Sabe aqueles filmes que você vai ao cinema assistir com uma expectativa alta de tanto que seus amigos e o pessoal na internet falou bem dele? Pois então, isso aconteceu quando fui conferir "Se Beber, Não Case!". Esperava um filme inteligente, bem tramado e atípico - fugindo dos moldes estadunidenses de se fazer comédia/besteirol.
Deparei-me então com um longa bobo, com uma história medíocre e sem argumentos convincentes. Quem disse que pra ser comédia tem que ser vago e machista? Sim, "Se Beber, Não Case!" pode ser definido assim. O roteiro foi assinado pela dupla Jon Lucas ("Surpresas do Amor") e Scott Moore ("A Hora da Virada"), que sempre trabalharam juntos.
Também notei vários aspectos próximos a outra produção do mesmo gênero, mas bem acima deste. Trata-se de "Morte no Funeral", filme de 2007 e de onde o diretor Todd Philips ("Escola de Idiotas"), de "Se Beber, Não Case!", com certeza se inspirarou. Mas que pena que o resultado não foi tão bom quanto a fonte.
Por outro lado, a produção fez a sua parte e garantiu boas locações e detalhes riquíssimos. A participação do ex-pugilista, Mike Tyson, acrescentou muito - ainda que péssimo ator. A fotografia e a trilha sonora foram outros pontos fortes do projeto, além da belíssima película, com cores e contrastes em harmonia com os personagens e cenas.
As atuações do trio principal, formado por Bradley Cooper ("Armações do Amor"), Ed Helms ("O Grande Dave") e ("Zach Galifianakis"), garantiram boas risadas. Além de Justin Bartha ("A Lenda do Tesouro Perdido - Livro dos Segredos"), que apesar de fazer um papel menor, não decepcionou.
Em suma, "Se Beber, Não Case!" é mais um besteirol com boa produção. E só.
Desde já digo que "Up - Altas Aventuras" é o filme, digamos, mais cult da Disney. Com uma fotografia belíssima, a animação se devenvolve de forma harmoniosa e muito bem tramada. O roteiro, assinado por Bob Peterson (Procurando Nemo), é cheio de contrastes. Amor, solidão, tristeza, euforia, amizade e compaixão. Essas são apenas algumas palavras que resumem a singular história do longa.
Pete Docter (O Castelo Animado) e Bob Peterson, diretores, souberam coordenador muito bem este projeto que se tornou um sucesso. Isso deve-se principalmente à beleza das cores em conjunto com uma trilha sonora sem igual e que fez total diferença em todas as cenas em que marcaram presença.
Falando mais um pouco das cores e da trilha sonora de UP, é bastante notável que eles indicavam o sentimento e as emoções em que os personagens se encontravam em certos momentos do filme. Quando o protagonista - ou algum outro personagem - estava em uma situação complicada, a cor era mais branda ou escura (sem tanta presença de cor e contraste). Já naqueles momentos de alegria, as cores saltavam aos olhos do público e as canções eram bastante contagiantes.
A complexidade de toda a narrativa também é evidente e mostra um excelente entrosamento da equipe de produção. A película contou com efeitos visuais de primeira linha e personagens bastante exóticos e bem diferentes entre eles mesmos. E ainda assim isso tudo resultou numa mescla agradável aos olhos do público.
A maio falha a ser apontada foram os erros de continuidade. Mas nem mesmo isso foi capaz de estragar esta obra prima dos estúdios Disney/Pixar, que chegou de fininho nos cinemas e surpreendeu a todos. "Up - Altas Aventuras" é a melhor animação desde o primeiro "Madagascar".
Bem ao estilo Tela Quente, O Sequestro do Metrô 123 estreia hoje nos cinemas de todo o país prometendo muita ação e entretenimento aos fãs do gênero. Esta é a terceira versão da história – as outras foram lançadas em 1974 e no final da década de 1990 – e traz nomes de peso no elenco. Denzel Washington (O Gângster) e John Travolta (A Outra Face) lideram a lista, que ainda conta com Luis Guzmán (O Conde de Monte Cristo), John Turturro (Transformers) e James Gandolfini (Os Fugitivos). A direção é do veterano Tony Scott (Deja Vu).
A equipe de produção, formada por Tony Scott, Steve Tisch (Sete Vidas), Jason Blumenthal (À Procura da Felicidade) e Todd Black (O Sol de Cada Manhã), garantiu uma boa qualidade técnica ao longa. A edição deu preferência aos contrastes de cenas rápidas e lentas, com efeitos que agradaram e conciliaram as sequências à trilha sonora, que por sua vez esteve sempre em harmonia com as sequências de perseguição e momentos de tensão.
O repertório foi composto, entre outras, por canções como “Funklab Bass Problem”, escrita por William Hanford Lee e interpretada por Papalee; e “99 Problems”, escrita por Leslie West, John Ventura, Norman Smart, Felix Pappalardi, Billy Squier, Ice-T, Alphonso Henderson e George Clinton e interpretada por Jay-Z.
O roteiro, escrito por Brian Helgeland (Chamas da Vingança) com base na história de John Godey – que foi quem assinou a história do filme de 74 -, é limitado e tem argumentos frouxos. Apesar do excelente aparato tecnológico a seu dispor, o diretor Tony Scott produziu um filme bobo e que não saiu da mesmice. Se não fosse pelas belíssimas atuações da dupla Washington e Travolta, com certeza seria um fiasco total.
Mas por outro lado, Scott também merece elogios ao rodar o filme inteiramente na cidade de Nova York – o que é muito difícil devido às condições de trânsito e autorização para filmagem – e também por tratar de um tema que trouxe a história boba de perseguição para o século 21. Este tema é na verdade uma relação entre o terrorismo e o capitalismo, onde as ações criminosas influenciam diretamente nas bolsas de valores de todo o mundo, colocando o planeta em caos.
Em suma, O Sequestro do Metrô não é um grande filme, mas com certeza garante momentos de entretenimento e vai agradar o público que gosta de uma boa dose de ação. Mas, infelizmente, facilmente esquecível.
Trilha sonora com base nas canções da banda Black Eyed Peas, muito boa e em harmonia com as cenas. Os efeitos visuais são de primeira linha. A fotografia é outro ponto forte da animação, que contou com uma ótima produção. O roteiro deixou um pouco a desejar pelo excesso de repetição de vários diálogos. A direção ficou na mediania, mas não comprometeu o bom resultado final. Os personagens são mais ou menos criativos, mas muito engraçados. Por fim, FORÇA-G não é um filme que traz algo novo pro mundo da animação, mas vale pelo entretenimento.
Um filme eclético e que mostra um grande amadurecimento da franquia. Assim pode-se resumir HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE. A qualidade técnica, aliada às excelentes atuações e um roteiro sábio e harmonioso com as cenas, fez deste o melhor filme desde HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN. E digo mais: este é o melhor filme do bruxinho mais famoso do mundo. O diretor foi muito esperto e genioso ao conciliar suspense, ação, aventura, magia, romance e terror num filme que tem pretensões grandiosas e caminha pra um final maestral.
Um filme que toca mais pela proximidade do fato que pela técnica apurada. O diretor usa muito bem o carisma do ator Selton Mello pra manipular e seduzir a plateia. Um filme bem atuado, produzido e montado.
Um filme chato e sem estímulo para o espectador. Assim como a maioria das películas do gênero, TRAMA INTERNACINAL tem belíssimas locações e fotografia acima da média, valorizando a equipe de produção e só. Um roteiro raso, monótono e massante. Usa a tecnologia como argumento para tudo, só que isso acaba cansando e ainda assim o diretor insite na mesma ideia. Clive Owen e Naomi Watts queimaram seus filmes neste projeto.
Com um roteiro cheio de diálogos excelentes, INTRIGAS DE ESTADO intriga o espectador com uma equipe cinematográfica muito bem entrosada. Desde o diretor, passando pelo roteirista, produção e chegando ao elenco, é notável a harmonia da película e mesmo com quase duas horas de duração, o filme não cansa. Muito pelo contrário, vai chamando a plateia para a história até o ápice de seu desfecho. Com fotografia, edição e trilha sonora belíssimas, a equipe de produção fez um belo trabalho e garantiu uma ótima qualidade técnica ao projeto. Assuntos como o fim do jornalismo impresso, o dia a dia do jornalista, espionagem e ética são muito bem pautados e trazem o filme para a atualidade. INTRIGAS DE ESTADO merece ser visto e debatido em faculdades de comunicação e entre pessoas interessadas em comunicação.
