Vê-se claramente que DÚVIDA foi dirigido por um roteirista quando percebe-se que o loga tem diálogos complexos e que vão além do desejado, quantitativamente falando. O que isso quer dizer? Que John Patrick Shanley, que escreveu roteiros de filmes como CONGO (1995) e FEITIÇO DA LUA (1987), estreia como diretor (mas também assina o roteiro) em DÚVIDA e adaptou sua própria história, feita para o teatro, para as telonas.
Se o roteiro cansa pelo extensos diálogos, a técnica e a produção são impecáveis. A fotografia, o figurino e as sequências das cenas são os destaques desta película, que teve Scott Rudin (FOI APENAS UM SONHO) como produtor.
Com ótimas atuações, Meryl Streep (LEÕS E CORDEIROS) e Philip Seymour Hoffman (ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO) lideram um elenco que se mostrou bem entrosado, o que colaborou positivamente para que todas as "cenas contraditórias" que envolviam uma batalha religião x modernidade (audiência) fosse travada, brincando com a cabeça do espectador - elogio.
Mas o destaque do elenco ficou mesmo com a atriz Viola Davis (NOITES DE TORMENTA), que vive a senhora Muller, numa interpretação simplória e ao mesmo tempo forte e marcante. E apesar de contar com uma história inteligente e sagaz, o desfecho é medíocre e não eleva a qualidade do longa. Muito pelo contrário, encerra de forma seca e clichê.
Um filme que vai contra tudo o que já foi proposto até hoje no "cinema caipira". Não, não. Com certeza este filme não é assim. Muito pelo contrário. Assim como 2 FILHOS DE FRANSCISCO, fenômeno do cinema canarinho, O MENINO DA PORTEIRA repete a fórmula e busca agradar aos espectadores com locações e diálogos que buscam aproximar os personagens à vida real.
A questão da simbologia e do reconhecimento de cultura e costumes da roça é colocada em evidência e usada como arma para seduzir o público e garantir o sucesso do roteiro. A história, adaptada dos por Carlos Nascimbeni e Jeremias Moreira, é simples porém resgata alguns elementos do cotidiano que as pessoas mais consideram: tradicionalismo, regionalidade e aspectos da moral humanística - como amizade, amor, fidelidade e caráter. A história se desenrola de forma meio desordenada, mas acaba se encaixando no momento correto. A música que serviu de inspiração para o roteiro do filme, foi gravada pela primeira vez em 1955.
A direção, também de Jeremias Moreira Filho, é mediana. A imprensão é de que O MENINO DA PORTEIRA é um bom filme, mas que atinge-nos apenas pela dramaticidade. E que muito mais poderia ser feito com essa história fenomenal que nem precisa de marketing de divulgação, já que a maioria de nós, brasileiros, a conhece. Moreira Filho também foi o diretor do longa de 1976, protagonizado pelo também cantor, Sérgio Reis.
Desta vez, quem encarnou o papel do boiadeiro Diogo foi Daniel (DIDI: O CULPIDO TRAPALHÃO), que infelizmente teve uma atuação limitada e tímida. Pode-se dizer que Daniel como ator é um bom cantor. Por outro lado, Vanessa Giácomo (CANTA MARIA), José de Abreu (DIAS E NOITES) e Eucir de Souza (FIM DA LINHA). Mas os destaques foram Rosi Campos (AVASSALADORAS), que viveu a personagem Filoca; Antônio Edson, na pele do Zé Coqueiro; e o ator mirim João Pedro Carvalho, como Rodrigo (o menino da porteira), seduziu a todos com seu carisma e sua inocência.
A produção é muito boa e chamo atenção para a forma encontrada pelo diretor para anunciar os patrocinadores do proheto nas próprias cenas. Mas além de engraçada, a ideia foi benéfica e nada muito forçada. A fotografia, por sua vez, é satisfatória. Um filme que vale como cultura regional e só. As filmagens ocorreram na cidade de Brotas, no interior paulista, e na cidade cenográfica construída no Pólo Cinematográfico de Paulínia.
O veterano Clint Eastwood (A TROCA) realizou um filme que poderia, tranquilamente, ser conceituado em apenas uma palavra: contraste. Isso é o que mostra o diretor estadunidense o tempo inteiro, seja nas cenas de ação e principalmente no roteiro, que resslata os extremos da reação humana.
