdrúxulos. Atuações rebaixantes. Uma produção ínfima. Efeitos visuais e sonoros de 5ª categoria, trilha sonora de dar dó. Uma verdadeira bizarrice do cinema brasileiro.
Se eu gostei do filme?! Sim, não, indiferente (quem assistir vai entender o porque de eu estar dizendo isso). O filme é esdrúxulo como esta crítica.
Nunca fui fã da saga do menino-bruxo. Aliás, descobri que os fãs dele não gostam que o chamem assim (bruxo) devido à conotação negativa que dão à palavra. Pois bem, nunca li nenhum livro de Harry Potter. A maioria dos crentes em HP diz que é preciso ler para entender a trama cinematográfica. E eu vos digo: e desde quando esta é a proposta da franquia? Pelo contrário! Um filme deve ser destinado ao público em geral. Ainda mais em circuito hollywoodiano. Leigos os que dizem isso. Nunca li e nem tenho curiosidade pela literatura harrypotiana.
Mas falando do fenômeno HP... como disse anteriormente, nunca fui fã do bruxinho (os fanáticos que me engulam). Apenas admirava o trabalho da pós-produção com seus efeitos visuais e sonoros de primeira linha. E não é que o último (até então) capítulo me seduziu. Não sei se por estar terminando uma franquia que não gostava e estar menos ríspido que de costume ou simplesmente porque resolveram realmente fazer um filme, com roteiro no lugar, uma trama bem elaborada, diálogos estruturados, os mesmos efeitos especiais que garantem o sucesso do projeto e também pelas elipses.
Enfim, HP7-2 é um filme, diferentemente de seus antecessores que queriam mostrar novidades e nada mais faziam que deixar "deixas" para as continuações. Gostaria de estar frente a frente a um "fanático" para questionar-lhe se ele gosta de HP pelo modismo, pela imaturidade ou porque traz um mundo de fantasia até então nunca exibido na tela com bruxaria e crianças. Seria um bom debate. Isso se esta pessoa não se cansar de ser argumentado por mim de que HP é facilmente esquecível.
Uma coisa eu não posso deixar de admitir. HP trouxe às telonas uma renovação de como lidar com o público mirim e também fazer a sétima arte rever a fórmula das trilogias. "Toda unanimidade é burra", já dizia Nelson Rodrigues. Não chego a este ponto. Mas é fácil dizer que HP é a franquia de maior bilheteria de todos os tempos por conseguir manipular de maneira magistral um público vago e com pouco conhecimento cinematográfico.
Falei, falei e adorei o último filme. Mas somente este mesmo. Sem mais.
Uma namorada traída publica no YouTube uma transa mal sucedida por parte do namorado por vingança. Esta é a sinopse de Cilada.com, que traz Bruno Mazzeo (Muita Calma Nessa Hora) no papel principal.
José Alvarenga Jr. (Os Normais), diretor do filme, conseguiu pescar a plateia com piadinhas bem estruturadas. Mas infelizmente pecou ao exceder o final da trama. O longa tem cerca de 95 minutos. Daria muito bem pra enxutar 5 minutos.
O que agradaria e muito o público. A sensação é que o "the end" foi forçado, fazendo a produção perder pontos nos acréscimos do segundo tempo.
Um filme que agrada pela harmonia do elenco, pelos diálogos suaves e pouco agressivos e também pelas diferentes locações. E Mazzeo, com quem não me simpatizo muito, está melhorando a cada trabalho.
Cilada.com é um filme que vale ser visto para entreter. Mas no dia seguinte você já esqueceu a maioria das cenas.
Mantendo o intervalo de dois anos (2007, 2009 e 2011), o diretor Michael Bay está de volta com o terceiro capítulo da Franquia Transformers. Com o subtítulo O Lado Oculto da Lua, o novo projeto volta a decepcionar. Assim como no segundo filme, este traz uma sequência de cenas cheias de lenga lenga sem fim.
A culpa maior de Transformers 3 ser um filme longo (154 minutos) e lento pode pode ser - e deve ser - do roteirista. O californiano Ehren Kruger (Sangue e Chocolate) foi um dos três roteiristas de A Vingança dos Derrotados e assina a trama de O Lado Oculto da Lua sozinho. Sendo que o melhor filme da saga é o primeiro, no qual ele não participa. Seria apenas coincidência?! Não acredito.
As sequências de Transformers são mais lentas porque perderam a graça que continha no primeiro. A maioria das sequências envolviam uma complexidade de diálogos contrastantes entre o cômico e a ação. Isso seduziu o público. E infelizmente isso não está acontecendo como antes. Estão tornando - se já não transformaram - Transformers em uma franquia puramente de ação, o que está causando estranheza.
Outro ponto fraco do terceiro capítulo é a substituição de Megan Fox (Garota Infernal), que era o par romântico de Shia LaBeouf (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme). A bola da vez foi a bela, porém fraca, Rosie Huntington-Whiteley, até então desconhecida.
E isso refletiu na atuação de Shia, uma vez que a harmonia entre eles estava visivelmente ínfima. Não que ele seja um grande ator. Mas afundou junto ao restante do projeto.
Por fim, cito a participação bisonha do grande John Malkovich (Red - Aposentados e Perigosos), num papel totalmente bobo e sem pretensão alguma na história. E eu esperando ele aparecer no final para dar o grande "The End". Espero até agora.
Bem ao estilo de Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona), que é o diretor e roteirista do longa, Meia Noite em Paris traz uma trama envolvente e cheia de magia. O filme é passado na capital francesa na atualidade, mas faz elipses o tempo inteiro com a década de 1920, a qual o escritor Gil, protagonista interpretado por Owen Wilson (Marley & Eu), venera com todo vigor.
Allen faz com que nós, espectadores, entremos no filme de tal forma que perdemos, muitas vezes, contato com a realidade, nos transpondo para o seu mundo, o seu filme. Isso é magnífico e ninguém melhor que ele para ter o domínio da técnica de roteiro, edição e comando de um projeto.
E quem poderia imaginar Allen e Wilson juntos? Até então isso seria uma situação que não deveria ter passado na mente de ninguém. E não é que deu certo?! Wilson vem numa crescente muito boa com personagens e atuações cada vez mais autênticas e agradáveis aos olhos do público e da crítica. Vide o excelente Marley & Eu.
Por outro lado, a atriz Rachel McAdams (Sherlock Holmes), que vive Inez, a mocinha da história, tem uma atuação completamente descartável. A personagem já não tem muito espaço e ela ainda piora a situação. Infelizmente não merecia estar neste filme. Não com este desempenho tão aquém de Allen.
Meia Noite em Paris é um filme mágico e raro dentre as atuais grandes produções sem diálogos e roteiros qualitativamente elevados. Mais uma obra prima do mestre Woody Allen. Um filme cheio de cultura e nem citei o figurino e a equipe produção, que deram um show.
Superior a todos os filmes da franquia, X-Men:Primeira Classe prima pelo ótimo roteiro e sequências bem elaboradas. Apesar de um filme longo - mais de 2h de duração -, a impressão é que o tempo passa rápido. Pontos para o diretor inglês Matthew Vaughn (Kick-Ass - Quebrando Tudo), que comandou pela primeira vez o filme dos mutantes.
