Às vezes, para conseguir suportar a presença de uma falta nos transformamos na própria ausência. Essa deve ser a dialética da dor. - Oui, je suis là! Je suis là.
Um filme de atuações e diálogos inesquecíveis:
- Na prisão, eu sempre tinha livros ao lado do travesseiro. Saber que eles estavam ali, me dava segurança. Uma espécie de... Muralha. Do outro lado havia o mundo. Um mundo sem mim. Que continua muito bem sem mim.
- Explicar... Explicar o quê? Explicar a quem...? Explicar não seria mais que procurar desculpas, e a morte não tem desculpas.
"Do I believe that? But people pretend to be shocked. They like to be shocked, you know. It's in their nature. It's in human nature, you know."
"(...) Till the Devil whispered behind the leaves...'It's pretty, but is it Art?' It's pretty, but is it art? Well, how is it valued? The value depends on opinion. Opinion depends on the experts. A faker like Elmyr makes fools of the experts, so who's the expert? Who's the faker?"
"There's a certain justice."
"Picasso himself said it. 'Art, he said, is a lie... A lie that makes us... Realize the truth.' "
A indivisibilidade da solidão é o axioma que rege a condição do existir. O sofrimento como princípio da existência pode ser matematicamente demostrado. Mas as incógnitas dessa equação são incalculáveis. Porque a dor não conhece o limite do infinito.
“Mattia pensava che lui e Alice erano così, due primi gemelli, soli e perduti, vicini ma non abbastanza per sfiorarsi davvero. A lei non l’aveva mai detto.” Paolo Giordano
Spike Jonze e seu delicioso olhar d'alma de eterna criança. Nada como a ternura, sensibilidade e imaginação infantis para conseguir falar de coisas tão delicadas e complexas que sempre escapam do discurso daqueles que acham já aprenderam a falar e que já cresceram.
Depois que termina o filme o que fica é uma sensação de um só cinema: entre lugares-comuns de olhares nostálgicos que preenchem salas de cinema destruídas e desérticas. O problema não é o saudosismo pelo que já foi feito no cinema ou o medo dos rumos desastrosos que ele tem tomado: o problema é não conseguir fazer disso nada além de um lamento autocomplacente e indolente. Acho que essa era uma homenagem que Fellini ou Godard dispensariam.
Alguns são exceções da regra dessa enxurrada de autolamentação:
Dardenne, Gitai e Chahine me fizeram sofrer com contrações dolorosas de vergonha alheia.
Nomes de peso, pesaram a mão. Trier, Polanski e Salles perderam o tempo da piada, aquele típico humor que força a barra para conseguir algum efeito. Iñárritu, Wenders e a maior parte dos orientais acabam num sentimentalismo exagerado, quase artificial.
Kiarostami, Wong Kar-wai e Tsai Ming-liang fazem curtas muito bonitos, são um prato cheio para os admiradores dos seus trabalhos. Mas ficam por aí.
Moretti, Cronenberg e Manoel de Oliveira com afinadíssimo senso de humor e inteligência nos fazem rir e pensar. Mas é o de Atom Egoyan, de longe e sem pestanejar, o mais interessante:
Artaud Double Bill são três minutos genais na sua simplicidade. Uma verdadeira homenagem da nossa contemporaneidade ao cinema: não ao cinema-cemitério mas ao cinema que vive porque é capaz de re-viver e perpetuar. Entre todos os curtas é o único que toca a vida do cinema porque conseguiu perceber e mostrar algo bastante simples: que somos nós mesmos os únicos capazes de dar vida ao cinema. Obrigada, Egoyan.
Angustiantemente belo. Azul asfixiante. Azul como aquele dia mais triste. Azul do mar e da melancolia do olhar. Entre o olho e o mar, o azul. Entre o homem e a natureza, a elipse. Entre o fato mencionado e o fato calado, a poesia.
Limite, como a poesia, é travessia da linguagem. É linguagem em travessia, é tentativa. É procura de fôlego renovado na busca interminável pela expressão. Explorando os limites do dizer das imagens, da capacidade do fazer cinematográfico, nos coloca diante do horizonte do novo. E não se avança sem o desconhecido e sem os obstáculos. A ilusão do tempo talvez seja a mesma ilusão da linguagem.
