"Dúvida" é um filme feito sob a ótica do teatro, então, o que importa mais são as atuações e o roteiro afiado, que não tem como primeira intenção atacar a Igreja ou o cristianismo, mas sim a questão do poder e de como as pessoas podem fazer de tudo para mantê-lo. Deveria ter sido o terceiro Oscar de Meryl Streep, que fez sua melhor atuação de seus papeis recentes.
apesar de ter ganhado 4 Oscars, na minha opinião, Katharine Hepburn não venceu na suas melhores atuações (com exceção de 'O leão no inverno'). É o que acontece em 'Alice Adams', assim como em 'Longa jornada noite adentro' e 'Philadelphia story'. Atuação bem superior a Bette Davis e seu 'Perigosa'.
apesar das questões "existenciais" presentes no filme desde o início, a maior referência que Scott usou pra dirigir no seu novo filme, aparece logo cedo, quando David assiste "Lawrence da Arábia", ficando logo óbvio que o filme vai se desenrolar mais em um épico que num terror. Assim como T.E. Lawrence, Elizabeth Shaw se envolve e se deslumbra com sua própria teoria e as possibilidades a partir dela, achando que vai encontrar as respostas mais profundas para as perguntas da humanidade. Entretanto, do mesmo jeito que em “Lawrence da Arábia”, os protagonistas de “Prometheus” vão do deslumbramento à completa desilusão com seus ideais e até com eles próprios. Se no filme de David Lean, o deserto implica provocações, sacrifícios, violências entre os homens, no de Ridley Scott o deserto se torna um planeta, e a violência entre os homens passa a ser a violência entre criador e criatura, tendo o homem um destino semelhante igual ao personagem mitológico que deu nome à nave. Mas o que faz Lawrence da Arábia ser a principal inspiração tanto para o filme quanto para o financiador do projeto? O herói inglês foi um homem disposto a todo o momento a transgredir a sua condição humana, e é essa a principal meta de Stanninson e da própria Elizabeth Shaw. Outro fator importante em “Lawrence da Arábia” que foi incorporado em “Prometheus”, é a força do cenário (seja deserto ou um planeta alienígena), que passa a ser um personagem – com seus caprichos, sua benevolência e suas traições. “Prometheus” se torna mais um épico do século 21, com as características de uma geração, que apesar de altamente tecnológica e conectada, ainda permanece absorvida nas questões fundamentais da filosofia e da ontologia. A existência ainda permanece um mistério a ser explicado, e Ridley Scott não tem pretensão alguma de responder a isso, nem de perguntar de outra maneira. Apesar de algumas comparações com a ficção filosófica de Tarkovsky, os filmes nada têm em comum, e se desenrolam em caminhos opostos. Os personagens secundários são secundários, porque seus dramas e conflitos se perdem no meio do drama maior da existência humana. Já a história de Elizabeth Shaw passa a ser a história da própria possibilidade de sentido para a existência, que depois é respondida por David, em uma cena niilista belíssima, em que o androide olha para a câmera e responde categoricamente “não há nada”. Scott segue esse niilismo, e atrela ao roteiro do clássico “Alien”. Mas se “Alien” na década de 80 tinha toda a paranoia da globalização da Guerra Fria, o “Prometheus” do século 21 tem todo o niilismo da existência da nossa geração.
Noomi Rapace mostrando todo o seu talento, que já era sabido desde Millennium, Charlize Theron toda cheia de mágoa e Michael Fassbender, um andróide feito 100% de deboche. No mais: achei que não fosse dar ganchos para continuações [2] a cena em que
claustrofóbico e rancoroso. Atuação soberba de Ingrid Bergman e Liv Ullmann em um de seus melhores trabalhos, apesar de ficar à beira de um overacting. Os questionamentos do roteiro são interessantes, mas algumas respostas (no sentido de reação) podem soar datadas atualmente. A mãe merece carregar em si a culpa pelas falhas do filho (Eva e Helena não conheceram o amor de Charlotte, que por vez não conheceu o amor de sua mãe)? Entretanto, a falta real que Bergman explora não está no amor familiar, e nas consequências dele, mas sim um lugar em que possamos se sentir bem. A casa já está invadida, e voltamos a ser nômades, mas com uma saudade que não pode ser mais preenchida.
Dúvida
3.9 1,0K Assista Agora"Dúvida" é um filme feito sob a ótica do teatro, então, o que importa mais são as atuações e o roteiro afiado, que não tem como primeira intenção atacar a Igreja ou o cristianismo, mas sim a questão do poder e de como as pessoas podem fazer de tudo para mantê-lo. Deveria ter sido o terceiro Oscar de Meryl Streep, que fez sua melhor atuação de seus papeis recentes.
A Mulher que Soube Amar
3.6 14apesar de ter ganhado 4 Oscars, na minha opinião, Katharine Hepburn não venceu na suas melhores atuações (com exceção de 'O leão no inverno'). É o que acontece em 'Alice Adams', assim como em 'Longa jornada noite adentro' e 'Philadelphia story'. Atuação bem superior a Bette Davis e seu 'Perigosa'.
Uma Vida Melhor
3.6 159 Assista AgoraFassbender ou Shannon ainda seriam uma escolha melhor pra disputar Melhor Ator esse ano
Os Inocentes
4.1 396fantástico! fazia muito tempo que eu não ficava com medo assistindo a um filme. Deborah Kerr é incrível.