Bem inferior ao anterior. Efeitos visuais não satisfatórios e roteiro abaixo do esperado. Os diálogos ganharam o prêmio de vagacidade e medriocrisidade. Michael Bay errou a mão ao tentar maximizar os personagens e perdeu o foco da história. Um filme que tenta mostrar muita coisa e se confunde. A trilha sonora continua acompanhando as cenas e a proposta de entretenimento, porém o filme torna-se cansativo e monótono. Várias cenas são genéricas do filme anterior. Os erros de continuidade são intermináveis. As atuações são boas, mas nada demais.
Um filme complexo, que revira a cabeça do espectador, alfinetando-o, incomodando-o e, principalmente, frustando-o. Com um show de atuação de Philip Seymour Hoffman, o filme é uma bela homenagem ao teatro e a comparação com O SHOW DE TRUMAN e DOGVILLE é inevitável. A questão de dirigirmos as nossas vidas, onde cada um de nós é protagonista do nosso mundinho, cheio de tristezas, decepções, alegrias, angústias e morte. Um filme pesado, denso e que nos leva a reflexões profundas, desde o motivo da nossa existência a questões de como tratar o próximo. Um filme válido e consiso, apesar de metafórico e abstrato. O som é usado de forma genial, sem citar a maquiagem. Philip me pareceu velho tão natural. Um filme que posiciona-se de forma firme diante de uma sociedade egocêntrica, consumista e movida à instantâneidade, onde nada satisfaz as necessidades humanas.
SORO: Philip Seymour Hoffman; produção; direção; roteiro; sonoplastia; maquiagem.
DUPLICIDADE já começa com diálogos intensos, se mantém com diálogos complexos e encerra com excesso de diálogos. Já é logo assim, na primeira frase que defino o longa do diretor e roteirista Tony Gilroy. Apesar da ótima produção e atuação do elenco, o longa cansa e a imprensão é de algo genérico o tempo inteiro, a não ser o desfecho, que é espetacular e que devia ter inspirado o restante da história, quanto o nível qualitativo, roteiristicamente falando. As locações são bastante benéficas às cenas, a trilha sonora é mediana, a fotografia é fora de série, a edição fez total diferença e deu um toque a mais. Mas com um roteiro ínfimo e uma direção equivalente, DUPLICIDADE nada mais é que um filme de discussão de relação entre os protagonistas Clive Owen e Julia Roberts, com a espionagem industrial como pano de fundo, lembrando bastante SR. E SRA. SMITH. Por que o desfecho é espetacular? Porque ele frustra o espectador. Simplesmente por isso: sair da rotina e dos clichês deste tipo de filme. Mas ainda assim, o argumento, como um todo, é frouxo.
Roteiro confuso, clichê, machista, previsível e monótono. Diálogos rasos. Boas atuações. Selton Mello é o Jim Carrey brasileiro. As canções de Ramones dão um toque a mais. As locações são ínfimas. A edição prejudicou muito o fime. A viagem do diretor é imensa. E a produção acompanhou-o, negativamente falando. O que salva é a boa pitada da graça de Mello e o ator de bigode. O desfecho encerra um filme que, na minha opinião, não devia ter sido feito.
Com uma qualidade técnica fora de série, O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO é um colírio para os olhos. Sequências muito bem planejadas e executadas, locações paradisíacas, efeitos visuais de primeira e uma fotografia satisfatória. Em vários momentos, o filme me fez lembrar as sequências de FILHOS DA ESPERANÇA. O som também é muito bem utilizado, seja no barulho ou até mesmo no silêncio. E a trilha sonora acompanha as cenas com perfeição, complementando-as. As atuações, por sua vez, são medíocres, mas não comprometem o resultado final da película, que foi extremamente surpreendente - positivamente falando. Temos que lembrar que a franquia sofreu uma metamorfose com a saída de Arnold Schuzenneger e o ingresso do talentoso Cristian Bale. Mas vou contar um segredinho: Schuazzeneger faz uma pontinha no filme, que valeu pela saga toda. Por fim, a direção de McG foi positiva ao propor entretenimento e agradar pela tecnologia de ponta utilizada na produção e um roteiro que sustentou muito bem o projeto, com arguições consisas e exagerando concientemente e na dose certa em algumas cenas de ação.
A proposta inicial de HERÓIS é boa, mas infelizmente má executada. O roteiro, assinado por David Bourla, é um apanhado de clichês que tornam o longa-metragem previsível, monótono e esteriotipado. O resultado final fica bem abaixo do esperado, mas ainda assim vale como um entretenimento mediano.
A direção de Paul McGuigan (XEQUE-MATE) também perdeu muitos pontos, culpa da escolha por uma fraca história. Sendo assim, o comando pode ser definido como raso, baseando toda o projeto apenas em cenas de ação e também na edição, que por sua vez juntou pontos à produção.
A equipe, liderada por Bruce Davey (APOCALYPTO) e William Vince (CAPOTE), teve um desenvolvimento mediano. Com locações ora belíssimas, ora ridículas e efeitos visuais abaixo da média, a dupla pecou bastante. Mas não foram de todo mal. O principal ponto da produção foi positivo: a rica gama de cores durante todo o filme. Algo muito bem dosado, que não beirou à bizarrice.
Também houve outros pontos benéficos: fotografia, trilha sonora e a atuação da talentosa Dakota Fanning (A MENINA E O PORQUINHO), foram alguns destes outros pontos positivos. Em suma, HERÓIS é um filme bem Sessão da Tarde e nada mais.
Uma boa história, que foi construída com uma ótima estrutura narrativa. Isso mesmo, o roteiro de UMA NOITE NO MUSEU 2 é um dos "culpados" pelo bom resultado do filme e garante diversão e entretenimento à plateia. Os diálogos também são muito bons, mas limitados, assim como a grande parte dos filmes de comédia hollywoodianos. Ben Garant (BOLAS EM PÂNICO) e Thomas Lennon (OPERAÇÃO BABÁ), roteiristas, criaram um argumento bastante convincente, mas em ralação ao longa antecessor, não digo que esta história foi melhor ou pior, apenas diferente.
A produção também é muito boa e deve ser ressaltada. A principal virtude da equipe composta por Michael Barnathan (QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO), Chris Columbus (HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN), Mark Radcliffe (O HOMEM BICENTENÁRIO) e Shawn Levy (O ROQUEIRO) foram os efeitos visuais muito acima da média. As atuações, por sua vez, são satisfatórias. O destaque mais uma vez ficou com Ben Stiller (TROVÃO TROPICAL), que demostrou-se bastante eclético na interpretação do personagem principal. A atriz Amy Adams (DÚVIDA) também esteve muito bem e a sincronia com o mocinho, vivido por Stiller, foi perfeita.
Mas nem tudo são flores. Várias cenas não são naturais e passam a imprenssão de que foram forçadas para encaixar a história. Mas isso é o de menos. O que marca mesmo é o belo trabalho do diretor Shawn Levy, que realizou um trabalho muito bom em UMA NOITE NO MUSEU 2, assim como em UMA NOITE NO MUSEU e manteve a qualidade da franquia. Um filme leve e agradável que cumpre a proposta, mas nada além da fórmula rotineira, comum em filmes de comédia.
Com ótimos diálogos, STAR TREK prima mais uma vez pelo show de efeitos especiais e garante um ótimo entretenimento. Coisa rara em filmes de ficção científica atuais. Apesar de ser um remake, o longa mantém a qualidade da franquia.
O roteiro tem algumas baixas, mas no geral é muito bom.Assinado pelos roteiristas Alex Kurtzman (A LENDA DO ZORRO) e Roberto Orci (A ILHA), a história, que tem como base na série de TV de Gene Roddenberry, se desenrola de forma eficaz e agradável, seduzindo o espectador.