Nick Schenk assina a história que tem trata de preconceitos, esteriótipos, tradicionalismo, afeição, família, dentre inúmeros outros assuntos e com diálogo bem acima da média. O personagem principal é uma atração à parte. Rude, antipático, infeliz, durão e, ao mesmo tempo, dócil, sagaz, afetivo, autruísta. Walt Kowalski é um veterano de guerra que vive em conflito verbal com seus vizinhos imigrantes e louva o seu Gran Torino, modelo do carro que deu título ao projeto.
Eastwood encaixou-se perfeitamente ao personagem numa interpretação digna de uma lenda viva do cinema mundial e afirmou que este foi seu último trabalho como ator. Mas será que ele vai se contentar em ficar apenas atrás das câmeras? Ou será que nós, meros espectadores, é que não aguentaremos vê-lo fora de alcance de uma câmera? Fico com a segunda opção.
Chamo a atenção para duas cenas. A primeira é a que o protagonista e o padre conversam após uma trajédia na história, pela composição da cena, os detalhes, a luz, a fotografia, a conversa em si. A segunda vem logo em seguida e é a de Clint na banheira fumando um cigarro e conversando com seu cachorro. Simplesmente formidáveis. Uma obra prima!
A técnica de GRAN TORINO é básica, mas executada com genialidade, o que garante um ótimo resultado final da película. As locações são simples, porém agradáveis. Um filme que encanta e seduz a plateia pela sutileza como foi estruturada a história. Cheio de implicidades, o longa mescla tradicionalismo com modernidade o tempo inteiro e quando esses extremos começam a se aglutinar, o filme torna-se espetacular. Uma surpresa e tanto.
O diretor e roteirista Frank Miller (SIN CITY - A CIDADE DO PECADO) está de volta com mais um filme bem ao seu estilo. Baseado nas histórias em quadrinhos de Will Eisner, Miller construiu uma história complexa e vaga ao mesmo tempo. Piadinhas fora de hora e o excesso de diálogos sarcásticos fizeram do roteiro um carnaval bizarro. Já as analogias e abstrações do roteiro foram benéficas.
THE SPIRIT - O FILME, assim como o filme anterior de Miller é plastico, mas ao contrário de SIM CITY, a fórmula não funciona e acaba caindo na mesmice, sem falar que várias cenas são extremamente forçadas devido principalmente aos recursos tecnológicos utilizados pela produção e pós produção do longa.
As atuações são medíocres com exceção de Samuel L. Jackson (JUMPER), que está muito bem. Num papel cômico e eclético. O protagonista, vivido por Gabriel Macht (O BOM PASTOR), teve uma interpretação limitada e fica evidente que ele perdeu uma grande chance na carreira. A maquiagem e o figurino são pontos fortes da produção. A arte também merece destaque ao lado do som. Há várias semelhanças com a técnica e também com o roteiro de V DE VINGANÇA e MAX PAYNE.
Uma história batida, mas muito bem ancora por parafernaflhas tecnológicas, assim pode-se definir JOGO ENTRE LADRÕES. A estreante diretora de cinema, Mimi Leder (A MANSÃO DOS SEGREDOS), escalou dois nomes de peso para protagonizar a história. Morgan Freeman (O PROCURADO) e Antonio Banderas (A LENDA DO ZORRO) vivem a dupla de assaltantes que planejam um golpe milionário. Com atuações benéficas, ambos garantes um bom desenrolar do roteiro.
Roteiro este que não fez por merecer, já que é um punhado de clichês, além de ser infinitamente previsível. Ted Humphrey, autor da história, conseguiu montar uma estrutura medíocre e descartável para as cenas, que contam apenas com a beleza visual da película e, como dito anteriormente, com o impacto das ferramentas tecnológicas utilizadas pela dupla durante boa parte do filme. Fora isso, posso elogiar a trilha sonora, que realça, ao menos, um pouco de qualidade cinematográfica nesta película.
Com locações agradáveis e que se encaixaram perfeitamente bem às sequências, a equipe de produção, formada por Randall Emmett (AS DUAS FACES DA LEI), Avi Lerner (RAMBO 4), Danny Lerner (DINHEIRO SUJO), Johnny Martin (END GAME), Lori McCreary (SOB SUSPEITA) e Les Weldon (DIRECT CONTACT), foi a principal arma deste longa. Em suma, JOGO ENTRE LADRÕES é um filme plástico, que repete a fórmula, mas que atende bem à proposta de entretenimento, garantindo uma boa diversão. E só.