Limite não permite o lugar da indolência confortável de meros expectadores. O filme, assim como a poesia, exige pouco e muito: olhos abertos, paciência e imaginação. A linguagem poética é o risco da aventura contínua para o outro. Ela consegue falar com quem quer que tenha coragem para ser leitor. E toda leitura é um naufrágio daqueles que ousam confessar sua condição: estar à deriva.
"- Todo homem é um abismo. Você fica tonto se olhar para baixo. Inocência, há uma marca em você. Você sabe? Você sabe? Quem sabe?"
"- (...) Tudo por causa essa pequena questão... Entre o sim e depois o sim e o não. O não é o culpado do sim, ou o sim o do não? Preciso pensar nisso. Merda...!"
Era um vez a vida. Diante dela, os homens se sentiram como que perdidos num reino desértico muito, muito distante. Esses seres estranhos foram, para sempre, amaldiçoados com uma condenação: viver eternamente divididos entre a obrigação de viver e a vontade de entender. Para suportar seu fardo, se aprisionaram no alto da torre de um castelo construído por mentiras. Inventaram a fábula da realidade, por temerem seus sonhos. Inventaram a fábula da ficção, por não suportarem o mundo. A lenda diz que realidade e ficção são caminhos opostos e que não poderiam ser mais diferentes um do outro. E que para viver é preciso escolher um deles. Essa história foi tantas e tantas vezes contada que acabou se transformando numa bruxa malvada, a Verdade. Um dia, um aventureiro incrédulo e indeciso em sua escolha, teve coragem de trilhar até o limite dos dois caminhos: descobriu que no fim os dois se tocavam, viravam um só e desapareciam. Ele quis, então, mostrar para todos que as fronteiras entre realidade e ficção não existiam. Ao tentar contar sua história, disse algo que nunca fora dito: algo que não nem a vida, nem o mundo, muito menos a realidade, tão pouco a ficção. Deram o nome de cinema. E assim, era uma vez o cinema...
Abbas Kiarostami, com Ta'm e Guilass, te faz sentir no limiar inexistente entre ficção e realidade. E é como sentir o cinema nascer. Uma outra vez.
Na dança da vida, inocência e perdão estão unidos por um mesmo passo. Esperanças morrem antes de florescer, as lembranças que ficam são suas raízes. Sobreviver à vida é tão difícil quanto vencer ao encanto da morte. A arte nos faz caminhar pelos sonhos, é a única ponte do nosso coração para um outro. Nossas memórias inconsoláveis não sabem que deveriam estar mortas. A maior catástrofe de todas é nossa própria humanidade. Nossos próprios demônios choram por eles e por nós. E se nós fôssemos capazes de não sucumbir ante a comodidade de apenas chorar pelos mortos?
Acreditar na realidade de alguém que só existe para nós. Confiar desesperadamente em algo que nós mesmos inventamos. Não existe amor que seja amor e não seja loucura.
" - I think... Anyone who falls in love is a freak. It's a crazy thing to do. It's kind of like a form of socially acceptable insanity."
"- It’s gonna be a complicated year. - It’s gonna be a complicated life. - What have you done with it? - For me, it's books, books, books. I've read everything a man could wish to. Twice. Dickens three times."
Se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria para sorrir com essa cena uma segunda vez. Aliás, três. Afinal, é Dickens.
Se você não for apaixonado por máquinas de escrever, você se apaixonará. Se você não for apaixonado pela eterna aura francesa de amor terno e démodé, você se apaixonará. Se, como eu, você já tiver essas paixões no peito, você se apaixonará uma segunda vez.
" - My ears hear what others cannot hear. Small, faraway things people cannot normally see are visible to me. These senses are the fruits of a lifetime of longing. Longing to be rescued. To be completed. (...)"
"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira." Em 'Paris, Texas' e 'Don't Come Knocking' Wim Wenders transforma essas palavras do Tolstói em imagens.
Ouvimos vozes proféticas. Eu vi as melhores mentes de nossa geração... Destruídas pela loucura... Famintas, histéricas e nuas. Não com vigor, mas com lamento. E junte tudo que você jogou fora da sua... Casa dos sonhos, os tesouros... De suas latas de lixo... Sobras dos êxitos de sua vida. Vamos misturar tudo... E depois esquartejar seus corações extintos. Seu mundo, trabalhando duro pela própria destruição... Servos das próprias máquinas, e gemendo em seu buraco... Não sem alarde. Até nossos protestos são incorrigíveis... Um nauseante e profundo beco sem saída. (...) Os que estão empilhados se entendem no desespero."
