Apesar da ótima premissa, a execução não é lá essas coisas. A fotografia e o som, que deveriam fazer toda a diferença num filme violento e claustrofóbico, são estranhamente lineares, enquanto a edição com o selo Michael Bay de Frenesi das cenas de ação dificulta o entendimento e destoa completamente das tomadas criativas de José Eduardo Belmonte. É uma imersão interessante no universo da série de TV - que confesso, não assisti nenhum episódio e nem tenho vontade - mas que chega no final quase sem fôlego. O grande ponto do longa, entretanto, é mostrar que é possível fazer bons filmes de ação no Brasil, com poucos recursos e bastante criatividade e esmero técnico.
O primeiro ato é moroso, principalmente por insistir em uma comédia que não é engraçada, um romance que não é romântico, um natal quase cenográfico e uma homenagem desconectada a George Michael e ao Wham!. Melhora da metade pro final, quando resolvem resgatar o ótimo drama familiar que poderia ter sido, com um áspero e inexplorado contexto político e social, mas no fundo parece só aqueles filmes pra TV do Lifetime ou Hallmark Channel que você acharia perdido no fundo do seu catálogo da Netflix.
Raso e cafona, é uma prova viva de que apenas um punhado de músicas não faz um musical - ainda mais esse pop genérico que mal combina com a história contada. É nítido a tentativa de resgatar a grandiosidade dos musicais do passado mas, embora com muito apelo com o público mais jovem, é apenas uma promessa mal cumprida.
Ao ir sem expectativas, fui surpreendido positivamente por um filme que sabe fazer piadas com si mesmo, não subestima seu público e no fim acaba sendo uma aventura infantil, divertida, cheia de representatividade e um ótimo exemplo de uma adaptação de um desenho animado.
Mais sério que as empreitadas cinematográficas anteriores, essa nova versão da clássica série de TV é um grande exemplo de como atualizar franquias e histórias sem ofender as suas raízes.
A química entre o trio formado por Drew Barrymore, Lucy Liu e Cameron Diaz sustenta essa pataquada a duras penas - e o Rodrigo Santoro surfista sem falas... momentos...
Machista, cafona e sofrendo as sequelas de Matrix, essa versão da clássica série de TV envelheceu muito mal, embora ainda consiga prender a atenção até o final com seu roteiro óbvio e rasteiro.
Personagens comprovadamente carismáticos e nenhuma história. Há a possibilidade da continuação já confirmada ser realmente boa... desde que haja um roteiro sólido na próxima vez.
Mais uma ótima comédia argentina que nos joga num contexto político-social frágil e recente. A sensação que dá é que nossos "hermanos" são muito mais ousados nas temáticas que levam pra tela grande. Num ano em que colocamos milhões de pessoas para pensar sobre a "democratização do cinema no Brasil", também seria ótimo colocar em pauta a diversidade de obras, temas, adaptações e, principalmente, sua distribuição pelo país. Quem sabe um dia cheguemos a ter atores conematográficos de destaque internacional como Ricardo e (ohhh) Chino Darín?
O maior erro de Doutor Sono é se apoiar tanto em ser uma continuação de "O Iluminado" de 1980. Embora estejam relacionados e exista uma continuidade, são obras diferentes, com diferentes execuções, objetivos e resultados - principalmente se for considerado a fidelidade ao material original. É bom ter isso em mente ao assisti-lo. Há muitas referências a versão de quatro décadas atrás, que mais parecem obrigações dos produtores por conta do grandioso fascínio e influência que a releitura de Stanley Kubrick exerce sobre a cultura pop. Há uma tentativa hercúlea de emular Jack Nicholson, Shelley Duvall e Danny Lloyd em suas encarnações da família Torrance, mas embora cheguem perto demais, há sempre um sinal de "impostor" pairando sobre suas cabeças. Mesmo com 150 minutos, tudo é bastante fluido e todas as cenas são importantes para que a história que está sendo contada faça sentido e fique bastante clara. Considerando as quatro adaptações de histórias de Stephen King que tivemos em 2019, essa é a melhor (o que não é tão difícil, convenhamos), ainda que saia prejudicada pela falta de coragem de não realizar um remake do primeiro livro antes.
Ao acrescentar um (mesmo que raso) contexto político-social, a nova tentativa de ressuscitar a franquia O Exterminador do Futuro se mostra pronta para os novos tempos, mesmo com problemas de ritmo e a justificativa estapafúrdia para trazer Arnold Scharzenegger de volta.
Talvez o problema seja eu, mas continuo achando o cinema de Ari Aster vazio e pretensioso. Pelo menos dessa vez não me senti enganado como aconteceu com "Hereditário".
