O que era pra ser o novo "X-Men: Primeira Classe" acabou sendo o novo "Hulk" de Ang Lee. O maior problema do filme nem é ele tentar transformar Quarteto Fantástico num sci-fi alternativo cultão - até certa parte do filme, isso funciona e muito bem. O problema é que de repente ele despiroca e ninguém sabe mais o que quer fazer e vira o pior filme do universo. Esse filme é pior do que os piores filmes que já assisti porque esses filmes são ruins do começo ao fim; se eu quisesse eu poderia simplesmente parar de ver porque do primeiro segundo dava pra saber que ia ser tudo um desastre. Esse filme não. Ele começa bem, mostra todo o potencial enorme que tem, te deixa interessado pra continuar vendo, e aí pega todos os seus sonhos e esmaga. Imagine que um filme do Batman começasse sendo um "Batman Begins", e pouco depois do meio, de repente, virasse um "Batman & Robin". Esse é o "Quarteto Fantástico" de Josh Trank.
Um planeta moribundo. Um mundo em que as pessoas se comunicam com violência em vez de palavras. Um mundo do qual os recursos naturais são arrancados pelo homem. Um mundo em que as pessoas matam umas às outras pra conseguirem o que precisam, em vez de se ajudarem pra alcançá-lo juntas. Um mundo em que os homens abusam das mulheres e as veem como nada além de objetos de prazer e reprodução. Isso deve soar familiar, porque afinal, é a realidade. É o mundo em que vivemos que acabei de descrever. Mas é, isso funciona pro mundo de Mad Max também. O quarto filme no universo de George Miller traz um discurso bastante feminista, o que pra mim foi ainda mais interessante do que a imparável e destruidora ação. Ele destaca uma forte personagem feminina principal interpretada por Charlize Theron - que praticamente rouba o filme tanto quanto Christoph Waltz roubou "Django" - e um grupo de garotas mais fragilizadas, vitimizadas, que veem a si mesmas como fracas, mas eventualmente descobrem que lá no fundo podem ser tão fortes quanto a Imperatriz Furiosa de Theron. É um mundo governado por homens, e vê-se nas meninas a grande relutância em confiar o Max de Tom Hardy e seu improvável aliado, porém com o tempo, eles provam ser, acima de homens, seres humanos em sofrimento também - mesmo que de uma forma diferente - e que não se consideram acima de ninguém. Alguns momentos chave bastante chamativos são quando o vilão, Immortan Joe, mostra uma preocupação muito maior com o fato de seu filho ser um homem ou não do que com a vida do bebê em si, e em contraponto à isso, a cena em que a "Dag" diz que seu bebê será Joe Jr., e "ele vai ser tão feio", e a Protetora das Sementes responde: "Pode ser uma menina". Eu poderia enrolar sobre o quão bem feitos os "stunts" são, o quão de-tirar-o-fôlego a ação é, a magnificência da perfomance de Hardy, a excelente trilha sonora, a fotografia maravilhosa, mas pff, não vamos nos aprofundar tanto nisso porque afinal todos sabíamos que isso tudo estaria aqui. O futuro pode pertencer aos loucos, mas esse filme realmente pertence às garotas.
... E além disso, quando o seu filme cult estrangeiro vanguardista pós-moderno tiver um louco tocando a trilha sonora do filme numa guitarra que solta fogo em cima de um carro durante o filme inteiro, aí a gente conversa.