"Memórias presas se orgulham da escuridão. Que se foda! Elas se espalham como ratos. Almas penadas rasgam... O silêncio. Cinzas são levadas pela correnteza. (...) Deixo pegadas para os outros decifrarem. (...) O canto do poeta acaba de forma sincopada. Uma geada negra controla os olhos pela garganta. Puxamos as cortinas em direção à porta... E nos arrepiamos com nossas tumbas vazias. (...) Ou nos recriarmos, emergindo das crisálidas, ou escarlate e turquesa... Como caveiras de plantas baratas."
" - Eu quero confessar o melhor que eu posso... Mas meu coração é vazio. O vazio é um espelho. Eu vejo meu rosto. E sinto delírio e horror. Minha indiferença com o homem me fechou totalmente. Eu vivo agora em mundo de fantasmas... Um prisioneiro em meus sonhos."
Os Encontros de Anna
4.0 30 Assista AgoraLes rendez-vous d'Anna é o frio mortal dos espaços infinitos de nós mesmos. É uma viagem pelo vazio inabitável da nossa solidão.
A cena de Aurore Clément cantando Piaf fez uma marca na minha memória e uma cicatriz na minha alma.
'Des amants d'un jour
Mais ils m'ont planté
Tout au fond du coeur
Un goût de leur soleil
Et tant de couleurs
Que ça me fait mal,
Que ça me fait mal… '
Les amants d'un jour, Edith Piaf
Há Tanto Tempo Que Te Amo
4.0 290Às vezes, para conseguir suportar a presença de uma falta nos transformamos na própria ausência. Essa deve ser a dialética da dor.
- Oui, je suis là! Je suis là.
Um filme de atuações e diálogos inesquecíveis:
- Na prisão, eu sempre tinha livros ao lado do travesseiro. Saber que eles estavam ali, me dava segurança. Uma espécie de... Muralha. Do outro lado havia o mundo. Um mundo sem mim. Que continua muito bem sem mim.
- Explicar... Explicar o quê? Explicar a quem...? Explicar não seria mais que procurar desculpas, e a morte não tem desculpas.
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774Deliciosas pitadas de humor francês politicamente incorreto. A cena do psicólogo é de morrer de rir. Até hoje me pego cantarolando:
♪ ♫ Si la vie était rigolote
Et bien ça se saurait
C'est comme une tartine et des crottes
Beurrée des deux côtés ♪ ♫
'Se a vida fosse divertida
Então nós saberíamos
É como uma torrada com merda
E manteiga dos dois lados'
Verdades e Mentiras
4.2 69A verdade não é o limite da realidade. A mentira é uma licença poética.
F for Fake. F for fascination with this film. Orson Welles for cinema.
"But who cared about facts?"
"It's terribly convenient, beside everything else!"
"Do I believe that? But people pretend to be shocked. They like to be shocked, you know. It's in their nature. It's in human nature, you know."
"(...) Till the Devil whispered behind the leaves...'It's pretty, but is it Art?' It's pretty, but is it art? Well, how is it valued? The value depends on opinion. Opinion depends on the experts. A faker like Elmyr makes fools of the experts, so who's the expert? Who's the faker?"
"There's a certain justice."
"Picasso himself said it. 'Art, he said, is a lie... A lie that makes us... Realize the truth.' "
A Solidão dos Números Primos
3.9 145È bello o brutto?
A indivisibilidade da solidão é o axioma que rege a condição do existir. O sofrimento como princípio da existência pode ser matematicamente demostrado. Mas as incógnitas dessa equação são incalculáveis. Porque a dor não conhece o limite do infinito.
“Mattia pensava che lui e Alice erano così, due primi gemelli, soli e perduti, vicini ma non abbastanza per sfiorarsi davvero. A lei non l’aveva mai detto.” Paolo Giordano
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraSpike Jonze e seu delicioso olhar d'alma de eterna criança. Nada como a ternura, sensibilidade e imaginação infantis para conseguir falar de coisas tão delicadas e complexas que sempre escapam do discurso daqueles que acham já aprenderam a falar e que já cresceram.