As atuações de Chris Pine (A ÚLTIMA CARTADA), Zachary Quinto (da série de TV HEROES), Zoe Saldana (PONTO DE VISTA), Karl Urban (DESBRAVADORES) e Anton Yelchin (O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO) também garantem o sucesso deste 11º filme da franquia STAR TREK.
A produção dá um show. A equipe, formada por J.J. Abrams, Damon Lindelof, Bryan Burk, Alex Kurtzman e Roberto Orci, fez a sua parte com ótimas locações, efeitos visuais (já anteriormente dito) acima da média e som de primeira.
A direção de J.J. Abrams (MISSÃO IMPOSSÍVEL 3) continua impecável. Ele guia de forma maestral o longa e garante uma ótima pedida para os fãs da franquia e para aqueles que curtem um bom filme de ficção científica.
Sim! O diretor Ron Howard (FROST/NIXON) continua colocando em xeque a encouraçada igreja católica. Após o sucesso de O CÓDIGO DA VINCI, Howard está de volta às telonas com mais uma crítica pesada à legião católica em ANJOS E DEMÔNIOS. Anterior ao filme anterior (ficou complicado de entender? Essa era a minha intenção), este longa foi baseado no terceiro romance do escritor Dan Brown.
O professor de Harvard, Robert Langdon, vivido por Tom Hanks (JOGOS DO PODER) é um especialista em simbologia religiosa e é o próprio diretor, em vontade, que coloca, durante toda a história, em xeque toda a doutrina católica. Mas ele (o diretor) também é esperto e para não alfinetar demais as autoridades extrafilme mundiais, ameniza a situação com uma trama bem amarrada e estruturada.
O roteiro, assinado por David Koepp (INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL) e Akiva Goldsman (EU SOU A LENDA), é mediano, pois é cheio de clichês e tem diálogos complexos e corridos, atropelando o entendimento da plateia. Mas por outro lado, os roteiristas usaram com maestria o suspense como arma para prender o espectador à película e garantir uma boa sustentação às cenas propostas.
Com uma belíssima atuação de Tom Hanks, ANJOS E DEMÔNIOS mostrou-se eclético e superior a CÓDIGO DA VINCI e contou com uma produção rica em detalhes, com bom figurino e maquiagem. Um filme que também vale pela crítica pesada ao catolicismo e à prática religiosa, digamos, manipuladora. Sem mais.
SORO: ROTEIRO; DIREÇÃO; PRODUÇÃO; LOCAÇÕES; SEQUÊNCIAS; FIGURINO; MAQUIAGEM; TOM HANKS.
O que mais vale ser resslatado em UM ATO DE LIBERDADE é que ao contrário do que a grande maioria dos filmes mostra, ele difere por não mostrar os judeus como coitadinhos, mas sim numa posição agressiva e ativa diante de uma realidade cruel do nazismo.
Com roteiro de Edward Zwick (O ÚLTIMO SAMURAI) - que também é o diretor do longa - e Clayton Frohman (SOB FOGO CERRADO), baseado no livro de Nechama Tec, o filme mostra-se eclético e muito bem dirigido. As cenas foram enriquecidas com a boa fotografia de Eduardo Serra (DIAMANTE DE SANGUE).
Outro ponto bastante perpicaz foram as atuações de Daniel Craig (007 QUANTUM OF SOLACE), Liev Schreiber (X-MEN ORIGENS: WOLVERINE), Jamie Bell (JUMPER) e Alexa Davalos (O NEVOEIRO), que primam e elevam qualitativamente a película. Apesar de mais de duas horas de duração, o longa não cansa. Muito pelo contrário, a cada minuto, o espectador fica mais ansioso pelas sequências.
A produção que teve Pieter Pieter Jan Brugge (MIAMI VICE) e Edward Zwick na liderança, mostrou-se satisfatória, já que somou ao projeto ótimos efeitos visuais, som, edição e figurino.
Apesar de Zwick ter sido diretor, roteirista e produtor do projeto, vê-se claramente que a harmonia entre equipe que idealizou e executou UM ATO DE LIBERDADE. E isso gerou um resultado acima da média, mostrando o lado B da história, onde os judeus também foram protagonistas e saíram vitoriosos.
Com efeitos visuais alternados e inúmeros erros de continuidade, X-MEN ORIGENS: WOLVERINE marca pela displicência da produção. Liderada por Hugh Jackman (A LISTA - VOCÊ ESTÁ LIVRE HOJE?), Lauren Shuller Donner (CONSTANTINE), John Palermo (X-MEN - O CONFRONTO FINAL), a equipe produtora fez um trabalho abaixo do esperado, compromentendo o projeto como um todo.
A parte técnica também teve seus méritos. Defino as tomadas de câmera como cheio de altos e baixos, mas ainda assim corajosas, por sair da rotina dos planejamentos hollywoodianos atuais. A edição, o som e a qulidade da película também merecem ser elogiados.
O roteiro é aquilo mesmo, limitado e baseado nas cenas de ação. O responsável pela história foi David Benioff (O CAÇADOR DE PIPAS), baseado em personagens criados por Len Wein. Mas ainda assim, o diretor Gavin Hood (O SUSPEITO) elaborou uma boa estrutura narrativa. As atuações, por sua vez, são satisfatórias. Nada demais.
Em suma, X-MEN ORIGENS: WOLVERINE atendeu muito bem as expectativas e o que foi proposto: entretenimento e show. E só.
Trazer de volta à franquia todo o elenco do primeiro filme, esta foi a estratégia do diretor Justin Lin (ANNAPOLIS) para voltar a lucrar com a turma dos carros tunados. Mas e a qualidade? Pois é, parece que Lin pensou demais no lucro e acabou pecando no roteiro. Assinada por Chris Morgan (O PROCURADO), a história é limitada e não agrada, contando apenas com as belas sequências e a ação interminável. Mas ainda assim o longa deixou muito a desejar.
A produção, por sua vez, atende às espectativas e realiza um trabalho excepcional, com uma boa utilização da luz, trilha sonora perfeita, efeitos visuais de primeira e uma película com qualidade muito acima da média. A equipe foi formada pelos produtores Vin Diesel (O VINGADOR), Michael Fottrell (DURO DE MATAR 4.0) e Neal H. Moritz (S.W.A.T.).
VELOZES & FURIOSOS 4 já é, desde já, o segundo melhor filme da franquia, perdendo apenas para o primeiro. Isso deve-se a quê? Claro que é ao elenco, que seduz o espectador e o faz relembrar do precussor da série e o sucesso que o mesmo trouxe como algo inovador, até certo ponto, e empolgante. Depois deste quarto capítulo, muita gente até esqueceu que o protagonista do terceiro filme não era o mesmo dos outros.
Antes mesmo de começar a ler esta crítica, você, que não assistiu ao filme deve estar pensando: filme de ficção com Nicolas Cage (MOTOQUEIRO FANTASMA)? Ihhhh! Lá vem bomba... e não é que você está certo! Assim como algumas produções cinematográficas recentes que o ator protagonizou, PRESSÁGIO é um filme polêmico, daqueles que ou você ama ou você odeia. Eu pertenço ao segundo grupo.
O diretor Alex Proyas (EU, ROBÔ), manipula a plateia com cenas impactantes e som alto, um show-espetáculo, com efeitos visuais medianos tudo isso lindo aos olhos e aos ouvidos leigos. Mas o que se vê, por trás dos panos é um filme que repete a fórmula, totalmente genérico. As atuações são tão depímíveis que nem merecem ser comentadas.
A história tem um bom começo, com argumento forte e consiso, mas depois desanda e lidamos com um desfecho ridicularmente fora do contexto de todo o enredo. A impressão é de que tentaram surpreender o espectador com algo que ele não esperava de forma alguma. Resultado: bizarrice.
E não é só isso. O roteiro, escrito por Stuart Hazeldine, Ryne Douglas Pearson, Stiles White e Juliet Snowden, baseado em adaptação do próprio diretor Alex Proyas e na estória de Ryne Douglas Pearson ainda conta com diálogos interminavelmente desnecessários, que busca atingir com melodrama por mortes, desespero, dor e angústia.