Não é nada inventivo, mas é claramente um produto no qual a Disney levou fé (diferente do primeiro filme, que mesmo desacreditado trouxe bastante retorno). Dessa vez, temos um diretor que parece que sabe o que está fazendo e um roteiro que, embora seja pouco mirabolante e com muitas conveniências (a arma da vilã KKKKKKKKKKKKKKKK) consegue prender nossa atenção, surpreender (mesmo que por alguns segundos) e entregar uma clara evolução das protagonistas. Tudo isso embalado numa aventura épica digna de um conto de fadas, repleta de criaturas místicas e visualmente estonteante.
Malévola é a prova cabal de que nada adianta ter em mãos uma boa história se você não souber como contá-la. O problema aqui, diferente de muitos filmes, não é de perspectiva: a ideia de recontar uma história clássica pelos olhos da "vilã" é bem interessante... mas estruturalmente o filme é um grande desastre. A direção, a edição e a montagem conseguem minar qualquer poder emocional que muitas das cenas teriam, além de fazerem coisas simples perderem total sentido. A trilha sonora também não ajuda muito. Embora o carisma e a força de vontade de Angelina Jolie contem muito pra levar o filme em frente, todo o resto é um profundo desastre que só fez eu desejar meus 88 minutos perdidos de volta.
Carcereiros: O Filme
3.0 50Apesar da ótima premissa, a execução não é lá essas coisas. A fotografia e o som, que deveriam fazer toda a diferença num filme violento e claustrofóbico, são estranhamente lineares, enquanto a edição com o selo Michael Bay de Frenesi das cenas de ação dificulta o entendimento e destoa completamente das tomadas criativas de José Eduardo Belmonte. É uma imersão interessante no universo da série de TV - que confesso, não assisti nenhum episódio e nem tenho vontade - mas que chega no final quase sem fôlego. O grande ponto do longa, entretanto, é mostrar que é possível fazer bons filmes de ação no Brasil, com poucos recursos e bastante criatividade e esmero técnico.
Uma Segunda Chance para Amar
3.5 477 Assista AgoraO primeiro ato é moroso, principalmente por insistir em uma comédia que não é engraçada, um romance que não é romântico, um natal quase cenográfico e uma homenagem desconectada a George Michael e ao Wham!. Melhora da metade pro final, quando resolvem resgatar o ótimo drama familiar que poderia ter sido, com um áspero e inexplorado contexto político e social, mas no fundo parece só aqueles filmes pra TV do Lifetime ou Hallmark Channel que você acharia perdido no fundo do seu catálogo da Netflix.
Midway: Batalha em Alto Mar
3.3 187 Assista AgoraUm desperdício de grandes nomes num filme sem qualquer foco ou direção.
O Rei do Show
3.9 897 Assista AgoraRaso e cafona, é uma prova viva de que apenas um punhado de músicas não faz um musical - ainda mais esse pop genérico que mal combina com a história contada. É nítido a tentativa de resgatar a grandiosidade dos musicais do passado mas, embora com muito apelo com o público mais jovem, é apenas uma promessa mal cumprida.
Dora e a Cidade Perdida
3.2 151 Assista AgoraAo ir sem expectativas, fui surpreendido positivamente por um filme que sabe fazer piadas com si mesmo, não subestima seu público e no fim acaba sendo uma aventura infantil, divertida, cheia de representatividade e um ótimo exemplo de uma adaptação de um desenho animado.
As Panteras
3.1 705 Assista AgoraMais sério que as empreitadas cinematográficas anteriores, essa nova versão da clássica série de TV é um grande exemplo de como atualizar franquias e histórias sem ofender as suas raízes.
#52FilmsByWomen
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraO definitivo faroeste brasileiro, a grande semente psicotrópica da revolução.
As Panteras: Detonando
2.7 676 Assista AgoraA química entre o trio formado por Drew Barrymore, Lucy Liu e Cameron Diaz sustenta essa pataquada a duras penas - e o Rodrigo Santoro surfista sem falas... momentos...
Ford vs Ferrari
3.9 712 Assista AgoraImersivo e eletrizante, o longa já larga na frente nessa temporada de premiações, mesmo tendo uns vinte minutinhos a mais do que deveria.
As Panteras
2.9 716 Assista AgoraMachista, cafona e sofrendo as sequelas de Matrix, essa versão da clássica série de TV envelheceu muito mal, embora ainda consiga prender a atenção até o final com seu roteiro óbvio e rasteiro.
A Família Addams
3.3 258 Assista AgoraPersonagens comprovadamente carismáticos e nenhuma história. Há a possibilidade da continuação já confirmada ser realmente boa... desde que haja um roteiro sólido na próxima vez.