"Os Vingadores" foi um evento cinematográfico simplesmente histórico. Foi o marco de que esse experimento audacioso da Marvel deu certo. É claro que uma sequência não teria o mesmo exato efeito que o primeiro, pelo motivo simples de que já não é mais a primeira vez. Isso não impede, porém, o filme de ser melhor. E sim, "Vingadores: Era de Ultron" é [muito] superior ao primeiro filme, o que automaticamente o coloca como a obra máxima da Marvel Studios. Se o primeiro longa se focou em dar um desenvolvimento impecável a uma trama sobre união acima das diferenças pelo bem maior, o segundo mergulha num discurso muito mais profundo. O conceito da união ainda está muito presente, afinal é a essência do filme, porém essa trama levanta questões sobre humanidade, medos, interpretações radicais de paz e suas consequências, e a própria existência. É sim mais sombrio, e não é "um pouco"; claro que as piadas ainda estão lá aos montes, mas esse longa trata de assuntos mais sérios, e assim ele é. O trabalho com os personagens aqui é um grande passo à frente do que Whedon fez no antecessor; os conflitos (externos e internos) são maiores e mais inteligentemente plantados, e cada personagem tem seu devido tempo na tela - fãs de um certo arqueiro ficarão satisfeito com o jeito que ele é retratado. Na discussão de "por que Tony Stark é quem cria Ultron?", justifiquei essa questão em várias ocasiões, e a verdade é que o filme se baseia na mesma essência do que falei nessas discussões, mas ele a estrutura de uma forma ainda melhor do que eu esperava. Em resumo, Stark é um personagem que quer estar por cima, e com os eventos de "Os Vingadores" ele é colocado lá em baixo. Em "Homem de Ferro 3" ele persistentemente tenta se colocar por cima novamente (o vício em criar novas armaduras com nova tecnologia, etc), mas dessa vez falha. Em "Era de Ultron", Tony está tão obcecado em estar no topo que ele tem que ser aquele que vai proteger o mundo de ataques alienígenas com o seu "Programa Ultron", e ele leva esse plano adiante sem nenhuma consideração pelas consequências, e eis o resultado. Quanto às novas adições no elenco: Os gêmeos Maximoff estão excelentes - Elizabeth Olsen sendo o destaque com sua Feiticeira Escarlate - e o Visão... Ah, o Visão. Quero tirar um momento, porém, pra fazer a inevitável comparação: Mercúrio de "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" ou Mercúrio de "Era de Ultron"? Vai ser uma afirmação bastante controversa, mas eu vou com o Mercúrio de Aaron Taylor-Johnson nesse filme. Em questão de poderes, claro, DOFP usa o Mercúrio muito melhor, e nenhuma cena aqui bate a cena da cozinha, mas em questão de personagem e interpretação, "Era de Ultron" está bem acima. Pra começar, o Mercúrio do Evan Peters, apesar de todos amarmos, convenhamos, não é um grande personagem. É um moleque engraçadão, carismático e fora-da-lei, e só. Não temos muito desenvolvimento nele, e mesmo que tenhamos todos ficado de queixo caído com o tal, essa impressão toda foi mais pelo uso de seus poderes - se pararmos pra analisar o personagem em si, ele é clichê e não tem nada demais. O Mercúrio de "Era de Ultron" é mais sério, complexo emocionalmente, mórbido, monossilábico, claramente uma pessoa em dor, e muito mais desenvolvido que a versão da Fox; e Taylor-Johnson o interpreta maravilhosamente. Grande parte desse desenvolvimento do personagem se deve inclusive a um detalhe essencial que a outra versão não tem: a irmã, Wanda. Na parte técnica, tudo evolui. A direção de Joss Whedon é mais segura e madura, a montagem e os efeitos muito mais consistentes, e a trilha sonora é o acerto definitivo da Marvel nessa área. Desde o primeiro "Homem de Ferro", apesar de todas as maravilhas, o estúdio têm feito um péssimo trabalho em relação à identidade sonora. Cada filme do Homem de Ferro teve um compositor diferente, e cada compositor mudou o tema dele nos três filmes, e o mesmo ocorreu com Thor. Felizmente, mesmo que Alan Silvestri não tenha retornado aqui, a dupla composta por um dos maiores talentos jovens da área, Brian Tyler, e um dos grandes mestres da música cinematográfica Danny Elfman não só permanece fiel ao trabalho de Silvestri, trabalhando em cima de seu tema composto pro primeiro filme, como também não ignoram que cada Vingador tem sua identidade musical. Os temas do Homem de Ferro (do terceiro filme), Capitão América e Thor (The Dark World) aparecem nos momentos gloriosos de seus personagens, e criam a identidade sonora nostálgica que faltou ao antecessor. Por fim, vou encerrar com a frase que, para mim, foi a mais marcante do filme:
De repente, senti um medo da possibilidade de me desapontar com essa série. É um risco alto quando se tem tanto hype em cima. E se acabasse simplesmente não sendo tão boa quanto achávamos que seria? Poderia acontecer. 8 minutos de episódio bastaram pra afastar esses pensamentos da minha cabeça. Com Demolidor, a Marvel expande as fronteiras de seu universo. Quando os trailers da série saíram, eu vi alguém comentando "Essa vai ser o Flash da Marvel", e outro sujeito respondeu que, devido à tonalidade obscura, "é mais correto dizer que vai ser o Arrow da Marvel". Tendo assistido a série, tudo o que posso afirmar é que Demolidor não é nem The Flash, nem Arrow, nem Agents Of S.H.I.E.L.D., nem Agent Carter, etc. Demolidor está eternidades acima do nível de qualquer uma dessas séries; de qualquer série baseada em quadrinhos ou super-heróis que se possa pensar. Isso aqui não é pro público destas outras séries. Demolidor é uma série completamente adulta e brutal, e uma das coisas mais atraentes sobre ela é que não é como Kick-Ass ou Watchmen, que são, respectivamente, uma homenagem satírica adulta que carrega a magia clássica do mundo dos super-heróis e uma obra sobre o lado negro dos mesmos; Demolidor está no mesmo universo que Os Vingadores, e aqui temos uma aproximação mais adulta deste mundo a partir de um personagem que é visceral, diferentemente dos camaradas que já conhecemos no Universo Marvel. Demolidor não é uma obra adulta por estar mostrando uma nova versão do universo fantasioso dos heróis, mas sim porque ele se concentra num personagem cuja a realidade é violenta, em todos os sentidos possíveis: a realidade de Matt Murdock. E isso traz algo novo para a Marvel. Mesmo com seus sentidos extremamente aguçados, Murdock é fisicamente apenas um homem. Um homem que sente dor, apanha, cansa, e nós vemos isso em cada luta. Apesar de ter ação em todos os episódios, Demolidor não é uma série de aventura alá blockbuster como todas as outras séries baseadas em quadrinhos; é uma série que sabe ao que tem que se dedicar, tudo a seu devido tempo. Quando a ação aparece, é extremamente competente - na verdade, devo dizer que essa série tem as melhores cenas de luta de todo o Universo Marvel -, mas ela não é necessariamente sempre a parte mais interessante. Pra dar uma boa resumida nesse clima e tom da obra, vamos dizer que Demolidor é a soma de Drive + Law & Order: SVU + The Dark Knight. Além da brutalidade e as temáticas adultas, Demolidor carrega uma identidade audiovisual que a difere bastante das outras obras da Marvel até agora. Como eu disse, não é uma série de aventura nível blockbuster, e até mesmo suas excelentes cenas de luta não vão por esse caminho. O plano sequência da luta no corredor (claramente inspirado em Oldboy) no final do segundo episódio, por exemplo, é algo que eu não imaginava que veria em qualquer produto da Marvel. Essa série não demonstra apenas uma enorme evolução para o MCU em si, como também para as séries de super-heróis no geral. Se The Flash teve que chegar até onde está agora para que eu admitisse que enfim superou Arrow, Demolidor só precisou de 2 episódios pra se colocar como a melhor série de super-heróis já feita. Passando até de Batman: The Animated Series. Que venha a segunda temporada, e que venham as novas séries da Marvel no Netflix!
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraO que era pra ser o novo "X-Men: Primeira Classe" acabou sendo o novo "Hulk" de Ang Lee. O maior problema do filme nem é ele tentar transformar Quarteto Fantástico num sci-fi alternativo cultão - até certa parte do filme, isso funciona e muito bem. O problema é que de repente ele despiroca e ninguém sabe mais o que quer fazer e vira o pior filme do universo. Esse filme é pior do que os piores filmes que já assisti porque esses filmes são ruins do começo ao fim; se eu quisesse eu poderia simplesmente parar de ver porque do primeiro segundo dava pra saber que ia ser tudo um desastre. Esse filme não. Ele começa bem, mostra todo o potencial enorme que tem, te deixa interessado pra continuar vendo, e aí pega todos os seus sonhos e esmaga. Imagine que um filme do Batman começasse sendo um "Batman Begins", e pouco depois do meio, de repente, virasse um "Batman & Robin". Esse é o "Quarteto Fantástico" de Josh Trank.