Só pra constar que o filme teve alguns pontos positivos como a trilha sonora e a edição. Canções como "I Vow to Thee, My Country", interpetada por Gustav Holst e "Symphony No. 7 in A major, Op. 92, II. Allegretto", música de Ludwig van Beethoven; ilustraram beneficamente a película. Mas o que fica é que PRESSÁGIO é um filme desnecessário e bizarro.
CHE começa de uma vez - assim como essa crítica. A película impacta o espectador logo de cara, com diálogos e ação intensos. Mas com o desenrolar da trama, as cenas tornam-se vagarosas e cansativas, focando principalmente as batalhas na selva. O porto riquenho Benício Del Toro (SIN CITY - A CIDADE DO PECADO) está magnífico. Rodrigo Santoro (CINTURÃO VERMELHO), por sua vez, tem uma atuação ofuscada, porém satisfatória.
Com direção de Steven Soderbergh (TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO), CHE traz à atualidade a questão das batalhas de um mito da história mundial. E em tempos de crise financeira, o filme coloca-se em uma posição de contraponto, já que Che Guevara lutou pela revolução comunista, além de ter sido o braço direito de Fidel Castro.
O roteiro, assinado por Peter Buchman (ERAGON), foi escrito com base nas memórias do próprio Che em sua obra Memórias "Reminiscences of the Cuban Revolutionary War". Os diálogos contam com frases de efeito de vários autores famosos da história mundial, desde o próprio Ernesto Guevara à Karl Max, passando por outros muitos idealistas, principalmente do comunismo ou anti-capitalismo/imperialismo. O desfecho do longa também é excepcional e vale o ingresso.
A câmera solta é utilizada quase que no filme inteiro e beneficiou as cenas, já que deu um realismo maior, principalmente nas batalhas. E em conjunto com a fotografia agradaram e embelezaram a película. A edição é outro ponto que vale ser ressaltado e foi muito bem planejada e executada, há flashs não lineares a todo momento, dando uma sensação eclética à narração.
CHE vale mais como registro cultural e histórico. Uma aula de história e que por isso, valeu a sessão. Mas, infelizmente, a técnica é rasa; o estilo de narração cansa e foca muito o período na selva. Quando o filme fica bom, termina. Esperemos a continuação, que está prevista para ser lançada nos cinemas em 31 de julho de 2009.
Primeiramente gostaria de enfatizar que é bom rever Kevin Bacon (O LENHADOR) nas telonas. Apesar deste grande ator ter feito vários filmes recentemente nenhum deles pode-se classificar como "decente" (se assim posso dizer).
Já que citei o ator, vou direto à análise das atuações do longa. Bacon, que tinha o status de garoto propaganda de FROST/NIXON apesar de não caber-lhe o papel principal, ficou com um personagem limitado pelo roteiro em suas mãos. Com isso, ele não sai da mediania e frusta muitos fãs, que o sentem como uma simples presença física na história.
Os destaques do filme no quesito atuação com certeza ficam com a dupla de atores que vivem os personagens que constituem o título da produção: Michael Sheen (A RAINHA) é David Frost, o repórter, e tem uma atuação digna de um grande profissional, com caras e bocas geniais; o veterano Frank Langella (O DENUNCIANTE) está na pele do ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, e dá um show de interpretação com um sentimentalismo fora do comum.
O roteiro de FROST/NIXON é assinado por Peter Morgan (O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA), baseado na teatral de sua própria autoria. O foco da história é narrar a entrevista de Frost com o ex-presidente estadunidense e principalmente a maneira como o jornalista consegue vencer o embate entre os dois de maneira complexa e devassadora. Para isso, o enredo conta principalmente com ótimos diálogos.
A produção não fica para trás. Com uma ambientação épica de primeira, a experiente equipe formada por Tim Bevan (QUEIME DEPOIS DE LER), Eric Fellner (DESEJO E REPARAÇÃO), Brian Grazer (O GÂNGSTER) e Ron Howard (O CÓDIGO DA VINCI) garantem o ótimo resultado com locações satisfatórias, figurino e maquiagem acima da média e edição perfeita.
Outro ponto que vale ser citado é a fotografia desta película. Com excelentes jogos de luz e sombra e enquadramentos e closes bem planejados, Salvatore Totino (A LUTA PELA ESPERANÇA) fez um ótimo serviço como diretor de fotografia. Além disso, o som também é muito bem utilizado, com pontos de silêncio primordiais para a boa desenvoltura da história em várias cenas.
Por fim, o diretor Ron Howard (A LUTA PELA ESPERANÇA) fez um ótimo trabalho. FROST/NIXON é um daqueles filmes que marcam e que com certeza veremos referências futuras, dentro ou fora das telonas.
Sabe aqueles filmes leves, positivistas e gostosos de assistir? É neste contexto que SIMPLESMENTE FELIZ se encaixa. Com um roteiro despretensioso e que marca pela naturalidade dos diálogos e situações, a história transcende de maneira tranquila e com uma elegância fora de série.
E a principal culpada deste show visual e de roteiro é a protagonista Poppy, interpretada pela atriz inglesa Sally Hawkins (O SONHO DE CASSANDRA), que está muito bem e diverte a trama ao extremo. Além da comédia, também há uma pitada de dramaticidade no script de Mike Leigh (SEGREDOS E MENTIRAS) - também diretor do filme.
A equipe de produção, liderada por Simon Channing Williams (O JARDINEIRO FIEL), fez a sua parte e garantiu uma qualidade técnica satisfatória. A fotografia utiliza as cores para dar vida e contrastes às cenas de acordo com os sentimentos momentaneos de Poppy. O figurino vai pelo mesmo lado e é evidente o uso de roupas com cores marcantes e alegres, além do vestuário ser sempre despojado e espontâneo.
SIMPLESMENTE FELIZ é uma produção alternativa bastante eficiente no que propõe: entreter de forma simples e mostrando o lado bom das coisas, sejam elas menos ou mais complicadas. A felicidade é uma questão de ponto de vista. Um filme engraçado e que lembrou em muitos momentos produções como PATCH ADAMS - O AMOR É CONTAGIOSO (1998) e UM BOM ANO (2006).
Se Beber, Não Case!
3.7 2,6K Assista AgoraSabe aqueles filmes que você vai ao cinema assistir com uma expectativa alta de tanto que seus amigos e o pessoal na internet falou bem dele? Pois então, isso aconteceu quando fui conferir "Se Beber, Não Case!". Esperava um filme inteligente, bem tramado e atípico - fugindo dos moldes estadunidenses de se fazer comédia/besteirol.
Deparei-me então com um longa bobo, com uma história medíocre e sem argumentos convincentes. Quem disse que pra ser comédia tem que ser vago e machista? Sim, "Se Beber, Não Case!" pode ser definido assim. O roteiro foi assinado pela dupla Jon Lucas ("Surpresas do Amor") e Scott Moore ("A Hora da Virada"), que sempre trabalharam juntos.
Também notei vários aspectos próximos a outra produção do mesmo gênero, mas bem acima deste. Trata-se de "Morte no Funeral", filme de 2007 e de onde o diretor Todd Philips ("Escola de Idiotas"), de "Se Beber, Não Case!", com certeza se inspirarou. Mas que pena que o resultado não foi tão bom quanto a fonte.
Por outro lado, a produção fez a sua parte e garantiu boas locações e detalhes riquíssimos. A participação do ex-pugilista, Mike Tyson, acrescentou muito - ainda que péssimo ator. A fotografia e a trilha sonora foram outros pontos fortes do projeto, além da belíssima película, com cores e contrastes em harmonia com os personagens e cenas.
As atuações do trio principal, formado por Bradley Cooper ("Armações do Amor"), Ed Helms ("O Grande Dave") e ("Zach Galifianakis"), garantiram boas risadas. Além de Justin Bartha ("A Lenda do Tesouro Perdido - Livro dos Segredos"), que apesar de fazer um papel menor, não decepcionou.
Em suma, "Se Beber, Não Case!" é mais um besteirol com boa produção. E só.