A história começa devagar, lenta... mas com o tempo, ganha em dinamismo, ritmo e qualidade até chegar ao cume, que é o ótimo desfecho. A produção, formada por Todd Black (O SOL DE CADA MANHÃ), Jason Blumenthal (ALEX E EMMA), James Lassiter (O VIZINHO), Will Smith (HANCOCK) e Steve Tisch (A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA), é rica em detalhes e garantiu uma boa técnica ao filme. A imprensão que fica é de SETE VIDAS tem uma equipe harmoniosa, que gerou um resultado natural e com uma beleza sem igual. Uma boa surpresa na telona.
FOI APENAS UM SONHO marca pelos diálogos que duram mais do que deviam, cansando o espectador. Além disso, várias cenas se mostram desnecessárias. Por outro lado, o destaque fica com a dupla de protagonistas Leonardo Di Caprio (REDE DE MENTIRAS) e Kate Winslet (O LEITOR), com atuações fortes, cruas e convincetes, os dois se mostram entrosados mais uma vez, 11 anos após TITANIC. Outro personagem que deve ser ressaltado é o doente mental da história, interpretado por Michael Shannon (ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO). Shannon é John Givings, um personagem que serve como um contraponto às ideias do "casal modelo" Frank (Di Caprio) e April (Winslet), como são conhecidos pela vizinhança.
As línguas, os costumes e os diferentes povos da terra nativa de Nicole Kidman, são explorados pelo diretor de forma positiva e elevam a qualidade da película.
Com um final satisfatório, vemos que o diretor Stephen Daldry - que estava longe das telonas a seis anos - fez um ótimo trabalho. O LEITOR pode ser definido como um filme simplista e cru.
O LUTADOR é um filme que foi realizado com poucos recursos financeiros, que, por isso, surpreende positivamente, mas ainda assim, não sai da mediania. A sensação que esta película, do diretor Darren Aronofsky (FONTE DA VIDA), deixa é de que a história gira, gira, gira e acaba onde começou, numa mesmice sem fim.
O pecado principal de QUEM QUER SER UM MULIONÁRIO é um roteiro que repete uma fórmula que usa das seguintes ferramentas para impactar o espectador: violência, romance, lei de que o mais fraco vence, entre inúmeras outras. Um filme que passa a imprensão de ser genérico o tempo inteiro. Vemos várias semelhanças com CIDADE DE DEUS. Seria isso uma coincidência?! Acho que não. Há até uma cena que é idêntica à produção brasileira.
"10.000 A.C." e "Apocalypto" são filmes semelhantes que se equilavem na mediocridade de seus projetos e desperdício de tempo. Mas ainda assim, "10.000 A.C." é um pouco superior, graças ao carisma de seu protagonista.
É com extrema certeza que afirma que "Wall-E" entra para a lista das melhores animações da história que já foi feita. Com criatividade muita criatividade em seu roteiro e uma técnica invejável, torna-se uma verdadeira obra de arte, se é que me entendem.
"O Procurado" é aquele típico filme de ação com muitas perseguições e um roteiro bastante atraente como pano de fundo. Uma ficção cheia de bons efeitos visuais, mas que às vezes, se alternam, qualitativamente falando. Mas nada que prejudicasse o resultado final desta produção hollywoodiana.
A ótima produção contou com uma equipe formada por Akiva Goldsman ("Constantine"), James Lassiter ("À Procura da Felicidade"), Michael Mann ("Miami Vice") e o próprio Will Smith ("Eu, Robô"). Com orçamento estimado de US$ 150 milhões e uma arrecadação de cerca de US$ 100 milhões apenas em sua estréia nos Estados Unidos, "Hancock" prima pelo entretenimento, com piadinhas bem contadas. Mas aquele ar de que vimos um filme que poderia ser bem melhor fica entre nós. Isso é muito bem explicitado na segunda metade da película, onde há uma grande queda do roteiro.
"007 Quantum of Solace" é um filme que diverte, mas peca na limitação do roteiro, que defino como pouco eclético, o que é de se estranhar nesta franquia.
A sintonia entre a equipe de produção e o diretor pode ser o segredo do sucesso de Allen. Além, é claro, da experiência e da eficência deste novaiorquivo, que é um marco no mundo da sétima arte.