Chappie
3.6 1,1K Assista AgoraMega-análise em vídeo https://www.youtube.com/watch?v=myNPh4KLp04
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraUm planeta moribundo. Um mundo em que as pessoas se comunicam com violência em vez de palavras. Um mundo do qual os recursos naturais são arrancados pelo homem. Um mundo em que as pessoas matam umas às outras pra conseguirem o que precisam, em vez de se ajudarem pra alcançá-lo juntas. Um mundo em que os homens abusam das mulheres e as veem como nada além de objetos de prazer e reprodução. Isso deve soar familiar, porque afinal, é a realidade. É o mundo em que vivemos que acabei de descrever. Mas é, isso funciona pro mundo de Mad Max também.
O quarto filme no universo de George Miller traz um discurso bastante feminista, o que pra mim foi ainda mais interessante do que a imparável e destruidora ação. Ele destaca uma forte personagem feminina principal interpretada por Charlize Theron - que praticamente rouba o filme tanto quanto Christoph Waltz roubou "Django" - e um grupo de garotas mais fragilizadas, vitimizadas, que veem a si mesmas como fracas, mas eventualmente descobrem que lá no fundo podem ser tão fortes quanto a Imperatriz Furiosa de Theron. É um mundo governado por homens, e vê-se nas meninas a grande relutância em confiar o Max de Tom Hardy e seu improvável aliado, porém com o tempo, eles provam ser, acima de homens, seres humanos em sofrimento também - mesmo que de uma forma diferente - e que não se consideram acima de ninguém. Alguns momentos chave bastante chamativos são quando o vilão, Immortan Joe, mostra uma preocupação muito maior com o fato de seu filho ser um homem ou não do que com a vida do bebê em si, e em contraponto à isso, a cena em que a "Dag" diz que seu bebê será Joe Jr., e "ele vai ser tão feio", e a Protetora das Sementes responde: "Pode ser uma menina".
Eu poderia enrolar sobre o quão bem feitos os "stunts" são, o quão de-tirar-o-fôlego a ação é, a magnificência da perfomance de Hardy, a excelente trilha sonora, a fotografia maravilhosa, mas pff, não vamos nos aprofundar tanto nisso porque afinal todos sabíamos que isso tudo estaria aqui. O futuro pode pertencer aos loucos, mas esse filme realmente pertence às garotas.
... E além disso, quando o seu filme cult estrangeiro vanguardista pós-moderno tiver um louco tocando a trilha sonora do filme numa guitarra que solta fogo em cima de um carro durante o filme inteiro, aí a gente conversa.
Arqueiro (3ª Temporada)
3.7 563 Assista AgoraDepois dessa decisão, por mim o Oliver pode ir embora e deixar a série pra Thea.