Up: Altas Aventuras
4.3 3,8K Assista AgoraDesde já digo que "Up - Altas Aventuras" é o filme, digamos, mais cult da Disney. Com uma fotografia belíssima, a animação se devenvolve de forma harmoniosa e muito bem tramada. O roteiro, assinado por Bob Peterson (Procurando Nemo), é cheio de contrastes. Amor, solidão, tristeza, euforia, amizade e compaixão. Essas são apenas algumas palavras que resumem a singular história do longa.
Pete Docter (O Castelo Animado) e Bob Peterson, diretores, souberam coordenador muito bem este projeto que se tornou um sucesso. Isso deve-se principalmente à beleza das cores em conjunto com uma trilha sonora sem igual e que fez total diferença em todas as cenas em que marcaram presença.
Falando mais um pouco das cores e da trilha sonora de UP, é bastante notável que eles indicavam o sentimento e as emoções em que os personagens se encontravam em certos momentos do filme. Quando o protagonista - ou algum outro personagem - estava em uma situação complicada, a cor era mais branda ou escura (sem tanta presença de cor e contraste). Já naqueles momentos de alegria, as cores saltavam aos olhos do público e as canções eram bastante contagiantes.
A complexidade de toda a narrativa também é evidente e mostra um excelente entrosamento da equipe de produção. A película contou com efeitos visuais de primeira linha e personagens bastante exóticos e bem diferentes entre eles mesmos. E ainda assim isso tudo resultou numa mescla agradável aos olhos do público.
A maio falha a ser apontada foram os erros de continuidade. Mas nem mesmo isso foi capaz de estragar esta obra prima dos estúdios Disney/Pixar, que chegou de fininho nos cinemas e surpreendeu a todos. "Up - Altas Aventuras" é a melhor animação desde o primeiro "Madagascar".
O Sequestro do Metrô 1 2 3
3.2 663 Assista AgoraBem ao estilo Tela Quente, O Sequestro do Metrô 123 estreia hoje nos cinemas de todo o país prometendo muita ação e entretenimento aos fãs do gênero. Esta é a terceira versão da história – as outras foram lançadas em 1974 e no final da década de 1990 – e traz nomes de peso no elenco. Denzel Washington (O Gângster) e John Travolta (A Outra Face) lideram a lista, que ainda conta com Luis Guzmán (O Conde de Monte Cristo), John Turturro (Transformers) e James Gandolfini (Os Fugitivos). A direção é do veterano Tony Scott (Deja Vu).
A equipe de produção, formada por Tony Scott, Steve Tisch (Sete Vidas), Jason Blumenthal (À Procura da Felicidade) e Todd Black (O Sol de Cada Manhã), garantiu uma boa qualidade técnica ao longa. A edição deu preferência aos contrastes de cenas rápidas e lentas, com efeitos que agradaram e conciliaram as sequências à trilha sonora, que por sua vez esteve sempre em harmonia com as sequências de perseguição e momentos de tensão.
O repertório foi composto, entre outras, por canções como “Funklab Bass Problem”, escrita por William Hanford Lee e interpretada por Papalee; e “99 Problems”, escrita por Leslie West, John Ventura, Norman Smart, Felix Pappalardi, Billy Squier, Ice-T, Alphonso Henderson e George Clinton e interpretada por Jay-Z.
O roteiro, escrito por Brian Helgeland (Chamas da Vingança) com base na história de John Godey – que foi quem assinou a história do filme de 74 -, é limitado e tem argumentos frouxos. Apesar do excelente aparato tecnológico a seu dispor, o diretor Tony Scott produziu um filme bobo e que não saiu da mesmice. Se não fosse pelas belíssimas atuações da dupla Washington e Travolta, com certeza seria um fiasco total.
Mas por outro lado, Scott também merece elogios ao rodar o filme inteiramente na cidade de Nova York – o que é muito difícil devido às condições de trânsito e autorização para filmagem – e também por tratar de um tema que trouxe a história boba de perseguição para o século 21. Este tema é na verdade uma relação entre o terrorismo e o capitalismo, onde as ações criminosas influenciam diretamente nas bolsas de valores de todo o mundo, colocando o planeta em caos.
Em suma, O Sequestro do Metrô não é um grande filme, mas com certeza garante momentos de entretenimento e vai agradar o público que gosta de uma boa dose de ação. Mas, infelizmente, facilmente esquecível.
Força G
2.7 314 Assista AgoraTrilha sonora com base nas canções da banda Black Eyed Peas, muito boa e em harmonia com as cenas. Os efeitos visuais são de primeira linha. A fotografia é outro ponto forte da animação, que contou com uma ótima produção. O roteiro deixou um pouco a desejar pelo excesso de repetição de vários diálogos. A direção ficou na mediania, mas não comprometeu o bom resultado final. Os personagens são mais ou menos criativos, mas muito engraçados. Por fim, FORÇA-G não é um filme que traz algo novo pro mundo da animação, mas vale pelo entretenimento.
SORO: efeitos visuais; produção; trilha sonora.
VENENO: roteiro.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
4.0 1,7K Assista AgoraUm filme eclético e que mostra um grande amadurecimento da franquia. Assim pode-se resumir HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE. A qualidade técnica, aliada às excelentes atuações e um roteiro sábio e harmonioso com as cenas, fez deste o melhor filme desde HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN. E digo mais: este é o melhor filme do bruxinho mais famoso do mundo. O diretor foi muito esperto e genioso ao conciliar suspense, ação, aventura, magia, romance e terror num filme que tem pretensões grandiosas e caminha pra um final maestral.
SORO: som; atuações; roteiro; produção; efeitos visuais; direção; fotografia; maquiagem; figurino.
VENENO: duração.
Jean Charles
3.0 427 Assista AgoraUm filme que toca mais pela proximidade do fato que pela técnica apurada. O diretor usa muito bem o carisma do ator Selton Mello pra manipular e seduzir a plateia. Um filme bem atuado, produzido e montado.
SORO: trilha sonora; edição; roteiro; atuações; produção; direção.
VENENO: erros de continuidade; som.
Trama Internacional
3.2 200 Assista AgoraUm filme chato e sem estímulo para o espectador. Assim como a maioria das películas do gênero, TRAMA INTERNACINAL tem belíssimas locações e fotografia acima da média, valorizando a equipe de produção e só. Um roteiro raso, monótono e massante. Usa a tecnologia como argumento para tudo, só que isso acaba cansando e ainda assim o diretor insite na mesma ideia. Clive Owen e Naomi Watts queimaram seus filmes neste projeto.
SORO: produção; locações; fotografia.
VENENO: roteiro; direção; atuações.
Intrigas de Estado
3.6 282 Assista AgoraCom um roteiro cheio de diálogos excelentes, INTRIGAS DE ESTADO intriga o espectador com uma equipe cinematográfica muito bem entrosada. Desde o diretor, passando pelo roteirista, produção e chegando ao elenco, é notável a harmonia da película e mesmo com quase duas horas de duração, o filme não cansa. Muito pelo contrário, vai chamando a plateia para a história até o ápice de seu desfecho. Com fotografia, edição e trilha sonora belíssimas, a equipe de produção fez um belo trabalho e garantiu uma ótima qualidade técnica ao projeto. Assuntos como o fim do jornalismo impresso, o dia a dia do jornalista, espionagem e ética são muito bem pautados e trazem o filme para a atualidade. INTRIGAS DE ESTADO merece ser visto e debatido em faculdades de comunicação e entre pessoas interessadas em comunicação.
SORO: edição; direção; roteiro; fotografia; trilha sonora; atuações.
VENENO: Ben Affleck.
Transformers: A Vingança dos Derrotados
3.1 1,4K Assista AgoraBem inferior ao anterior. Efeitos visuais não satisfatórios e roteiro abaixo do esperado. Os diálogos ganharam o prêmio de vagacidade e medriocrisidade. Michael Bay errou a mão ao tentar maximizar os personagens e perdeu o foco da história. Um filme que tenta mostrar muita coisa e se confunde. A trilha sonora continua acompanhando as cenas e a proposta de entretenimento, porém o filme torna-se cansativo e monótono. Várias cenas são genéricas do filme anterior. Os erros de continuidade são intermináveis. As atuações são boas, mas nada demais.
SORO: edição; trilha sonora.
VENENO: roteiro; efeitos visuais; direção.