Apesar de GOMORRA não trazer nada de novo, considero-o importante como registro histórico. Corrupção e miséria são outros assuntos bastante abordados durante o filme, que pode ser definido simplesmente como cru, cruel e limitado.
Clint Eastwood (GRAN TORINO), já provou inúmeras vezes que além de um ator fora de série, também é um diretor diferenciado. E em A TROCA não é diferente. O uso das cores na película para retratar a dor de uma mãe que perde o filho e passada de uma forma tão perfeita, que é difícil sentir a diferença das cores em diversas etapas da história.
Desde DEBI & LÓIDE - DOIS IDIOTAS EM APUROS, este é o melhor filme da carreira de Jim Carrey (O TODO PODEROSO) como comediante. Um pouco superior a O MENTIROSO, que também é muito bom.
Dúvida
3.9 1,0K Assista AgoraVê-se claramente que DÚVIDA foi dirigido por um roteirista quando percebe-se que o loga tem diálogos complexos e que vão além do desejado, quantitativamente falando. O que isso quer dizer? Que John Patrick Shanley, que escreveu roteiros de filmes como CONGO (1995) e FEITIÇO DA LUA (1987), estreia como diretor (mas também assina o roteiro) em DÚVIDA e adaptou sua própria história, feita para o teatro, para as telonas.
Se o roteiro cansa pelo extensos diálogos, a técnica e a produção são impecáveis. A fotografia, o figurino e as sequências das cenas são os destaques desta película, que teve Scott Rudin (FOI APENAS UM SONHO) como produtor.
Com ótimas atuações, Meryl Streep (LEÕS E CORDEIROS) e Philip Seymour Hoffman (ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO) lideram um elenco que se mostrou bem entrosado, o que colaborou positivamente para que todas as "cenas contraditórias" que envolviam uma batalha religião x modernidade (audiência) fosse travada, brincando com a cabeça do espectador - elogio.
Mas o destaque do elenco ficou mesmo com a atriz Viola Davis (NOITES DE TORMENTA), que vive a senhora Muller, numa interpretação simplória e ao mesmo tempo forte e marcante. E apesar de contar com uma história inteligente e sagaz, o desfecho é medíocre e não eleva a qualidade do longa. Muito pelo contrário, encerra de forma seca e clichê.
SORO: atuações; técnica; produção.
VENENO: roteiro.
NOTA (0 a 5): 3
***
O Menino da Porteira
2.5 233 Assista AgoraUm filme que vai contra tudo o que já foi proposto até hoje no "cinema caipira". Não, não. Com certeza este filme não é assim. Muito pelo contrário. Assim como 2 FILHOS DE FRANSCISCO, fenômeno do cinema canarinho, O MENINO DA PORTEIRA repete a fórmula e busca agradar aos espectadores com locações e diálogos que buscam aproximar os personagens à vida real.
A questão da simbologia e do reconhecimento de cultura e costumes da roça é colocada em evidência e usada como arma para seduzir o público e garantir o sucesso do roteiro. A história, adaptada dos por Carlos Nascimbeni e Jeremias Moreira, é simples porém resgata alguns elementos do cotidiano que as pessoas mais consideram: tradicionalismo, regionalidade e aspectos da moral humanística - como amizade, amor, fidelidade e caráter. A história se desenrola de forma meio desordenada, mas acaba se encaixando no momento correto. A música que serviu de inspiração para o roteiro do filme, foi gravada pela primeira vez em 1955.
A direção, também de Jeremias Moreira Filho, é mediana. A imprensão é de que O MENINO DA PORTEIRA é um bom filme, mas que atinge-nos apenas pela dramaticidade. E que muito mais poderia ser feito com essa história fenomenal que nem precisa de marketing de divulgação, já que a maioria de nós, brasileiros, a conhece. Moreira Filho também foi o diretor do longa de 1976, protagonizado pelo também cantor, Sérgio Reis.
Desta vez, quem encarnou o papel do boiadeiro Diogo foi Daniel (DIDI: O CULPIDO TRAPALHÃO), que infelizmente teve uma atuação limitada e tímida. Pode-se dizer que Daniel como ator é um bom cantor. Por outro lado, Vanessa Giácomo (CANTA MARIA), José de Abreu (DIAS E NOITES) e Eucir de Souza (FIM DA LINHA). Mas os destaques foram Rosi Campos (AVASSALADORAS), que viveu a personagem Filoca; Antônio Edson, na pele do Zé Coqueiro; e o ator mirim João Pedro Carvalho, como Rodrigo (o menino da porteira), seduziu a todos com seu carisma e sua inocência.