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraO COMENTÁRIO TEM ALGUNS SPOILERS:
apesar das questões "existenciais" presentes no filme desde o início, a maior referência que Scott usou pra dirigir no seu novo filme, aparece logo cedo, quando David assiste "Lawrence da Arábia", ficando logo óbvio que o filme vai se desenrolar mais em um épico que num terror. Assim como T.E. Lawrence, Elizabeth Shaw se envolve e se deslumbra com sua própria teoria e as possibilidades a partir dela, achando que vai encontrar as respostas mais profundas para as perguntas da humanidade. Entretanto, do mesmo jeito que em “Lawrence da Arábia”, os protagonistas de “Prometheus” vão do deslumbramento à completa desilusão com seus ideais e até com eles próprios. Se no filme de David Lean, o deserto implica provocações, sacrifícios, violências entre os homens, no de Ridley Scott o deserto se torna um planeta, e a violência entre os homens passa a ser a violência entre criador e criatura, tendo o homem um destino semelhante igual ao personagem mitológico que deu nome à nave. Mas o que faz Lawrence da Arábia ser a principal inspiração tanto para o filme quanto para o financiador do projeto? O herói inglês foi um homem disposto a todo o momento a transgredir a sua condição humana, e é essa a principal meta de Stanninson e da própria Elizabeth Shaw. Outro fator importante em “Lawrence da Arábia” que foi incorporado em “Prometheus”, é a força do cenário (seja deserto ou um planeta alienígena), que passa a ser um personagem – com seus caprichos, sua benevolência e suas traições. “Prometheus” se torna mais um épico do século 21, com as características de uma geração, que apesar de altamente tecnológica e conectada, ainda permanece absorvida nas questões fundamentais da filosofia e da ontologia. A existência ainda permanece um mistério a ser explicado, e Ridley Scott não tem pretensão alguma de responder a isso, nem de perguntar de outra maneira. Apesar de algumas comparações com a ficção filosófica de Tarkovsky, os filmes nada têm em comum, e se desenrolam em caminhos opostos. Os personagens secundários são secundários, porque seus dramas e conflitos se perdem no meio do drama maior da existência humana. Já a história de Elizabeth Shaw passa a ser a história da própria possibilidade de sentido para a existência, que depois é respondida por David, em uma cena niilista belíssima, em que o androide olha para a câmera e responde categoricamente “não há nada”. Scott segue esse niilismo, e atrela ao roteiro do clássico “Alien”. Mas se “Alien” na década de 80 tinha toda a paranoia da globalização da Guerra Fria, o “Prometheus” do século 21 tem todo o niilismo da existência da nossa geração.
Mulher Solteira Procura
3.3 266 Assista Agoratem nem clímax, só tentativas.
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraNoomi Rapace mostrando todo o seu talento, que já era sabido desde Millennium, Charlize Theron toda cheia de mágoa e Michael Fassbender, um andróide feito 100% de deboche. No mais: achei que não fosse dar ganchos para continuações [2]
a cena em que
o David fala: "não há nada" é uma das melhores
Violeta Foi para o Céu
4.0 107 Assista Agoraum show de interpretação
Um Príncipe em Minha Vida
2.9 222 Assista Agoraisso não é um filme, é castigo
Janela da Alma
4.3 192 Assista Agoraa cena final é pura semiótica, a primeiridade que temos ao nascer.
Sonata de Outono
4.5 492claustrofóbico e rancoroso. Atuação soberba de Ingrid Bergman e Liv Ullmann em um de seus melhores trabalhos, apesar de ficar à beira de um overacting. Os questionamentos do roteiro são interessantes, mas algumas respostas (no sentido de reação) podem soar datadas atualmente. A mãe merece carregar em si a culpa pelas falhas do filho (Eva e Helena não conheceram o amor de Charlotte, que por vez não conheceu o amor de sua mãe)? Entretanto, a falta real que Bergman explora não está no amor familiar, e nas consequências dele, mas sim um lugar em que possamos se sentir bem. A casa já está invadida, e voltamos a ser nômades, mas com uma saudade que não pode ser mais preenchida.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista Agorafoi detonado pelo the guardian "Cannes 2012: Cosmopolis – review
David Cronenberg's adaptation of Don DeLillo's novella, starring Robert Pattinson as a billionaire trader, is agonisingly self-conscious"
Os Pássaros
3.9 1,1Ktípico filme que se não fosse o hype em cima do nome do diretor, ele já teria sido esquecido.
A Hora do Lobo
4.2 308a autofagia artística nunca foi tão bem representada
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista Agorars
Eu e Você
3.5 190 Assista Agorarecepção morna em Cannes, mas ainda assim, parece interessante
Pérfida
4.2 79e não é que gente como Regina Giddens e seu irmão Ben realmente dominaram os Estados Unidos?? roteiro profético + Bette Davis fenomenal.
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista AgoraKristen Stewart mais bela que Charlize Theron??? nem em contos de fada
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 422 Assista Agorashut up and deal
Gritos e Sussurros
4.3 472uma casa de bonecas
Shara
4.1 31a falta que me faz é hoje quem eu sou. belo.
Indomável Sonhadora
3.8 1,2Khttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9nD2lkkHD5s liberado o primeiro trailer. sensacional.
O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante
4.1 155uma obra de arte, em todos os aspectos.
A Odisséia
3.7 179isso não é um filme, é castigo