Sinédoque, Nova York
4.0 477Um filme complexo, que revira a cabeça do espectador, alfinetando-o, incomodando-o e, principalmente, frustando-o. Com um show de atuação de Philip Seymour Hoffman, o filme é uma bela homenagem ao teatro e a comparação com O SHOW DE TRUMAN e DOGVILLE é inevitável. A questão de dirigirmos as nossas vidas, onde cada um de nós é protagonista do nosso mundinho, cheio de tristezas, decepções, alegrias, angústias e morte. Um filme pesado, denso e que nos leva a reflexões profundas, desde o motivo da nossa existência a questões de como tratar o próximo. Um filme válido e consiso, apesar de metafórico e abstrato. O som é usado de forma genial, sem citar a maquiagem. Philip me pareceu velho tão natural. Um filme que posiciona-se de forma firme diante de uma sociedade egocêntrica, consumista e movida à instantâneidade, onde nada satisfaz as necessidades humanas.
SORO: Philip Seymour Hoffman; produção; direção; roteiro; sonoplastia; maquiagem.
VENENO: duração; erros de continuidade.
Duplicidade
3.0 274 Assista AgoraDUPLICIDADE já começa com diálogos intensos, se mantém com diálogos complexos e encerra com excesso de diálogos. Já é logo assim, na primeira frase que defino o longa do diretor e roteirista Tony Gilroy. Apesar da ótima produção e atuação do elenco, o longa cansa e a imprensão é de algo genérico o tempo inteiro, a não ser o desfecho, que é espetacular e que devia ter inspirado o restante da história, quanto o nível qualitativo, roteiristicamente falando. As locações são bastante benéficas às cenas, a trilha sonora é mediana, a fotografia é fora de série, a edição fez total diferença e deu um toque a mais. Mas com um roteiro ínfimo e uma direção equivalente, DUPLICIDADE nada mais é que um filme de discussão de relação entre os protagonistas Clive Owen e Julia Roberts, com a espionagem industrial como pano de fundo, lembrando bastante SR. E SRA. SMITH. Por que o desfecho é espetacular? Porque ele frustra o espectador. Simplesmente por isso: sair da rotina e dos clichês deste tipo de filme. Mas ainda assim, o argumento, como um todo, é frouxo.
SORO: atuações; produção; fotografia; edição; desfecho.
VENENO: roteiro; direção.
A Mulher Invisível
3.1 1,2K Assista AgoraRoteiro confuso, clichê, machista, previsível e monótono. Diálogos rasos. Boas atuações. Selton Mello é o Jim Carrey brasileiro. As canções de Ramones dão um toque a mais. As locações são ínfimas. A edição prejudicou muito o fime. A viagem do diretor é imensa. E a produção acompanhou-o, negativamente falando. O que salva é a boa pitada da graça de Mello e o ator de bigode. O desfecho encerra um filme que, na minha opinião, não devia ter sido feito.
SORO: trilha sonora; atuações.
VENENO: roteiro; direção; erros de continuidade; locações; fotografia; figurino; figurino; edição.
O Exterminador do Futuro: A Salvação
3.3 769 Assista AgoraCom uma qualidade técnica fora de série, O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO é um colírio para os olhos. Sequências muito bem planejadas e executadas, locações paradisíacas, efeitos visuais de primeira e uma fotografia satisfatória. Em vários momentos, o filme me fez lembrar as sequências de FILHOS DA ESPERANÇA. O som também é muito bem utilizado, seja no barulho ou até mesmo no silêncio. E a trilha sonora acompanha as cenas com perfeição, complementando-as. As atuações, por sua vez, são medíocres, mas não comprometem o resultado final da película, que foi extremamente surpreendente - positivamente falando. Temos que lembrar que a franquia sofreu uma metamorfose com a saída de Arnold Schuzenneger e o ingresso do talentoso Cristian Bale. Mas vou contar um segredinho: Schuazzeneger faz uma pontinha no filme, que valeu pela saga toda. Por fim, a direção de McG foi positiva ao propor entretenimento e agradar pela tecnologia de ponta utilizada na produção e um roteiro que sustentou muito bem o projeto, com arguições consisas e exagerando concientemente e na dose certa em algumas cenas de ação.
SORO: som; sequências; edição; produção; trilha sonora; locações; efeitos visuais; direção.
VENENO: atuações; erros de continuidade.
Heróis
3.0 986 Assista AgoraA proposta inicial de HERÓIS é boa, mas infelizmente má executada. O roteiro, assinado por David Bourla, é um apanhado de clichês que tornam o longa-metragem previsível, monótono e esteriotipado. O resultado final fica bem abaixo do esperado, mas ainda assim vale como um entretenimento mediano.
A direção de Paul McGuigan (XEQUE-MATE) também perdeu muitos pontos, culpa da escolha por uma fraca história. Sendo assim, o comando pode ser definido como raso, baseando toda o projeto apenas em cenas de ação e também na edição, que por sua vez juntou pontos à produção.
A equipe, liderada por Bruce Davey (APOCALYPTO) e William Vince (CAPOTE), teve um desenvolvimento mediano. Com locações ora belíssimas, ora ridículas e efeitos visuais abaixo da média, a dupla pecou bastante. Mas não foram de todo mal. O principal ponto da produção foi positivo: a rica gama de cores durante todo o filme. Algo muito bem dosado, que não beirou à bizarrice.
Também houve outros pontos benéficos: fotografia, trilha sonora e a atuação da talentosa Dakota Fanning (A MENINA E O PORQUINHO), foram alguns destes outros pontos positivos. Em suma, HERÓIS é um filme bem Sessão da Tarde e nada mais.
SORO: DAKOTA FANNING; FOTOGRAFIA; TRILHA SONORA; EDIÇÃO.
VENENO: DIREÇÃO; EFEITOS VISUAIS; ROTEIRO.
NOTA (0 a 5): 3
Uma Noite no Museu 2
3.0 819 Assista AgoraUma boa história, que foi construída com uma ótima estrutura narrativa. Isso mesmo, o roteiro de UMA NOITE NO MUSEU 2 é um dos "culpados" pelo bom resultado do filme e garante diversão e entretenimento à plateia. Os diálogos também são muito bons, mas limitados, assim como a grande parte dos filmes de comédia hollywoodianos. Ben Garant (BOLAS EM PÂNICO) e Thomas Lennon (OPERAÇÃO BABÁ), roteiristas, criaram um argumento bastante convincente, mas em ralação ao longa antecessor, não digo que esta história foi melhor ou pior, apenas diferente.
A produção também é muito boa e deve ser ressaltada. A principal virtude da equipe composta por Michael Barnathan (QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO), Chris Columbus (HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN), Mark Radcliffe (O HOMEM BICENTENÁRIO) e Shawn Levy (O ROQUEIRO) foram os efeitos visuais muito acima da média. As atuações, por sua vez, são satisfatórias. O destaque mais uma vez ficou com Ben Stiller (TROVÃO TROPICAL), que demostrou-se bastante eclético na interpretação do personagem principal. A atriz Amy Adams (DÚVIDA) também esteve muito bem e a sincronia com o mocinho, vivido por Stiller, foi perfeita.
Mas nem tudo são flores. Várias cenas não são naturais e passam a imprenssão de que foram forçadas para encaixar a história. Mas isso é o de menos. O que marca mesmo é o belo trabalho do diretor Shawn Levy, que realizou um trabalho muito bom em UMA NOITE NO MUSEU 2, assim como em UMA NOITE NO MUSEU e manteve a qualidade da franquia. Um filme leve e agradável que cumpre a proposta, mas nada além da fórmula rotineira, comum em filmes de comédia.
SORO: PRODUÇÃO; EFEITOS VISUAIS; ROTEIRO; DIREÇÃO; ATUAÇÕES.
VENENO: ALGUMAS CENAS SÃO MUITO FORÇADAS.
NOTA (0 a 5): 3,5
***
Star Trek
4.0 1,1K Assista AgoraCom ótimos diálogos, STAR TREK prima mais uma vez pelo show de efeitos especiais e garante um ótimo entretenimento. Coisa rara em filmes de ficção científica atuais. Apesar de ser um remake, o longa mantém a qualidade da franquia.