A produção é muito boa e chamo atenção para a forma encontrada pelo diretor para anunciar os patrocinadores do proheto nas próprias cenas. Mas além de engraçada, a ideia foi benéfica e nada muito forçada. A fotografia, por sua vez, é satisfatória. Um filme que vale como cultura regional e só. As filmagens ocorreram na cidade de Brotas, no interior paulista, e na cidade cenográfica construída no Pólo Cinematográfico de Paulínia.
SORO: edição; produção; som; locações.
VENENO: Daniel; efeitos visuais.
NOTA (0 a 5): 3,5
Gran Torino
4.2 1,5K Assista AgoraO veterano Clint Eastwood (A TROCA) realizou um filme que poderia, tranquilamente, ser conceituado em apenas uma palavra: contraste. Isso é o que mostra o diretor estadunidense o tempo inteiro, seja nas cenas de ação e principalmente no roteiro, que resslata os extremos da reação humana.
Nick Schenk assina a história que tem trata de preconceitos, esteriótipos, tradicionalismo, afeição, família, dentre inúmeros outros assuntos e com diálogo bem acima da média. O personagem principal é uma atração à parte. Rude, antipático, infeliz, durão e, ao mesmo tempo, dócil, sagaz, afetivo, autruísta. Walt Kowalski é um veterano de guerra que vive em conflito verbal com seus vizinhos imigrantes e louva o seu Gran Torino, modelo do carro que deu título ao projeto.
Eastwood encaixou-se perfeitamente ao personagem numa interpretação digna de uma lenda viva do cinema mundial e afirmou que este foi seu último trabalho como ator. Mas será que ele vai se contentar em ficar apenas atrás das câmeras? Ou será que nós, meros espectadores, é que não aguentaremos vê-lo fora de alcance de uma câmera? Fico com a segunda opção.
Chamo a atenção para duas cenas. A primeira é a que o protagonista e o padre conversam após uma trajédia na história, pela composição da cena, os detalhes, a luz, a fotografia, a conversa em si. A segunda vem logo em seguida e é a de Clint na banheira fumando um cigarro e conversando com seu cachorro. Simplesmente formidáveis. Uma obra prima!
A técnica de GRAN TORINO é básica, mas executada com genialidade, o que garante um ótimo resultado final da película. As locações são simples, porém agradáveis. Um filme que encanta e seduz a plateia pela sutileza como foi estruturada a história. Cheio de implicidades, o longa mescla tradicionalismo com modernidade o tempo inteiro e quando esses extremos começam a se aglutinar, o filme torna-se espetacular. Uma surpresa e tanto.
SORO: fotografia; luz; som; Clint Eastwood; roteiro; produção; direção.
VENENO: erros de continuidade; figurino.
NOTA (0 a 5): 5
*****
The Spirit: O Filme
2.5 496 Assista AgoraO diretor e roteirista Frank Miller (SIN CITY - A CIDADE DO PECADO) está de volta com mais um filme bem ao seu estilo. Baseado nas histórias em quadrinhos de Will Eisner, Miller construiu uma história complexa e vaga ao mesmo tempo. Piadinhas fora de hora e o excesso de diálogos sarcásticos fizeram do roteiro um carnaval bizarro. Já as analogias e abstrações do roteiro foram benéficas.
THE SPIRIT - O FILME, assim como o filme anterior de Miller é plastico, mas ao contrário de SIM CITY, a fórmula não funciona e acaba caindo na mesmice, sem falar que várias cenas são extremamente forçadas devido principalmente aos recursos tecnológicos utilizados pela produção e pós produção do longa.
As atuações são medíocres com exceção de Samuel L. Jackson (JUMPER), que está muito bem. Num papel cômico e eclético. O protagonista, vivido por Gabriel Macht (O BOM PASTOR), teve uma interpretação limitada e fica evidente que ele perdeu uma grande chance na carreira. A maquiagem e o figurino são pontos fortes da produção. A arte também merece destaque ao lado do som. Há várias semelhanças com a técnica e também com o roteiro de V DE VINGANÇA e MAX PAYNE.