A trama foi escrita por Ashley Miller (Thor), Zack Stentz (O Agente Teen), Jane Goldman (A Dívida) e pelo próprio Matthew Vaughn, com base na história original de Sheldon Turner e Bryan Singer. A questão das elipses foram primordiais para o sucesso do projeto. O tempo inteiro vemos nuances indo e vindo, que ajudam a esclarecer vários aspectos da história.
Os efeitos visuais e sonoros, como sempre, são atrações à parte. A beleza esstética e o cuidado desde o figurino até locações comprova o excelente trabalho da equipe de produção e pós-produção.
Por fim, o elenco mostrou-se bastante harmonioso e capaz de fazer deste filme um sucesso. Os destaques ficam com James McAvoy (O Procurado), interpretando o professor Charles Xavier; Michael Fassbender (300), na pele de Erik Lehnsherr/Magneto; e Kevin Bacon (O Lenhador), como Sebastian Shaw.
Depois de Kung Fu Panda, lançado em 2008, o segundo capítulo da saga do panda lutador de arte marcial chega com o desafio de trazer algo diferente acerca do mesmo. Mas como assim?! Simples, os mesmos personagens, a mesma trama, mas desta vez com vilões diferentes e uma técnica atual: o 3D.
Assisti o longa tridimensional e posso dizer que é um verdadeiro show de efeitos visuais que vale a pena pagar a mais por isso. Ultimamente, muitos projetos têm pegado carona na onda do 3D, mas que montam pouquíssimas sequências nesta tecnologia. Isso porque gravar um filme em 3D ainda é bastante caro. Vantagem para os filmes de animação, que economizam neste quesito.
Pois bem, Kung Fu Panda 2 me surpreendeu. Não agradei do primeiro por achar infantil demais. Piadinhas e diálogos "água com açúcar" e ação limitada. Mas este segundo já é mais sarcástico, com um roteiro mais bem elaborado e até mesmo as locações virtuais são mais complexas e positivas às cenas. Lembrando que o diretor é outro. Anteriormente eram os novatos Mark Osborne e John Stevenson. Agora foi a vez do também estreante em direção de longas-metragem, Jennifer Yuh.
Já os roteiristas são os mesmos: Jonathan Aibel (Alvin e os Esquilos 2) e Glenn Berger (Monstros vs. Alienígenas). Então a diferença principal foi mesmo a mudança na cadeira principal, o diretor.
Kung Fu Panda 2 é mais engraçado, mais ironico, tem mais ação e é tecnicamente melhor que seu antecessor. Uma boa diversão para a garotada e também para os adultos.
Apesar da grande mudança no elenco, permanecendo apenas Jack Sparrow, interpretado por Johnny Depp (O Turista), Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas não é de todo ruim.
É verdade que o filme tem muitas sequências carregadas de mesmice, mas o resultado final foi positivo e com certeza este não é o pior filme da franquia - ressuscitada.
Rob Marshall (Nine) assumiu o quarto capítulo da saga e trouxe contigo a belíssima, porém mediana atriz, Penélope Cruz (Bandidas), que vive Amanda, novo par romântico de Sparrow. Depp está bem como sempre, já Cruz...
Um filme longo, que ao passar seus mais de 140 minutos, termina sem grande impacto no espectador, que sai do cinema como se tivesse visto um filme qualquer, sem guardar muita coisa do que aconteceu. O que é ruim.
A trupe está de volta às telonas dois anos depois do sucesso do primeiro filme. A ideia, neste segundo longa, é a mesma. Após serem drogados para "curtir" a despedida de solteiro de Stu, vivido por Ed Helms (A Volta do Todo Poderoso), três do quarteto principal acordam em um local totalmente desconhecido e cada um com uma bizarrisse feita durante a noite e sem memória.
Os outros dois que também acordaram lá são Phil, interpretado por Bradley Cooper (Sem Limites), e o cômico Alan, por Zach Galifianakis (Um Parto de Viagem). Doug, vivido por Justin Bartha (A Lenda do Tesouro Perdido), desta vez não acompanhou o trio e acabou servindo de apoio no hotel em que todos os convidados para o casamento estão hospedados ajudando os encrenqueiros por telefone.
Com um roteiro bem traçado e diálogos muito bem estruturados, Se Beber, Não Case! Parte II supera seu antecessor. A edição, locaçãoes e personagens secundários também auxiliaram no resultado final positivo. A trama foi assinado por Craig Mazin (Super-Herói: O Filme), Scot Armstrong (Os Aloprados) e Todd Phillips (Escola de Idiotas), que também é o diretor deste filme.
Phillips comprova cada vez mais a sua capacidade de fazer boas comédias. Depois do primeiro Se Beber, Não Case!, fez o surpreendente Um Parto de Viagem e agora nos brinda com mais um ótimo filme. Mas o destaque ficoi mesmo com Mike Tyson, em uma participação breve, porém fez toda a diferença.
Após o primeiro filme, rodado em 2001, a franquia virou uma febre e lançou a moda dos carros personalizados. Nos anos seguintes, vimos sequências com vários protagonistas e pergonagens diferentes. Mas neste 5º capítulo, a trupe volta completa e reforçada. Além dos astros Vin Diesel (Missão Babilônia) e Paul Walker (Mergulho Radical), estão de volta Jordana Brewster (Annapolis), Tyrese Gibson (Transformers: A Vingança dos Derrotados), Ludacris (Gamer).
As novidades do 5º capítulo são: Dwayne Johnson (O Escorpião Rei), Elsa Pataky (Serpentes a Bordo) e o vilão desta vez ficou a cargo do português Joaquim de Almeida (Caçada no Deserto). Todos se encaixaram muito bem ao elenco já consolidado.
Com o Rio de Janeiro como cenário principal, o roteiro, assinado por Chris Morgan (roteirista dos dois últimos filmes da franquia), traz o mesmo de sempre. Fugas alucinantes, carros espetaculares, uma trupe bem harmoniosa e promessa de muita ação, tiros, pneus cantando e uma pitada de romance.
Agrada sim, mas aquele público de sempre. Quem busca coisas novas na franquia vai sair decepcionado. A limitação é visível. Mas não é de todo ruim.
Impulsionado por um ótimo teaser trailer, Padre teve grande divulgação no Brasil e no exterior e com isso chamou a atenção do público em geral. Isso devido aos inúmeros efeitos visuais e sonoros, produção (ou melhor, pós-produção) quase toda elaborada em cromaqui, que permite a elaboração das locações posteriormente às gravações das sequências.
Estrelado por Paul Bettany, o filme passa-se em um futuro distante onde a eterna guerra entre seres humanos e vampiros continua. Baseado em uma HQ, o argumento é que os padres são guerreiros defensores dos humanos e que se mantém camuflados na sociedade em alerta 24 horas para qualquer eventualidade (ataque de vampiros). Assinado por Cory Goodman, a adaptação foi feita sobre obra de Min-Woo Hyung.
Além de Bettany, que está ficando famoso por filmes apocalípticos, Padre também conta com outros grandes nomes como Karl Urban (Star Trek) e Christopher Plummer (O Plano Perfeito).
A direção de Scott Charles Stewart (Legião) foi mediana. Várias sequências tornaram-se cansativas e monótonas. A imprensão é que faltou algo e que o tempo todo assistimos a algo genérico.