Cada Um Com Seu Cinema
3.8 160Depois que termina o filme o que fica é uma sensação de um só cinema: entre lugares-comuns de olhares nostálgicos que preenchem salas de cinema destruídas e desérticas. O problema não é o saudosismo pelo que já foi feito no cinema ou o medo dos rumos desastrosos que ele tem tomado: o problema é não conseguir fazer disso nada além de um lamento autocomplacente e indolente. Acho que essa era uma homenagem que Fellini ou Godard dispensariam.
Alguns são exceções da regra dessa enxurrada de autolamentação:
Dardenne, Gitai e Chahine me fizeram sofrer com contrações dolorosas de vergonha alheia.
Nomes de peso, pesaram a mão. Trier, Polanski e Salles perderam o tempo da piada, aquele típico humor que força a barra para conseguir algum efeito. Iñárritu, Wenders e a maior parte dos orientais acabam num sentimentalismo exagerado, quase artificial.
Kiarostami, Wong Kar-wai e Tsai Ming-liang fazem curtas muito bonitos, são um prato cheio para os admiradores dos seus trabalhos. Mas ficam por aí.
Moretti, Cronenberg e Manoel de Oliveira com afinadíssimo senso de humor e inteligência nos fazem rir e pensar. Mas é o de Atom Egoyan, de longe e sem pestanejar, o mais interessante:
Artaud Double Bill são três minutos genais na sua simplicidade. Uma verdadeira homenagem da nossa contemporaneidade ao cinema: não ao cinema-cemitério mas ao cinema que vive porque é capaz de re-viver e perpetuar. Entre todos os curtas é o único que toca a vida do cinema porque conseguiu perceber e mostrar algo bastante simples: que somos nós mesmos os únicos capazes de dar vida ao cinema.
Obrigada, Egoyan.
Limite
4.0 167 Assista AgoraAngustiantemente belo. Azul asfixiante. Azul como aquele dia mais triste. Azul do mar e da melancolia do olhar. Entre o olho e o mar, o azul. Entre o homem e a natureza, a elipse. Entre o fato mencionado e o fato calado, a poesia.
Limite, como a poesia, é travessia da linguagem. É linguagem em travessia, é tentativa. É procura de fôlego renovado na busca interminável pela expressão. Explorando os limites do dizer das imagens, da capacidade do fazer cinematográfico, nos coloca diante do horizonte do novo. E não se avança sem o desconhecido e sem os obstáculos. A ilusão do tempo talvez seja a mesma ilusão da linguagem.
Limite não permite o lugar da indolência confortável de meros expectadores. O filme, assim como a poesia, exige pouco e muito: olhos abertos, paciência e imaginação. A linguagem poética é o risco da aventura contínua para o outro. Ela consegue falar com quem quer que tenha coragem para ser leitor. E toda leitura é um naufrágio daqueles que ousam confessar sua condição: estar à deriva.
Woyzeck
3.9 31"- Todo homem é um abismo. Você fica tonto se olhar para baixo. Inocência, há uma marca em você. Você sabe? Você sabe? Quem sabe?"
"- (...) Tudo por causa essa pequena questão... Entre o sim e depois o sim e o não. O não é o culpado do sim, ou o sim o do não? Preciso pensar nisso. Merda...!"
Gosto de Cereja
4.0 224 Assista AgoraEra um vez a vida. Diante dela, os homens se sentiram como que perdidos num reino desértico muito, muito distante. Esses seres estranhos foram, para sempre, amaldiçoados com uma condenação: viver eternamente divididos entre a obrigação de viver e a vontade de entender. Para suportar seu fardo, se aprisionaram no alto da torre de um castelo construído por mentiras. Inventaram a fábula da realidade, por temerem seus sonhos. Inventaram a fábula da ficção, por não suportarem o mundo. A lenda diz que realidade e ficção são caminhos opostos e que não poderiam ser mais diferentes um do outro. E que para viver é preciso escolher um deles. Essa história foi tantas e tantas vezes contada que acabou se transformando numa bruxa malvada, a Verdade. Um dia, um aventureiro incrédulo e indeciso em sua escolha, teve coragem de trilhar até o limite dos dois caminhos: descobriu que no fim os dois se tocavam, viravam um só e desapareciam. Ele quis, então, mostrar para todos que as fronteiras entre realidade e ficção não existiam. Ao tentar contar sua história, disse algo que nunca fora dito: algo que não nem a vida, nem o mundo, muito menos a realidade, tão pouco a ficção. Deram o nome de cinema. E assim, era uma vez o cinema...