SORO: produção; arte; som; Samuel L. Jackson.
VENENO: roteiro; montagem.
NOTA (0 a 5): 3
***
Jogo Entre Ladrões
3.2 235 Assista AgoraUma história batida, mas muito bem ancora por parafernaflhas tecnológicas, assim pode-se definir JOGO ENTRE LADRÕES. A estreante diretora de cinema, Mimi Leder (A MANSÃO DOS SEGREDOS), escalou dois nomes de peso para protagonizar a história. Morgan Freeman (O PROCURADO) e Antonio Banderas (A LENDA DO ZORRO) vivem a dupla de assaltantes que planejam um golpe milionário. Com atuações benéficas, ambos garantes um bom desenrolar do roteiro.
Roteiro este que não fez por merecer, já que é um punhado de clichês, além de ser infinitamente previsível. Ted Humphrey, autor da história, conseguiu montar uma estrutura medíocre e descartável para as cenas, que contam apenas com a beleza visual da película e, como dito anteriormente, com o impacto das ferramentas tecnológicas utilizadas pela dupla durante boa parte do filme. Fora isso, posso elogiar a trilha sonora, que realça, ao menos, um pouco de qualidade cinematográfica nesta película.
Com locações agradáveis e que se encaixaram perfeitamente bem às sequências, a equipe de produção, formada por Randall Emmett (AS DUAS FACES DA LEI), Avi Lerner (RAMBO 4), Danny Lerner (DINHEIRO SUJO), Johnny Martin (END GAME), Lori McCreary (SOB SUSPEITA) e Les Weldon (DIRECT CONTACT), foi a principal arma deste longa. Em suma, JOGO ENTRE LADRÕES é um filme plástico, que repete a fórmula, mas que atende bem à proposta de entretenimento, garantindo uma boa diversão. E só.
Sete Vidas
4.0 1,8K Assista AgoraA história começa devagar, lenta... mas com o tempo, ganha em dinamismo, ritmo e qualidade até chegar ao cume, que é o ótimo desfecho. A produção, formada por Todd Black (O SOL DE CADA MANHÃ), Jason Blumenthal (ALEX E EMMA), James Lassiter (O VIZINHO), Will Smith (HANCOCK) e Steve Tisch (A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA), é rica em detalhes e garantiu uma boa técnica ao filme. A imprensão que fica é de SETE VIDAS tem uma equipe harmoniosa, que gerou um resultado natural e com uma beleza sem igual. Uma boa surpresa na telona.
NOTA (0 a 5): 4,5
****
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraFOI APENAS UM SONHO marca pelos diálogos que duram mais do que deviam, cansando o espectador. Além disso, várias cenas se mostram desnecessárias. Por outro lado, o destaque fica com a dupla de protagonistas Leonardo Di Caprio (REDE DE MENTIRAS) e Kate Winslet (O LEITOR), com atuações fortes, cruas e convincetes, os dois se mostram entrosados mais uma vez, 11 anos após TITANIC. Outro personagem que deve ser ressaltado é o doente mental da história, interpretado por Michael Shannon (ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO). Shannon é John Givings, um personagem que serve como um contraponto às ideias do "casal modelo" Frank (Di Caprio) e April (Winslet), como são conhecidos pela vizinhança.
NOTA (0 a 5): 2,5
**
Austrália
3.5 1,1K Assista AgoraAs línguas, os costumes e os diferentes povos da terra nativa de Nicole Kidman, são explorados pelo diretor de forma positiva e elevam a qualidade da película.
NOTA (0 a 5): 4
****
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraCom um final satisfatório, vemos que o diretor Stephen Daldry - que estava longe das telonas a seis anos - fez um ótimo trabalho. O LEITOR pode ser definido como um filme simplista e cru.
NOTA (0 a 5): 4
****
O Lutador
4.0 912O LUTADOR é um filme que foi realizado com poucos recursos financeiros, que, por isso, surpreende positivamente, mas ainda assim, não sai da mediania. A sensação que esta película, do diretor Darren Aronofsky (FONTE DA VIDA), deixa é de que a história gira, gira, gira e acaba onde começou, numa mesmice sem fim.
NOTA (0 a 5): 3
***
Quem Quer Ser um Milionário?