Em suma, Padre é um filme assistível porém tem muitos pontos contra. Mas vale como um entretenimento médio.
Plasticamente perfeito, mas cinematograficamente fraco. Esta é uma boa frase para definir Thor, no longa metragem do diretor Kenneth Branagh (Hamlet) e que traz estrelas como Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes), Natalie Portman (Cisne Negro), Stellan Skarsgård (Dogville) e participação de Samuel L. Jackson (O Vizinho).
A trama conta a história do personagem da Marvel, Thor, príncipe de um reino distante da Terra e que tem como arma um martelo com poderes surreais. Thor acaba parando em solo terrestre após uma discussão com seu pai, o rei Odin, e tenta recuperar seus poderes com a ajuda do trio de pesquisadores astrônomos formado por Jane Foster (Natalie Portman), professor Andrews (Stellan Skarsgård) e Darcy (Kat Dennings), além de outros amigos de seu próprio reino, que o auxiliam a derrubar seu irmão, Loki (Tom Hiddleston), um traidor que tomou o trono de seu pai.
Baseada nos quadrinhos de Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, e na história de J. Michael Straczynski e Mark Protosevich, o roteiro foi esdruxulamente adaptado por Ashley Edward Miller (X-Men: First Class), Zack Stentz (O Agente Teen) e Don Payne (Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado). Esdrúxulo porque não amarra bem as sequências e dá “trancos” na história, comprovando a falta de experiência e a “economia porca” por parte dos realizadores.
A cópia em 3D tem os efeitos tridimensionais absurdamente mal explorada. Apenas as perspectivas dão a impressão de profundidade com os óculos, mas aqueles efeitos em movimento são raros durante os cerca de 120 minutos de duração da película. E olha que há muito cromaqui e sequência propícias ao uso do 3D com mais veracidade. Apesar dos US$ 150 milhões de orçamento, Thor parece economizar. Há informações que em 2006 Mark Protosevich, que faria parte do projeto Thor e depois foi dispensado, escreveu um roteiro com mais efeitos visuais estimado em US$ 300 milhões. Quando Matthew Vaughn assinou o contrato para dirigir o filme, modificou o roteiro para enxugá-lo e reduzir este valor pela metade. Uma lástima.
As atuações são todas limitadas e medianas. Não sei até agora o que Natalie Portman estava fazendo neste filme. Depois do excelente Cisne Negro, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz em 2010, Portman se rebaixa a um papel totalmente insosso.
O tempo inteiro temos a impressão de que tudo o que vemos em Thor é genérico. Desde os diálogos aos monstros. Reparamos relações com filmes como O Senhor dos Anéis, Transformers e vários outros. Infelizmente esperava muito de Thor e a decepção foi grande.
Dica: assim como todos os filmes dos super-heróis da Marvel, ao final dos créditos há uma cena com Samuel L. Jackson.
Baseado na obra literária de Sara Gruen, Água Para Elefantes traz um assunto atual para as telonas. Mal cuidados com os animais de circos é o tema-chave e pano de fundo para a trama que envolve romance, traição, vingança e justiça com as próprias mãos.
O diretor e roteirista Francis Lawrence, que tem os excelentes Constantine e Eu Sou a Lenda em seu currículo, guia de forma esplendorosa esta película. Com ótimas perspectivas de câmera e uma edição muito bem feita, Água Para Elefantes torna-se com o contar da história a cativar cada vez mais o público. São ótimos figurinos, locações, diálogos e uma fotografia sem igual.
Todos os personagens foram muito bem articulados e o esforço de todo o elenco é perceptível. Tudo isso contribuiu para um resultado final glorioso. Robert Pattinson (Crepúsculo) ganha experiência e aos poucos vai subindo na escada ruma à perfeição quanto à interpretação. Mas mesmo a mediania de Pattinson não atrapalha em nada a harmonia entre os personagens e a interação do elenco.
Reese Witherpoon (Johnny e June) está muito bem, diga-se de passagem. Mas o destaque ficou com o vilão Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), que assim como no filme de Quentin Tarantino, dá um show de atuação e causa incômodo nos espectadores tamanha qualidade mostrada em seu papel.
Apesar de ser, até o momento, um dos melhores filmes de 2011, Água Para Elefantes peca ao exagerar nos erros de continuidade. Este é o principal ponto negativo do longa.
Por fim, é um ótimo filme que critica, com argumentos convincentes, os circos tradicionalistas e defende os animais como uma espécie que também tem sentimentos e direitos frente aos humanos. Uma verdadeira obra prima do cinema mundial. Visualmente perfeito.
Estamos na Páscoa! E nada melhor que uma boa animação com este tema, certo?! Até que a resposta seria sim. Mas HOP - Rebeldes Sem Páscoa chega aos cinemas com a proposta de entreter a criançada e só. Hoje em dia as animações devem "agradar a gregos e troianos", mas HOP vai no máximo deixar os adultos com aquele ar de "ai, que bonitinho...", ou "meu filho achou o máximo". E só.
E a qualidade técnica da pós-produção não é grandes coisas. Nestes tempos em que a Disney/Pixar exibe animações com extrema qualidade técnica (efeitos detalhados, 3D etc.), filmes como este não chocam (positivamente) o público.
Se você tem um filho, um sobrinho ou um netinho, vá acompanha-lo ao cinema, mas não crie muitas espectativas. É um filme engraçadinho e não passa disso.
Semelhanças com os filmes A Vila e Crepúsculo levam A Garota da Capa Vermelha ao hall dos genéricos. Mas não somente assim ele é. A questão está em como o diretor montou a história e as diferençãs deste para com os filmes citado para que ele seja único.
A Garota da Capa Vermelha narra a história de uma jovem destinada a se casar com um rapaz desconhecido pelas tradições familiares. Amando outro homem, ela se vê sem saída e decide contar à mãe. Para a sua surpresa, a mãe passou pela mesma situação antes de casar-se com o pai da protagonista. Ao fundo, um lobisomem assusta toda a comunidade assassinando os moradores da vila constantemente.
Logo no início da trama a irmã da bela jovem é morta pelo lobo e os moradores decidem ir à caça do mesmo. O padre da vila convoca seu superior, com experiência nestes tipos de caso porque sua antiga esposa foi ferida por um lobisomem. Assim como Crepúsculo, a saga gira em torno de um triângulo amoroso entre a jovem e bela moça, seu predestinado (pela família) e seu real amor.
Mas o que interessa durante os pouco mais de 90 minutos do longa é descobrir quem é o lobisomem. O que todos sabem é que ele convive entre a sociedade durante o dia e nas noites de lua cheia aterroriza a todos. O título do filme remete-se ao conto de Chapeuzinho Vermelho, lógico que com suas adaptações e agregações.
Ao final temos um roteiro intrigante, bem elaborado e com diálogos e argumentos lógicos e positivos. Uma boa pedida a quem gosta de filmes de suspense com boa fotografia, edição e produção. Além, é claro, do clima de romance que perdura durante toda a película.
Com um tema bastante propício para os tempos atuais, Sem Limites trata de uma droga que maximizaria a capacidade do cérebro humano. Maximizaria não, apenas ativaria 100% da nossa capacidade cerebral. Isso, logicamente, refletiria diretamente no sucesso profissional e pessoal do indivíduo que a tomasse. A questão é que como toda droga, ela é viciante e o processo de desvício pode levar ao óbito ou deixar sequelas devastadores.