O roteiro tem algumas baixas, mas no geral é muito bom.Assinado pelos roteiristas Alex Kurtzman (A LENDA DO ZORRO) e Roberto Orci (A ILHA), a história, que tem como base na série de TV de Gene Roddenberry, se desenrola de forma eficaz e agradável, seduzindo o espectador.
As atuações de Chris Pine (A ÚLTIMA CARTADA), Zachary Quinto (da série de TV HEROES), Zoe Saldana (PONTO DE VISTA), Karl Urban (DESBRAVADORES) e Anton Yelchin (O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO) também garantem o sucesso deste 11º filme da franquia STAR TREK.
A produção dá um show. A equipe, formada por J.J. Abrams, Damon Lindelof, Bryan Burk, Alex Kurtzman e Roberto Orci, fez a sua parte com ótimas locações, efeitos visuais (já anteriormente dito) acima da média e som de primeira.
A direção de J.J. Abrams (MISSÃO IMPOSSÍVEL 3) continua impecável. Ele guia de forma maestral o longa e garante uma ótima pedida para os fãs da franquia e para aqueles que curtem um bom filme de ficção científica.
SORO: ROTEIRO; EFEITOS VISUAIS; SONOPLASTIA; DIREÇÃO; ATUAÇÕES.
VENENO: ERROS DE CONTINUIDADE.
NOTA (0 a 5): 4
****
Anjos e Demônios
3.5 1,6K Assista AgoraSim! O diretor Ron Howard (FROST/NIXON) continua colocando em xeque a encouraçada igreja católica. Após o sucesso de O CÓDIGO DA VINCI, Howard está de volta às telonas com mais uma crítica pesada à legião católica em ANJOS E DEMÔNIOS. Anterior ao filme anterior (ficou complicado de entender? Essa era a minha intenção), este longa foi baseado no terceiro romance do escritor Dan Brown.
O professor de Harvard, Robert Langdon, vivido por Tom Hanks (JOGOS DO PODER) é um especialista em simbologia religiosa e é o próprio diretor, em vontade, que coloca, durante toda a história, em xeque toda a doutrina católica. Mas ele (o diretor) também é esperto e para não alfinetar demais as autoridades extrafilme mundiais, ameniza a situação com uma trama bem amarrada e estruturada.
O roteiro, assinado por David Koepp (INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL) e Akiva Goldsman (EU SOU A LENDA), é mediano, pois é cheio de clichês e tem diálogos complexos e corridos, atropelando o entendimento da plateia. Mas por outro lado, os roteiristas usaram com maestria o suspense como arma para prender o espectador à película e garantir uma boa sustentação às cenas propostas.
Com uma belíssima atuação de Tom Hanks, ANJOS E DEMÔNIOS mostrou-se eclético e superior a CÓDIGO DA VINCI e contou com uma produção rica em detalhes, com bom figurino e maquiagem. Um filme que também vale pela crítica pesada ao catolicismo e à prática religiosa, digamos, manipuladora. Sem mais.
SORO: ROTEIRO; DIREÇÃO; PRODUÇÃO; LOCAÇÕES; SEQUÊNCIAS; FIGURINO; MAQUIAGEM; TOM HANKS.
VENENO: DIÁLOGOS CORRIDOS.
NOTA (0 a 5): 4
****
Um Ato de Liberdade
3.9 344O que mais vale ser resslatado em UM ATO DE LIBERDADE é que ao contrário do que a grande maioria dos filmes mostra, ele difere por não mostrar os judeus como coitadinhos, mas sim numa posição agressiva e ativa diante de uma realidade cruel do nazismo.
Com roteiro de Edward Zwick (O ÚLTIMO SAMURAI) - que também é o diretor do longa - e Clayton Frohman (SOB FOGO CERRADO), baseado no livro de Nechama Tec, o filme mostra-se eclético e muito bem dirigido. As cenas foram enriquecidas com a boa fotografia de Eduardo Serra (DIAMANTE DE SANGUE).
Outro ponto bastante perpicaz foram as atuações de Daniel Craig (007 QUANTUM OF SOLACE), Liev Schreiber (X-MEN ORIGENS: WOLVERINE), Jamie Bell (JUMPER) e Alexa Davalos (O NEVOEIRO), que primam e elevam qualitativamente a película. Apesar de mais de duas horas de duração, o longa não cansa. Muito pelo contrário, a cada minuto, o espectador fica mais ansioso pelas sequências.
A produção que teve Pieter Pieter Jan Brugge (MIAMI VICE) e Edward Zwick na liderança, mostrou-se satisfatória, já que somou ao projeto ótimos efeitos visuais, som, edição e figurino.
Apesar de Zwick ter sido diretor, roteirista e produtor do projeto, vê-se claramente que a harmonia entre equipe que idealizou e executou UM ATO DE LIBERDADE. E isso gerou um resultado acima da média, mostrando o lado B da história, onde os judeus também foram protagonistas e saíram vitoriosos.
X-Men Origens: Wolverine
3.2 2,2K Assista AgoraCom efeitos visuais alternados e inúmeros erros de continuidade, X-MEN ORIGENS: WOLVERINE marca pela displicência da produção. Liderada por Hugh Jackman (A LISTA - VOCÊ ESTÁ LIVRE HOJE?), Lauren Shuller Donner (CONSTANTINE), John Palermo (X-MEN - O CONFRONTO FINAL), a equipe produtora fez um trabalho abaixo do esperado, compromentendo o projeto como um todo.
A parte técnica também teve seus méritos. Defino as tomadas de câmera como cheio de altos e baixos, mas ainda assim corajosas, por sair da rotina dos planejamentos hollywoodianos atuais. A edição, o som e a qulidade da película também merecem ser elogiados.
O roteiro é aquilo mesmo, limitado e baseado nas cenas de ação. O responsável pela história foi David Benioff (O CAÇADOR DE PIPAS), baseado em personagens criados por Len Wein. Mas ainda assim, o diretor Gavin Hood (O SUSPEITO) elaborou uma boa estrutura narrativa. As atuações, por sua vez, são satisfatórias. Nada demais.
Em suma, X-MEN ORIGENS: WOLVERINE atendeu muito bem as expectativas e o que foi proposto: entretenimento e show. E só.
SORO: edição; som; roteiro.
VENENO: efeitos visuais; produção.
NOTA (0 a 5): 3,5
***
Velozes e Furiosos 4
3.4 572 Assista AgoraTrazer de volta à franquia todo o elenco do primeiro filme, esta foi a estratégia do diretor Justin Lin (ANNAPOLIS) para voltar a lucrar com a turma dos carros tunados. Mas e a qualidade? Pois é, parece que Lin pensou demais no lucro e acabou pecando no roteiro. Assinada por Chris Morgan (O PROCURADO), a história é limitada e não agrada, contando apenas com as belas sequências e a ação interminável. Mas ainda assim o longa deixou muito a desejar.
A produção, por sua vez, atende às espectativas e realiza um trabalho excepcional, com uma boa utilização da luz, trilha sonora perfeita, efeitos visuais de primeira e uma película com qualidade muito acima da média. A equipe foi formada pelos produtores Vin Diesel (O VINGADOR), Michael Fottrell (DURO DE MATAR 4.0) e Neal H. Moritz (S.W.A.T.).
VELOZES & FURIOSOS 4 já é, desde já, o segundo melhor filme da franquia, perdendo apenas para o primeiro. Isso deve-se a quê? Claro que é ao elenco, que seduz o espectador e o faz relembrar do precussor da série e o sucesso que o mesmo trouxe como algo inovador, até certo ponto, e empolgante. Depois deste quarto capítulo, muita gente até esqueceu que o protagonista do terceiro filme não era o mesmo dos outros.
SORO: TRILHA SONORA; PELÍCULA; PRODUÇÃO; EFEITOS VISUAIS; LUZ.
VENENO: ERROS DE CONTINUAÇÃO; ROTEIRO.