The Flash (1ª Temporada)
4.1 903 Assista Agorahttps://www.youtube.com/watch?v=DqMPM7PvGms
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraReview em vídeo. https://www.youtube.com/watch?v=30pEYF_Joa0
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista Agora"Os Vingadores" foi um evento cinematográfico simplesmente histórico. Foi o marco de que esse experimento audacioso da Marvel deu certo. É claro que uma sequência não teria o mesmo exato efeito que o primeiro, pelo motivo simples de que já não é mais a primeira vez. Isso não impede, porém, o filme de ser melhor. E sim, "Vingadores: Era de Ultron" é [muito] superior ao primeiro filme, o que automaticamente o coloca como a obra máxima da Marvel Studios. Se o primeiro longa se focou em dar um desenvolvimento impecável a uma trama sobre união acima das diferenças pelo bem maior, o segundo mergulha num discurso muito mais profundo. O conceito da união ainda está muito presente, afinal é a essência do filme, porém essa trama levanta questões sobre humanidade, medos, interpretações radicais de paz e suas consequências, e a própria existência. É sim mais sombrio, e não é "um pouco"; claro que as piadas ainda estão lá aos montes, mas esse longa trata de assuntos mais sérios, e assim ele é. O trabalho com os personagens aqui é um grande passo à frente do que Whedon fez no antecessor; os conflitos (externos e internos) são maiores e mais inteligentemente plantados, e cada personagem tem seu devido tempo na tela - fãs de um certo arqueiro ficarão satisfeito com o jeito que ele é retratado. Na discussão de "por que Tony Stark é quem cria Ultron?", justifiquei essa questão em várias ocasiões, e a verdade é que o filme se baseia na mesma essência do que falei nessas discussões, mas ele a estrutura de uma forma ainda melhor do que eu esperava. Em resumo, Stark é um personagem que quer estar por cima, e com os eventos de "Os Vingadores" ele é colocado lá em baixo. Em "Homem de Ferro 3" ele persistentemente tenta se colocar por cima novamente (o vício em criar novas armaduras com nova tecnologia, etc), mas dessa vez falha. Em "Era de Ultron", Tony está tão obcecado em estar no topo que ele tem que ser aquele que vai proteger o mundo de ataques alienígenas com o seu "Programa Ultron", e ele leva esse plano adiante sem nenhuma consideração pelas consequências, e eis o resultado.
Quanto às novas adições no elenco: Os gêmeos Maximoff estão excelentes - Elizabeth Olsen sendo o destaque com sua Feiticeira Escarlate - e o Visão... Ah, o Visão. Quero tirar um momento, porém, pra fazer a inevitável comparação: Mercúrio de "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" ou Mercúrio de "Era de Ultron"? Vai ser uma afirmação bastante controversa, mas eu vou com o Mercúrio de Aaron Taylor-Johnson nesse filme. Em questão de poderes, claro, DOFP usa o Mercúrio muito melhor, e nenhuma cena aqui bate a cena da cozinha, mas em questão de personagem e interpretação, "Era de Ultron" está bem acima. Pra começar, o Mercúrio do Evan Peters, apesar de todos amarmos, convenhamos, não é um grande personagem. É um moleque engraçadão, carismático e fora-da-lei, e só. Não temos muito desenvolvimento nele, e mesmo que tenhamos todos ficado de queixo caído com o tal, essa impressão toda foi mais pelo uso de seus poderes - se pararmos pra analisar o personagem em si, ele é clichê e não tem nada demais. O Mercúrio de "Era de Ultron" é mais sério, complexo emocionalmente, mórbido, monossilábico, claramente uma pessoa em dor, e muito mais desenvolvido que a versão da Fox; e Taylor-Johnson o interpreta maravilhosamente. Grande parte desse desenvolvimento do personagem se deve inclusive a um detalhe essencial que a outra versão não tem: a irmã, Wanda.
Na parte técnica, tudo evolui. A direção de Joss Whedon é mais segura e madura, a montagem e os efeitos muito mais consistentes, e a trilha sonora é o acerto definitivo da Marvel nessa área. Desde o primeiro "Homem de Ferro", apesar de todas as maravilhas, o estúdio têm feito um péssimo trabalho em relação à identidade sonora. Cada filme do Homem de Ferro teve um compositor diferente, e cada compositor mudou o tema dele nos três filmes, e o mesmo ocorreu com Thor. Felizmente, mesmo que Alan Silvestri não tenha retornado aqui, a dupla composta por um dos maiores talentos jovens da área, Brian Tyler, e um dos grandes mestres da música cinematográfica Danny Elfman não só permanece fiel ao trabalho de Silvestri, trabalhando em cima de seu tema composto pro primeiro filme, como também não ignoram que cada Vingador tem sua identidade musical. Os temas do Homem de Ferro (do terceiro filme), Capitão América e Thor (The Dark World) aparecem nos momentos gloriosos de seus personagens, e criam a identidade sonora nostálgica que faltou ao antecessor.