Muito bem, com este ótimo enredo o filme tinha tudo para ser bastante safistatório (no mínimo). E ainda mais que conta com um elenco que tem como estrela Robert De Niro (Stardust), um monstro do cinema mundial. Mas infelizmente não é o que acontece. Sem Limites é otimamente produzido, mas mal conduzido. O longa começa muito bem, com utilização de várias perspectivas e montagem benéficas, a trama envolve o espectador de maneira sutil e bem elaborada.
Mas daí pra frente o projeto desanda. Os argumentos começam a ficar esdrúxulos e as sequências causam uma sensação de genéricas do próprio filme. O uso de filtros mostra bem o estado cerebral do protagonista. Quando não está drogado, a imagem é acizentada, quando o mesmo toma a dose diária do medicamento, tudo fica mais colorido e contrastante. Pontos para o diretor e a fotografia.
Como disse, Sem Limites tinha tudo para ser um filme acima da média. O que vemos é algo que começa animando a plateia e depois deixa uma marca de facilmente esquecível. Uma lástima.
Noite de Ano Novo
3.1 1,2K Assista AgoraA virada do ano é muito esperada por todo o mundo com renovação dos votos de esperança e paz mundial. Pensando nisso, o veterano diretor estadunidense Garry Marshall (Idas e Vindas do Amor) resolveu colocar na tela, o réveillon mais famoso de todos: NY.
Marshall juntou-se à roteirista Katherine Fugate (Um Príncipe em Minha Vida), uma antiga companheira de negócios, e juntos traçaram a trama do longa. Na verdade amontoaram um bocado de atores consagrados e bateram tudo no liquidificador. No final das contas, temos argumentos frouxos e sub-histórias sem graça e previsíveis.
O elenco tem nomes como Michelle Pfeiffer (Revelação), Zac Efron (High School Musical 3 - Ano de Formatura), Robert De Niro (As Duas Faces da Lei), Halle Berry (Mulher-Gato), Cary Elwes (Jogos Mortais), Barbara Marshall (Noiva em Fuga), Jessica Biel (O Vidente), dentre outros.
Mas assim como o restante do projeto, o elenco não se sai bem. Isso devido ao pouco espaço que cada ator tem. Uma lástima, já que - repito - grandes nomes estão neste filme, que não passou de um entretenimento de baixa qualidade.
Imortais
2.9 1,9K Assista AgoraAmbientado na Grécia antiga, Imortais é mais um longa que narra uma história da mitologia grega. Desta vez o centro dos holofotes do diretor indiano Tarsem Singh (A Cela) é Teseu, um camponês que ficou famoso por ter aniquilado Minotauro em um labirinto, como reza a lenda.
Vivido pelo ator Henry Cavill (Tristão e Isolda), Teseu mostra a que veio em um papel carismático e satisfatório. Assim como a atuação de Cavill, que em 2012 será o novo Super-Homem. Mickey Rourke (O Lutador) interpreta o Rei Hyperion e também está muito bem. O restante do elenco também agrada, mas é desfavorecido pelo roteiro, que inclusive é o único contra deste épico.
A produção e pós-produção seguem uma linha quase perfeita. Os efeitos audiovisuais são excelentes e garantes um entretenimento tridimensional excepcional. Auxiliados também pelo belíssimo figurino, maquiagem e trilha sonora.
Voltando ao roteiro, assinado pelos inexperientes Charley Parlapanides e Vlas Parlapanides, mostra total falta de "maldade" na trama. O ponto principal da história de Teseu é a batalha com Minotauro no labirinto e por mais que este não seja o foco da estória, a dupla podia ao menos ter caprichado melhor nos argumentos deste e do restante da película.
Muitos nós acabam desatados e a sensação ao sair do cinema é que não vimos a história de Teseu (nem como coadjuvante), mas sim um desfile de corpos sarados, sangue voando e algo entre 300 e Fúria de Titãs, mas muito inferior a estes. Imortais tinha tudo pra ser o grande filme de 2011, mas acabou decepcionando devido à busca da perfeição. Ainda assim é um show plástico em 3D.
Eu Queria Ter a Sua Vida
3.0 932 Assista AgoraJá assistiu Se Eu Fosse Você?, filme brasileiro com Tony Ramos e Glória Pires que eles trocam de corpo após dizerem uma frase ao mesmo tempo? Pois é, Eu Queria Ter a Sua Vida é assim, só que ao invés de um casal, são dois homens. Achei que seria interessante vê-los, já que isso é uma das poucas diferenças entre os dois filmes. Engano meu...
Ryan Reynolds (A Proposta) vive Mitc, um solteirão que curte a vida sem muito compromisso. E Jason Bateman (Amor Sem Escalas) é Dave, casado, pai de filhos pequenos e um futuro profissional promissor. Os dois são amigos e depois de urinarem (isso mesmo! Urinarem) em uma fonte em local público e dizerem uma frase ao mesmo tempo, trocam de corpos.
O filme se arrasta assim até o final. São sequências com diálogos forçados e situações totalmente desnecessárias. A atuação, diga-se de passagem, é esdrúxula. Os efeitos visuais são fracos e a produção, como um todo, não sai da mediania. Resumindo: a direção de David Dobkin (Penetras Bons de Bico) ficou a desejar. E muito!
São cerca de 112 minutos de tédio ao ver um filme presunçoso e previsível ao extremo. Será que não existem novas ideias por aí? O que é bom deve ser copiado sim (não plagiado), mas para fazer algo melhor. O que infelizmente não aconteceu neste caso. Pior filme do ano até aqui.
Uma Professora Muito Maluquinha
3.2 296 Assista AgoraAssim como em O Menino Maluquinho, Ziraldo cria uma atmosfera mágica e nostálgica. Uma Professora Muito Maluquinha é o longa-metragem que sucede Menino Maluquinho (1994) e Menino Maluquinho 2 (1999). Cada filme com com um diretor diferente, mas todos baseados na obra de Ziraldo.
Gravado quase que totalmente na cidade mineira de São João Del Rei, Uma Professora Muito Maluquinha conta a história de uma professora de 18 anos, que volta à cidade para dar aula em uma escola primária. Muito bonita, simpática e com métodos não tradicionais de ensino, ela causa euforia entre os alunos, as outras professoras, os moradores da cidade e principalmente dos rapazes, que ficam encantados com a jovem professora.
Paola Oliveira estrela o filme na pele de Catharina, a professora. Além dela, estão no elenco Chico Anysio (Monsenhor Aristides), Joaquim Lopes (Padre Beto), Suely Franco (Tia Cida), Ricardo Pereira (Rodolfo Valentino), Max Fercondini (Mário), Cadu Favero (Carlito) e Rodrigo Pandolfo (Pedro Poeta). Ziraldo ainda faz uma pequena ponta como Seu Floriano, responsável pelo cinema da cidade.
A maioria das cenas foram rodadas na cidade mineira de São João Del Rei
Com canções belas, figurino e produção em harmonia com as cenas e atuações satisfatórias, Uma Professora Muito Maluquinha acaba sendo, no mínimo, atraente. A direção de André Pinto (estreante e sobrinho de Ziraldo) e César Rodrigues (High School Musical: O Desafio) não me agradou. Achei muitas cenas com um ar de displicência por parte da direção. Poucas locações e muitas repetições de sequências.