Abbas Kiarostami, com Ta'm e Guilass, te faz sentir no limiar inexistente entre ficção e realidade. E é como sentir o cinema nascer. Uma outra vez.
Onde Fica a Casa do Meu Amigo?
4.2 145 Assista AgoraA beleza sem fim da simplicidade da ternura.
Sonhos
4.4 380 Assista AgoraNa dança da vida, inocência e perdão estão unidos por um mesmo passo.
Esperanças morrem antes de florescer, as lembranças que ficam são suas raízes.
Sobreviver à vida é tão difícil quanto vencer ao encanto da morte.
A arte nos faz caminhar pelos sonhos, é a única ponte do nosso coração para um outro.
Nossas memórias inconsoláveis não sabem que deveriam estar mortas.
A maior catástrofe de todas é nossa própria humanidade.
Nossos próprios demônios choram por eles e por nós.
E se nós fôssemos capazes de não sucumbir ante a comodidade de apenas chorar pelos mortos?
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraAcreditar na realidade de alguém que só existe para nós. Confiar desesperadamente em algo que nós mesmos inventamos. Não existe amor que seja amor e não seja loucura.
" - I think... Anyone who falls in love is a freak. It's a crazy thing to do. It's kind of like a form of socially acceptable insanity."
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista Agora"- It’s gonna be a complicated year.
- It’s gonna be a complicated life.
- What have you done with it?
- For me, it's books, books, books. I've read everything a man could wish to. Twice. Dickens three times."
Se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria para sorrir com essa cena uma segunda vez. Aliás, três. Afinal, é Dickens.
Oscar e a senhora Rosa
4.4 7Quem é capaz de perceber ternura na tristeza, é capaz de encontrar vida na morte.
A Datilógrafa
3.9 296Se você não for apaixonado por máquinas de escrever, você se apaixonará. Se você não for apaixonado pela eterna aura francesa de amor terno e démodé, você se apaixonará. Se, como eu, você já tiver essas paixões no peito, você se apaixonará uma segunda vez.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraUm filme capaz de perturbar até em sonhos. Depois de vê-lo, dormi. Sonhei que formigas caminhavam pelo meu corpo.
Segredos de Sangue
3.5 1,2K Assista Agora" - My ears hear what others cannot hear. Small, faraway things people cannot normally see are visible to me. These senses are the fruits of a lifetime of longing. Longing to be rescued. To be completed. (...)"
Estrela Solitária
3.8 19"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira."
Em 'Paris, Texas' e 'Don't Come Knocking' Wim Wenders transforma essas palavras do Tolstói em imagens.
A Espuma dos Dias
3.7 479 Assista Agora"Sont les choses qui changent, pas les gens."
Crepúsculo do Caos
3.9 19Ouvimos vozes proféticas. Eu vi as melhores mentes de nossa geração... Destruídas pela loucura... Famintas, histéricas e nuas. Não com vigor, mas com lamento. E junte tudo que você jogou fora da sua... Casa dos sonhos, os tesouros... De suas latas de lixo... Sobras dos êxitos de sua vida. Vamos misturar tudo... E depois esquartejar seus corações extintos. Seu mundo, trabalhando duro pela própria destruição... Servos das próprias máquinas, e gemendo em seu buraco... Não sem alarde. Até nossos protestos são incorrigíveis... Um nauseante e profundo beco sem saída. (...) Os que estão empilhados se entendem no desespero."
Crepúsculo do Caos
3.9 19"Memórias presas se orgulham da escuridão. Que se foda! Elas se espalham como ratos. Almas penadas rasgam... O silêncio. Cinzas são levadas pela correnteza. (...) Deixo pegadas para os outros decifrarem. (...) O canto do poeta acaba de forma sincopada. Uma geada negra controla os olhos pela garganta. Puxamos as cortinas em direção à porta... E nos arrepiamos com nossas tumbas vazias. (...) Ou nos recriarmos, emergindo das crisálidas, ou escarlate e turquesa... Como caveiras de plantas baratas."
O Sétimo Selo
4.4 1,0K" - Eu quero confessar o melhor que eu posso... Mas meu coração é vazio. O vazio é um espelho. Eu vejo meu rosto. E sinto delírio e horror. Minha indiferença com o homem me fechou totalmente. Eu vivo agora em mundo de fantasmas... Um prisioneiro em meus sonhos."
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista Agora“- De forma bem sutil, para ninguém nos censurar...”