A Odisseia dos Tontos
3.8 164Ladrão que rouba ladrão é justiceiro.
Mais uma ótima comédia argentina que nos joga num contexto político-social frágil e recente. A sensação que dá é que nossos "hermanos" são muito mais ousados nas temáticas que levam pra tela grande. Num ano em que colocamos milhões de pessoas para pensar sobre a "democratização do cinema no Brasil", também seria ótimo colocar em pauta a diversidade de obras, temas, adaptações e, principalmente, sua distribuição pelo país. Quem sabe um dia cheguemos a ter atores conematográficos de destaque internacional como Ricardo e (ohhh) Chino Darín?
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista AgoraO maior erro de Doutor Sono é se apoiar tanto em ser uma continuação de "O Iluminado" de 1980. Embora estejam relacionados e exista uma continuidade, são obras diferentes, com diferentes execuções, objetivos e resultados - principalmente se for considerado a fidelidade ao material original. É bom ter isso em mente ao assisti-lo. Há muitas referências a versão de quatro décadas atrás, que mais parecem obrigações dos produtores por conta do grandioso fascínio e influência que a releitura de Stanley Kubrick exerce sobre a cultura pop. Há uma tentativa hercúlea de emular Jack Nicholson, Shelley Duvall e Danny Lloyd em suas encarnações da família Torrance, mas embora cheguem perto demais, há sempre um sinal de "impostor" pairando sobre suas cabeças. Mesmo com 150 minutos, tudo é bastante fluido e todas as cenas são importantes para que a história que está sendo contada faça sentido e fique bastante clara. Considerando as quatro adaptações de histórias de Stephen King que tivemos em 2019, essa é a melhor (o que não é tão difícil, convenhamos), ainda que saia prejudicada pela falta de coragem de não realizar um remake do primeiro livro antes.
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
3.1 724 Assista AgoraAo acrescentar um (mesmo que raso) contexto político-social, a nova tentativa de ressuscitar a franquia O Exterminador do Futuro se mostra pronta para os novos tempos, mesmo com problemas de ritmo e a justificativa estapafúrdia para trazer Arnold Scharzenegger de volta.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraHERE'S JOHNNY!
Assistir esse clássico restaurado nos cinemas é uma experiência inenarrável. A versão de 145 minutos me fez gostar ainda mais da obra!
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final
4.1 1,1K Assista AgoraUm marco definitivo na cultura pop.
O Exterminador do Futuro
3.8 899 Assista AgoraUm autêntico James Cameron - para o bem e para o mal.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.4 612 Assista AgoraDONKEY KONG, MOTHERFUCKER!
Um raríssimo caso em que uma continuação não requisitada consegue ser melhor que o original.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraA morte de Bill Murray continua sendo uma das sequências mais hilariantes da década passada.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraTalvez o problema seja eu, mas continuo achando o cinema de Ari Aster vazio e pretensioso. Pelo menos dessa vez não me senti enganado como aconteceu com "Hereditário".
Três Estranhos Idênticos
4.0 214 Assista AgoraÀs vezes a ficção ganha na realidade um competidor à altura.
Malévola: Dona do Mal
3.4 617 Assista AgoraNão é nada inventivo, mas é claramente um produto no qual a Disney levou fé (diferente do primeiro filme, que mesmo desacreditado trouxe bastante retorno). Dessa vez, temos um diretor que parece que sabe o que está fazendo e um roteiro que, embora seja pouco mirabolante e com muitas conveniências (a arma da vilã KKKKKKKKKKKKKKKK) consegue prender nossa atenção, surpreender (mesmo que por alguns segundos) e entregar uma clara evolução das protagonistas. Tudo isso embalado numa aventura épica digna de um conto de fadas, repleta de criaturas místicas e visualmente estonteante.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraMalévola é a prova cabal de que nada adianta ter em mãos uma boa história se você não souber como contá-la. O problema aqui, diferente de muitos filmes, não é de perspectiva: a ideia de recontar uma história clássica pelos olhos da "vilã" é bem interessante... mas estruturalmente o filme é um grande desastre. A direção, a edição e a montagem conseguem minar qualquer poder emocional que muitas das cenas teriam, além de fazerem coisas simples perderem total sentido. A trilha sonora também não ajuda muito. Embora o carisma e a força de vontade de Angelina Jolie contem muito pra levar o filme em frente, todo o resto é um profundo desastre que só fez eu desejar meus 88 minutos perdidos de volta.
Projeto Gemini
2.8 460 Assista AgoraGloria Perez, corre aqui!
Ang Lee brinca de ser James Cameron num filme insosso que visualmente não funciona em 2D e que o roteiro... bem, esse não funciona em momento nenhum.