No contexto geral, Uma Professora Muito Maluquinha tem mais pontos positivos que negativos. Um filme aconchegante e que vale a pena ver e rever. Paola Oliveira está muito bem e consegue expor, em uma personagem única, um ar de sensualidade e inocência. Ziraldo tem que continuar a fazer obras primas como esta por muito tempo.
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraProdução nacional, que traz Wagner Moura (Tropa de Elite) interpretando o protagonista Zero, e Alinne Moraes (Os Normais 2) como a mocinha Helena Hope. Atuações estas que não comprometem o filme. Pelo contrário, são benéficas. Os efeitos visuais também me surpreenderam positivamente.
A questão é a direção e roteiro de Cláudio Torres (A Mulher Invisível). Cláudio executou um filme cheio de lenga lenga, tendo como base uma trama chata, previsível e arrogante. Por que é preciso mostrar mil vezes a mesma sequência a partir de pontos de vista diferentes, mas que não são distintos? Ou seja, a mesma história sendo desmembrada n vezes, Chamando o espectador de burro. Só pode!
Cláudio Torres não tem um filme bom em seu currículo. Claro que esta é a minha opinião. A lista é composta por longas como A Mulher do Meu Amigo (2008), A Mulher Invisível (2008), Redentor (2004) e Traição (1998).
Já estou me cansando e ao mesmo tempo dando razão àqueles que dizem que filme nacional só tem duas opções: ou é Selton Mello ou é Wagner Moura. E acabo concordando com isso também!
O Homem do Futuro é, de longe, o pior filme que assisti em 2011 até aqui. Uma lástima pra imagem cinematográfica canarinha.
Conan, o Bárbaro
2.5 1,2KNinguém melhor que Marcus Nispel, diretor de O Massacre da Serra Elétrica (2003) e Sexta-Feira 13 (2009), para dirigir o carnificina pura Conan - O Bárbaro. O filme resume-se em sangue, mutilações e efeitos visuais - este último, por sinal, é positivo.
Outros pontos fortes do longa são: trilha sonora, maquiagem e figurino. Além das locações. O filme foi inteiramente rodado em terras búlgaras. Assisti à versão 3D, que de tridimensional não tem nada. Portanto fica o aviso.
O roteiro foi adaptado por Thomas Dean Donnelly (Sahara), Joshua Oppenheimer (O Som do Trovão) e Sean Hood (Halloween: Ressurreição), com base no personagem criado por Robert E. Howard e no filme original de 1982, no qual Arnold Schwarzenegger era o protagonista.
A história narra uma saga de um herói totalmente plástico e bem ao estilo hardcore. Olhares e penteado sem mudança durante as duas horas de duração do filme. Erros de continuidade e noção de tempo e espaço são outros erros graves neste projeto. Uma bomba. Infelizmente Conan - O Bárbaro ficou abaixo da expectativa e é forte candidato a vários prêmios Framboesa. Além de ter criado o mito “Conan Schwarzenegger”.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraO primeiro filme da franquia Planeta dos Macacos foi lançado em 1968. Anos após anos tornou-se um dos clássicos mais respeitados do cinema mundial. Em 2011, o diretor Rupert Wyatt resolveu lançar seguir a moda e lançou Planeta dos Macacos - A Origem.
Estrelado pelo recém indicado ao Oscar de Melhor Ator, James Franco (217 Horas), A Origem tenta explicar como teria surgido a fictícia espécie de "chipanzés-humanóides". E consegue cumprir a sua proposta com muita eficiência e surpreende positivamente, tamanha qualidade do roteiro, produção, maquiagem e efeitos visuais. Além da harmonia do elenco, entre outros.
Um filme que chegou sem muita pretensão e sem muita divulgação, mas que tem muitos pontos positivos e uma naturalidade marcante. Um dos melhores que assisti na telona em 2011 até o momento.
Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraCapitão América tem a proposta de contar o surgimento do herói. De uma maneira mais humanizada, o diretor Joe Johnston (Jumanji), mostrou a que veio e fez deste, na minha opinião o melhor filme da saga que resultará em Os Vingadores.
Diferentemente dos outros filmes como Thor, em Capitão América - O Primeiro Vingador, Samuel L. Jackson (Star Wars) aparece antes dos créditos finais.
Mas vamos lá! O elenco encaixou-se perfeitamente à trama e o mocinho Chris Evans (Quarteto Fantástico) está satisfatoriamente bem. Mas o destaque ficou mesmo com Hugo Weaving (Matrix), numa atuação marcante.
Um ponto forte neste longa são os efeitos especiais e os figurinos. Até me lembrou bastante O Curioso Caso de Benjamin Button. Mais pelos efeitos visuais no físico do protagonista e a ambientação da história.
Capitão América - O Primeiro Vingador surpreendeu positivamente e é um dos melhores filmes de entretenimento em 2011.
Assalto ao Banco Central
3.0 1,3KLima Duarte forçado ao extremo falando palavrões o tempo inteiro. A velha fórmula de sexo, ação, palavras e ao invés de drogas, dinheiro.
Um roteiro lotado de clichês e diálogos esdrúxulos. Atuações rebaixantes. Uma produção ínfima. Efeitos visuais e sonoros de 5ª categoria, trilha sonora de dar dó. Uma verdadeira bizarrice do cinema brasileiro.
Se eu gostei do filme?! Sim, não, indiferente (quem assistir vai entender o porque de eu estar dizendo isso). O filme é esdrúxulo como esta crítica.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraNunca fui fã da saga do menino-bruxo. Aliás, descobri que os fãs dele não gostam que o chamem assim (bruxo) devido à conotação negativa que dão à palavra. Pois bem, nunca li nenhum livro de Harry Potter. A maioria dos crentes em HP diz que é preciso ler para entender a trama cinematográfica. E eu vos digo: e desde quando esta é a proposta da franquia? Pelo contrário! Um filme deve ser destinado ao público em geral. Ainda mais em circuito hollywoodiano. Leigos os que dizem isso. Nunca li e nem tenho curiosidade pela literatura harrypotiana.
Mas falando do fenômeno HP... como disse anteriormente, nunca fui fã do bruxinho (os fanáticos que me engulam). Apenas admirava o trabalho da pós-produção com seus efeitos visuais e sonoros de primeira linha. E não é que o último (até então) capítulo me seduziu. Não sei se por estar terminando uma franquia que não gostava e estar menos ríspido que de costume ou simplesmente porque resolveram realmente fazer um filme, com roteiro no lugar, uma trama bem elaborada, diálogos estruturados, os mesmos efeitos especiais que garantem o sucesso do projeto e também pelas elipses.
Enfim, HP7-2 é um filme, diferentemente de seus antecessores que queriam mostrar novidades e nada mais faziam que deixar "deixas" para as continuações. Gostaria de estar frente a frente a um "fanático" para questionar-lhe se ele gosta de HP pelo modismo, pela imaturidade ou porque traz um mundo de fantasia até então nunca exibido na tela com bruxaria e crianças. Seria um bom debate. Isso se esta pessoa não se cansar de ser argumentado por mim de que HP é facilmente esquecível.