4.0 2,4K Assista AgoraO pecado principal de QUEM QUER SER UM MULIONÁRIO é um roteiro que repete uma fórmula que usa das seguintes ferramentas para impactar o espectador: violência, romance, lei de que o mais fraco vence, entre inúmeras outras. Um filme que passa a imprensão de ser genérico o tempo inteiro. Vemos várias semelhanças com CIDADE DE DEUS. Seria isso uma coincidência?! Acho que não. Há até uma cena que é idêntica à produção brasileira.
NOTA (0 a 5): 4
****
10.000 A.C.
2.7 687 Assista Agora"10.000 A.C." e "Apocalypto" são filmes semelhantes que se equilavem na mediocridade de seus projetos e desperdício de tempo. Mas ainda assim, "10.000 A.C." é um pouco superior, graças ao carisma de seu protagonista.
NOTA (0 a 5): 3,5
Kung Fu Panda
3.5 804 Assista Agora"Kung Fu Panda" é uma boa pedida, mas infelizmente fica na mediania e não traz nada que o diferencie em relação às animações atuais.
NOTA (0 a 5): 4
****
WALL·E
4.3 2,8K Assista AgoraÉ com extrema certeza que afirma que "Wall-E" entra para a lista das melhores animações da história que já foi feita. Com criatividade muita criatividade em seu roteiro e uma técnica invejável, torna-se uma verdadeira obra de arte, se é que me entendem.
NOTA (0 a 5): 4,5
****
O Procurado
3.4 1,5K Assista Agora"O Procurado" é aquele típico filme de ação com muitas perseguições e um roteiro bastante atraente como pano de fundo. Uma ficção cheia de bons efeitos visuais, mas que às vezes, se alternam, qualitativamente falando. Mas nada que prejudicasse o resultado final desta produção hollywoodiana.
NOTA (0 a 5): 5
*****
Hancock
3.1 1,6K Assista AgoraA ótima produção contou com uma equipe formada por Akiva Goldsman ("Constantine"), James Lassiter ("À Procura da Felicidade"), Michael Mann ("Miami Vice") e o próprio Will Smith ("Eu, Robô"). Com orçamento estimado de US$ 150 milhões e uma arrecadação de cerca de US$ 100 milhões apenas em sua estréia nos Estados Unidos, "Hancock" prima pelo entretenimento, com piadinhas bem contadas. Mas aquele ar de que vimos um filme que poderia ser bem melhor fica entre nós. Isso é muito bem explicitado na segunda metade da película, onde há uma grande queda do roteiro.
NOTA (0 a 5): 4
****
As Duas Faces da Lei
3.1 325 Assista AgoraResumindo: "As Duas Faces" é um filme válido por reunir dois atores estupendos, mas que não prima no roteiro e na técnica.
NOTA (0 a 5): 3,5
***
007: Quantum of Solace
3.4 683 Assista Agora"007 Quantum of Solace" é um filme que diverte, mas peca na limitação do roteiro, que defino como pouco eclético, o que é de se estranhar nesta franquia.
NOTA (0 a 5): 3,5
***
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KA sintonia entre a equipe de produção e o diretor pode ser o segredo do sucesso de Allen. Além, é claro, da experiência e da eficência deste novaiorquivo, que é um marco no mundo da sétima arte.
NOTA (0 a 5): 4
****
Gomorra
3.3 130Apesar de GOMORRA não trazer nada de novo, considero-o importante como registro histórico. Corrupção e miséria são outros assuntos bastante abordados durante o filme, que pode ser definido simplesmente como cru, cruel e limitado.
NOTA (0 a 5): 3
***
A Troca
4.0 1,6K Assista AgoraClint Eastwood (GRAN TORINO), já provou inúmeras vezes que além de um ator fora de série, também é um diretor diferenciado. E em A TROCA não é diferente. O uso das cores na película para retratar a dor de uma mãe que perde o filho e passada de uma forma tão perfeita, que é difícil sentir a diferença das cores em diversas etapas da história.
NOTA (0 a 5): 4
****
Sim Senhor!
3.5 1,9K Assista AgoraDesde DEBI & LÓIDE - DOIS IDIOTAS EM APUROS, este é o melhor filme da carreira de Jim Carrey (O TODO PODEROSO) como comediante. Um pouco superior a O MENTIROSO, que também é muito bom.
NOTA (0 a 5): 4
****