NOTA (0 a 5): 3,5
Presságio
3.1 1,8K Assista AgoraAntes mesmo de começar a ler esta crítica, você, que não assistiu ao filme deve estar pensando: filme de ficção com Nicolas Cage (MOTOQUEIRO FANTASMA)? Ihhhh! Lá vem bomba... e não é que você está certo! Assim como algumas produções cinematográficas recentes que o ator protagonizou, PRESSÁGIO é um filme polêmico, daqueles que ou você ama ou você odeia. Eu pertenço ao segundo grupo.
O diretor Alex Proyas (EU, ROBÔ), manipula a plateia com cenas impactantes e som alto, um show-espetáculo, com efeitos visuais medianos tudo isso lindo aos olhos e aos ouvidos leigos. Mas o que se vê, por trás dos panos é um filme que repete a fórmula, totalmente genérico. As atuações são tão depímíveis que nem merecem ser comentadas.
A história tem um bom começo, com argumento forte e consiso, mas depois desanda e lidamos com um desfecho ridicularmente fora do contexto de todo o enredo. A impressão é de que tentaram surpreender o espectador com algo que ele não esperava de forma alguma. Resultado: bizarrice.
E não é só isso. O roteiro, escrito por Stuart Hazeldine, Ryne Douglas Pearson, Stiles White e Juliet Snowden, baseado em adaptação do próprio diretor Alex Proyas e na estória de Ryne Douglas Pearson ainda conta com diálogos interminavelmente desnecessários, que busca atingir com melodrama por mortes, desespero, dor e angústia.
Só pra constar que o filme teve alguns pontos positivos como a trilha sonora e a edição. Canções como "I Vow to Thee, My Country", interpetada por Gustav Holst e "Symphony No. 7 in A major, Op. 92, II. Allegretto", música de Ludwig van Beethoven; ilustraram beneficamente a película. Mas o que fica é que PRESSÁGIO é um filme desnecessário e bizarro.
SORO: trilha sonora; edição.
VENENO: atuações; erros de continuidade; roteiro.
NOTA (0 a 5): 2,5
**
Che
3.7 210 Assista AgoraCHE começa de uma vez - assim como essa crítica. A película impacta o espectador logo de cara, com diálogos e ação intensos. Mas com o desenrolar da trama, as cenas tornam-se vagarosas e cansativas, focando principalmente as batalhas na selva. O porto riquenho Benício Del Toro (SIN CITY - A CIDADE DO PECADO) está magnífico. Rodrigo Santoro (CINTURÃO VERMELHO), por sua vez, tem uma atuação ofuscada, porém satisfatória.
Com direção de Steven Soderbergh (TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO), CHE traz à atualidade a questão das batalhas de um mito da história mundial. E em tempos de crise financeira, o filme coloca-se em uma posição de contraponto, já que Che Guevara lutou pela revolução comunista, além de ter sido o braço direito de Fidel Castro.
O roteiro, assinado por Peter Buchman (ERAGON), foi escrito com base nas memórias do próprio Che em sua obra Memórias "Reminiscences of the Cuban Revolutionary War". Os diálogos contam com frases de efeito de vários autores famosos da história mundial, desde o próprio Ernesto Guevara à Karl Max, passando por outros muitos idealistas, principalmente do comunismo ou anti-capitalismo/imperialismo. O desfecho do longa também é excepcional e vale o ingresso.
A câmera solta é utilizada quase que no filme inteiro e beneficiou as cenas, já que deu um realismo maior, principalmente nas batalhas. E em conjunto com a fotografia agradaram e embelezaram a película. A edição é outro ponto que vale ser ressaltado e foi muito bem planejada e executada, há flashs não lineares a todo momento, dando uma sensação eclética à narração.
CHE vale mais como registro cultural e histórico. Uma aula de história e que por isso, valeu a sessão. Mas, infelizmente, a técnica é rasa; o estilo de narração cansa e foca muito o período na selva. Quando o filme fica bom, termina. Esperemos a continuação, que está prevista para ser lançada nos cinemas em 31 de julho de 2009.
SORO: Benicio Del Toro; fotografia; edição.
VENENO: roteiro; trilha sonora.
NOTA (0 a 5): 3
***
Frost/Nixon
3.9 246 Assista AgoraPrimeiramente gostaria de enfatizar que é bom rever Kevin Bacon (O LENHADOR) nas telonas. Apesar deste grande ator ter feito vários filmes recentemente nenhum deles pode-se classificar como "decente" (se assim posso dizer).
Já que citei o ator, vou direto à análise das atuações do longa. Bacon, que tinha o status de garoto propaganda de FROST/NIXON apesar de não caber-lhe o papel principal, ficou com um personagem limitado pelo roteiro em suas mãos. Com isso, ele não sai da mediania e frusta muitos fãs, que o sentem como uma simples presença física na história.
Os destaques do filme no quesito atuação com certeza ficam com a dupla de atores que vivem os personagens que constituem o título da produção: Michael Sheen (A RAINHA) é David Frost, o repórter, e tem uma atuação digna de um grande profissional, com caras e bocas geniais; o veterano Frank Langella (O DENUNCIANTE) está na pele do ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, e dá um show de interpretação com um sentimentalismo fora do comum.
O roteiro de FROST/NIXON é assinado por Peter Morgan (O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA), baseado na teatral de sua própria autoria. O foco da história é narrar a entrevista de Frost com o ex-presidente estadunidense e principalmente a maneira como o jornalista consegue vencer o embate entre os dois de maneira complexa e devassadora. Para isso, o enredo conta principalmente com ótimos diálogos.
A produção não fica para trás. Com uma ambientação épica de primeira, a experiente equipe formada por Tim Bevan (QUEIME DEPOIS DE LER), Eric Fellner (DESEJO E REPARAÇÃO), Brian Grazer (O GÂNGSTER) e Ron Howard (O CÓDIGO DA VINCI) garantem o ótimo resultado com locações satisfatórias, figurino e maquiagem acima da média e edição perfeita.
Outro ponto que vale ser citado é a fotografia desta película. Com excelentes jogos de luz e sombra e enquadramentos e closes bem planejados, Salvatore Totino (A LUTA PELA ESPERANÇA) fez um ótimo serviço como diretor de fotografia. Além disso, o som também é muito bem utilizado, com pontos de silêncio primordiais para a boa desenvoltura da história em várias cenas.
Por fim, o diretor Ron Howard (A LUTA PELA ESPERANÇA) fez um ótimo trabalho. FROST/NIXON é um daqueles filmes que marcam e que com certeza veremos referências futuras, dentro ou fora das telonas.
SORO: fotografia; atuações; roteiro, produção; direção; maquiagem; figurino; som.
VENENO: Kevin Bacon pouco explorado.
NOTA (0 a 5): 4
****
Simplesmente Feliz
3.4 254Sabe aqueles filmes leves, positivistas e gostosos de assistir? É neste contexto que SIMPLESMENTE FELIZ se encaixa. Com um roteiro despretensioso e que marca pela naturalidade dos diálogos e situações, a história transcende de maneira tranquila e com uma elegância fora de série.
E a principal culpada deste show visual e de roteiro é a protagonista Poppy, interpretada pela atriz inglesa Sally Hawkins (O SONHO DE CASSANDRA), que está muito bem e diverte a trama ao extremo. Além da comédia, também há uma pitada de dramaticidade no script de Mike Leigh (SEGREDOS E MENTIRAS) - também diretor do filme.
A equipe de produção, liderada por Simon Channing Williams (O JARDINEIRO FIEL), fez a sua parte e garantiu uma qualidade técnica satisfatória. A fotografia utiliza as cores para dar vida e contrastes às cenas de acordo com os sentimentos momentaneos de Poppy. O figurino vai pelo mesmo lado e é evidente o uso de roupas com cores marcantes e alegres, além do vestuário ser sempre despojado e espontâneo.
SIMPLESMENTE FELIZ é uma produção alternativa bastante eficiente no que propõe: entreter de forma simples e mostrando o lado bom das coisas, sejam elas menos ou mais complicadas. A felicidade é uma questão de ponto de vista. Um filme engraçado e que lembrou em muitos momentos produções como PATCH ADAMS - O AMOR É CONTAGIOSO (1998) e UM BOM ANO (2006).
SORO: roteiro; atuações; direção; produção; fotografia.
VENENO: locações.
NOTA (0 a 5): 4
****