Uma coisa eu não posso deixar de admitir. HP trouxe às telonas uma renovação de como lidar com o público mirim e também fazer a sétima arte rever a fórmula das trilogias. "Toda unanimidade é burra", já dizia Nelson Rodrigues. Não chego a este ponto. Mas é fácil dizer que HP é a franquia de maior bilheteria de todos os tempos por conseguir manipular de maneira magistral um público vago e com pouco conhecimento cinematográfico.
Falei, falei e adorei o último filme. Mas somente este mesmo. Sem mais.
Cilada.com
2.5 1,8KUma namorada traída publica no YouTube uma transa mal sucedida por parte do namorado por vingança. Esta é a sinopse de Cilada.com, que traz Bruno Mazzeo (Muita Calma Nessa Hora) no papel principal.
José Alvarenga Jr. (Os Normais), diretor do filme, conseguiu pescar a plateia com piadinhas bem estruturadas. Mas infelizmente pecou ao exceder o final da trama. O longa tem cerca de 95 minutos. Daria muito bem pra enxutar 5 minutos.
O que agradaria e muito o público. A sensação é que o "the end" foi forçado, fazendo a produção perder pontos nos acréscimos do segundo tempo.
Um filme que agrada pela harmonia do elenco, pelos diálogos suaves e pouco agressivos e também pelas diferentes locações. E Mazzeo, com quem não me simpatizo muito, está melhorando a cada trabalho.
Cilada.com é um filme que vale ser visto para entreter. Mas no dia seguinte você já esqueceu a maioria das cenas.
Transformers: O Lado Oculto da Lua
3.2 1,9K Assista AgoraMantendo o intervalo de dois anos (2007, 2009 e 2011), o diretor Michael Bay está de volta com o terceiro capítulo da Franquia Transformers. Com o subtítulo O Lado Oculto da Lua, o novo projeto volta a decepcionar. Assim como no segundo filme, este traz uma sequência de cenas cheias de lenga lenga sem fim.
A culpa maior de Transformers 3 ser um filme longo (154 minutos) e lento pode pode ser - e deve ser - do roteirista. O californiano Ehren Kruger (Sangue e Chocolate) foi um dos três roteiristas de A Vingança dos Derrotados e assina a trama de O Lado Oculto da Lua sozinho. Sendo que o melhor filme da saga é o primeiro, no qual ele não participa. Seria apenas coincidência?! Não acredito.
As sequências de Transformers são mais lentas porque perderam a graça que continha no primeiro. A maioria das sequências envolviam uma complexidade de diálogos contrastantes entre o cômico e a ação. Isso seduziu o público. E infelizmente isso não está acontecendo como antes. Estão tornando - se já não transformaram - Transformers em uma franquia puramente de ação, o que está causando estranheza.
Outro ponto fraco do terceiro capítulo é a substituição de Megan Fox (Garota Infernal), que era o par romântico de Shia LaBeouf (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme). A bola da vez foi a bela, porém fraca, Rosie Huntington-Whiteley, até então desconhecida.
E isso refletiu na atuação de Shia, uma vez que a harmonia entre eles estava visivelmente ínfima. Não que ele seja um grande ator. Mas afundou junto ao restante do projeto.
Por fim, cito a participação bisonha do grande John Malkovich (Red - Aposentados e Perigosos), num papel totalmente bobo e sem pretensão alguma na história. E eu esperando ele aparecer no final para dar o grande "The End". Espero até agora.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraBem ao estilo de Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona), que é o diretor e roteirista do longa, Meia Noite em Paris traz uma trama envolvente e cheia de magia. O filme é passado na capital francesa na atualidade, mas faz elipses o tempo inteiro com a década de 1920, a qual o escritor Gil, protagonista interpretado por Owen Wilson (Marley & Eu), venera com todo vigor.
Allen faz com que nós, espectadores, entremos no filme de tal forma que perdemos, muitas vezes, contato com a realidade, nos transpondo para o seu mundo, o seu filme. Isso é magnífico e ninguém melhor que ele para ter o domínio da técnica de roteiro, edição e comando de um projeto.
E quem poderia imaginar Allen e Wilson juntos? Até então isso seria uma situação que não deveria ter passado na mente de ninguém. E não é que deu certo?! Wilson vem numa crescente muito boa com personagens e atuações cada vez mais autênticas e agradáveis aos olhos do público e da crítica. Vide o excelente Marley & Eu.
Por outro lado, a atriz Rachel McAdams (Sherlock Holmes), que vive Inez, a mocinha da história, tem uma atuação completamente descartável. A personagem já não tem muito espaço e ela ainda piora a situação. Infelizmente não merecia estar neste filme. Não com este desempenho tão aquém de Allen.
Meia Noite em Paris é um filme mágico e raro dentre as atuais grandes produções sem diálogos e roteiros qualitativamente elevados. Mais uma obra prima do mestre Woody Allen. Um filme cheio de cultura e nem citei o figurino e a equipe produção, que deram um show.
X-Men: Primeira Classe
3.9 3,4K Assista AgoraSuperior a todos os filmes da franquia, X-Men:Primeira Classe prima pelo ótimo roteiro e sequências bem elaboradas. Apesar de um filme longo - mais de 2h de duração -, a impressão é que o tempo passa rápido. Pontos para o diretor inglês Matthew Vaughn (Kick-Ass - Quebrando Tudo), que comandou pela primeira vez o filme dos mutantes.
A trama foi escrita por Ashley Miller (Thor), Zack Stentz (O Agente Teen), Jane Goldman (A Dívida) e pelo próprio Matthew Vaughn, com base na história original de Sheldon Turner e Bryan Singer. A questão das elipses foram primordiais para o sucesso do projeto. O tempo inteiro vemos nuances indo e vindo, que ajudam a esclarecer vários aspectos da história.
Os efeitos visuais e sonoros, como sempre, são atrações à parte. A beleza esstética e o cuidado desde o figurino até locações comprova o excelente trabalho da equipe de produção e pós-produção.
Por fim, o elenco mostrou-se bastante harmonioso e capaz de fazer deste filme um sucesso. Os destaques ficam com James McAvoy (O Procurado), interpretando o professor Charles Xavier; Michael Fassbender (300), na pele de Erik Lehnsherr/Magneto; e Kevin Bacon (O Lenhador), como Sebastian Shaw.
Kung Fu Panda 2
3.5 836 Assista AgoraDepois de Kung Fu Panda, lançado em 2008, o segundo capítulo da saga do panda lutador de arte marcial chega com o desafio de trazer algo diferente acerca do mesmo. Mas como assim?! Simples, os mesmos personagens, a mesma trama, mas desta vez com vilões diferentes e uma técnica atual: o 3D.
Assisti o longa tridimensional e posso dizer que é um verdadeiro show de efeitos visuais que vale a pena pagar a mais por isso. Ultimamente, muitos projetos têm pegado carona na onda do 3D, mas que montam pouquíssimas sequências nesta tecnologia. Isso porque gravar um filme em 3D ainda é bastante caro. Vantagem para os filmes de animação, que economizam neste quesito.