Por fim, vou encerrar com a frase que, para mim, foi a mais marcante do filme:
"I am not Jarvis, and I am not Ultron. I am... I am".
"Vingadores: Era de Ultron" não correspondeu minhas expectativas. Longe disso, ele as superou.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraDe repente, senti um medo da possibilidade de me desapontar com essa série. É um risco alto quando se tem tanto hype em cima. E se acabasse simplesmente não sendo tão boa quanto achávamos que seria? Poderia acontecer. 8 minutos de episódio bastaram pra afastar esses pensamentos da minha cabeça.
Com Demolidor, a Marvel expande as fronteiras de seu universo. Quando os trailers da série saíram, eu vi alguém comentando "Essa vai ser o Flash da Marvel", e outro sujeito respondeu que, devido à tonalidade obscura, "é mais correto dizer que vai ser o Arrow da Marvel". Tendo assistido a série, tudo o que posso afirmar é que Demolidor não é nem The Flash, nem Arrow, nem Agents Of S.H.I.E.L.D., nem Agent Carter, etc. Demolidor está eternidades acima do nível de qualquer uma dessas séries; de qualquer série baseada em quadrinhos ou super-heróis que se possa pensar. Isso aqui não é pro público destas outras séries. Demolidor é uma série completamente adulta e brutal, e uma das coisas mais atraentes sobre ela é que não é como Kick-Ass ou Watchmen, que são, respectivamente, uma homenagem satírica adulta que carrega a magia clássica do mundo dos super-heróis e uma obra sobre o lado negro dos mesmos; Demolidor está no mesmo universo que Os Vingadores, e aqui temos uma aproximação mais adulta deste mundo a partir de um personagem que é visceral, diferentemente dos camaradas que já conhecemos no Universo Marvel. Demolidor não é uma obra adulta por estar mostrando uma nova versão do universo fantasioso dos heróis, mas sim porque ele se concentra num personagem cuja a realidade é violenta, em todos os sentidos possíveis: a realidade de Matt Murdock. E isso traz algo novo para a Marvel. Mesmo com seus sentidos extremamente aguçados, Murdock é fisicamente apenas um homem. Um homem que sente dor, apanha, cansa, e nós vemos isso em cada luta.
Apesar de ter ação em todos os episódios, Demolidor não é uma série de aventura alá blockbuster como todas as outras séries baseadas em quadrinhos; é uma série que sabe ao que tem que se dedicar, tudo a seu devido tempo. Quando a ação aparece, é extremamente competente - na verdade, devo dizer que essa série tem as melhores cenas de luta de todo o Universo Marvel -, mas ela não é necessariamente sempre a parte mais interessante. Pra dar uma boa resumida nesse clima e tom da obra, vamos dizer que Demolidor é a soma de Drive + Law & Order: SVU + The Dark Knight.
Além da brutalidade e as temáticas adultas, Demolidor carrega uma identidade audiovisual que a difere bastante das outras obras da Marvel até agora. Como eu disse, não é uma série de aventura nível blockbuster, e até mesmo suas excelentes cenas de luta não vão por esse caminho. O plano sequência da luta no corredor (claramente inspirado em Oldboy) no final do segundo episódio, por exemplo, é algo que eu não imaginava que veria em qualquer produto da Marvel.
Essa série não demonstra apenas uma enorme evolução para o MCU em si, como também para as séries de super-heróis no geral. Se The Flash teve que chegar até onde está agora para que eu admitisse que enfim superou Arrow, Demolidor só precisou de 2 episódios pra se colocar como a melhor série de super-heróis já feita. Passando até de Batman: The Animated Series.
Que venha a segunda temporada, e que venham as novas séries da Marvel no Netflix!
Samurai X
4.3 124Vi até onde é canon... A parte filler presta? Não sei se devo ver...
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2.3 58 Assista AgoraO que achei desse filme horrível: http://www.portal42.com.br/o-que-achamos-kite/
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Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraO que achei do filme: http://www.portal42.com.br/o-que-achamos-de-lucy/