Pois bem, Kung Fu Panda 2 me surpreendeu. Não agradei do primeiro por achar infantil demais. Piadinhas e diálogos "água com açúcar" e ação limitada. Mas este segundo já é mais sarcástico, com um roteiro mais bem elaborado e até mesmo as locações virtuais são mais complexas e positivas às cenas. Lembrando que o diretor é outro. Anteriormente eram os novatos Mark Osborne e John Stevenson. Agora foi a vez do também estreante em direção de longas-metragem, Jennifer Yuh.
Já os roteiristas são os mesmos: Jonathan Aibel (Alvin e os Esquilos 2) e Glenn Berger (Monstros vs. Alienígenas). Então a diferença principal foi mesmo a mudança na cadeira principal, o diretor.
Kung Fu Panda 2 é mais engraçado, mais ironico, tem mais ação e é tecnicamente melhor que seu antecessor. Uma boa diversão para a garotada e também para os adultos.
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
3.6 2,7K Assista AgoraApesar da grande mudança no elenco, permanecendo apenas Jack Sparrow, interpretado por Johnny Depp (O Turista), Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas não é de todo ruim.
É verdade que o filme tem muitas sequências carregadas de mesmice, mas o resultado final foi positivo e com certeza este não é o pior filme da franquia - ressuscitada.
Rob Marshall (Nine) assumiu o quarto capítulo da saga e trouxe contigo a belíssima, porém mediana atriz, Penélope Cruz (Bandidas), que vive Amanda, novo par romântico de Sparrow. Depp está bem como sempre, já Cruz...
Um filme longo, que ao passar seus mais de 140 minutos, termina sem grande impacto no espectador, que sai do cinema como se tivesse visto um filme qualquer, sem guardar muita coisa do que aconteceu. O que é ruim.
Se Beber, Não Case! Parte II
3.5 2,4K Assista AgoraA trupe está de volta às telonas dois anos depois do sucesso do primeiro filme. A ideia, neste segundo longa, é a mesma. Após serem drogados para "curtir" a despedida de solteiro de Stu, vivido por Ed Helms (A Volta do Todo Poderoso), três do quarteto principal acordam em um local totalmente desconhecido e cada um com uma bizarrisse feita durante a noite e sem memória.
Os outros dois que também acordaram lá são Phil, interpretado por Bradley Cooper (Sem Limites), e o cômico Alan, por Zach Galifianakis (Um Parto de Viagem). Doug, vivido por Justin Bartha (A Lenda do Tesouro Perdido), desta vez não acompanhou o trio e acabou servindo de apoio no hotel em que todos os convidados para o casamento estão hospedados ajudando os encrenqueiros por telefone.
Com um roteiro bem traçado e diálogos muito bem estruturados, Se Beber, Não Case! Parte II supera seu antecessor. A edição, locaçãoes e personagens secundários também auxiliaram no resultado final positivo. A trama foi assinado por Craig Mazin (Super-Herói: O Filme), Scot Armstrong (Os Aloprados) e Todd Phillips (Escola de Idiotas), que também é o diretor deste filme.
Phillips comprova cada vez mais a sua capacidade de fazer boas comédias. Depois do primeiro Se Beber, Não Case!, fez o surpreendente Um Parto de Viagem e agora nos brinda com mais um ótimo filme. Mas o destaque ficoi mesmo com Mike Tyson, em uma participação breve, porém fez toda a diferença.
Velozes & Furiosos 5: Operação Rio
3.4 1,7K Assista AgoraApós o primeiro filme, rodado em 2001, a franquia virou uma febre e lançou a moda dos carros personalizados. Nos anos seguintes, vimos sequências com vários protagonistas e pergonagens diferentes. Mas neste 5º capítulo, a trupe volta completa e reforçada. Além dos astros Vin Diesel (Missão Babilônia) e Paul Walker (Mergulho Radical), estão de volta Jordana Brewster (Annapolis), Tyrese Gibson (Transformers: A Vingança dos Derrotados), Ludacris (Gamer).
As novidades do 5º capítulo são: Dwayne Johnson (O Escorpião Rei), Elsa Pataky (Serpentes a Bordo) e o vilão desta vez ficou a cargo do português Joaquim de Almeida (Caçada no Deserto). Todos se encaixaram muito bem ao elenco já consolidado.
Com o Rio de Janeiro como cenário principal, o roteiro, assinado por Chris Morgan (roteirista dos dois últimos filmes da franquia), traz o mesmo de sempre. Fugas alucinantes, carros espetaculares, uma trupe bem harmoniosa e promessa de muita ação, tiros, pneus cantando e uma pitada de romance.
Agrada sim, mas aquele público de sempre. Quem busca coisas novas na franquia vai sair decepcionado. A limitação é visível. Mas não é de todo ruim.
Padre
2.8 1,5K Assista AgoraImpulsionado por um ótimo teaser trailer, Padre teve grande divulgação no Brasil e no exterior e com isso chamou a atenção do público em geral. Isso devido aos inúmeros efeitos visuais e sonoros, produção (ou melhor, pós-produção) quase toda elaborada em cromaqui, que permite a elaboração das locações posteriormente às gravações das sequências.
Estrelado por Paul Bettany, o filme passa-se em um futuro distante onde a eterna guerra entre seres humanos e vampiros continua. Baseado em uma HQ, o argumento é que os padres são guerreiros defensores dos humanos e que se mantém camuflados na sociedade em alerta 24 horas para qualquer eventualidade (ataque de vampiros). Assinado por Cory Goodman, a adaptação foi feita sobre obra de Min-Woo Hyung.
Além de Bettany, que está ficando famoso por filmes apocalípticos, Padre também conta com outros grandes nomes como Karl Urban (Star Trek) e Christopher Plummer (O Plano Perfeito).
A direção de Scott Charles Stewart (Legião) foi mediana. Várias sequências tornaram-se cansativas e monótonas. A imprensão é que faltou algo e que o tempo todo assistimos a algo genérico.
Em suma, Padre é um filme assistível porém tem muitos pontos contra. Mas vale como um entretenimento médio.
Thor
3.3 3,1K Assista AgoraPlasticamente perfeito, mas cinematograficamente fraco. Esta é uma boa frase para definir Thor, no longa metragem do diretor Kenneth Branagh (Hamlet) e que traz estrelas como Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes), Natalie Portman (Cisne Negro), Stellan Skarsgård (Dogville) e participação de Samuel L. Jackson (O Vizinho).
A trama conta a história do personagem da Marvel, Thor, príncipe de um reino distante da Terra e que tem como arma um martelo com poderes surreais. Thor acaba parando em solo terrestre após uma discussão com seu pai, o rei Odin, e tenta recuperar seus poderes com a ajuda do trio de pesquisadores astrônomos formado por Jane Foster (Natalie Portman), professor Andrews (Stellan Skarsgård) e Darcy (Kat Dennings), além de outros amigos de seu próprio reino, que o auxiliam a derrubar seu irmão, Loki (Tom Hiddleston), um traidor que tomou o trono de seu pai.
Baseada nos quadrinhos de Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, e na história de J. Michael Straczynski e Mark Protosevich, o roteiro foi esdruxulamente adaptado por Ashley Edward Miller (X-Men: First Class), Zack Stentz (O Agente Teen) e Don Payne (Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado). Esdrúxulo porque não amarra bem as sequências e dá “trancos” na história, comprovando a falta de experiência e a “economia porca” por parte dos realizadores.
A cópia em 3D tem os efeitos tridimensionais absurdamente mal explorada. Apenas as perspectivas dão a impressão de profundidade com os óculos, mas aqueles efeitos em movimento são raros durante os cerca de 120 minutos de duração da película. E olha que há muito cromaqui e sequência propícias ao uso do 3D com mais veracidade. Apesar dos US$ 150 milhões de orçamento, Thor parece economizar. Há informações que em 2006 Mark Protosevich, que faria parte do projeto Thor e depois foi dispensado, escreveu um roteiro com mais efeitos visuais estimado em US$ 300 milhões. Quando Matthew Vaughn assinou o contrato para dirigir o filme, modificou o roteiro para enxugá-lo e reduzir este valor pela metade. Uma lástima.
As atuações são todas limitadas e medianas. Não sei até agora o que Natalie Portman estava fazendo neste filme. Depois do excelente Cisne Negro, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz em 2010, Portman se rebaixa a um papel totalmente insosso.
O tempo inteiro temos a impressão de que tudo o que vemos em Thor é genérico. Desde os diálogos aos monstros. Reparamos relações com filmes como O Senhor dos Anéis, Transformers e vários outros. Infelizmente esperava muito de Thor e a decepção foi grande.
Dica: assim como todos os filmes dos super-heróis da Marvel, ao final dos créditos há uma cena com Samuel L. Jackson.
Água para Elefantes
3.5 2,0K Assista AgoraBaseado na obra literária de Sara Gruen, Água Para Elefantes traz um assunto atual para as telonas. Mal cuidados com os animais de circos é o tema-chave e pano de fundo para a trama que envolve romance, traição, vingança e justiça com as próprias mãos.
O diretor e roteirista Francis Lawrence, que tem os excelentes Constantine e Eu Sou a Lenda em seu currículo, guia de forma esplendorosa esta película. Com ótimas perspectivas de câmera e uma edição muito bem feita, Água Para Elefantes torna-se com o contar da história a cativar cada vez mais o público. São ótimos figurinos, locações, diálogos e uma fotografia sem igual.
Todos os personagens foram muito bem articulados e o esforço de todo o elenco é perceptível. Tudo isso contribuiu para um resultado final glorioso. Robert Pattinson (Crepúsculo) ganha experiência e aos poucos vai subindo na escada ruma à perfeição quanto à interpretação. Mas mesmo a mediania de Pattinson não atrapalha em nada a harmonia entre os personagens e a interação do elenco.
Reese Witherpoon (Johnny e June) está muito bem, diga-se de passagem. Mas o destaque ficou com o vilão Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), que assim como no filme de Quentin Tarantino, dá um show de atuação e causa incômodo nos espectadores tamanha qualidade mostrada em seu papel.
Apesar de ser, até o momento, um dos melhores filmes de 2011, Água Para Elefantes peca ao exagerar nos erros de continuidade. Este é o principal ponto negativo do longa.
Por fim, é um ótimo filme que critica, com argumentos convincentes, os circos tradicionalistas e defende os animais como uma espécie que também tem sentimentos e direitos frente aos humanos. Uma verdadeira obra prima do cinema mundial. Visualmente perfeito.
Hop - Rebelde Sem Páscoa
2.7 282 Assista AgoraEstamos na Páscoa! E nada melhor que uma boa animação com este tema, certo?! Até que a resposta seria sim. Mas HOP - Rebeldes Sem Páscoa chega aos cinemas com a proposta de entreter a criançada e só. Hoje em dia as animações devem "agradar a gregos e troianos", mas HOP vai no máximo deixar os adultos com aquele ar de "ai, que bonitinho...", ou "meu filho achou o máximo". E só.
E a qualidade técnica da pós-produção não é grandes coisas. Nestes tempos em que a Disney/Pixar exibe animações com extrema qualidade técnica (efeitos detalhados, 3D etc.), filmes como este não chocam (positivamente) o público.
Se você tem um filho, um sobrinho ou um netinho, vá acompanha-lo ao cinema, mas não crie muitas espectativas. É um filme engraçadinho e não passa disso.
A Garota da Capa Vermelha
3.0 2,5K Assista AgoraSemelhanças com os filmes A Vila e Crepúsculo levam A Garota da Capa Vermelha ao hall dos genéricos. Mas não somente assim ele é. A questão está em como o diretor montou a história e as diferençãs deste para com os filmes citado para que ele seja único.
A Garota da Capa Vermelha narra a história de uma jovem destinada a se casar com um rapaz desconhecido pelas tradições familiares. Amando outro homem, ela se vê sem saída e decide contar à mãe. Para a sua surpresa, a mãe passou pela mesma situação antes de casar-se com o pai da protagonista. Ao fundo, um lobisomem assusta toda a comunidade assassinando os moradores da vila constantemente.
Logo no início da trama a irmã da bela jovem é morta pelo lobo e os moradores decidem ir à caça do mesmo. O padre da vila convoca seu superior, com experiência nestes tipos de caso porque sua antiga esposa foi ferida por um lobisomem. Assim como Crepúsculo, a saga gira em torno de um triângulo amoroso entre a jovem e bela moça, seu predestinado (pela família) e seu real amor.
Mas o que interessa durante os pouco mais de 90 minutos do longa é descobrir quem é o lobisomem. O que todos sabem é que ele convive entre a sociedade durante o dia e nas noites de lua cheia aterroriza a todos. O título do filme remete-se ao conto de Chapeuzinho Vermelho, lógico que com suas adaptações e agregações.
Ao final temos um roteiro intrigante, bem elaborado e com diálogos e argumentos lógicos e positivos. Uma boa pedida a quem gosta de filmes de suspense com boa fotografia, edição e produção. Além, é claro, do clima de romance que perdura durante toda a película.
Sem Limites
3.8 1,9K Assista AgoraCom um tema bastante propício para os tempos atuais, Sem Limites trata de uma droga que maximizaria a capacidade do cérebro humano. Maximizaria não, apenas ativaria 100% da nossa capacidade cerebral. Isso, logicamente, refletiria diretamente no sucesso profissional e pessoal do indivíduo que a tomasse. A questão é que como toda droga, ela é viciante e o processo de desvício pode levar ao óbito ou deixar sequelas devastadores.
Muito bem, com este ótimo enredo o filme tinha tudo para ser bastante safistatório (no mínimo). E ainda mais que conta com um elenco que tem como estrela Robert De Niro (Stardust), um monstro do cinema mundial. Mas infelizmente não é o que acontece. Sem Limites é otimamente produzido, mas mal conduzido. O longa começa muito bem, com utilização de várias perspectivas e montagem benéficas, a trama envolve o espectador de maneira sutil e bem elaborada.
Mas daí pra frente o projeto desanda. Os argumentos começam a ficar esdrúxulos e as sequências causam uma sensação de genéricas do próprio filme. O uso de filtros mostra bem o estado cerebral do protagonista. Quando não está drogado, a imagem é acizentada, quando o mesmo toma a dose diária do medicamento, tudo fica mais colorido e contrastante. Pontos para o diretor e a fotografia.
Como disse, Sem Limites tinha tudo para ser um filme acima da média. O que vemos é algo que começa animando a plateia e depois deixa uma marca de facilmente esquecível. Uma lástima.